Arquivo mensais:maio 2016

Investigadores da Operação Zelotes estão na cola do filho de Lula

Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula
Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula

Investigadores da Operação Zelotes afirmam que o filho caçula do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milhões.

Até agora se sabia que Luís Cláudio havia recebido R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, consultoria acusada de comprar medidas provisórias.

Os novos valores apareceram após quebra do sigilo bancário dele e da empresa de 2009 a 2015, informa a Coluna do Estadão, do jornal “O Estado de S. Paulo”.

No final da manhã de terça-feira (31), os advogados de Luís Cláudio afirmaram que “a verdade irrefutável é que Luís Cláudio não recebeu os valores indicados pelo jornal”. “A empresa Touchodow Promocoes e Eventos Ltda. atua na organização do principal campeonato de futebol americano no país e, para tanto, aufere receitas através de patrocínio e venda de ingressos, como qualquer outra do setor. E foi para esta atividade canalizadas as verbas de patrocínio obtidas na legalidade.”

A defesa também criticou o vazamento dos dados sigilosos da investigação, “antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do ministro Dias Toffoli”, e disse que vai recorrer na Justiça.
“O ocorrido será levado ao Supremo Tribunal Federal para que sejam tomadas as medidas necessárias para apuração da autoria do crime praticado. Quem comete ilegalidade é o veículo de imprensa em sua campanha persecutória e difamante.”

Policiais Civis não aceitaram pedido de desculpas e querem processar o capitão Styvenson

Presidente do Sinpol, Paulo Macedo

O sindicato que representa os policiais civis e escrivães anunciou ontem que vai acionar o setor jurídico para ingressar com uma ação de danos morais contra Styvenson em decorrência das declarações consideradas difamatórias pelos policiais civis.

Num áudio que foi largamente compartilhado nas redes sociais, Styvenson Valentim diz que tem policial civil e delegado ganhando demais e trabalhando pouco. “Preguiça, preguiça”.

Paulo Macedo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), disse que o pedido de desculpas não foi bem recebido pela categoria. “Pede desculpas com arrogância de sempre”, declarou o sindicalista.

Já a presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, afirmou que o assunto está sendo tratado entre as instituições e gestores. “Quanto às acusações generalizadas serão apuradas e providências legais adotadas”.

Apesar do Blog do Primo fazer criticas ao comportamento funcional do capitão Styvenson pelo fato dele querer aparecer mais que a própria Lei Seca, reconheço que ele tem sozinho mais prestígio que toda Polícia Civil e os delegados.

Nesta disputa, o capitão ganha de lavagem, a imagem da Polícia Civil junto a sociedade não é boa.

Relator entrega parecer sobre Eduardo Cunha ao Conselho de Ética

Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília

O parecer final no processo contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara foi entregue na manhã desta terça-feira (31) pelo relator, deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

A conclusão de Rogério sobre as acusações contra o peemedebista, como a eventual punição que será pedida ao conselho, serão mantidas em sigilo até a leitura do parecer. A reunião para a leitura do parecer vai ser convocada para as 14h desta quarta-feira (1°). É esperado que haja pedido de vista, por dois dias. Segundo José Carlos Araújo (PR-BA), presidente do Conselho de Ética, o início da discussão e votação do parecer devem ocorrer na próxima terça-feira (7).

Segundo a “Folha de S.Paulo”, o parecer deve ser pela cassação. Aliados de Eduardo Cunha têm pressionado o relator para que ele defenda uma pena mais branda que a cassação, como a suspensão das prerrogativas parlamentares. Essa possibilidade levaria ao afastamento definitivo de Cunha da presidência da Câmara, mas preservaria seu mandato de deputado.

Odebrecht vai delatar 300 nomes de políticos ao Ministério Público que receberam dinheiro

 Empreiteira oficializou negociação da delação premiada e vai detalhar doações

 

ODEBRRCHT fabrica até misses

A Odebrecht e o Ministério Público Federal assinaram na última quarta-feira (25) o documento da negociação de delação premiada e de leniência no âmbito da Operação Lava Jato. Os procuradores terão acesso a toda contabilidade de caixa dois da empresa, o que pode envolver centenas de políticos e autoridades de outros poderes. Em março, uma única operação de busca e apreensão da empreiteira já tinha revelado uma lista com o nome de mais de 300 políticos.

