Arquivo diários:22/12/2015

Vamos salvar o Bar de Temístocles

Tradicional ponto da boemia, dos desportistas, políticos, dos lançamentos de livros e de eventos culturais,sociais e esportivos dos nossos times na última década, o Bar de Temístocles, que funciona no prédio do Clube de Radioamadores (ao lado da Cidade da Criança) pode estar com os dias contados. De forma arbitrária e sem explicações razoáveis, o presidente Antônio Ferreira enviou comunicado informando que, perto de completar dez anos, o contrato seria encerrado neste mês de dezembro.

De acordo com associados e frequentadores do Bar de Temístocles, há existência de algum interesse econômico não explícito para sua retirada tão absurda. Principalmente quando na própria carta enviada pelo Clube a Temístocles Amador é elogiado seu trabalho, postura e luta, e no final desta mesma carta, comunica que terá que deixar o Clube!!

A notícia revoltou a maior parte dos sócios do Clube de Radioamadores que se mobiliza num abaixo-assinado e pretende ir até as últimas consequências para garantir a permanência de um dos bares mais tradicionais do Tirol. Seu arrendatário, Temístocles Amador, foi peça fundamental para que aquele prédio fosse tombado pelo Município de Natal e sempre cumpriu suas obrigações contratuais para com o Clube, além de fazer importantes reformas e melhorias para tornar o espaço um ponto social e cultural de referência.

O Bar de Temístocles é ponto tradicional de lançamento de livros, de eventos como o Festival do Camarão, dos projetos especiais com artistas potiguares do Choro, Samba e MPB e lugar de encontro dos desportistas da cidade.

Como frequentador deste espaço desde o primeiro dia de funcionamento, ao lado de amigos de longas datas e pessoas estimadas da cidade, tomei a iniciativa de elaborar este Press Release em formato de manifesto e pedir que o assunto seja divulgado amplamente para evitar uma brutal injustiça.

Não podemos permitir que tamanha arbitrariedade seja cometida para talvez beneficiar algum grande grupo econômico e assim destruir a imagem lendária do Bar de Temístocles (Ex-Kazarão).

Dionísio Outeda, jornalista e frequentador em nome de todos os clientes e associados indignados, com tamanho absurdo e que tomou a iniciativa de escrever este manifesto que reflete o pensamento de boa parte dos associados e de todos os frequentadores.

Líder do PMDB é sócio de dono de cervejaria que financiou campanha de Dilma, diz a Revista Época

A família Picciani e Walter Faria, da Itaipava, têm juntos pedreira comprada de um morto e avaliada em R$ 70 milhões

RAPHAEL GOMIDE E HUDSON CORRÊA

O ex-lider do PMDB na Câmera,Leonardo Picciani (Foto: Michel Filho / Ag. O Globo)A Revista Época publicou matéria relatando que nas eleições de 2014, o Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, se firmou como um grande doador de campanhas, destinando R$ 57,2 milhões a partidos e candidatos. Metade foi para a campanha da presidente Dilma Rousseff e para o PMDB do Rio de Janeiro. O partido fluminense ganhou R$ 11 milhões, e Dilma, R$ 17,5 milhões, a quarta maior contribuição recebida pela candidata petista

Segundo Época, desde 2011, o PMDB fluminense está sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. É pai de Leonardo Picciani, que se tornou líder do PMDB na Câmara e, em dezembro, já foi destituído e reconduzido ao cargo. Nos últimos meses, os deputados Picciani lançaram uma boia de salvação para Dilma no processo de impeachment, articulando uma base de apoio à presidente no PMDB. Foram recompensados com dois ministérios e prestígio junto a presidente.

