Arquivo diários:02/11/2016

Medo de ser assassinado atinge 3 em 4 brasileiros; 67% de jovens temem a PM

O número de assassinatos no país em 2015 caiu 1,2% em relação a 2014; no entanto, o medo de ser morto aterroriza o brasileiroCarlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

O medo de ser assassinado ou de ser agredido por bandidos ou policiais atinge a maioria dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (2) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados fazem parte do 10° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta quinta-feira (3).

Segundo o levantamento, o medo de ser assassinado chega a 76% dos entrevistados. Apesar de ser vítima em mais de 90% desses crimes, os homens são menos amedrontados: 69% disseram que temem ser mortos, contra 83% das mulheres.

Outra constatação é que, quanto menor a renda, maior o medo da morte violenta, que chega a 78% entre os que ganham até cinco salários mínimos e 65%, nos que ganham acima de 10 salários.

Outro medo da população é o de ser vítima de agressão de criminosos. Na pesquisa, 85% disseram que temem ser agredidos por bandidos –índice que fica em 90% para as mulheres e 80% para os homens.

As mulheres também sofrem mais de outro grande medo: o de sofrer agressão sexual. Segundo a pesquisa, 85% temem ser vítimas. Já entre os homens, esse índice cai para 46%.

Medo da polícia

A pesquisa também revelou que, além do medo do bandido, a maioria dos brasileiros teme ser agredida pela polícia, especialmente a PM (Policia Militar).
Segundo a pesquisa, 59% teme ser vítima de agressão da PM, e 53%, da Polícia Civil. Esses índices crescem conforme diminui a idade, chegando a 67% entre jovens de 16 a 24 anos que temem ser agredidos pela PM.

“Existe uma dificuldade histórica entre juventude e polícia no mundo todo. Quase sempre a juventude é o publico que acaba sendo alvo da maior interação da polícia, e a conduta de jovens acaba sendo mais vigiada. Então, esse estranhamento precisa ser enfrentando caso a gente queira que a polícia goze da confiança e preste um bom serviço”, disse Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Além de temerem ser vítima, 70% dos entrevistados afirmam que os policiais brasileiros cometem excessos de violência na função. Entre os jovens de 16 a 24 anos, essa sensação sobe para 75%.

Por outro lado, 64% dos entrevistados acreditam que os policiais são caçados por criminosos. Em 2015, 393 policiais foram mortos, segundo os dados do Anuário.

Falta de estrutura e eficiência

O Datafolha também questionou a percepção dos brasileiros sobre a atuação das polícias. Ao todo, 63% acreditam que as polícias não têm boas condições de trabalho.

Sobre eficiência, 52% acreditam que a PC faz um bom trabalho esclarecendo crimes, enquanto 37% não acreditam –os 11% demais não sabem ou não responderam. Já a PM tem o crédito de 50% dos entrevistados, que afirmaram que ela garante a segurança da população. Já 42% discordam e dizem que ela é ineficiente.

“Os brasileiros são claros ao perceber que as policias são reconhecidas como uma instituição importante e que não têm estrutura. Mas ela diz que tem medo de sofrer violência, que há dificuldade de enfrentar o crime e há excesso de violência ao agir. Ou seja, a forma como a polícia está agindo não é aquela que a população gostaria. Temos que pensar que polícia nós queremos”, disse Lima.

Para a pesquisa foram ouvidas 3.625 pessoas, em 217 municípios, entre os dias 1º e 5 de agosto. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A 6 dias das eleições, Trump ultrapassa Hillary em pesquisa

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, ultrapassou a democrata Hillary Clinton em uma nova pesquisa divulgada ontem, terça-feira, a uma semana das eleições marcadas para o próximo dia 8 de novembro.

De acordo com a pesquisa realizada de forma conjunta entre o jornal The Washington Post e a emissora ABC News , Trump tem 46% das intenções de voto contra 45% de Hillary.

A pesquisa, elaborada entre os dias 27 e 30 de outubro, entre 1.128 eleitores prováveis por telefone, indica que o candidato Gary Johnson, do Partido Libertário, obteve 3%. Já Jill Stein, do Partido Verde, registrou 2%.