 

O documento oficializa ainda o compromisso da Odebrecht de detalhar o financiamento de campanhas majoritárias recentes, como da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB, e também de Aécio Neves (PSDB), em 2014 — o que atingiria os maiores partidos do país. Especulações de que a delação envolveria diretamente a presidente afastada Dilma Rousseff, contudo, não consta na negociação.

 

O Ministério Público pretenderia até convocar o ex-presidente Emílio Odebrecht para darinformações. Ele é pai de Marcelo Odebrecht, que está preso. O número de executivos da empresa que devem delatar pode chegar a 50. As conversas entre a empreiteira e o MPF já vinham ocorrendo há alguns meses, e agora são oficiais. As informações são de Mônica Bergamo para a Folha de S. Paulo

 

 

 

 

Constrangido, vereador Leleu de Caicó, para salvar imagem da Câmara Municipal poderá requerer a CPI do Boga

Depois da baixaria, o ex-assessor do vereador Ivanildo do Hospital(falando no microfone), passou mal (foto sendo atendido).

A clima na Câmara Municipal de Caicó não é dos mais tranquilos, virou até caso de polícia.

O jovem Felipe Costa, ex-assessor do vereador caicoense Ivanildo do “hospital”, está denunciou o antigo chefe de utilizar de empresa fantasma para lavar dinheiro da verba de gabinete..
13239971_727025927439101_9171054661470180179_n“Essa nota fiscal (fot0) que apresento a vocês, é uma prestação de serviço feita ao vereador Ivanildo, que na verdade não passa de uma lavagem de dinheiro, a referida empresa é da noiva do vereador.
Diante da denuncia feita pelo ex-assessor, o vereador Ivanildo fez um pronunciamento afirmando que jovem Felipe Costa estava com raiva e revoltado por que queria ter uma relação homossexual com o edil em seu gabinete.
O clima pegou fogo em plena sessão, e o vereador Leleu disse que era para chamar a polícia e que iria tomar providências para proteger a imagem do Poder Legislativo caicoense.
Comenta-se na cidade que o vereador Leleu Fontes vai pedir uma CPI do Boga para esclarecer suspeitas de condutas impróprias dentro da sede do legislativo municipal.
Segundo o soldado Vasco, pessoas tem visto camisinhas usadas no lixo produzido e recolhido na Câmara. Vereadores e servidores estão indignados com a baixaria que deprecia e macula a imagem da casa.
Durante uma semana só se fala de “boga” e “notas frias” e o assunto vem sendo abafado, mas a briga do vereador com o ex-assessor coloca cada vez sujeira do ventilador.
O vereador Ivanildo do Hospital prestou queixa  contra o seu ex-assessor Felipe Costa sobre calúnia e difamação fazendo um Boletim de Ocorrência.
Pessoas bem informadas, disseram ao soldado Vasco que muita baixaria ainda poderá aparecer.
O vereador Leleu disse que toda Câmara Municipal está constrangida e exige uma providência em respeito a sociedade caicoense.
Confira o pronunciamento do vereador Leleu Fontes:
Confira o vídeo da sessão suspensa em decorrência das denuncias e baixarias:

Acordão do RN está complicado na Lava jato: Sérgio Machado afirma que Agripino pediu dinheiro a empreiteira

Agripino Maia, Henrique Alves, Carlos Eduardo Alves e Felipe Maia

Em novos trechos de gravações divulgados neste pelo jornal Folha de S. Paulo, o senador potiguar José Agripino Maia (DEM) é mais uma vez citado em conversas entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB). Nas gravações feitas por Machado em março passado, ele questiona a Renan: “Quem é que nunca pediu dinheiro? José Agripino, Aécio, Arthur, Aloysio”.

Essa não é a primeira vez que o nome do senador do RN é citado em conversas entre Machado e Renan. Na última quinta-feira (26) o Jornal Nacional, da TV Globo, também divulgou gravações em que ambos citam Agripino. Machado diz que o potiguar é alguém que “pode ser parceiro”. “Não é possível que ele vá fazer maluquice”, disse o ex-presidente da Transpetro.