Além de políticos influentes, os Picciani são empresários em ascensão. Em abril, ÉPOCA revelou que a família possui umapedreira no Rio de Janeiro – a Tamoio Mineração S.A. – avaliada em R$ 70 milhões. A reportagem mostrou que, em setembro de 2012, os Picciani compraram parte das ações de um empresário que morrera mais de um ano antes, em abril de 2011. Novo documento obtido por ÉPOCA mostra que um mês depois de adquirir a pedreira, a família se associou ao empresário Walter Faria, o dono da Cervejaria Petrópolis, responsável pelas generosas contribuições na campanha de 201

Na lista da revista Forbes, Walter Faria aparece como 11º homem mais rico do Brasil, dono de uma fortuna estimada em US$ 3,4 bilhões e poderoso investidor do ramo de bebidas. Em contraposição ao sucesso, o empresário tem um histórico de problemas com a Receita Federal e chegou a ser preso em 2005, acusado de sonegação fiscal. O dono da Itaipava entrou na sociedade da mineradora por meio de sua empresa, a GP Participações e Empreendimentos S.A., que comprou 20% da pedreira dos Picciani e de Carlos da Costa Pereira, o Carlinhos da Artsul, outro acionista. A família Picciani mantém suas ações em nome da Agrobilara Comércio e Participações.

O patriarca Jorge Picciani não vê problemas em manter sociedade com um grande doador do PMDB. “Não há conflito com a esfera do interesse público. Eles [da cervejaria] jamais contribuíram para as minhas campanhas ou de meus filhos, nem direta nem indiretamente”, disse o deputado, referindo-se ao fato de o dinheiro ter sido repassado ao partido. “Meus mandatos na presidência da Assembleia são exercidos com absoluta transparência, e o diálogo com as empresas não ocorre de maneira individual”, afirmou, em nota. Após ganhar favor milionário do governo, empresário doa R$ 17 milhões para campanha de Dilma

Walter Faria entrou na sociedade depois que Picciani fez o negócio com o homem morto. A assessoria do Grupo Petrópolis afirma que “a GP Investimentos tomou conhecimento da situação a partir da reportagem”. “A empresa avaliará e verificará as informações e agirá de acordo com as orientações legais cabíveis.” O Grupo Petrópolis afirmou, também em nota, que “doou, de maneira legal e registrada na Justiça eleitoral, para diversos partidos políticos, candidatos e comitês regionais, em todo o Brasil”.

No começo deste ano, ÉPOCA revelou que o Grupo Petrópolis, comandado por Faria, obteve um empréstimo de quase R$ 830 milhões em condições generosas do Banco do Nordeste. Duas semanas depois de selar a transação com o banco público, o grupo de Faria aportou os R$ 17,5 milhões na campanha de Dilma Rousseff. Dono da segunda maior cervejaria do país, o Grupo Petrópolis possui seis fábricas: duas na Região Serrana do Rio de Janeiro e as demais em São Paulo, Mato Grosso, Bahia e Pernambuco. As duas últimas foram construídas com o financiamento do Banco do Nordeste que é alvo de investigação do Ministério Público Federal.

Walter Faria e a família Picciani mantém relações próximas. Picciani participou da festa de inauguração da fábrica na Bahia, e a Itaipava foi patrocinador de destaque do 13º Leilão Cidade Maravilhosa, de gado nelore, promovido pelo deputado. O evento, realizado em março em um hotel de luxo em Mangaratiba, Litoral Sul fluminense, teve transmissão ao vivo pelo Canal Rural. A marca da cervejaria estampava o microfone do leiloeiro no evento, que arrecadou R$ 3,6 milhões, com a venda de 63 lotes de animais de raça. Picciani também pega caronas no helicóptero do amigo no Rio. Mas suas relações societárias com Faria sempre foram desconhecidas, até de políticos mais próximos.  O grupo Petrópolis informou que as decisões sobre patrocínios a eventos “são sempre tomadas em caráter técnico, visando ao fortalecimento das marcas”.

A mineradora de Picciani e Walter Faria informa em seu site que fornece brita para obras das Olimpíadas. A mineradora não mantém contratos diretamente com a Prefeitura do Rio nem com o governo do Estado, ambos governados pelo PMDB, mas entrega o material a empreiteiras contratadas para obras públicas pelos dois entes. Faria entrou na sociedade em um momento de prosperidade, no fim de 2012. Com o país em crescimento e às vésperas da Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, a cidade era um canteiro de obras públicas de infraestrutura, e a construção civil prosperava.

