Arquivo diários:11/05/2016

Desfile de vaidade

O que o telespectadores estão assistindo na transmissão ao vivo da sessão deliberativa do acatamento do impeachment pela TV Senado e através das redes nacionais é um verdadeiro desfile de discursos repetitivos e oportunista.

Os senadores querem aparecer mais que o impeachment.

 

Nervosismo bacurau

Alves nervoso

O ex-deputado Henrique Alves ultimamente anda muito nervoso com as definições com o provável ministério do presidente interino Michel Temer.

Henrique Alves foi cotado para assumir o importante cargo de ministro-chefe da Casa Civil e hoje nem seu nome sequer tem sido confirmado para voltar para o inexpressivo Ministério do Turismo.

Ontem falei com um bem informado político dizendo que Henrique Alves está confirmadíssimo no Ministério do Turismo. Depois liguei para outro que também circula bem na corte, e ele me disse que Temer está em dúvidas em razão dos pepinos que Henrique está metido. Não seria prudente nomear investigados para ministérios, disse minha fonte.

 

Assim como no tráfico de drogas ilegais, na política delação é motivo de extermínio político

                            Toda delação será castigada, sinaliza o Senado

Josias de Souza

A decisão foi praticamente unânime. Havia no plenário 76 senadores. No comando da sessão, Renan Calheiros (PMDB-AL) não votou. Presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA) se absteve de votar. Os outros 74 senadores votaram a favor da cassação do mandato do colega Delcídio Amaral (veja a lista). Impressionante!

Delcídio era um senador com extraordinário trânsito. Ex-tucano, elegeu-se pelo PT. Relacionava-se bem com todo mundo. Jeitoso, tornara-se líder de Dilma no Senado. Em 25 de novembro, caiu na malha da Lava Jato. Mas só perdeu o respeito dos colegas depois que decidiu suar o dedo em troca de benefícios judicias. O Senado deu a Delcídio um desprezo semelhante ao que a bandidagem dedica a um X9.

Na cadeia ou no morro, o delator é passado nas armas. No Senado, Delcídio recebeu uma sentença de morte política. Ficará inelegível por oito anos. Mas o prazo só começa a ser contado no final do mandato. O degredo de Delcídio será de 11 anos. Não poderá pedir votos antes de 2027.

Escorado na delação de Delcídio, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu ao STF autorização para abrir inquérito contra personagens graúdos: Dilma, Lula, Jaques Wagner e Eduardo Cunha, por exemplo. No Senado, desceram à grelha um nomão da oposição, Aécio Neves, e a cúpula do PMDB: Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho e Valdir Raupp.

Outros senadores que têm a Lava Jato no seu encalço solidarizaram-se automaticamente. Quem não tem calcanhares de vidro aderiu à onda: ‘Estamos juntos’. Cogitou-se adiar a votação. Mas Renan Calheiros, com 12 inquéritos da Lava Jato sobre os ombros, bateu na mesa: ou a Casa passava na lâmina o mandato de Delcídio ou o afastamento de Dilma seria adiado. E o ex-líder do governo foi expurgado sem dó.

Pilhado tentando comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró, Delcídio alega que agiu a mando de Lula e Dilma. Sustenta que seu crime é obstrução de Justiça. Disse aos colegas, na véspera, que não roubou nem tem dinheiro na Suíça. Foi como se dissesse, com outras palavras: “Não me virem as costas, tem gente pior do que eu aqui.” E o Senado, em uníssono: Toda delação será castigada.

PT pede ao STF para proibir Temer de exonerar e nomear ministros

O Diretório Municipal do PT na Cidade Ocidental (GO) ingressou, nesta terça-feira (10), com mandado de segurança, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que o vice-presidente da República, Michel Temer, caso assuma o governo com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, exonere e nomeie ministros.

No documento, o presidente do diretório municipal petista, Paulo Cesar Ramos, argumentou que, durante o eventual afastamento da presidenta Dilma, Temer não poderá praticar atos privativos do presidente da República por força do Artigo 86, parágrafo segundo da Constituição Federal.

