Arquivo diários:23/03/2016

Mais uma: Henrique Alves aparece no listão da Odebrecht

Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela revelada ontem (22 de março de 2016) pela força-tarefa a Operação Lava Jato.

As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura. Ele é conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro de 2016.

Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram tornados públicos ontem (22) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato. As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.

Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, e o ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), entre vários outros.henrique_lista

Estamos vivendo um golpe inteligente

No Brasil não tem mais clima para o uso das forças armadas para derrubar um governo.

Em 1964 o golpe foi dado pelo Exercito, Aeronáutica e Marinha com apoio dos principais veículos de comunicação e alguns líderes civis.

O esquema foi alienar a opinião pública contra a ameaça comunista, corrupção no governo João Goulart e da necessidade de moralizar o Brasil.

Manifestações foram gigantes como a histórica marcha da família pela liberdade.

Agora o movimento é o mesmo. A imprensa escandaliza atos de corrupção, o povo vai para ruas sem saber o que vem depois da derrubada do governo Dilma. Vejo que a Polícia Federal faz o papel que o Exercito fez em 64, o Ministério Público é a Aeronáutica de 64 e o judiciário é a Marinha. A Rede Globo continua sendo a mesma, sempre ao lado do poder econômico.

Moro é o Carlos Lacerda e Gilmar Mendes o Magalhães Pinto, Temer o general Aração.

O brasileiro está ouvindo apenas um lado e indo na onda..

Muitos que vendem seus votos são os primeiros a participarem das manifestações contra corrupção e pelo impeachment sem terem a menos noção do que pode vir depois.

Se prenderam Lula, o Brasil pegará fogo.. 

 

 

Segundo Folha de São Paulo, Temer já está escolhendo seus ministros

MARIANA CARNEIRO
DAVID FRIEDLANDER
DE SÃO PAULO

Armínio Fraga e Henrique Meirelles são os nomes preferidos para o Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment e o vice, Michel Temer, assuma o cargo.

A Folha apurou que, embora negue publicamente, o grupo de aliados de Temer avalia os nomes para ocupar a área econômica, sensível no atual quadro de recessão.

A ideia, por enquanto um rascunho, é ter no posto um nome com prestígio entre investidores do mercado financeiro e empresários. Isso ajudaria ainda ogoverno de transição a vender-se como produto de consenso de vários partidos –Armínio é ligado ao PSDB; Meirelles foi presidente do Banco Central de Luiz Inácio Lula da Silva.

A ressalva é que o futuro ministro não pode ser ninguém com pretensões de ser candidato em 2018.

Essa ambição atrairia adversários políticos, pondo em risco o resgate econômico. Também não seria desejável para os aliados de Temer, para quem a retomada seria um trunfo nas próximas eleições.

Embora Armínio tenha elogiado publicamente o “Plano Temer”, apelido dado ao programa “Ponte para o Futuro”, apresentado pelo PMDB em novembro do ano passado, ele disse em entrevista à Folha que não aceitaria um convite do governo de transição.

Recentemente, o economista teve conversas com emissários de Temer, mas se mostrou reticente. “Armínio só não assume se não quiser”, diz uma pessoa próxima ao vice, que pediu anonimato.

Meirelles não foi sondado, mas sabe que seu nome já está sendo cogitado.

Outro nome próximo do vice, o senador José Serra (PSDB-SP), também economista, seria o preferido para a Saúde num eventual governo Temer. O Ministério do Planejamento também poderia abrigar o tucano.

Colaboradores dizem que, se realmente assumir, Temer daria velocidade a propostas de reforma da Previdência, tributária e trabalhista.

O ex-ministro Delfim Netto, um dos principais conselheiros do vice, diz que o plano econômico de Temer reúne a opinião de economistas de diferentes partidos.

“O programa representa mais ou menos um consenso entre as pessoas que têm bom senso”, disse Delfim. “É o programa de um liberal.”

