Arquivo diários:05/09/2015

Brasil quer prorrogar regra que facilita concessão de refúgio a sírios

NATUZA NERY
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Diante da crise de refugiados na Europa e da fuga de milhões de sírios de seu próprio país, o governo brasileiro quer prorrogar as regras que flexibilizam o ingresso dessa população no Brasil.

A medida permite a facilitação do visto. Uma vez em território nacional, eles podem solicitar o refúgio.

“A situação é dramática e o Brasil não pode se furtar de ajudar como puder”, disse à Folha o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos.

“A foto do menino Aylan Kurdi chocou o mundo e é uma demonstração clara e evidente de como a situação tem se agravado”, acrescentou, em referência à imagem do corpo da criança de três anos, encontrado em praia da Turquia.

Dilma também afirmou que ficou comovida com a foto do corpo do menino sírio e criticou a conduta dos países europeus.

“Todos vocês viram aquele menininho sírio de três anos, morto porque não foi acolhido, morto porque foi abandonado, morto porque os países criaram barreiras para a entrada desse menino”, disse.

E acrescentou que o Brasil se distingue do resto do mundo pela diversidade étnica e pela capacidade de “resistência” e “superação” dos brasileiros.

Milionário egípcio se oferece para comprar uma ilha para os refugiados

 

AFP

No Cairo

O multimilionário egípcio Naguib Sawiris se ofereceu para comprar uma ilha em águas da Grécia ou da Itália para acomodar os milhares de migrantes que fogem da Síria ou de outros conflitos.

O magnata das comunicações anunciou a iniciativa no Twitter.

 

“Grécia ou Itália, me vendam uma ilha, declararei sua independência, abrigarei lá imigrantes e proporcionarei trabalho na construção do novo país”, acrescentou.

Sawiris disse, em entrevista à televisão local, que contatará os governos grego e italiano para abordar este plano.

“Há dezenas de ilhas desertas onde podem caber milhares de refugiados”, afirmou ainda, acrescentando que uma ilha grega ou italiana deve custar entre 10 e 100 milhões de dólares. Também admitiu que a ideia poderá enfrentar obstáculos de ordem jurídica.

Segundo ele, no início haveria abrigos temporários, mas depois seriam criados empregos para construir casas, escolas e hospitais.

“E, se as coisas melhorarem, se eles desejarem voltar a seus países de origem, podem voltar”, explicou Sawiris, cuja família é proprietária do famoso balneário El Gouna, no litoral do Mar Vermelho egípcio.

Sawiris é presidente da operadora de telecomunicações Orascom TMT e de um canal de televisão egípcio.

Mais de 2.300 pessoas morreram no mar tentando alcançar a Europa desde janeiro.

Planalto e PMDB criticam Temer após declarações contra Dilma

Integrantes do PMDB e do Palácio do Planalto ficaram surpresos com “distanciamento” do vice-presidente em evento realizado com empresários, em São Paulo

Integrantes do PMDB e do Palácio do Planalto criticaram, nesta sexta-feira (4) e de forma reservada, as declarações dadas pelo vice-presidente Michel Temer em um encontro realizado com empresários na tarde desta quinta-feira (3). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O vice-presidente Michel Temer disse que Dilma Rousseff não chegará ao final do mandato caso mantenha altos índices de reprovação. Pesquisas recentes apontam que Dilma tem apoio de apenas 7% dos eleitores. “Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”, sentenciou. O evento foi organizado por membros do movimento “Acorda, Brasil”, de oposição à presidente.

Segundo informações da Folha, “integrantes do Palácio do Planalto disseram que não esperavam uma linha pública de tão claro distanciamento”. “Até mesmo congressistas do partido que atuam em sintonia com o vice afirmaram, em caráter reservado, que Temer ‘caiu numa armadilha’ ao participar de um evento organizado por movimento que defende o impeachment da petista”, descreve o jornal.

O PMDB, atualmente, já discute uma maneira de deixar a base do governo, mas paulatinamente e integrantes da legenda enxergaram nas declarações de Temer uma possibilidade de que esse afastamento seja antecipado.

