Eduardo Cunha se defende no twitter de acusações de lobista do PMDB

De Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), postou em seu twitter na noite desta segunda-feira, 28, uma sequência de quatro mensagens em que rebate a denúncia do empresário João Augusto Henriques.

Apontado como lobista do PMDB, preso desde o dia 21 de setembro, Henriques afirmou à Polícia Federal que abriu conta na Suíça para repassar propina ao peemedebista. “Boa noite a todos. Quero desmentir com veemência ter recebido qualquer valor de quem quer que seja referente às denúncias vinculadas”, escreveu Eduardo Cunha.

Henriques seria um operador do partido atuando sobretudo em Minas Gerais, com influência em nomeações de diretores da Petrobrás, mas “sempre com a anuência do deputado federal Eduardo Cunha, que dava a palavra final sobre as nomeações”.

Outro delator da Operação Lava Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, afirmou à Força Tarefa da operação ter ouvido que “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobrás era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E a fonte da informação também seria Henriques.

Segundo Musa, Henriques lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. “Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobrás com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha.”

Cunha diz que ‘desconhece o teor de depoimentos’. Seu advogado, Antonio Fernando de Souza (ex-procurador-geral da República no governo Lula), ‘cuidará de responder na medida que conheça o conteúdo (das denúncias)’. Eduardo Cunha diz que por orientação expressa do advogado ‘não está comentando qualquer detalhe, ainda mais conteúdo que não teve acesso’.

No último post, escreveu. “Não poderia deixar de desmentir as insinuações de recebimento de qq vantagem. De quem quer que seja.”

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