Ele afirma que participou pouco da elaboração do documento, mas o apoia.

“Tanto o Temer 1 quanto o 2”, acrescentou.

PROGRAMA TEMER 2

O segundo programa, focado na área social, deverá ser divulgado na próxima semana, quando o PMDB prepara sua festa de 50 anos.

O texto ainda está em fase de finalização e circula entre economistas e conselheiros de Moreira Franco, político do PMDB que pilota a confecção dos programas econômicos do vice-presidente.

Em linhas gerais, o documento dirá que, para distribuir renda, é preciso retomar o crescimento. Deverá propor ainda que o governo concentre suas ações na parcela mais pobre da população, adotando “não políticas paternalistas, mas inclusivas”.

Alguns dos que leram o programa disseram à Folha que o Temer 2 é “menos ambicioso” e carece de propostas, diferente do “Ponte para o Futuro”. “É um programa do PMDB”, limitou-se Delfim.

Teori coloca um freio e ordena que Moro envie ao STF autos sobre Lula

Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki determinou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância, a remessa de todos os procedimentos investigatórios sobre o ex-presidente Lula ao Supremo, inclusive as interceptações telefônicas que sacudiram o país na semana passada. No despacho, formalizado na noite desta terça-feira (22), Teori ordenou também o sigilo de todos os áudios envolvendo o petista – entre os quais o que mostra conversa entre Lula e a presidente Dilma Rousseff sobre um termo de posse como ministro da Casa Civil, a ser usado “em caso de necessidade” – iniciativa que, para a Polícia Federal, serviria como um salvo-conduto contra um eventual pedido de prisão feito por Moro.

A decisão de Teori, no entanto, não interfere na suspensão da posse de Lula como ministro, determinada em liminar do ministro do STF Gilmar Mendes. Além da remessa do conjunto probatório ao STF e da decretação do sigilo, Teori impõe a Sérgio Moro prazo de dez dias para que ele preste esclarecimentos sobre a divulgação dos áudios. O despacho do ministro-relator da Lava Jato é uma resposta à ação protocolada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, contra a atuação de Moro. Para Cardozo, o juiz violou ditames constitucionais ao expor a presidente e não enviar o material ao STF, uma vez que Dilma dispõe de foto privilegiado e, nessa condição, só pode ser investigada pelo STF.

Na demanda julgada por Teori, a Advocacia-Geral da União (AGU) questionava a legalidade da divulgação das interceptações telefônicas, face ao fato de que autoridades com direito a foro privilegiado foram expostas nos áudios. Além de Dilma, o ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques Vagner também teve conversas com Lula e outros atores governistas divulgadas por Moro. Na argumentação da AGU, apenas o STF poderia decidir o que fazer com o material, justamente devido à prerrogativa de foro.

Além de concordar com esse ponto da ação da AGU, Teori acrescentou que o conteúdo de diversos outros diálogos levados a público não tinha qualquer relação temática direta com as investigações sobre Lula. O ministro entendeu ainda que não procede a justificativa de Moro sobre o caráter de interesse público das gravações. Além de Dilma e Jaques Vagner, também foram flagradas em conversas com Lula figuras como o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do PT, Rui Falcão (este, sem direito a foro), e todos os 25 advogados do escritório que defende o ex-presidente.

Itamaraty enviou circulares com alerta de “golpe” a embaixadas, diz jornal

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviou circulares a todas as embaixadas e representações do Brasil no exterior, na última sexta-feira (18), recomendando a difusão de mensagens que alertam para o risco de um golpe político no país. Segundo o jornal O Globo, que teve acesso aos telegramas, os textos foram enviados pelo ministro Milton Rondó Filho, responsável pela área de combate à fome do MRE. No primeiro comunicado, ele pedia que cada posto designasse um diplomata para dialogar com organizações locais da sociedade civil para falar sobre o momento político do país.