Na mesma conversa, Renan respondeu: “O Zé nós combinamos de botá-lo na roda. Eu disse ao Aécio e ao Serra que no próximo encontro que a gente tiver tem que botar o Zé Agripino e o Fernando Bezerra. Eu acho”.

 

Conversa entre Renan Calheiros e Sergio Machado

MACHADO – Os canais para… porra.

RENAN – O problema do Lu… por que que o Lula saiu [não foi acusado no processo do mensalão]? Porque o Duda [Mendonça, marqueteiro] fez a delação -na época nem tinha [a lei]-, o Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo.

MACHADO – E o Lula, Renan, durante [inaudível] um tempo não fez. […] Quando chegou no final do governo…

RENAN – Veio, caiu na real.

MACHADO -…botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma porra [inaudível]. Porra, umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda.

RENAN – Apartamento bancário!

MACHADO – De bancário, deixa o cara decorar…

RENAN – Da Bancoop.

MACHADO – Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme, e aí ele se fodeu. Porque ele não fez no governo. Ele armou depois, naquela Sete, naquela Sete que armou. Inclusive tentaram [inaudível]. E ali foi o Gabrielli, junto com uma turma, armaram aquilo, foi outra cagada.

RENAN – Outra cagada.

MACHADO – E ela [Dilma] foi louca, ela viu essa porra e achou que dava. Renan, se você está no governo e começa o incêndio, estando ou não no meio, você tem que apagar, tá dando merda. Você não pode deixar o fogo subir. Esses são os caras. Não podemos deixar essa porra para baixo de jeito nenhum. Você acha que o [advogado Eduardo] Ferrão tem força sobre ele [Teori]?

RENAN – Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso.

MACHADO – E eu não vou falar nada com o meu pessoal porque não quero ninguém metido nisso.

[…]

MACHADO – Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse bosta, não. Aquele cara ali…

RENAN – Quem?

MACHADO – Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali.

RENAN – Eu tentei… Mas eu estava só.

[…]

MACHADO – [Sobre financiamento de campanha] Quantas vezes tive que interromper campanhas honestas para ir encontrar pessoas e dizer, ‘olha, estou desesperado, preciso de dinheiro’? Encontrar 25 pessoas, cinco vão doar, entre essas cinco que vão doar, uma está metida em problema com quem você não devia se associar. Como é que você no meio de eleição, para ganhar ou para perder, tu quer saber de onde é que vem a origem?

RENAN – [inaudível]… A Odebrecht ficou de pagar […].

MACHADO – Quem mais contribuiu para ela [Dilma]?

RENAN – O negócio do João. Só que…[inaudível] Então ela fingia que estava [inaudível] provar que não tem influência nenhuma.

MACHADO – [inaudível]

RENAN – Isso que ia dar problema.

MACHADO – [Inaudível] Isso ia dar problema, esteve com ela e falou isso, e os donos não deram nenhuma importância. Agora, o que está incomodando muito a Odebrecht, que eu soube, isso eu já soube, é que recebeu caixa dois no exterior em todos esses mercados que a Odebrecht apurava e o pessoal está puto com ela.

RENAN – É. E o João Santana soube e continuou fazendo campanha, ganhar dinheiro. Só daquele Eduardo, de Angola, a campanha custou 150 milhões.

MACHADO – É, eu sei. E agora eles estão putos porque agora estão… Vão responder em torno dela, comprovado, comprovadamente. E a Suíça enlouqueceu. Era o país mais seguro do mundo e virou o país mais inseguro do mundo. Então acho que tem que fazer, Renan, um processo… Porque todo político está assim. Não tem nenhum. Quem é que nunca pediu dinheiro? José Agripino, Aécio, Arthur, Aloysio.

[…]

RENAN – Os caras deram uma nota, o UOL, que o Teori estava despachando nesse final de semana…

MACHADO – Foi isso, foi isso, deu o maior rolo do mundo.

