Arquivo mensais:dezembro 2015

Para Cunha, ação de hoje da PF visa encobrir impeachment, dizem aliados

De Brasília e Rio

Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que participaram de almoço com o peemedebista no início da tarde desta terça-feira, 15, na residência oficial da Câmara, disseram que, na avaliação de Cunha, a ação da Polícia Federal nesta manhã teve por objetivo desviar o foco do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Cunha e aliados embasaram esse argumento apontando que a operação foi montada no mesmo dia da sessão do Conselho de Ética da Câmara e na véspera do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a continuidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma.

De acordo com parlamentares ouvidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Cunha está tranquilo e relatou a operação desta manhã. Segundo aliados, o presidente da Câmara disse que a ação da polícia no Rio de Janeiro foi desrespeitosa. Já em Brasília, Cunha contou, de acordo com esses parlamentares, que já estava acordado quando a PF chegou e que ele mesmo abriu a porta para os agentes.

Ainda de acordo com aliados, a mulher de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, também estava em casa, em Brasília, no momento da operação.

Rio

Comandado por um delegado da Polícia Federal e acompanhado por dois procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha na Barra da Tijuca durou pouco menos de três horas e meia. Outros sete policiais federais participaram da operação.

Dois carros da PF e um do MPF chegaram ao condomínio de Cunha, Park Palace, na zona oeste do Rio, às 6h e saíram às 9h24. Policiais levaram malotes com documentos apreendidos na casa. Um homem que se identificou aos policiais como advogado da família, mas não teve o nome divulgado, chegou à residência do deputado por volta das 8h30.

Policiais federais também foram ao escritório do presidente da Câmara no Edifício De Paoli, localizado no centro da capital. Às 9h20, uma equipe deixou o prédio, levando um malote. Às 11h30, outros agentes saíram. No fim da manhã desta terça-feira, um grupo de policiais ainda permanecia no escritório.

Chaveiro foi chamado para abrir cofre na residência de Cunha

Da Agência Brasil

A pedido da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, um chaveiro foi enviado na manhã desta terça-feira (15) à residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), onde ficou por cerca de 20 minutos, deixando o local por volta das 10h20. Apesar de não ter dado detalhes sobre o serviço prestado, ele confirmou que abriu um cofre no local.

Robinson recebeu a Seleção Brasileira Feminina de Futebol

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A Seleção Brasileira Feminina de Futebol foi recebida hoje (15) no auditório da Governadoria pelo governador Robinson Faria, que fez questão de entregar uma placa de homenagem à artilheira Marta Vieira, pelos seus feitos no futebol brasileiro e por ter no jogo entre Brasil e Trinidad e Tobago se tornado a jogadora que mais fez gols vestindo a camisa amarela, superando até mesmo o rei Pelé.

“É uma honra poder receber vocês aqui. Há muitos anos venho acompanhando o futebol feminino e fico muito feliz de Marta ter se tornado a maior artilheira da história do futebol aqui em terras potiguares”, disse o governador, que quebrou o protocolo e pediu para dar um abraço na jogadora Formiga, que está há 20 anos na seleção brasileira, a quem ele admira muito pelo futebol praticado.

Na oportunidade, a secretária Julianne Farias presenteou a todas as jogadoras e Marta entregou ao governador a camisa 10 da Seleção autografada por todas as jogadoras. Acompanharam o governador na solenidade, o secretário estadual de Esportes, George Câmara; a secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social, Julianne Faria e o secretário de Turismo, Ruy Gaspar.

Prefeito Carlos Eduardo Alves assina nota contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff

Carlos Eduardo Alves afinado com Dilma

A presidenta Dilma Rousseff recebeu, nesta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, um grupo de prefeitos de 14 capitais, que veio prestar solidariedade à presidenta e manifestar seu repúdio ao acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra ela, ocorrido no dia 2 de dezembro último.

Os prefeitos afirmaram que o Brasil deve respeitar a vontade da população que conferiu à presidenta da República o exercício de seu mandato” e que Dilma tem demonstrado retidão institucional e compromisso público no exercício de suas funções”.

“Vale ressaltar que a análise do pedido de afastamento se inicia eivada de vícios, o que denota condução desvirtuada do processo”, acrescentaram.

Eles alertaram ainda que as dificuldades pelas quais passa o Brasil não serão superadas a partir do desrespeito à ordem constitucional. “Pelo contrário, um processo com essas características fere e desestabiliza o País”.

E defenderam um diálogo nacional baseado no respeito à civilidade democrática e ao resultado das urnas nas últimas eleições.

Confira abaixo a íntegra da nota “Em Defesa das instituições Brasileira”:

Nós, prefeitos de capitais brasileiras, repudiamos o acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra a presidenta da República, acatado pelo presidente da Câmara Federal.

Devemos respeitar a vontade da população que conferiu à presidenta da República o exercício de seu mandato. A presidenta Dilma Rousseff tem demonstrado retidão institucional e compromisso público no exercício de suas funções.

Vale ressaltar que a análise do pedido de afastamento se inicia eivada de vícios, o que denota condução desvirtuada do processo. Por isso, os efeitos foram responsavelmente suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até a decisão do Plenário daquela instituição.