De acordo com a repórter Gabriela Valente, as mensagens partiram da Secretaria de Estado de Relações Exteriores do Itamaraty. Mas a ordem acabou abortada por determinação da Secretaria-Geral do Itamaraty na própria sexta, depois que os comunicados já haviam sido disparados para postos diplomáticos em todo o mundo.

O primeiro telegrama, enviado por volta das 12h30, conclamava o corpo diplomático à “resistência democrática”, com a designação de um servidor, de preferência diplomata, para “apoiar adequadamente” o diálogo entre o Itamaraty, a sociedade civil brasileira e a local.

Ainda segundo O Globo, às 16h18, outra mensagem, novamente enviada por Rondó, retransmitiu uma nota da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), que reúne 250 entidades. “É momento de resistência democrática!”, diz o texto, que fala em “profunda preocupação” com os rumos do processo político e ataques dos grandes grupos econômicos e da mídia a governos legitimamente eleitos. O comunicado da Abong conclama, independentemente das posições políticas e ideológicas, a sociedade para a luta pela democracia: “Não ao Golpe! Nossa luta continua!”.

De acordo com o jornal, uma hora e meia depois, um novo telegrama, de autoria do secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese, pediu às representações diplomáticas ignorassem os comunicados anteriores.

Apesar dessa instrução, outra mensagem foi enviada em seguida reproduzindo a “Carta aos Movimentos Sociais da América Latina”, que denuncia um “processo reacionário que está em curso no país contra o Estado Democrático de Direito”.

O Ministério das Relações Exteriores informou ao Globo que essas circulares foram expedidas sem autorização superior e, por isso, acabaram canceladas. O envio dos comunicados, no entanto, provocou polêmica entre os diplomatas. Parte deles considerou que houve uso político da máquina administrativa.

Leia a reportagem completa em O Globo

Choveu muito em Caicó e o povo alegre comemora

Segundo informações do blog do primo-xerife Robson Pires, ocorrerem muitas chuvas em Caicó e região. O açude Itans, recebeu 12 centímetros de água.

Confira os registros pluviométricos:

140 mm: Soledade (Caicó)
135 mm: Boa Passagem (Caicó)
130 mm: Nova Descoberta (Caicó) e Fazenda Água Boa (Patu)
128 mm: Barra Nova (Caicó)
123 mm: Brasilgás (Caicó)
127 mm: Paulo VI (Caicó)
120 mm: Conjunto Vila do Príncipe (Caicó)
115 mm: Maynard (Caicó)
100 mm: Ouro Branco, sítio Saudade, Walfredo Gurgel (Caicó) e sítio Toco
98 mm: Sítio Lajes e sítio Cantinho
95 mm: São José do Seridó
92 mm: Conjunto IPE (Caicó)
90 mm: Sítio Bela Flor (Sabugi)
83 mm: Vila II do Sabugi
77 mm: Sítio Alecrim
75 mm: Sítio Diamente
60 mm: Sítio Juarezinho
58 mm: Sítio Floresta
55 mm: Sítio Alecrim
53 mm: Sítio Nova Olinda
50 mm: Sítio Quixaba
45 mm: Ipueira, Sítio Malhada e Barra da Maniçoba
36 mm: Jardim do Seridó e Sítio Cachoeira
35 mm: Brejo do Cruz e Nova Olinda
27 mm: Sítio Bom Jesus
23 mm: Sítio Riacho
22 mm: Distrito Palma

 

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O rio Barra Nova, que corta a cidade de Caicó pela zona oeste. Nesse momento, aquele afluente desce com boa quantidade de água na altura das comunidades Manhoso e Barra da Espingarda, para desaguar no açude Itans.
umari
A comunidade Umari, ficou isolada após as águas do rio Barra Nova levaram a passagem molhada que dava acesso ao local. Esse acesso, inclusive, sempre foi uma cobrança dos moradores à prefeitura de Caicó.
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O açude Itans, recebeu 12 centímetros de água. Isso equivale a 12 mil metros cúbicos