Arquivo mensais:fevereiro 2015

Escolha de Bendine para a Petrobras não agrada oposição

Os principais partidos de oposição criticaram duramente a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da estatal brasileira. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, ressaltou a falta de experiência dele no setor. O Líder do DEM, Mendonça Filho, disse que a nomeação foi improvisada e que a conveniência política prevaleceu no lugar da capacidade técnica.

 

A oposição ainda citou o envolvimento de Bendine em supostas irregularidades quando estava à frente do Banco do Brasil. Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, a nomeação garante o poder de Dilma Rousseff na Petrobras.

 

Os governistas no Congresso Nacional minimizaram as críticas e argumentam que o Aldemir Bendine entende de mercado e da área de energia. Citam também os bons resultados alcançados no Banco do Brasil.

 

Aldemir Bendine vem do Banco do Brasil, onde ocupava a presidência desde 2009 , lá coordenou a política de expansão do crédito para estimular a economia após a crise internacional de 2008.

Se quiser ter alguma chance em 2016, oposição a Carlos Eduardo Alves deve fazer o trabalho do MP e da Mídia, diz professor universitário

* Por 

Está no jardim da infância aquele que enxerga no Ministério Público uma instituição apolítica. Como já disse o filósofo Jaques Ranciere, a política é a arte de tomar parte. E não existe ninguém que não o faça. Os membros do MP em Natal são profissionais sérios e competentes. Isto está fora de questão aqui. Mas nem por isso deixam de cultivar impressões sobre o que é bom ou ruim. E isto produz consequências.

É conhecida a vaidade dos membros do Ministério Público no que tange o papel que imaginam desempenhar na efetivação das políticas de governo. Se enxergam como mais preparados do que aqueles se encontram na posição de primeiro escalão do executivo e querem que as ações funcionem ao seu modo, esquecendo-se, muitas vezes, que não foram votados e, portanto, não exercem a função de representação da soberania popular. Uma história engraçada circula em Natal sobre a nada modesta afirmação por parte de uma promotora, que disse ter sido ela a responsável pelo – polêmico, do ponto de vista técnico – saneamento de San Valle.

Aliado a mídia, o parquet desempenha uma relevante função no sentido de forjar uma visão a respeito da administração municipal. Tendo pleno entendimento disto, o atual prefeito Carlos Eduardo Alves tratou de trazer o Ministério Público para o seu governo. Soube cooptá-los muito bem, ao procurar ouvir seus membros e até ceder parte da gestão. Pegou o peixe pela boca, no caso do MP, pela já descrita vaidade. Um belo canto da sereia para aqueles que se colocam numa condição de suposto protagonismo e como guardiões de uma presunçosa moralidade pública.

Não há qualquer intenção de fazer ilação. No entanto, conforme o próprio MP, no caso da obra de Ponta Negra, há indícios de superfaturamento e a secretaria liderada por Tomaz Neto agiu, quando provocada, com o pleno intuito de esconder informações dos advogados do povo (aqui). Ocultar dados e pagar por pedras de duas toneladas que pesam 800 quilos não deveriam despertar uma reação mais enérgica? Alguém tem alguma dúvida de que, se fosse a prefeita Micarla de Sousa, o MP teria pedido o indiciamento de, pelo menos, uma dúzia de pessoas? Mas o MP se limitou a solicitar (encarecidamente?) a troca das lasquinhas e a limpeza da área. A indagação sobre para onde ou para quem foi o dinheiro referente à diferença de preço entre o prometido e o entregue ficará sem resposta. Alguém agiu tentando burlar o erário? Se assim o fez, também cairá no esquecimento.

É complicado cobrar um órgão público, se o próprio MP participou da concepção da intervenção. Os técnicos da SEMURB foram vencidos na formulação do projeto do enrocamento de ponta negra. As ideias do MP foram vencedoras. Ditando políticas, o MP acaba de mãos atadas depois para criticar o que acaba sendo seu próprio trabalho. Forma-se um bate-bola já notado pelo blogueiro Renato Dantas.

Carlos Eduardo Alves é um prefeito melhor e mais competente do que Micarla de Sousa. Quem tenta igualar os dois força o bastão até torá-lo. Porém, sua gestão apresenta muitos problemas. O Potiguar recebe denúncias constantemente. Por exemplo, os albergues não estão funcionando a pleno vapor. Passam dias fechados. A reposição de lâmpadas na cidade, subsidiada por uma gorda verba formada pela contribuição direta cobrada na conta de energia dos usuários, vem sendo feita pela população, que não aguenta esperar em vão e ficar no escuro. Vaquinhas são organizadas pelos moradores nas ruas de Pirangi, apenas para citar um bairro. Rua sombria é sinônimo de aumento de criminalidade.