RENAN – Não, lá em Alagoas, o cara botou no UOL que estava querendo ver meu caso, que é a pressão que esse filho da puta faz todos os dias… Não sei o quê e tal. Aí veio um cara que trabalha com a gente, ou querendo prestar serviço, ninguém sabe direito disso, disse o seguinte: ‘Olha, eu estou com informações aí, informações seguras, do pessoal da rede hoteleira, que tem 70 policiais da Polícia Federal e que vai fazer busca e apreensão, tal, na sua casa’. Imagina o cara ouvindo uma porra dessas. Você não tem o que fazer.

MACHADO – Não tinha o que fazer. Você tem que estar psicologicamente preparado para essa merda. Aí não adianta tentar falar com ninguém, querer ter informação. Mas essa história foi domingo passado. De norte a sul de leste a oeste. […] Boataria, boataria. […]

RENAN – […] Ninguém sabe, eles vivem nessa obsessão.

[…]

RENAN – Mas você tem ideia do louco que é isso.

MACHADO – Tudo por causa dessa mulher aí. Renan, como esses caras nomeiam oito ministros do Supremo, oito! Para cima do Rio é tudo um bando de fanfarrão. Fux, não sei quem, não sei quem. A Rosa Weber não deu o negócio do Lula, rapaz.

RENAN – Não deu. Falei com o Lula outro dia…

MACHADO – Ele acha que ganha no pleno?

RENAN – Acha que gan… Tem que aguardar essa decisão.

MACHADO – Mas ele foi [inaudível]? Ele perdeu, o negócio dos procuradores, não deram.

RENAN – Aí porque é lobista, tem influência sobre a mulher. Mas toda vez a mulher fica contra. Eu quero é estar perdendo. Esse povo liga ‘presidente… de qualquer maneira tem acesso…’

Conversa entre José Sarney e Sérgio Machado

MACHADO – A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente.

SARNEY – E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana.

MACHADO – Isso é muito sério. Presidente, você pegou o marqueteiro dos três para o presidente do Brasil. Deixa que o ministro da Justiça, que é um banana, só diz besteira, nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. É que estavam dizendo esta semana: a presidente é bunda mole. A gente não tem um fato positivo.

SARNEY – E todo mundo, todo mundo acovardado.

MACHADO – Acovardado.

[…]

SARNEY – O Renan, eu falo com, eu mesmo falo com ele, mas eu prefiro falar assim com o César Rocha. Prefiro falar com o César.

MACHADO – Ninguém sabe que eu lhe ajudei.

SARNEY – Porque o César Rocha, o César, o César Rocha é que é o nosso cúmplice junto com o…

MACHADO – Com o Teori?

SARNEY – Com o Teori. Ele é muito, muito, mas muito amicíssimo lá do tribunal. O César fez muito favor pra ele.

MACHADO – O Teori era do tribunal do César?

SARNEY – Era. o Teori era do tribunal do César.

[…]

MACHADO Você acha que a gente consegue emplacar o Michel sem uma articulação […[ do jeito que esta […]?

SARNEY Sem articulação, não. Vou ver o que está acontecendo. Vou ao Michel hoje.

MACHADO O Michel… eu contribuí para o Michel. Não quero nem que o senhor comente com o Renan. Contribuí com o Michel para a candidatura do menino. Falei com ele até em lugar inapropriado, na base aérea.

SARNEY Mas alguém sabe que você me ajudou?

MACHADO Não, ninguém sabe, presidente.

Conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado

MACHADO Meu amigo, eu acho que o melhor seria (…). Porque ela continuava presidente. E Michel assumia com liberdade de mudar tudo.

JUCÁ Negociava um ou outro cara aqui que ela quisesse proteger.

MACHADO Isso, proteger no governo. Essa conversa [inaudível] só tem a solução do Getúlio, rapaz. Proteger a família do Lula fazendo um acordo com o Supremo. Não é possível que esses m não façam um acordo desses. Sem o Supremo não adianta. Ou corta as asas da Justiça e do Ministério Público ou f. E quando essa coisa baixar, cortar as asas do Ministério Público.

Com informações da Folha de S. Paulo

Misericórdia: cinco ministros de Temer administram contratos de seus doadores de campanha

Helder Barbalho, aqui no RN com seus amigos Henrique Alves e Garibaldi Alves.

