Arquivo diários:16/04/2016

Dilma recebe um dos poucos deputados do PSD contrários ao impeachment

Estadão Conteúdo

Brasília – O deputado Irajá Abreu (PSD-TO) chegou na noite deste sábado, 16, ao Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff em Brasília, apesar de a legenda ter anunciado o desembarque do governo na semana passada. O deputado é um da bancada do PSD que apoia a presidente.

Após uma série de desembarques do governo, na sexta-feira, 15, foi a vez do presidente do PSD, Gilberto Kassab, anunciar sua demissão do Ministério das Cidades. A saída de um dos principais aliados de Dilma no partido foi um duro golpe para a presidente, que contava com o apoio do ex-ministro para atrair votos favoráveis a ela na sessão de domingo, 17.

A presidente passou o dia recebendo parlamentares e aliados para garantir apoio suficiente para barrar o processo de impeachment na votação da Câmara. Convencida de que precisava se concentrar na busca dos votos indecisos e convencer parlamentares a se ausentarem do plenário neste domingo, Dilma chegou a cancelar a ida ao acampamento de representantes dos movimentos sociais, instalado no Ginásio Nilson Nelson, e fez da Alvorada um quartel general contra o impeachment.

Apesar do avançado da hora, o movimento não para tanto no Alvorada quanto no Palácio do Jaburu, casa oficial do vice-presidente Michel Temer, seu mais novo maior opositor.

O peemedebista, que voltou de São Paulo para Brasília neste sábado para conter um suposto movimento de mudança de votos para rejeitar o pedido de impeachment, recebeu aliados do PMDB ao longo de todo o dia. Neste momento, Temer está reunido com o deputado Heráclito Fortes (PMDB-PI), que chegou ao Jaburu por volta das 22 horas.

Forte tremor de 7,5 graus sacode fronteira entre Colômbia e Equador

EFE
Bogotá, 16 abr (EFE).- Um forte tremor de 7,5 graus de magnitude na escala aberta de Richter foi sentido neste sábado no sudoeste da Colômbia, na fronteira com o Equador, sem que se tenha informado a princípio de vítimas ou danos materiais.

Segundo o Serviço Geológico Colombiano, o tremor aconteceu a 18h58 (horário local, 20h58 em Brasília) a uma profundidade de 127 quilômetros no oceano Pacífico, com epicentro na região fronteiriça.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou, por sua vez, que o tremor foi de 7,8 graus com epicentro a 27 quilômetros ao sudeste da cidade equatoriana de Muisne.

Apesar do forte do terremoto, o Sistema Nacional de Detecção e Alerta de Tsunami (Sndat) da Colômbia afirmou que segundo a informação recebida do Centro de Alerta do Pacífico (PTW, em inglês), com sede no Havaí (EUA), não há perigo de tsunami.

“Avaliadas as características da informação disponível sobre o evento, podemos concluir que não existe nenhum tipo de perigo para a costa da Colômbia”, afirmou a entidade em comunicado.

Na Colômbia, o tremor foi sentido em cidades como Cali, Pasto e Popayán, segundo a União Nacional de Gestão de Risco de Desastres (UNGRD).

Em alguns bairros de Cali, capital do departamento (estado) de Valle del Cauca, foram registrados cortes de energia elétrica e os bombeiros da cidade informaram de rachaduras em construções.

O diretor da UNGRD, Carlos Ivan Márquez, disse ao Canal “RCN” que o tremor foi “muito forte, mas profundo” e sentido nos departamentos de Nariño, Cauca, Valle del Cauca e no eixo cafeicultor, no centro do país.

“Fizemos uma varredura em nível geral e não se tem nenhum reporte por enquanto de danos”, acrescentou o diretor da UNRGD.

Placar do Impeachment mostra 350 votos pela saída de Dilma e 133 contrários

Estadão Conteúdo

São Paulo – Levantamento realizado pelo Grupo Estado mostra que o número de votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff subiu para 350 e os votos contra caíram para 132. Neste momento, há 9 indecisos, 20 não responderam e 2 prováveis ausências.

O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que constava como indeciso, afirmou que votará pelo impeachment. Já o deputado Beto Salame (PP-PA), que antes estava contrário ao impeachment, mudou o voto e decidiu apoiar o processo.