O MP age também por provocação, mas não parece ser provocado pelos fatos quando a gestão é a de Carlos Eduardo Alves. Ou os olha atualmente, digamos, com mais carinho. O MP pouco se moveu diante de uma estranha aquisição de lixeiras pela Prefeitura de Natal e não se manifestou a respeito do valor de mais de quatro milhões de reais para fazer a mera contenção, pouco efetiva, já que os deslizamentos permaneceram, na parte desmoronada de Mãe Luíza (isto: quatro milhões para colocar uma lona, posicionar alguns sacos e alugar escavadeira).

image

A mídia, majoritariamente carlista, não vai repercutir os problemas da cidade. No máximo, falará sobre uma quadra de esporte que deixou de ser reformada, mas não criará empecilhos. A verba da publicidade foi quase triplicada na gestão de Carlos Eduardo.

Só resta esperar que o legítimo e importante contraponto, até para qualificar a atuação do poder público, venha da oposição. Alias, se ela quiser sonhar com alguma chance em 2016 terá de fazer o trabalho, que deveria ser executado pela Imprensa e pelo Ministério Público. Do contrário, é melhor entronizar logo Carlos Eduardo Alves como rei de Natal.

* Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. E co-autor do A geografia do voto em Natal. Email: dmcartapotiguar@gmail.com

 

Alves estão pensando em se dividirem para manter o controle da prefeitura de Natal

familia-alves

A conversa entre os Alves é escolher a melhor estratégia para continuarem controlando Natal..

Logo apos a derrota do cacique e ex-deputado, Henrique Alves para o governo, o prefeito, Carlos Eduardo Alves, ficou marcado como um representante legitimo da oligarquia Alves..

Carlos Eduardo Alves sempre quis tirar proveito eleitoral da sua família, mas, nunca quis aparecer como um membro da oligarquia chegando ao ponto de não usar o sobrenome Alves, ele sempre usou Carlos Eduardo.

Em reunião do clã, surgiu a preocupação do PMDB não apoiar  Carlos Alves no primeiro turno para não se caracterizar uma candidatura oligárquica..

Segundo um bacurau de longo curso, os Alves poderão apresentar dois candidatos, um será o prefeito Alves, e o outro poderá ser do PMDB dos Alves.

No segundo turno, eles estarão juntos na disputa ou no palanque..

Brasília de “Felizes para sempre?” divide opiniões

Divulgação/TV Globo Sexo e poder: Paolla Oliveira roubou a cena com sua Danny Bond. Corrupção e traições deram o tom da trama

Sara Resende

As curvas de Paolla Oliveira ofuscaram os traços sinuosos de Oscar Niemeyer. Diante dos contornos e da sensualidade da atriz que encarnou a prostituta de luxo Danny Bond, os eixos de Brasília podem até ter ficado em segundo plano na minissérie “Felizes para sempre?”, da TV Globo, encerrada sexta-feira (6). Mas não passaram despercebidos. Para quem mora na capital federal, mais do que um cenário, a cidade foi uma das protagonistas da trama escrita por Euclydes Marinho e dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles.

Debaixo dos pilotis dos prédios das superquadras, sobre a pista da Ponte JK, pelas águas do Lago Paranoá ou pelas salas de aula da Universidade de Brasília (UnB), a capital se viu na TV muito além das tradicionais imagens da Esplanada dos Ministérios e do Congresso Nacional. As cenas, todas gravadas fora de estúdio, atiçaram a curiosidade dos próprios brasilienses, que buscavam detalhes para reconhecer cada ponto utilizado como locação.

Com cenas rodadas em residências e prédios locais, Brasília deu vida a um enredo embalado por corrupção, sexo, mentiras e traições. Ingredientes universais que parecem ainda mais reais na capital federal, dada a imagem estereotipada que a persegue: uma cidade de pessoas frias, vazia, marcada pela mentira, pela corrupção, pelo jogo de interesses e por intrigas. Uma visão que incomoda os brasilienses, de modo geral, e que foi reforçada pela série em alguns aspectos, na opinião de pessoas ouvidas pelo Congresso em Foco.

A cena em que Danny Bond aparece de costas, seminua, na sacada de um hotel de luxo rendeu a Paolla Oliveira a liderança nos assuntos mais quentes do Twitter em 28 de janeiro e cerca de 150 mil buscas por seu nome no Google naquele mesmo dia. Mas alguns internautas observaram outros detalhes. Nas redes sociais, Fernando Meirelles, indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro como melhor diretor de cinema, foi elogiado por valorizar as paisagens e os monumentos arquitetônicos que renderam a Brasília o título de Patrimônio Cultural da Humanidade e de cidade com a maior área tombada do mundo.