 

Confira a matéria na íntegra

Revista Época: propina atômica do PMDB

Epoca

Por Época

Às vésperas das eleições do ano passado, já com a Lava Jato fazendo a República tremer, o empreiteiro Ricardo Pessôa, dono da UTC, encontrou-se com o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro. O almirante era o responsável pela retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, parada desde a década de 1980. Naquele momento, após anos de negociações, os contratos, que somavam R$ 3,1 bilhões, estavam prestes a ser assinados com o consórcio de empreiteiras liderado por Pessôa. O almirante Othon, que fora indicado ao cargo pelos senadores do PMDB, foi direto: “Vocês estão muito bem qualificados, vão ganhar, então vocês vão precisar contribuir para o PMDB”. Estava verbalizada, mais uma vez na longa história da corrupção política do Brasil, a chamada regra do jogo – o uso criminoso da máquina pública para enriquecer políticos e empresários, mantendo ambas as partes no comando do Estado.

Até agora, sabia-se que Pessôa, que se tornou um dos principaisdelatores da Lava Jato, acusara Lobão de participar do esquema nas obras de Angra 3. Houve menções vagas, também, a negociações entre o cartel do petrolão, com Pessôa à frente, e chefes do PMDB. Muito do que já se conhece da delação de Pessôa, porém, restringe-se às propinas para as campanhas presidenciais do PT em 2006 (Lula), 2010 (Dilma) e 2014 (Dilma novamente), cuja investigação foi pedida sigilosamente pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Quase nada se sabe sobre os bastidores – e as provas – da negociação e dos pagamentos de propina das empreiteiras do consórcio de Angra 3 aos senadores do PMDB. Segundo as investigações, se cartel havia entre as empreiteiras, cartel havia também entre os senadores do PMDB. E esse cartel do Senado é o próximo alvo de Janot e sua equipe – uma caça que se desenrolará nas semanas que virão, ameaçando ainda mais a frágil estabilidade política que ainda resta no Congresso, especialmente após a dura denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também do PMDB.

ÉPOCA obteve acesso ao material de caça de Janot. Trata-se de um conjunto de documentos das investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Polícia Federal e da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba sobre a participação dos senadores do PMDB no esquema de Angra 3 – a maioria deles, inéditos. A reportagem também entrevistou investigadores, parlamentares e operadores do PMDB. Dessa apuração, emergem os detalhes desconhecidos do caso que, até o momento, destaca com mais força o envolvimento da trinca do PMDB do Senado – o presidente da Casa, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lobão – na Lava Jato. Eles já são investigados no Supremo por suspeita de participação no petrolão. Renan, por exemplo, será denunciado em breve num desses processos. No eletrolão, que mimetizava a roubalheira da Petrobras na Eletronuclear e na Eletrobras, descobre-se não somente que os três chefes do PMDB no Senado são acusados de receber propina – descobre-­se que eles negociaram o pedágio pessoalmente, sem intermediários, como homens de negócio.

Nas próximas semanas, Janot pedirá a Teori autorização para investigar Renan e Jucá no caso de Angra 3 – Lobão já é investigado. Entre os investigadores, as últimas semanas foram tensas. Muitos queriam denunciar a turma do PMDB do Senado antes da sabatina de Janot na Casa. Também pressionavam para que o procurador-geral pedisse logo, formalmente, a investigação contra Renan e Jucá no caso Angra 3. No final de julho, os delegados da PF que atuam na Lava Jato, em Brasília, cobraram Janot e sua equipe, por escrito: por que não investigar Renan e Jucá no caso Angra 3? Janot optou pela estratégia de aguardar a recondução para, em seguida, partir para o ataque à turma do Senado. Ele foi reconduzido há duas semanas, com tranquilidade. Agora, sua equipe acelera os trabalhos para preparar os torpedos contra o PMDB do Senado.

O questionamento dos delegados sobre Renan e Jucá também foi enviado ao ministro Teori. Eles tinham razão em reclamar. As provas do caso apontam igualmente para os três senadores do PMDB. Há quatro delações premiadas, fechadas ou em andamento, algumas conhecidas e outras sigilosas, que fornecem as principais provas do que ÉPOCA narra nesta reportagem. A principal é a do empreiteiro Ricardo Pessôa, que tratava diretamente com os senadores e o almirante Othon. Há, também, as delações de dois executivos daCamargo Corrêa: Dalton Avancini e Luiz Carlos Martins. Martins era o homem da Camargo no projeto Angra 3. Está falando aos procuradores em Brasília. Há, por fim, a delação de Walmir Pinheiro, diretor financeiro da UTC, o encarregado de entregar a propina aos senadores do PMDB – e a muitos outros políticos. Teori, até agora, ainda não homologou a delação de Walmir Pinheiro. Em sigilo inquebrantável estão, por enquanto, as provas de que políticos com foro recebiam propinas em contas secretas em paraísos fiscais. Neste caso, também, há mais delações premiadas.

