Arquivo diários:16/03/2015

População do KM-6 protestam contra o prefeito AVON

Moradores fecharam a rodovia no início da manhã desta segunda-feira
Moradores fecharam a rodovia no início da manhã desta segunda-feira

Com a volta da onda de protestos, os moradores da rua Jonas Leite, nas imediações do KM-6, resolveram fechar a BR-226, nesta segunda-feira, protestando contra a administração do prefeito, Carlos Eduardo Alves.

Os moradores reivindicam a pavimentação da rua que é uma das principais vias da Zona Oeste de Natal.

Os manifestantes dizem que o prefeito só sabe maquiar as ruas e avenidas dos bairros nobres de Natal, deixando as vias secundárias em total abandono.

 

15 frases dos protestos pró e antigoverno

Pela avenida Paulista passaram, nos últimos dias, multidões de manifestantes, começando na sexta-feira por dezenas de milhares de pessoas que saíram em defesa da presidente Dilma Rousseff e culminando neste domingo com centenas de milhares de pessoas críticas ao governo.

A avenida paulistana foi uma amostra de atos de diferentes magnitudes que ocorreram em todo o país, nos dois dias.

De pedidos de impeachment à defesa da Petrobras, a BBC Brasil selecionou algumas frases levadas às ruas pelos manifestantes:

“Pode chover, pode molhar, ninguém segura a resistência popular” – entoada pelos manifestantes ligados a sindicatos e movimentos sociais no dia 13 de março.

“Odeia o Brasil? Vá prá Miami lavar privada!” – encontrada em um cartaz na manifestação de sindicatos e movimentos sociais pró-Dilma em São Paulo, no dia 13 de março.

“Prefiro lavar privada em Miami a passar fome em Cuba” – encontrada em um cartaz na manifestação anti-governo em São Paulo, no dia 15 de março.

“A Petrobras é do povo” – encontrada em adesivos na manifestação pró-Dilma em São Paulo, no dia 13 de março.

“S. Forças Armadas” – encontrada em cartazes e camisetas nas manifestações do dia 15 de março.

“Intervenção militar já” – encontrada em cartazes e adesivos de manifestantes no dia 15 de março.

“Quem não pula é golpista!” – entoada pelos manifestantes ligados a sindicatos e movimentos sociais no dia 13 de março.

“A nossa bandeira jamais será vermelha” – entoada por manifestantes em São Paulo no dia 15 de março.

“Lula cachaceiro, devolve o meu dinheiro” – entoada por manifestantes anti-PT nos protestos do dia 15 de março.

“Eu não quero viver em outro país. Eu quero viver em outro Brasil” – encontrada em cartazes de manifestantes em São Paulo no dia 15 de março.

“Liberté, Egalité, Fraternité e Fora PT” – em cartaz de manifestante em São Paulo no dia 15 de março.

“Nem chuva, nem vento derruba os movimentos” – entoada pelos manifestantes ligados a sindicatos e movimentos sociais no dia 13 de março.

“S. aposentado: sem dinheiro, sem saúde, sem tesão. Fora corrupção” – encontrada em cartaz de manifestante no Rio de Janeiro no dia 15 de março.

“Fora Dilma, Alckmin, o PMDB e o Valdívia” – faixa estendida por dois manifestantes em São Paulo, no dia 15 de março. Renan Zani, 26, e Gustavo Cavalheiro, 37, explicaram seu cartaz à BBC Brasil: “Temos que pensar em tudo o que está errado (no país), o protesto não pode ser monotemático. Ainda não há provas para o impeachment da Dilma, (mas) viemos mostrar que tem gente contra a situação. Sobre o Alckmin, não estamos contentes com a maneira como a crise hídrica (em SP) foi administrada nos últimos 20 anos. A raiva do Valdívia (jogador do Palmeiras) é porque ele ganha muito e não joga. E o PMDB nunca foi eleito, mas governa o país desde o Sarney.”

Ministros falam em TV e o povo responde com panelaço

Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, foram escalados pelo governo para falar após as manifestações que ocorreram em todo o país. Ambos ressaltaram que os manifestantes têm em comum o desejo de combater a corrupção e anunciaram que o governo enviará ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um conjunto de medidas nesse sentido.

“É por isso que o governo, que tem uma clara postura de combate à corrupção, irá anunciar algo que já era uma promessa eleitoral da presidente Dilma Rousseff, que é um conjunto de medidas de combate à corrupção e à impunidade”, explicou Cardozo.

Segundo ele, essas medidas ainda não tinham sido enviadas ao Congresso porque necessitavam de ampla análise técnica e jurídica, inclusive porque algumas delas não podem ser de iniciativa do Poder Executivo. No entanto, Cardozo disse que a formulação delas já está em ponto avançado e, por isso, será possível divulgá-las em breve.

Durante a entrevista dos ministros, transmitida por emissoras de TV, moradores de algumas cidades, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, voltaram a se manifestar com panelaço e buzinaço. No último domingo (8), enquanto a presidenta Dilma Rousseff falava em rede nacional de rádio e televisão, em seu pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher, várias cidades do país registraram protestos desse tipo

Aécio não vai a protestos e divide opiniões de internautas

aecio davila

O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou neste domingo, 15, que optou por não participar das manifestações deste domingo contra o governo Dilma Rousseff para deixar claro que o povo brasileiro é o “grande protagonista” dos protestos. Em vídeo publicado no Facebook em que está vestido com uma camisa da seleção brasileira, o tucano avaliou que este domingo ficará lembrado “para sempre” como o “Dia da Democracia”. Aécio pediu ainda que a população não se “disperse”, pois o “caminho” ainda “está começando a ser trilhado”.

“Depois de refletir muito, eu optei por não estar nas ruas neste domingo, para deixar muito claro quem é o grande protagonista destas manifestações. E ele é o povo brasileiro, o povo cansado de tantos desmandos, de tanta corrupção. Mas o caminho só está começando a ser trilhado. Por isso, não vamos nos dispersar!”, afirmou à revista IstoÉ. Apesar de não participar das passeatas nas ruas, Aécio foi visto falando ao telefone e acompanhando o protesto da janela de seu apartamento no bairro de Ipanema, Zona Sul da capital carioca.