Veja comentários do Twitter sobre a Brasília retratada pela minissérie

Linda, mas…

Divulgação/TV Globo Enrique Díaz deu vida ao empreiteiro corrupto Cláudio Drummond, que virou alvo de operação da PF

“É muito legal ver a gente sendo representado. Fico tentandoreconhecer a quadra que está passando na TV”, conta Déborah Nogueira, fundadora do Projeto Pilotis, nascido na UnB para tentar retirar do brasiliense o estereótipo de frio e indiferente. A designer acredita que a produção pecou ao deixar de lado a rotina da capital federal. “A cidade está linda na série, mas aparece como uma maquete: 18 horas sem trânsito não combina com nossa rotina.”

 

Para Déborah, as ruas vazias mostradas na obra de ficção, que contrastam com o trânsito cada dia mais caótico da realidade, reforçam a ideia de que Brasília é uma “ilha”, uma cidade pouco receptiva e calorosa. Ex-estudante da UnB, a jovem de 26 anos lembra que ainda é proibido circular de bicicleta pelos corredores da universidade, regra constantemente ignorada na trama pelo professor Guilherme, interpretado pelo ator Antônio Sabóia.

A designer, porém, elogia a iniciativa de se filmarem os conjuntos habitacionais do Plano Piloto, com suas estruturas características como os cobogós – elementos vazados que completam paredes e muros para possibilitar maior ventilação e luminosidade no interior de um imóvel, característicos de edifícios mais antigos da cidade. “Isso mostra que Brasília é muito mais que o funcionalismo público”, observa.

Cineasta e professor da UnB, Mauro Giuntini afirma que “Felizes para sempre?” seguiu uma tendência do cinema nacional de dispensar estúdios e rodar as cenas em locações. Giuntini diz que Fernando Meirelles teve uma sensibilidade apurada para fotografar a arquitetura de Brasília.  “O ponto de vista aéreo da cidade, captado por meio de drones, foi a grande inovação da série. Os drones voando entre as colunas do Congresso Nacional proporcionaram imagens incríveis”, avalia. Cenas que, segundo ele, têm tudo a ver com o fio condutor da trama. “Hoje não se fala mais de política sem considerar a corrupção”, pontua.

Capital da corrupção

Mas a associação entre a capital e a corrupção incomoda estudiosos e amantes da cidade. “A minissérie reforça o estereótipo de que Brasília se resume à desonestidade e à corrupção”, explica o sociólogo Brasilmar Ferreira. Especialista em cidade, o professor diz que a maior parte do Brasil vê os moradores da capital como o ambicioso e corrupto empreiteiro Cláudio Drummond (Enrique Díaz), ou seja, alguém individualista e inescrupuloso. “O poder corrompe a visão da sociedade sobre o outro”, afirma o sociólogo.

“Isso aqui é Brasília. Não confie em ninguém, idiota”, ensina a personagem da atriz Silvia Lourenço, uma black-bloc, ao adolescente Júnior, interpretado por Matheus Fagundes. No capítulo final, o garoto se desilude com a ativista depois de flagrá-la recebendo dinheiro para participar das manifestações. “Brasília é assim”, diz ela, ao tentar se explicar para o adolescente. “O imaginário brasileiro tem uma noção equivocada sobre Brasília.  Os corruptos não são daqui. A Operação Lava Jato, por exemplo,  flagrou criminosos de outros estados”, ressalta Brasilmar. Apesar da crítica, o sociólogo vê como positivo a exibição de uma minissérie que rompe com o eixo Rio-São Paulo, tradicional cenário das tramas da Globo.

Um obcecado confesso da cidade, o poeta Nicolas Behr lamenta que os brasileiros associem a capital às crises políticas e à má administração de alguns gestores. Criador da frase “sou de Brasília, mas juro que sou inocente”, Nicolas prefere celebrar a cidade pulsante, rebelde e criativa em que vive. “O poder não merece Brasília”, sentencia. O poeta, nascido em Mato Grosso e radicado no Distrito Federal desde os 16 anos de idade, diz sonhar com o dia em que a cidade não será mais a sede política do país. Algo que só acontecerá, segundo ele, daqui a 200 anos, devido ao histórico do Brasil de troca de capital de dois em dois séculos – casos de Salvador e Rio de Janeiro.