Por Fernando Rodrigues

 

Pelo menos 5 ministros do governo Michel Temer serão responsáveis por contratos de empresas que doaram para suas campanhas eleitorais. As empresas têm contratos com os ministérios agora chefiados pelos políticos.

São eles os ministros Maurício Quintella Lessa (Transportes), Raul Jungmann(Defesa), Mendonça Filho (Educação), Helder Barbalho, (Integração Nacional) eBruno Araújo (Cidades).

Nas Cidades, os contratos são do Minha Casa, Minha Vida, supervisionados pelo Ministério e custeados pela Caixa Econômica Federal.

As informações são dos repórteres do UOL Victor GomesAndré Shalders.

Todos os dados utilizados nesta reportagem são públicos e podem ser conferidos por meio do Portal da Transparência (gastos dos ministérios) e do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais de 2014 (para as doações de campanha).

TRANSPORTES
No Ministério dos Transportes, 3 empreiteiras doaram em 2014 ao então candidato a deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL). Em entrevista ao Blog, Quintella elencou como prioridade de sua gestão a duplicação do trecho da BR 101 que liga Alagoas a Pernambuco. A obra é tocada pela OAS, que doou R$ 350 mil à campanha dele, por meio da direção nacional do PR.

No total, a OAS e as empreiteiras Barbosa Mello e Sanches Tripoloni despejaram R$ 600 mil na campanha de Quintella. O dinheiro irrigou as contas do candidato via Direção Nacional do PR. Em 2016, as 3 empresas já receberam R$ 145,14 milhões em contratos com a Valec e o Dnit, subordinados aos Transportes.

Embora possa existir no momento algum conflito de interesses, não há irregularidade nas situações envolvendo Quintella e os demais políticos. As doações e os contratos foram feitos antes de os então candidatos tornarem-se ministros.

INTEGRAÇÃO NACIONAL
O atual titular da pasta, Helder Barbalho, recebeu R$ 530 mil da Queiroz Galvão em 2014. Naquele ano, ele concorreu ao cargo de governador do Pará. Perdeu a disputa. A doação foi feita para a Direção Nacional do PMDB. Hoje, Helder comanda o ministério responsável pela transposição do rio São Francisco, um dos principais projetos da construtora.

Só neste ano a Queiroz Galvão já recebeu R$ 21,14 milhões para tocar as obras do megaprojeto hídrico.

Ao longo da semana passada, Helder teve encontros com representantes das empresas responsáveis pela transposição. O ministro anunciou que ampliará os recursos para o projeto, de R$ 150 milhões mensais para R$ 215 milhões, em média. A obra é prioritária para o governo de Michel Temer e o objetivo é que parte dela seja entregue até dezembro deste ano.

DEFESA
Raul Jungmann (PPS-PE) é hoje o titular da Defesa. Em 2016, a Odebrecht já recebeu R$ 278 milhões para tocar o programa de desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. A pasta também possui contratos menores com outras 8 subsidiárias da empreiteira.

Em 2014, a Odebrecht doou R$ 384 mil à campanha de Jungmann à Câmara, uma parte diretamente e outra por meio da direção estadual do PPS.

CIDADES
Bruno Araújo (PSDB-PE), hoje ministro das Cidades, recebeu R$ 710 mil de 4 empreiteiras para sua campanha à Câmara em 2014. São elas: Odebrecht (R$ 130 mil), Queiroz Galvão (R$ 80 mil), Ética Construtora (R$ 300 mil) e Sanches Tripoloni (R$ 200 mil).

Com exceção da Ética Construtora, as demais participam ou participaram de contratos do Minha Casa Minha Vida, programa de moradias populares subsidiadas pelo governo federal.

As construtoras não mantêm contratos diretos com o Ministério das Cidades, mas a pasta é responsável pela supervisão e pela gestão do programa. Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal.

EDUCAÇÃO
O atual titular do ministério é o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE). Em 2014, ele recebeu R$ 100 mil do frigorífico JBS para sua campanha à Câmara. Só neste ano, a empresa ganhou R$ 123 mil em um contrato com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ligada ao MEC.

OUTROS LADOS
Todos os ministérios e políticos citados na reportagem foram procurados pelo Blog.

