Arquivo diários:18/04/2016

Médicos ajuizam ação no STF contra lei que libera ‘pílula do câncer’

A Associação Médica Brasileira (AMB) ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal contra a lei que liberou a fosfoetanolamina sintética.

Apesar de defensores dizerem que a chamada “pílula do câncer” pode curar tumores, a substância não passou por testes adequados em laboratórios ou em seres humanos e não recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por autorizar o uso de medicamentos no país.

LASCOU: Cerveró confirma que o potente Eduardo Cunha interferiu para que propina fosse paga

nestor cervero lava jato condenadoEm seu primeiro depoimento ao juiz federal Sérgio Moro na qualidade de delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, confirmou que só conseguiu receber a propina negociada com a Samsung e a Mitsui após interferência do hoje presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Depondo no processo que envolve o empréstimo de R$ 12 milhões a José Carlos Bumlai pelo Banco Schain e a consequente contratação do grupo Schahin para operar um dos navios sonda comprados pela Petrobras como forma de quitar tal empréstimo, Cerveró lembrou que as irregularidades envolvendo os navios sonda começaram já na construção das embarcações.

“Em continuação ao acordo que nós fizemos na Petrobras 10.000, a primeira sonda que contratamos junto à Samsung, ela nos ofereceu uma segunda sonda idêntica e, dentro de nosso plano de negócios vimos a oportunidade de expandir esse número de navios. Assim, contratamos a Vitória 10.000 (a sonda que foi operada pela Shahin)”, explicou o ex-diretor. “Na primeira sonda houve um acerto de propina de US$ 15 milhões e na segundo a Samsung aumentou para US$ 20 milhões, mas não foi paga. Acabou derivando de uma séria de dificuldades e só depois de vários anos é que o Fernando Soares, através de um apoio do deputado Eduardo Cunha, conseguiu receber parte da propina desta segunda sonda”, disse.

Ligeiro, Renan diz que o Senado lê amanhã autorização para processo de impeachment

renanIDepois de receber do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a autorização aprovada pelos deputados para a abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros informou que lerá o documento na sessão de amanhã (19).

Nesta terça-feira, Renan vai também se reunir com os líderes partidários no Senado. “Vamos amanhã, às 11h, fazer uma reunião com os líderes do Senado Federal e conversar com eles sobre prazos e sobre a proporcionalidade para compor a comissão especial, que terá 21 membros.”

Renan disse que os senadores vão agir com “neutralidade e imparcialidade” e que o processo correrá no tempo necessário para garantir o direito ao contraditório e à defesa. “Nós temos pessoas pedindo para agilizar o processo, mas não podemos agilizar o processo, de forma que pareça atropelo, nem delongar, de forma que pareça procrastinação.” De acordo com o senador, desse modo, com “isenção e neutralidade”, serão garantidos o processo legal, o prazo de defesa e o contraditório.

Poderoso, Eduardo Cunha disse que críticas dirigidas a ele durante votação foi para “melar a sessão”

17.abr.2016 - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, conversa com jornalistas após aprovação do processo no plenárioO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que encarou as críticas de parte dos deputados durante a votação do pedido de impeachment como uma provocação na tentativa de constrangê-lo e “melar a sessão”. Ele disse que poderá entrar com processo contra quem “passou do limite”.

“Aquilo não me causa nenhum problema. Aqueles que passaram do limite, que saíram da crítica política e foram para ofensa pessoal, eu vou estudar a possibilidade de entrar com queixa-crime”, disse, após protocolar o pedido de impeachment no Senado, na tarde desta segunda-feira (18).

Dilma dispara agora: “Temer é traidor”

Concedendo entrevista iniciada às 17 hs, no Palácio do Planalto,  a presidente Dilma Rousseff acusou o seu vice, Michel Temer, de “conspirar” contra seu mandato e de ser um “traidor”.

Ela afirmou que enfrenta “por convicção” um “golpe de Estado” contra seu mandato.

Dilma disse, “Estou indignada” com a aprovação de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados e reiterou que não cometeu qualquer crime que o justifique.