Renan Calheiros  (Foto: Igor Pereira / Editora Globo e Sérgio Lima/Folhapress)

Outro lado

Os senadores do PMDB negam, veementemente, qualquer participação no eletrolão. Lobão disse, por meio de seu advogado: “A hipótese é completamente uma fantasia e o delator não tem nenhum compromisso com a verdade. Pura ficção mental”. Renan admitiu ter se encontrado com Pessôa – mas apenas isso. “O senador informa que esteve com o empresário mencionado. A doação obtida em nome do Diretório foi dentro do que prevê e permite a lei. O Senador agrega que jamais solicitou doações que fossem consequência de quaisquer impropriedades e que não se sente devedor de nenhum doador. O Senador também não conhece nenhum diretor da empresa responsável pela obra citada”, disse, em nota.

O senador Romero Jucá também negou tudo. “Não tenho conhecimento da delação e estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento que o Ministério Público pedir. Não participei de nenhuma irregularidade em contratos com qualquer estatal”, disse, por meio da assessoria. Rodrigo Jucá não quis se pronunciar. O Consórcio Angramon, composto das empreiteiras que venceram os contratos de R$ 3,1 bilhões, negou qualquer irregularidade: “O Consórcio Angramon nunca efetuou nenhum pagamento de propina. Não podemos responder pelo que supostamente teria sido feito individualmente por qualquer pessoa ou empresa, mas podemos afirmar que todo ato relativo ao consórcio foi e está sendo executado dentro da legislação”. A UTC diz que não comenta casos sob investigação. Sibá Machado não retornou as ligações de ÉPOCA.

Na quinta-feira, o juiz Sergio Moro aceitou denúncia do MPF contra o almirante Othon e dirigentes das empreiteiras do cartel. Em sua decisão, Moro disse: “O caso é um desdobramento dos crimes de cartel, ajuste de licitação e propinas no âmbito da Petrobras, sendo identificadas provas, em cognição sumária, de que as mesmas empresas, com similar modus operandi, estariam agindo em outros contratos com a Administração Pública, aqui especificamente na Eletrobras Termonuclear S/A – Eletronuclear”. A regra do jogo está sob perigo.

REPORTAGEM COMPLETA NA REVISTA ÉPOCA QUE ESTÁ NAS BANCAS

Carlos Eduardo Alves admite que é um prefeito AVON

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves deve viver noutra cidade, ele certamente não trafega pelo nosso trânsito caótico, não usa o sistema de trasporte coletivo, caro e desconfortável.  Quando chove, ele deve ficar em casa,  pois não deve transitar em  nossa cidade inundada sem drenagem, e nunca vai aos bairros periféricos onde lixo e buracos não são maquiados.

A maquiagem que ele reconhece fazer é apenas nas principais avenidas, no resto o desmantelo é grande.

A cidade que o nosso prefeito exalta deve ser o Rio de Janeiro onde ele passa quase todos finais de semana.

Ele deveria explicar como manda comprar R$ 100 de pirulitos e não abastece os postos de saúde com vacinas para as crianças de Natal.

Veja o que o prefeito disse sobre suas maquiagens: 

“O que essa minoria inconformada gostaria de ver era a cidade com lixo na rua, a cidade completamente esburacada, a cidade feia, a cidade sem jardins, uma cidade mal cuidada, a educação arrasada, a saúde arrasada, não vão ver. Não paguem essa aposta, não façam essa aposta, porque vocês não vão pagar, tá certo? Então eles costumam chamar isso de maquiagem. Se isso é maquiagem, então isso é maravilhoso. Eu quero é minha cidade limpa, com lixo recolhido, os canteiros pintadinhos, ali, sabe? Agora também eu quero as crianças fardadas nas escolas, com seu fardamento, com sua merenda, cujo cardápio é feito por nutricionistas, desde a nossa última administração, que fizemos um concurso específico para isso. Eu quero é os projetos sociais funcionando, com seriedade, com respeitabilidade, como eu estou agora visitando vários projetos da Prefeitura…isso é que é importante. Nós temos hoje prefeito em Natal e temos administração”.

Imagens que valem por mil palavras:

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