Desde a aquisição da Tamoio por Picciani, Carlinhos da Artsul e Walter Faria, a empresa recebeu enormes investimentos e multiplicou por cinco a produção. Em 2013, após a entrada de Walter Faria, teve início o ambicioso plano de investimentos, que envolveu a importação da Alemanha, por 10 milhões de euros, de uma sofisticada planta móvel  de britagem e peneiramento, com capacidade de 900 toneladas por hora. A mineradora se louva, em seu site, da “maior planta móvel do planeta”.

Sem quórum, CCJ não vota recurso favorável a Cunha

De Brasília

Plenário da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados vazio antes da sessãoPor falta de quórum, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados não conseguiu colocar em votação o recurso favorável ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apenas 13 deputados registraram presença, quando o quórum mínimo necessário era de 34 parlamentares na sessão. Agora, o recurso só será apreciado em fevereiro, com uma nova composição da comissão.

Os adversários de Cunha vieram à comissão, mas não registraram presença. “Não registramos para não aprovar a manobra de Eduardo Cunha”, alegou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Membros do Conselho de Ética também estiveram na sessão, mas não registraram presença.

O primeiro item da pauta da comissão era o recurso protocolado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) contra a votação da admissibilidade do processo disciplinar no Conselho de Ética. “A obstrução da tropa de choque de Dilma deixou claro quem está protelando”, criticou Marun. O deputado acredita que a CCJ deve prover o pedido e obrigar o Conselho de Ética a voltar o processo por quebra de decoro parlamentar do ponto relativo ao pedido de vista.

O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do recurso em favor de Cunha, defendeu que o processo disciplinar no Conselho de Ética contra o peemedebista seja consertado agora para evitar nulidades futuras. “Estamos numa democracia, não na Inquisição”, disse Nascimento.

O relator diz que o Conselho de Ética errou ao não conceder o pedido de vista do peemedebista Carlos Marun ao relatório do deputado Marcos Rogério (PDT-RO). Na avaliação de Nascimento, se o processo segue o curso correto, não há razão para procrastinação do trâmite processual. “Se (o Conselho de Ética) parar de errar, tem condição de andar”, enfatizou. Nascimento considera que, se parar o processo agora, evita-se que Cunha questione a ação disciplinar mais para frente.

O parlamentar nega relação de amizade com Cunha, mas usou um discurso parecido ao do peemedebista. De acordo com Nascimento, não pode haver no Conselho de Ética “justiçamento”, a vista é uma solicitação regimental e o colegiado “atropela” o regimento, dando a impressão de que comete equívocos propositais. Todos esses argumentos são utilizados diariamente por Cunha quando questionado sobre o processo no Conselho de Ética.

CPI na Câmara dos Deputados recomenda proibição de vaquejadas

Criada em agosto, a CPI dos maus-tratos animais na Câmara chega ao fim recomendando a proibição das vaquejadas, do uso de animais em rodeios e das rinhas de galo no país. Na última quarta-feira (16), os integrantes da comissão votaram o relatório final após quatro meses de trabalhos, mas os destaques ficaram para análise nesta terça-feira (22). No entanto, a expectativa é que os trabalhos sejam concluídos apenas em fevereiro do próximo ano, quando os deputados retornarem do recesso parlamentar.

A parte do relatório que atraiu mais discussões foi a recomendação, por parte da CPI, da aprovação de projetos que tratam do fim das vaquejadas, que impõem limites ao uso de animais em rodeios e também que acabam com a possibilidade de estados liberarem as rinhas de brigas de galo. “Há uma grande polêmica em relação à ocorrência ou não de maus-tratos nas manifestações populares e culturais, como a ‘farra do boi’, a briga de galo (‘rinhas’), vaquejadas etc. (…) tais condutas configuram práticas criminosas contra os animais”, escreveu o relator da CPI, Ricardo Tripoli (PSDB/SP).

Governadoria virou uma usina de sucurupimba, chafurdo e intriga

Amigos do governador apontam a chefe da Casa Civil como responsável pela desarticulação e desagregação do governo.

Apesar dos festejos natalinos, pessoas que frequentam à Governadoria afirmam que o clima é o pior possível entre os que lá estão labutando em favor do governador Robinson Faria.

Sucuripimba, intrigas, chafurdo, futricas, queimação e boatos, crise de vaidades tomam conta dos corredores.