A banalização do uso do dispositivo legal do impeachment fragiliza as instituições e atenta contra a democracia. No pedido acolhido pela Presidência da Câmara dos Deputados não há atos ou fatos que respaldem o início de um processo dessa natureza. A peça se apoia em ilações e suposições que tentam, sem consistência jurídica, imputar responsabilidade à presidenta da República, como em pedidos rejeitados anteriormente.

As dificuldades pelas quais passa o Brasil não serão superadas a partir do desrespeito à ordem constitucional. Pelo contrário, um processo com essas características fere e desestabiliza o País.

Por fim, acentuamos que o diálogo nacional deve se apoiar primordialmente no respeito à civilidade democrática e ao resultado das urnas nas últimas eleições.

Brasília, 14 de dezembro de 2015,

Alcides Bernal,
Prefeito de Campo Grande;

Carlos Eduardo Alves,
Prefeito de Natal;

Edivaldo Holando Junior,
Prefeito de São Luís;

Fernando Haddad,
Prefeito de São Paulo;

José Fortunati,
Prefeito de Porto Alegre;

Marcus Alexandre,
Prefeito de Rio Branco;

Roberto Cláudio,
Prefeito de Fortaleza;

Carlos Amastha,
Prefeito de Palmas;

Clécio Luiz,
Prefeito de Macapá;

Eduardo Paes,
Prefeito do Rio de Janeiro;

Gustavo Fruet,
Prefeito de Curitiba;

Luciano Cartaxo,
Prefeito de João Pessoa;

Paulo Garcia,
Prefeito de Goiânia;

Teresa Surita,
Prefeita de Boa Vista

Em Alagoas, PF arromba cofre do PMDB e vai à casa de ex-vice governador

Leandro Mazzini

tartanaNa nova operação da Lava Jato determinada pelo ministro Teori Zavascki, com políticos investigados pela Corte como alvo, a Polícia Federal fez uma devassa também na sede estadual do PMDB em Alagoas, reduto eleitoral do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.

Os agentes arrombaram um cofre no diretório do partido e levaram dezenas de pastas de documentos. Não há relatos, por ora, de que havia dinheiro.

A PF também fez buscas e apreensão num apartamento do edifício Tartana, conhecido endereço luxuoso da capital Maceió. E deram um bom dia também para o ex-governador José Wanderlei Neto (PMDB) – ele foi vice do governador Teo Vilela (PSDB).

Nome de nova fase da Lava Jato refere-se a tentativa de golpe em Roma

  • Do UOL, em São PauloPF cerca residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em Brasília

Nome da nova fase da operação Lava Jato, “Catilinárias” são uma série de quatro discursos que Cícero, o cônsul romano Marco Túlio Cícero, proferiu no Senado romano. Nesta terça (15), a Polícia Federal iniciou uma ação de busca e apreensão na residência oficial da presidência da Câmara, atualmente ocupada pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A ação também é feita nas casas dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

Os textos de Cícero referem-se a Lúcio Catilina, que teria comandado uma revolução para dissolver o Senado e tomar o poder em Roma em 63 a.C.. Uma das frases mais conhecidas do discurso é a seguinte: “até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?”.

Segundo registros históricos, na noite de 6 para 7 de novembro de 63 a.C., Catilina reuniu dirigentes da conspiração para tomarem as últimas decisões antes de uma nova tentativa de golpe em Roma.

Ao saber disso, Cícero teria decidido convocar o Senado. Na reunião, o cônsul teria ficado indignado com a presença de Catilina e acusou-o através do primeiro da série de discursos, que veio a ser conhecida como “Catilinárias”. A fala de Cícero teria convencido o Senado de uma possível conspiração de Catilina.

Em dezembro, após o quarto discurso de Cícero e já condenado à morte, Catilina recusou-se a entregar-se. Em janeiro de 62 a.C., Catilina foi morto em um campo de batalha.

Leia um trecho do primeiro discurso das “Catilinárias”:

“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?

Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura?

A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio?

Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do

Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te?

Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?

Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?

Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?”

Acuada e amedrontada a Comissão de Ética, abre processo contra Eduardo Cunha

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A Comissão da Ética da Câmara dos Deputados aceitou a denuncia contra o presidente Eduardo Cunha.

Foram 21 votantes com o seguinte resultado: 11 votos a favor da investigação contra 9 rejeitando o parecer do relator que deu admissibilidade ao inicio do processo de investigação.

Veja como votaram os integrantes do Conselho de Ética:

A favor do processo contra Cunha:
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Fausto Pinato (PRB-SP)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Léo de Brito (PT-AC)
Marcos Rogério (PDT-RO)
Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS)
Paulo Azi (DEM-BA)
Sandro Alex (PPS-PR)
Valmir Prascidelli (PT-SP)
Zé Geraldo (PT-PA)
Rossoni (PSDB-PR)

Contra o seguimento do processo contra Cunha:
Cacá Leão (PP-BA)
Erivelton Santana (PSC-BA)
Joao Carlos Bacelar (PR-BA)
Manoel Junior (PMDB-PB)
Paulinho da Força (SD-SP)
Ricardo Barros (PP-PR)
Vinicius Gurgel (PR-AP)
Washington Reis (PMDB-RJ)
Wellington Roberto (PR-PB)