Cunha recebe ameaça por telefone e pede reforço de segurança em residência no Rio

Estadão Conteúdo

Rio – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu uma ameaça por telefone em sua residência, no Rio. O deputado pediu reforço de segurança no local ao governador do Rio em exercício, Francisco Dornelles. A informação é da assessoria de imprensa de Cunha. O presidente da Câmara está em Brasília, para a votação, neste domingo, 17, do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro confirmou o pedido de Cunha ao governador e informou que a Polícia Militar vai reforçar a segurança no condomínio de Cunha, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. O pedido de policiamento busca principalmente proteger a família do deputado.

Turma de Temer assegura ter 370 votos a favor do impeachment

VALDO CRUZ
GUSTAVO URIBE
DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA

Na guerra de votos entre Dilma Rousseff e Michel Temer, o grupo do vice-presidente teria conseguido o apoio de três peemedebistas que o governo, até então, acreditava que poderiam votar contra a abertura do pedido de impeachment da presidente petista.

Na lista estariam os votos dos deputados Mauro Lopes (PMDB-MG), ministro licenciado da Aviação Civil, Fábio Reis (PMDB-SE) e João Arruda (PMDB-PR). Os dois últimos estavam evitando declarar seus votos e o governo esperava que eles entrassem no grupo de peemedebistas que vão votar com a presidente.

Já o ministro Mauro Lopes havia declarado que era contra, mas nos bastidores admitia que ainda não estava totalmente definido. Segundo disse a interlocutores, ele gosta da presidente Dilma, mas não poderia trair seu partido.

Mauro Lopes telefonou neste sábado para ao vice Michel Temer para informar que irá votar pela abertura do impeachment. Já os deputados Fábio Reis e João Arruda estiveram pessoalmente no Palácio do Jaburu para declarar o voto a favor do impeachment.

A equipe do vice-presidente contabiliza pelo menos 370 votos neste momento a favor da autorização da abertura do processo de impedimento da presidente petista.

Dilma e aliados mantêm esforço em nomes do Norte-Nordeste e calculam 179 votos

De Brasília

A presidente Dilma Rousseff, com apoio de ministros e governadores de pelo menos cinco Estados (Acre, Piauí, Ceará, Paraíba e Amazonas), concentrou nos deputados das regiões Norte e Nordeste suas investidas neste sábado (16). Ao final do dia, Dilma e sua equipe asseguravam que haviam conseguido garantir 179 votos, sete a mais que os 172 mínimos necessários, para barrar a instalação do processo de impeachment contra ela.

Convencida de que precisava concentrar todas as forças na busca de votos dos indecisos ou convencer parlamentares a se ausentarem do plenário da Câmara, neste domingo, 17, na hora da votação, Dilma cancelou a visita ao acampamento de representantes dos movimentos sociais, no Ginásio Nilson Nélson, em Brasília, onde agradeceria o apoio e pediria mobilização contra seu afastamento.

Lula deixa Brasília e viaja para São Paulo

Após a confusão pela manhã que resultou em agressão de um segurança do ex-presidente Lula a um manifestante pró-impeachment, grupos de apoio à presidente Dilma Rousseff foram ao hotel Royal Tulip, em Brasília, onde o petista estava hospedado, para fazer um cordão de isolamento que permitisse sua saída sem tumultos.

Liderados por integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra), cerca de 50 pessoas deram as mãos na saída da portaria do hotel quando a comitiva de Lula saiu por volta das 15h deste sábado (16), com destino previsto para São Paulo, de onde deve acompanhar a votação do impeachment neste domingo (17).

STF nega pedido de acesso de dirigentes da CUT a plenário da Câmara

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, negou hoje (16) o pedido de diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que queriam ter acesso às galerias do Plenário da Câmara dos Deputados durante as sessões que analisam o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Os sindicalistas acusavam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de, ilegalmente, ter proibido a entrada dos trabalhadores no plenário, principalmente daqueles ligados à CUT, entidade que é contrária ao impeachment. Ao julgar o Habeas Corpus 134.070, o ministro entendeu não haver situação de abuso de autoridade ou de violação arbitrária dos direitos do cidadão.

Em sua decisão, Celso de Mello lembrou que o Regimento Interno da Câmara atribui à Mesa Diretora a competência para manter a ordem e a disciplina em suas dependências, o que inclui a regulação do acesso e do trânsito de pessoas no interior da Casa.