Tá no blog do primo xerife: deputado Vivaldo Costa diz que querem matá-lo

Do deputado estadual Vivaldo Costa:

“Enquanto tiver vida é para lutar, ninguém vai diminuir meu animo de lutar por Caicó e pelo Seridó. Um aviso a essas pessoas que querem me matar: é que minha família vive muito. Quem está querendo me matar hoje pode ter certeza que vai ter que me aturar alguns anos, se Deus quiser, para continuar lutando por Caicó e pelo Seridó”.

No seu programa diário na Rádio Caicó AM. Mais uma vez criando factoide. Como é do seu habitual.

Dilma pode reverter impeachment, mas paga pela falta de diálogo, diz Humberto Costa

Do UOL, em São Paulo

O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, acredita que o governo tem chances de reverter a decisão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Mas admite que o PT errou em não fazer a reforma política e em não manter um diálogo com a base aliada no Congresso. No domingo (17), a Câmara votou pela continuidade do processo de impeachment de Dilma.

“O que nós colhemos foi resultado de seis anos onde o diálogo do executivo com o legislativo sofreu um déficit muito significativo. O modo de governar da presidente Dilma é um modo em que esse aspecto da conversa, do entendimento, da negociação não é aquilo em que ela sente mais prazer em fazer. Não dá para resolver um déficit de diálogo de seis anos em 15 dias. Nós temos parcela de culpa no que aconteceu”, disse o senador em entrevista ao UOL, por telefone.

Além da falta de diálogo de Dilma com o Congresso, Costa admite uma falha dos governos petistas em não fazer reforma política. “Os governos do PT falharam profundamente em não ter feito as reformas políticas. […] O PT não mudou aquilo que existia anteriormente em termos de cultura política da governabilidade, e de como se construir a governabilidade e a cultura política do financiamento das campanhas”, afirmou.
Costa acredita que houve um complô contra Dilma e o PT na Câmara e avalia que há chances de reverter o resultado no Senado. “Se nós não conseguirmos reverter na questão da admissibilidade [a primeira votação, em que o Senado decide se Dilma será afastada, antes do julgamento definitivo pelo impeachment], temos aí seis meses para fazer o julgamento, período no qual ficará absolutamente claro o complô que foi montado sob a inspiração do vice-presidente, o conspirador mor da República e do senhor Eduardo Cunha, um parlamentar sobre o qual já pairam processos no STF”, disse.

“É possível se reverter [a decisão pelo impeachment] no Senado. Nesse primeiro momento, é um pouco mais difícil porque se trata de uma decisão de uma votação que a maioria simples define a posição do Senado. Mas há algumas características diferentes da Câmara. É um espaço menor de parlamentares e permite um aprofundamento maior sobre o tema”, avalia.

Comemorando, a oposição comeu pizza e tomou vinho na mansão do deputado Heráclito Forte em Brasília

Heráclito Forte com a filha ,genro e Temer

A noite de alguns parlamentares pró-impeachment terminou em pizza, neste domingo (17). Na mansão da filha do deputado Heráclito Forte (PSB-PI), no Lago Sul, região nobre de Brasília, parlamentares comemoraram o resultado da votação da Câmara dos Deputados favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. O jantar oferecido por Heráclito, como já é de praxe, foi regado a vinho.

Convicto da vitória, Heráclito participou diretamente das negociações em nome do vice-presidente Michel Temer na Câmara e cravou os 367 votos a favor do impeachment. Ele disse que não quis participar do bolão organizado pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), pois o momento pedia seriedade. No início da votação do domingo, já circulava entre os opositores 100 convites entregues pelo deputado para a comemoração.

Passaram pelo evento cerca de 50 pessoas, como o ex-ministro do governo Dilma, Mauro Lopes (PMDB-MG), o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS, Fernando Coelho Filho (PE), líder do PSB, Efraim Filho (DEM-PB), Sarney Filho (PV-MA) e Carlos Bezerra (PMDB-MT). O deputado Carlos Marum (PMDB-MS) chegou às 2 da manhã, depois de um coquetel mais reservado na casa do vice-presidente Michel Temer, com 30 parlamentares.