Arquivo diários:15/04/2016

Deputado aliado de Cunha, Waldir Maranhão declara apoio ao governo

Aliado de Cunha surpreende ao anunciar voto favorável a Dilma

O primeiro vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), surpreendeu ao declarar seu voto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em um vídeo divulgado hoje (15), Maranhão diz que a questão já foi definida: “Vamos defender a nossa presidente, vamos defender o Brasil e salvar realmente o Maranhão”.

“Fechamos questão: vamos defender a nossa presidente, vamos defender o Brasil e salvar realmente o Maranhão. O Maranhão não merece o retrocesso, o nosso governador Flávio Dino tem sido o baluarte contra o impeachment, fundamentado nos princípios constitucionais e politicamente eu Weverton e tantos outros maranhenses temos o dever de apostar no futuro, ver o presente e respeitar a nossa história”, diz o deputado na gravação.

O líder do PDT, Weverton Rocha (MA) também aparece no vídeo dizendo: “Temos novas adesões importantes e daqui para mais tarde a gente comunica”.

Gustavo Carvalho tenta construir uma ponte para adversários de Robinson mamarem no governo

Com o rompimento do PT com o governo Robinson Faria abriu-se um espaço na administração.

O deputado estadual Gustavo da Ponte do PSDB já está se movimentando junto ao partido para a bancada na Assembleia indicar os cargos vagos.

A bancada do PSDB já está fazendo barulho, a deputada Márcia Maia e Da Ponte já fizeram discursos criticando o governo na questão da segurança pública, ontem, foi o deputado Raimundo Fernandes do PSDB que além de criticar Robinson elogiou o prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves que é defensor da presidenta Dilma Rousseff.

Com a ponte de Gustavo construída, entrarão no governo de Robinson, Márcia Maia, Raimundo Fernandes, Rogério (saco preto) Marinho, todos que votaram em Henrique Alves na eleição passada.

O presidente da Assembleia Ezequiel Ferreira de Souza tem solicitado moderação dos seus correligionários gulosos.

MST protesta e fecha a BR-277, na região de Curitiba, e a BR-376, em Mauá da Serra

Um grupo de pessoas ligadas ao Movimento Sem-Terra (MST) e a outros movimentos sociais que fazem parte da Frente Brasil Popular interditaram na manhã desta sexta-feira (15) os dois sentidos da BR-277, próximo ao km 100 da rodovia, na região metropolitana de Curitiba A mobilização teve início 6h30 e terminou pouco depois da 8 horas. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram para o local e fazer o controle de tráfego.

Misericórdia: delator aponta propina de R$ 52 milhões em 36 parcelas a Eduardo Cunha

Em delação premiada na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou aos investigadores uma tabela que aponta 22 depósitos somando US$ 4.680.297,05 em propinas supostamente pagas ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. As informações são do jornalista Fausto Macedo, no Estadão.

Segundo o empreiteiro, empresas relacionadas às obras do Porto Maravilha, no Rio, deveriam pagar R$ 52 milhões ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac) a Eduardo Cunha. A parte que caberia à Carioca era de R$ 13 milhões.

O maior repasse ocorreu em 26 de agosto de 2013 no valor de US$ 391 mil depositados em conta do peemedebista no banco suíço Julius Baer. Em 2011 foram quatro depósitos, somando US$ 1,12 milhão. Em 2012, Eduardo Cunha recebeu só dessa fonte outros US$ 1,34 milhão divididos em seis depósitos. A tabela revela que em 2013 o deputado – que ainda não exercia a presidência da Casa -, foi contemplado com mais seis depósitos, totalizando US$ 1,409 milhão. Já em 2014, Eduardo Cunha recebeu outros seis depósitos que somaram US$ 804 mil.

A defesa de Eduardo Cunha foi procurada pela reportagem nesta quinta-feira, 14, mas ainda não se manifestou

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Temer já busca nomes para comandar Fazenda e Justiça

O BRASIL NAS MÃOS DO PMDB

Estadão Conteúdo

De Brasília

 

Caso a presidente Dilma Rousseff venha a ser afastada por decisão do Senado, o presidente interino Michel Temer pretende realizar mudança geral no Ministério da petista e um “choque” na gestão econômica.

Interlocutores do vice afirmaram ao jornal “O Estado de S. Paulo” que Temer quer, com essas ações, marcar logo sua diferença no governo em relação a Dilma, buscar apoios para fundar uma nova base aliada no Congresso e propor reformas que precisem de aval dos parlamentares. Caso o Senado concorde com a abertura do processo, a presidente é afastada por 180 dias e o vice assume interinamente a Presidência.

A medida de Temer não deve poupar sequer os seis ministros do PMDB que estão no governo. Eles não seguiram a orientação partidária de 29 de março, na qual a cúpula partidária determinou a entrega imediata de todos os cargos da gestão Dilma. Somente Henrique Eduardo Alves, amigo de Temer, antecipou-se à decisão e deixou o Ministério do Turismo.

Aliados do vice querem propor um enxugamento da máquina pública com a redução de 32 para, no mínimo, 20 o número de ministros na Esplanada. Interlocutores do peemedebista dizem que, nessa reforma ministerial, não haveria restrições a indicações políticas de partidos ou mesmo a assunção de parlamentares aos cargos de ministro, desde que os nomes tenham afinidade com a pasta ou experiência de atuação na respectiva área.

O vice pretende conversar com os dirigentes dos partidos com interesse em fazer parte da sua base aliada a fim de discutir apoio às diretrizes que o eventual governo iria defender. As legendas deverão fazer as indicações para compor os cargos no primeiro escalão do governo dele. O espaço das legendas levará em conta o tamanho das bancadas dos partidos e o peso dos ministérios em discussão.

Interlocutores do vice defendem nomes que, para a Fazenda, acalmem o mercado e tenham experiência no serviço público e, para a Justiça, reduzam eventuais interferências na Operação Lava Jato. Para a Fazenda, os nomes cotados são os ex-presidentes do Banco Central Arminio Fraga e Henrique Meirelles e o ex-secretário de Política Econômica da Fazenda Marcos Lisboa. Murilo Portugal, mesmo com passagem pelo governo, é descartado pelo fato de presidir a Federação Brasileira dos Bancos.

Dos cotados, Fraga tem afirmado a pessoas próximas que não quer assumir a função, embora diga que possa colaborar com o governo com sugestões. Por ora, segundo assessores diretos, Temer tem recebido sugestões, mas não conversou com nenhum dos cotados e tampouco autorizou as sondagens com eles.

Para titular da Justiça, os nomes avaliados são dos ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Brito, o favorito, e Carlos Velloso – também ex-comandante da Corte e ligado a Temer. Nelson Jobim é descartado por ter defendido empreiteiras investigadas na Lava Jato.

Base

Interlocutores de Temer contabilizam que ele já partiria de uma base mínima na Câmara de 200 deputados, quando se conta legendas como PMDB, PSDB, DEM e outras médias e menores. Será preciso, dizem, aumentá-la para eventualmente propor reformas como a previdenciária e tributária.

“Uma das primeiras tarefas é criar um bloco parlamentar forte para enfrentar a instabilidade política com estabilidade política”, defende o presidente em exercício do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), aliado de Temer. Se assumir, o peemedebista também vai procurar os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir apoio e discutir uma agenda mínima de votações. “Nós vamos fazer um diálogo com o Congresso”, disse um auxiliar direto do vice.