Arquivo diários:17/08/2015

Janot denunciará Cunha e Collor esta semana

Como ambos possuem foro privilegiado, o caso será analisado pelo STF. Caso o Supremo aceite a denúncia, os dois se tornarão réus no processo

Da Redação, com BandNews

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciará até no máximo sexta-feira o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao Supremo Tribunal Federal (STF), como consequência das investigações da Operação Lava Jato. A informação foi dada com exclusividade pelo diretor de jornalismo da Band Brasília, Sérgio Amaral.

De acordo com o jornalista, a equipe de coordenação da Operação Lava Jato no gabinete do procurador-geral concluiu o estudo de ao menos três inquéritos dos políticos suspeitos de participação dos esquemas apurados na operação.

 

Os três inquéritos com estudo concluído envolvem, além de Cunha e Collor, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo Amaral, porém, o ex-governador de Minas Gerais não será denunciado, pois nada que o incriminasse foi constatado durante as investigações.

 

Como Collor e Cunha possuem foro privilegiado, o caso será analisado pelo STF.  Caso o Supremo aceite a denúncia, os dois se tornarão réus no processo

Depois das manifestações vem chumbo-grosso para Dilma

As manifestações ocorridas neste domingo (16) contra a presidente Dilma Rousseff em todo o país deverão animar os discursos no começo desta semana no Congresso. Enquanto lideranças do governo e da oposição fazem o balanço dos protestos, cada qual à sua maneira, o Palácio do Planalto tem um motivo imediato para se preocupar: a votação do projeto de lei que corrige o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Pesadelo para os ajustes orçamentários do governo Dilma, a proposta articulada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende corrigir a remuneração do fundo pela taxa da poupança (hoje algo em torno de 6,7% ao ano). Na prática, isso representa o dobro da atual correção.

O governo teme que a aprovação da mudança comprometa a execução do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Os recursos conquistados por meio do FGTS costumam ser utilizados como fonte de financiamento para as famílias de baixa renda na compra da casa própria. De acordo com a Caixa Econômica Federal, a alta do rendimento sobre o FGTS aumentará os juros das parcelas dos empréstimos em até 38%.

Com líderes da oposição, ‘Fora, Dilma’ reúne 795 mil pelo Brasil, diz PM

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Manifestação em Natal – Foto Márlio Forte

Do UOL, em São Paulo

 

Pelo menos 59 cidades em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal participaram neste domingo (16) da terceira grande manifestação nacional do ano contra o governo da presidente Dilma Rousseff, com público geral calculado pelas Polícias Militares estaduais em 795 mil pessoas. Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT foram novamente os principais alvos dos atos, que pediram o impeachment da presidente.

Na primeira manifestação, no dia 15 de março deste ano, o público estimado pelas PMs dos Estados foi de 2 milhões. Em 12 de abril, ao menos 560 mil participantes foram para as ruas, segundo as PMs. As corporações do Rio de Janeiro e de Pernambuco não divulgaram estimativa de público neste domingo (16). As PMs também não registraram nenhum grave incidente de violência ou vandalismo pelo país.

Dois dos principais nomes da oposição no Brasil participaram pela primeira vez das manifestações nas ruas. Em Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que não aceita “tanta impunidade, corrupção e mentira” e foi carregado nos ombros por populares. Já em São Paulo, onde ocorreu a maior manifestação, na avenida Paulista, com 135 mil pessoas segundo o Datafolha e 350 mil segundo a PM, o senador José Serra (PSDB-SP) foi muito assediado e teve o nome conclamado pelos ativistas.

Na semana que antecedeu os protestos, a presidente Dilma manteve uma agenda de eventos em que tentou se reaproximar de movimentos sociais. Outra reação do governo foi apoiar a chamada Agenda Brasil, relações de propostas elaborada por senadores governistas e ministros para tentar ajudar na recuperação econômica do país.

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, disse, por meio de sua assessoria, que o governo “viu as manifestações dentro da normalidade democrática”. Segundo o blog do Fernando Rodrigues, Dilma mandou os ministros não concederem entrevistas. Na tarde deste domingo, a presidente se reuniu com seus ministros da articulação política para avaliar os protestos.

Um dos principais alvos das manifestações, o ex-presidente Lula ainda não é investigado pela Lava Jato, apesar de seu envolvimento com o empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso pela operação. Um boneco inflável de Lula vestido de presidiário foi colocado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Cerca de 1.500 pessoas participaram neste domingo de um ato em solidariedade ao ex-presidente na frente do seu instituto, na zona Sul de São Paulo.

Enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi alvo de críticas em algumas capitais, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não foi diretamente criticado pelas organizações dos eventos. Ambos também tiveram seus nomes citados na Lava Jato este ano. Após assumir oposição a Dilma, Cunha está analisando na Câmara pedidos de impeachment contra a presidente.