Pessoas ligadas ao governador sabem que a secretária-chefe da Casa Civil, Tatiana Mendes Cunha tem criado atritos com os servidores e vários setores do governo. Segundo fontes da governadoria, ela é desagregadora e não tem capacidade de liderança e não sabe criar um bom ambiente de trabalho. Espera-se que o Gabinete do Governador tenha harmonia, serenidade e espirito de equipe entre seus membros.

Alguns amigos do governador querem dizer a ele, mas não tem coragem.

Estão comentando que do jeito que Carlos Augusto Rosado acabou co Rosalba, Tatiana vai acabar com Robinson.

O governador precisa investigar, muitas vezes ele é o ultimo a saber.

Robinson tem que colocar o ouvido no chão..

Brasil tem 2.782 casos suspeitos de microcefalia e 40 mortes, diz governo

A explosão da microcefalia no Brasil continua e o número de bebês que nascem com a deficiência não para de aumentar. Em uma semana, a doença se alastrou de forma considerável: de 2.401 para 2.782 casos. No mesmo período de sete dias, as notificações se espalharam para 69 municípios que ainda não haviam registrado casos. Investiga-se a relação entre casos de microcefalia (má-formação cerebral que pode trazer limitações graves ao desenvolvimento da criança) e o vírus zika (transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya). O total de casos notificados representa a maior incidência no país pelo menos nos últimos cinco anos, período em que há divulgação oficial de dados da doença.

Superavit comercial em 2016 no Brasil pode chegar a US$ 35 bi, diz ministro

Notas de dólarDA REUTERS

O Brasil deve registrar superavit comercial entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões em 2016, muito acima do resultado previsto para este ano, que deve superar os US$ 17 bilhões, disse nesta terça-feira (22) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

“Para o ano que vem, temos uma expectativa de que possamos ter um aumento na área de exportação. Esperamos ter algum ganho na área de manufaturados”, disse o ministro em entrevista a jornalistas.

O Ministério divulgou nesta terça-feira o resultado da balança comercial referente à terceira semana de dezembro, que mostrou superavit de US$ 850 milhões e saldo positivo acumulado no ano de US$ 16,66 bilhões, dado que levou o ministro a projetar que o superavit deste ano será superior a US$ 17 bilhões.

“Temos a convicção de que já em 2016 nós vamos colher resultados ainda mais expressivos (…) Não temos ainda o número definitivo, mas já estamos até esse momento com o saldo de superavit de US$ 16,6 bilhões. O que significa que tudo aponta para que fechemos o ano com mais de US$ 17 bilhões de superavit”, disse Monteiro.

Para o próximo ano, Monteiro acredita que o país tem condições de chegar ao saldo de US$ 35 bilhões.

“Eu falei em algo como US$ 30 bilhões e 35 bilhões (…) Tenho visto aí várias análises apontando que o saldo deve ser, no mínimo, de US$ 30 bilhões no próximo ano. E tem analistas que apontam até um saldo maior, superior a US$ 40 bilhões. Eu vou ficar nos US$ 35 [bilhões], acho que é algo razoável”

“A oposição abandonou Michel Temer em 24 horas”, diz Jaques Wagner

Por Fernando Rodrigues

No cargo mais importante da Esplanada desde o início de outubro, Jaques Wagner, 64 anos, faz uma avaliação sobre o ano de 2015, a política e a nova equipe econômica.

“Não é hora de soltar foguetes. Mas apenas de celebrar um momento melhor do que aquele em que estávamos há algum tempo”, diz Wagner –como é conhecido na Bahia, Estado no qual fez carreira política. Em Brasília, é chamado de Jaques.

Quando fala da oposição, do impeachment e do vice-presidente, Michel Temer, o ministro da Casa Civil é perfurocortante.

Qual o futuro de Michel Temer? “Continuará sendo vice-presidente da República. Acho que é tudo”, responde Wagner, sem elaborar muito.

Para o ministro, “a oposição abandonou Michel Temer em 24 horas” depois que o impeachment ficou “hibernando”. Só que “a população percebe”, porque “quem trai uma vez, trai 10”. Sobre Aécio Neves: “Tenta trafegar na impopularidade do governo”, mas não apresenta propostas que poderiam “emparedar” a presidente.