Arte que imita a vida

As semelhanças entre a trama e os escândalos políticos chamam a atenção. “Parece que a narrativa da série saiu dos noticiários”, observa Brasilmar Ferreira. Na minissérie, Cláudio Drummond é advogado e fundador da empreiteira que leva o nome da família. Financia partidos políticos para obter benefícios em licitações. Acaba investigado pela Polícia Federal (PF). A vida imita a arte?

Na primeira semana da série, Cláudio convoca uma reunião em que todos os convidados são revistados antes de entrar na sala de negócios. O objetivo é claro: direcionar uma milionária licitação. “A ideia é sairmos daqui hoje com todas as alterações necessárias para ganhar a concorrência. A costura com o ministro nos dará a melhor obra que já fizemos”, avisa. A equipe do empresário cria cláusulas no documento para impossibilitar a participação de outras empresas de engenharia na disputa pelas obras. Esse tipo de prática, comum aos cartéis, parece ter saído dos autos da Operação Lava Jato.

Produzida em parceria pela O2 Produções, de Fernando Meirelles, e pela TV Globo, a obra expôs a história de quatro casais que vivem o dilema da traição. O roteirista Euclydes Marinho reinventou um de seus trabalhos de 1982, a minissérie “Quem ama não mata”, ambientada em Niterói (RJ).

Na capital federal, Cláudio Drummond é quem centraliza o enredo ao influenciar a maioria dos personagens. O empreiteiro realiza contratos ilícitos com o governo, mantém um caso explosivo com a prostituta Danny Bond,  que também se envolve com a esposa do empresário, Marília (interpretada pro Maria Fernanda Cândido). Cláudio trata de forma fria e calculista a mulher e faz de gato e sapato os seus irmãos Hugo (João Miguel) e Joel (João Baldasserini). Além de tudo, é o pai daquele que seria seu sobrinho, Júnior, resultado de um caso que teve em segredo com a cunhada Tânia (Adriana Esteves), esposa de Hugo. Com todo esse enredo, é fácil imaginar o porquê do ponto de interrogação incluído no título da minissérie – “Felizes para sempre?”.

Avaliação negativa do governo Dilma sobe de 24% em dezembro para 44% em janeiro

A avaliação ótima/boa do governo de Dilma Rousseff caiu de 42% em dezembro para 23% agora. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada nesse sábado (7). Já avaliação dos que consideram o governo da petista ruim e péssimo subiu de 24% em dezembro para atuais 44%, de acordo com o levantamento.

Os resultados vêm em meio à combinação do escândalo de corrupção na Petrobras e da piora da economia brasileira. Trata-se da pior marca desde que Dilma chegou ao Planalto e da avaliação mais baixa de um governo federal desde Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1999 (46% de ruim/péssimo).

Segundo o Datafolha, 77% dos entrevistados acreditam que Dilma tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. De cada dez entrevistados, seis consideram que a presidente mentiu durante a campanha eleitoral. Para 46%, ela falou mais mentiras que verdades – desses, 25% se dizem petistas. E, para 14%, Dilma só disse mentiras.

Nota vermelha

De acordo com o levantamento do Datafolha, Dilma obteve a primeira nota vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela reeleição.

Ezequiel monta sua equipe

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado, Ezequiel Ferreira de Souza, está montando sua equipe.

Já foram anunciados os nomes do advogado, Augusto Carlos Viveiros para a Secretaria Geral do Poder Legislativo; Coronel Araújo para o comando da Policia  Legislativa e do empresário e blogueiro, Bruno Geovanni para a diretoria da TV Assembléia.

Para presidência da Fundação Djalma Marinho, foi nomeado  Luiz Eduardo Bulhões.

Dary Dantas Filho continua na Coordenação do PROCON Legislativo, e Pádua Martins ficou mantido na chefia do Cerimonial.

 

O MPRN não recorreu e Carlos Eduardo Alves correu!

A sociedade natalense tem que saber o alto grau de influência do prefeito no Ministério Público do Estado. A força é tão grande que depois de 6 anos afirmando e recorrendo da rejeição das contas do prefeito, o MPRN (Ministério Público do RN) ficou inerte e calado, não recorrendo ao STF ( Superior Tribunal Federal).

Em breve, publicaremos o parecer do Procurador de Justiça, Arly Brito, que no dia do julgamento ficou “caladinho da silva“, apesar de estar presente à sessão. O TCE ( Tribunal de Contas do Estado) deveria fiscalizar possível crime de prevaricação cometido, pois o MP deixou de recorrer. O combatente promotor , Cristiano Baia, fez a sua parte no primeiro grau de juridição. Neste caso, “entrou pela perna do pato e saiu pela perna do pinto, para o MPRN, o prefeito Alves pode fazer mais cinco“.