‘Anticomunismo’ e apoio a Moro

Em São Paulo, a avenida Paulista ficou toda tomada por manifestantes. Os grupos Vem Pra Rua, Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre foram os principais organizadores.

Palavras de ordem contra Dilma, o PT e os ideais de esquerda do partido foram a tônica do ato. “Quem acha que comunismo deve ser crime no Brasil?”, diz um homem sobre o carro de som dos Revoltados Online. “Eeeeeu”, responde o público. “O comunismo matou mais do que o nazismo”, diz o discurso. O Vem Pra Rua chegou a puxar uma vaia para Renan Calheiros e entoou gritos de “pé na bunda dela porque o Brasil não é a Venezuela”.

Em Curitiba, cerca de 60 mil pessoas participaram dos atos, que também deram apoio ao juiz federal Sergio Moro em razão de sua atuação na operação Lava Jato. Outro nome elogiado foi o secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, que esteve na avenida Paulista em um veículo da tropa de choque da Polícia Militar e foi saudado pelos manifestantes com gritos de “Viva a PM”.

Com líderes da oposição, 'Fora, Dilma' reúne 795 mil pelo Brasil, diz PM

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Manifestação em Natal – Foto Márlio Forte

Do UOL, em São Paulo

 

Pelo menos 59 cidades em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal participaram neste domingo (16) da terceira grande manifestação nacional do ano contra o governo da presidente Dilma Rousseff, com público geral calculado pelas Polícias Militares estaduais em 795 mil pessoas. Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT foram novamente os principais alvos dos atos, que pediram o impeachment da presidente.

Na primeira manifestação, no dia 15 de março deste ano, o público estimado pelas PMs dos Estados foi de 2 milhões. Em 12 de abril, ao menos 560 mil participantes foram para as ruas, segundo as PMs. As corporações do Rio de Janeiro e de Pernambuco não divulgaram estimativa de público neste domingo (16). As PMs também não registraram nenhum grave incidente de violência ou vandalismo pelo país.

Dois dos principais nomes da oposição no Brasil participaram pela primeira vez das manifestações nas ruas. Em Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que não aceita “tanta impunidade, corrupção e mentira” e foi carregado nos ombros por populares. Já em São Paulo, onde ocorreu a maior manifestação, na avenida Paulista, com 135 mil pessoas segundo o Datafolha e 350 mil segundo a PM, o senador José Serra (PSDB-SP) foi muito assediado e teve o nome conclamado pelos ativistas.

Na semana que antecedeu os protestos, a presidente Dilma manteve uma agenda de eventos em que tentou se reaproximar de movimentos sociais. Outra reação do governo foi apoiar a chamada Agenda Brasil, relações de propostas elaborada por senadores governistas e ministros para tentar ajudar na recuperação econômica do país.

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, disse, por meio de sua assessoria, que o governo “viu as manifestações dentro da normalidade democrática”. Segundo o blog do Fernando Rodrigues, Dilma mandou os ministros não concederem entrevistas. Na tarde deste domingo, a presidente se reuniu com seus ministros da articulação política para avaliar os protestos.

Um dos principais alvos das manifestações, o ex-presidente Lula ainda não é investigado pela Lava Jato, apesar de seu envolvimento com o empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso pela operação. Um boneco inflável de Lula vestido de presidiário foi colocado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Cerca de 1.500 pessoas participaram neste domingo de um ato em solidariedade ao ex-presidente na frente do seu instituto, na zona Sul de São Paulo.

Enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi alvo de críticas em algumas capitais, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não foi diretamente criticado pelas organizações dos eventos. Ambos também tiveram seus nomes citados na Lava Jato este ano. Após assumir oposição a Dilma, Cunha está analisando na Câmara pedidos de impeachment contra a presidente.

‘Anticomunismo’ e apoio a Moro

Em São Paulo, a avenida Paulista ficou toda tomada por manifestantes. Os grupos Vem Pra Rua, Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre foram os principais organizadores.

Palavras de ordem contra Dilma, o PT e os ideais de esquerda do partido foram a tônica do ato. “Quem acha que comunismo deve ser crime no Brasil?”, diz um homem sobre o carro de som dos Revoltados Online. “Eeeeeu”, responde o público. “O comunismo matou mais do que o nazismo”, diz o discurso. O Vem Pra Rua chegou a puxar uma vaia para Renan Calheiros e entoou gritos de “pé na bunda dela porque o Brasil não é a Venezuela”.

Em Curitiba, cerca de 60 mil pessoas participaram dos atos, que também deram apoio ao juiz federal Sergio Moro em razão de sua atuação na operação Lava Jato. Outro nome elogiado foi o secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, que esteve na avenida Paulista em um veículo da tropa de choque da Polícia Militar e foi saudado pelos manifestantes com gritos de “Viva a PM”.