Desfile de 7 de setembro em Brasília termina com atos de vandalismo

Aproximadamente 25 mil pessoas participaram do desfile cívico. No final, um muro de aço colocado para proteger autoridades foi pichado e derrubado por manifestantes

O desfile do Dia da Independência nesta segunda-feira (7), em Brasília, reuniu em torno de 25 mil pessoas conforme a Polícia Militar do Distrito Federal (PM) e terminou com atos de vandalismo. Um muro de aço erguido para proteger as autoridades que assistiam ao evento foi pichado e derrubado por manifestantes.

O desfile de 7 de setembro começou por volta das 9h com a presença da presidente Dilma Rousseff. Ela assistiu a todo o evento, que durou cerca de 1h40, ao lado do vice-presidente Michel Temer e de 13 ministros. Ao todo, 3 mil militares participaram do desfile que custou cerca de R$ 800 mil aos cofres públicos. Cerca de R$ 300 mil a menos em comparação aos gastos do ano passado.

Entre os que estavam ao lado de Dilma, se destacavam os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Jaques Wagner, da Defesa; José Eduardo Cardozo, da Justiça e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social.

Para proteger as autoridades que estavam no desfile, a organização ergueu, pela primeira vez, um muro de aço na Esplanada dos Ministérios. O acesso às arquibancadas foi limitado e houve fila para conseguir acesso ao desfile, já que as pessoas precisaram ser revistadas. A mudança revoltou parte do público, que acordou cedo para assistir ao evento. A novidade foi classificada por opositores do governo como “Muro da Vergonha”.

No final do desfile, manifestantes picharam o muro de aço com frases como “fora Dilma”, “impeachment já” ou “intervenção militar já”. Houve também quem desenhasse no muro o boneco inflável “Pixuleco”, uma caricatura do ex-presidente Lula vestido de presidiário. O “Pixuleco” se tornou um símbolo dos protestos contrários ao governo federal.

Depois disso, o muro também foi chutado e derrubado por manifestantes. A Polícia Militar interveio e conseguiu dispersar rapidamente os insatisfeitos. Até o fechamento desta matéria, ninguém havia sido preso.

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