“Como não há possibilidade jurídica de haver dois presidentes da República, simultaneamente ocupando o mesmo cargo, é cristalino que o impetrado [Temer] ficará na Presidência da República em substituição temporária da presidenta Dilma Rousseff. Enquanto durar o processo do impeachment no Senado Federal, por até 180 dias, não poderá praticar atos privativos da presidenta da República, eleita democraticamente pela população”, afirmou trecho do mandado de segurança.

De acordo com pedido, a eventual exoneração e nomeação de ministros por parte de Temer poderá “impactar profundamente” a política econômica e social do governo, “atingindo os direitos fundamentais adquiridos ao longo dos últimos 13 anos dos governos Lula e Dilma”. O relator do mandado de segurança é o ministro Luís Roberto Barroso.

TV Assembleia lança nova grade de programação e comemora avanços

TVassembleiaEducação, cultura, esportes, lazer, entretenimento e divulgação da atividade parlamentar. Esses são alguns dos principais focos da atuação da TV Assembleia do Rio Grande do Norte, que apresentou, na noite desta terça-feira (10), a nova grade de programação da emissora. Ao todo, 16 atrações serão transmitidas para todo o estado, com conteúdos variados e inovadores em TVs legislativas.

Durante a solenidade de lançamento da nova grade de programação, o diretor da TV Assembleia, Bruno Giovanni, comentou os avanços conseguidos ao longo dos 15 meses de nova gestão da emissora. Com 110 horas de produção de conteúdo próprio e 27 horas de conteúdo fornecido por parceiros durante a semana, o diretor comemora o avanço tecnológico alcançado nos últimos meses, que possibilitou a maior qualidade nas transmissões, gravação de todo o conteúdo em Full HD e possibilidade de até duas transmissões ao vivo, simultaneamente, além do trabalho de disponibilização de todo o material em ‘nuvem’.

“O trabalho está sendo realizado com todo o apoio do presidente Ezequiel Ferreira (PSDB), que não negou nada para o desenvolvimento da TV e da Rádio Assembleia. A Educação será o nosso foco em 2016. Vamos trabalhar para continuar levando à população conteúdo dos quais ela não tem acesso em emissoras abertas e comerciais”, garantiu o diretor.

Comemorando o sucesso da emissora, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza, salientou que a TV Assembleia realiza uma cobertura jornalística profunda e variada, para evitar que temas importantes e complexos sejam abandonados ou tratados de forma superficial. Para ele, 1uem ganha com isso é a população, que tem mecanismos para acompanhar, fiscalizar, criticar, elogiar e opinar sobre a atuação do Poder Legislativo.

“É de se destacar que a TV Assembleia passa a oferecer não só mais transparência nos atos do Poder Legislativo, mas uma programação de qualidade, com programas educativos, culturais e de prestação de serviço. É uma programação de alta qualidade, diferenciada, que vai fazer com que o Rio Grande do Norte se veja por meio da TV Assembleia”, disse Ezequiel Ferreira, elogiando o trabalho de todos os profissionais que fazem a emissora.

Delcídio diz que cassação é fruto de “manobra” de Renan Calheiros

Após a decisão que resultou na cassação do seu mandato, o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) divulgou hoje (10) uma nota em que diz que o resultado da votação foi fruto de uma “manobra” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), “típica do gangsterismo que intimida pessoas e ameaça instituições”. A nota também foi subscrita pelo advogado de Delcídio, Antonio Augusto Figueiredo Basto.

Na nota, Delcídio diz que a decisão dos senadores foi açodada e que Renan adotou um “espírito revanchista de quem se julga acima da lei e do Direito”. Segundo o texto, o desfecho que resultou na cassação do mandato de Delcídio ocorreu com “atropelo de ritos e supressão de garantias” refletindo “uma retaliação vil à sua condição de colaborador da Justiça”.