A assessoria do Ministério dos Transportes informou que as doações feitas por empresas eram legalmente permitidas na época da campanha do deputado Maurício Quintella e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

A assessoria do Ministério das Cidades disse por telefone que as doações aos então candidatos a deputado foram feitas dentro da lei e são anteriores à posse de Araújo como ministro.

As assessorias do MEC, do Ministério da Integração Nacional e do Ministério da Defesa enviaram notas. Eis as íntegras:

Ministério da Integração:
1) O contrato do Ministério da Integração Nacional com a Construtora Queiroz Galvão foi fechado em 27/9/2013 e prevê a execução das obras civis e eletromecânicas complementares da Meta 3N do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O valor é de R$ 612,255 milhões com vigência até 30 de outubro de 2016.

2) Na época de sua contratação, Helder Barbalho nem havia sido referendado como candidato do PMDB ao governo do Estado do Pará.

3) Além disso, Helder Barbalho só é nomeado ministro de Estado, primeiramente da Pesca e Aquicultura e depois de Portos em 2015. Sua posse no Ministério da Integração Nacional só ocorre em abril de 2016.

4) Importante ressaltar ainda que todas as doações foram feitas respeitando a legislação eleitoral. Foram devidamente registradas e as contas foram integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral. Todas as informações são públicas e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Ministério da Defesa:
É importante ressaltar que os contratos do Ministério da Defesa com a Construtora Norberto Odebrechet S.A. foram firmados em data anterior a posse de Raul Jungmann como ministro da Defesa. Por isso, é incorreto associar qualquer informação de campanha aos contratos com a Pasta.

No que tange os questionamentos sobre contratos, os pagamentos efetuados pela Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), da Marinha do Brasil, à Construtora Norberto Odebrechet S.A. referem-se à implantação de estaleiro e base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares, dentro do contexto do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

Com relação às despesas realizadas pela Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins (CFAT) e pelo Centro de Intendência da Marinha em Rio Grande (CeIMRG), as mesmas referem-se a contas mensais de água e esgoto daquelas Organizações Militares (OM) e das OM por elas apoiadas, cujos pagamentos foram efetuados, respectivamente, às concessionárias “Companhia de Saneamento do Tocantins – Odebrecht Ambiental Saneatins” e “Odebrecht Ambiental Uruguaiana”, as quais integram o Grupo “Odebrecht Ambiental”.

De mesma forma, os valores especificados para o 4º Batalhão de Engenharia de Construção (R$ 7.316,93); para o 22º Batalhão de Infantaria (R$ 15 mil); para o 22º Grupo de Artilharia de Campo Autopropulsado (R$ 1,5 mil); para o 8º Regimento de Cavalaria Mecanizado (R$ 1 mil); para a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (R$ 8,6 mil); para o 41º Batalhão de Infantaria Motorizada (R$ 19 mil), referem-se a pagamentos de concessionárias de água e esgoto. Como dito anteriormente, as Organizações Militares realizaram esses pagamentos em virtude das concessionárias pertencerem ao Grupo Odebrecht.

Ministério da Educação:
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) possui autonomia administrativa, financeira e pedagógica, garantida pela Constituição Federal. Dessa forma, tem autonomia para firmar contratos nesse montante, independentemente de autorização do MEC.  Assim, sugerimos contato com a instituição, uma vez que cabe à própria UFSCar fornecer as informações sobre seus contratos.

 

Em grupo do WhatsApp, delegado afastado diz ter ‘indícios’ de que não houve estupro

Delegado Alessandro Thiers

Em uma conversa num grupo de WhatsApp composto por cinco delegados, o titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers, desqualificou os depoimentos da adolescente de 16 anos vítima de estupro no morro da Barão, no Rio.

A troca de mensagens foi revelada pelo jornal “Extra” e sua veracidade foi confirmada. Nela, Thiers compara o depoimento que colheu da adolescente, na sexta (27), com a entrevista que ela deu ao “Fantástico”, no domingo (29).

A divulgação das mensagens dirigidas ao grupo de delegados causou grande constrangimento entre os integrantes, entre eles está o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, que negou a veracidade da conversa