Essa é a primeira vez desde maio que o empresário supera a ex-secretária de Estado na pesquisa divulgada periodicamente por ambos os veículos de imprensa. Na semana passada, Hillary liderava a disputa com 46% de apoio contra 45% de Trump.

Deu no G1 Paraná RPC: Eduardo Cunha chama Temer, Henrique Alves e Lula como testemunhas de defesa

Deputado cassado responde é réu em processo da Lava Jato.
Eduardo Cunha está preso em Curitiba desde 19 de outubro deste ano

Alana Fonseca, Bibiana Dionísio e Fernando Castro

Do G1 PR e da RPC Curitiba

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deixa o Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba, após realizar exame de corpo de delito, um dia após sua prisão por ordem do juiz federal Sérgio Moro na operação Lava Lato (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está preso em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Henrique Alves (PMDB-RN), além de outras figuras públicas, como testemunhas de defesa no processo que responde no âmbito da Operação Lava Jato em Curitiba.

Preso, em 9 de outubro, Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração dePetróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Os advogados de Cunha negaram as acusações e criticam o Ministério Público Fedederal (MPF), dizendo que os procuradores não explicaram qual seria a participação do ex-deputado no esquema descoberto na Petrobras.

A convocação das testemunhas faz parte da defesa prévia de Eduardo Cunha, protocolada no sistema da Justiça Federal na noite de terça-feira (1º).

A defesa pediu que a denúncia contra o ex-deputada seja rejeitada. Pediu também rejeição da acusação de corrupção passiva, a rejeição de parte da denúncia que acusa o ex-deputado de conduta criminosa em relação ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada (já condenado pela Lava Jato), a absolvição sumária do crime de evasão de divisas, a suspensão do processo até que sejam julgados embargos de declaração apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a nulidade das provas.

Ainda segundo os advogados, a defesa não teve acesso a provas. “A falta da disponibilização, nos presentes autos, da totalidade do material probatório leva ao cerceamento de defesa e à impossibilidade de início do processo”.

A convocação das testemunhas é válida caso estes outros pedidos da defesa não sejam aceitos.

Veja a lista de testemunhas
Michel Miguel Elias Temer Lulia: presidente da República
Felipe Bernardi Capistrano Diniz: economista filho de ex-deputado Fernando Diniz (morto em 2009)
Henrique Eduardo Lyra Alves: ex-ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer
Antônio Eustáquio Andrade Ferreira: ex-deputado federal
Mauro Ribeiro Lopes: deputado federal
Leonardo Lemos Barros Quintão: deputado federal
José Saraiva Felipe: deputado federal
João Lúcio Magalhães Bifano: ex-deputado federal
Nelson Tadeu Filipelli: ex-deputado federal
Benício Schettini Frazão: Engenheiro ligado à Petrobras
Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos: ex-gerente da Petrobras
Sócrates José Fernandes Marques da Silva: ex-engenheiro da Petrobras
Delcídio do Amaral Gómez: ex-senador cassado
Mary Kiyonaga: ligada ao Banco Merrill Lynch
Elisa Mailhos: ligada à empresa Posadas Y Vecino
Luis Maria Pineyrua: ligados à empresa Posadas Y Vecino
Nestor Cuñat Cerveró: ex-diretor Petrobras e colaborar da Lava Jato
João Paulo Cunha: ex-presidente da Câmara
Hamylton Pinheiro Padilha Júnior: ex-diretor da Petrobras e colaborador da Lava Jato
Luís Inácio Lula da Silva: ex-presidente
José Carlos da Costa Marques Bumlai: pecuarista e um dos réus da Lava Jato
José Tadeu de Chiara: advogado

Severina, ‘Administradora Geral do Estado’ voltou atuando na Governadoria

Resultado de imagem para espirito zombeteiroPessoas próxima ao governador Robinson Faria estão jurando que o espirito de Severina que se intitulou ‘Administradora Geral do Estado’ incorporou numa figura potiguar.

Severina dava ordens e carão nos governadores entrando no gabinete sem ser anunciada ou pedir licenças.

O incorporado não tem deixado o governador trabalhar, ele liga todo instante dando ordens e dizendo o que Robinson tem que fazer.

“Essa marmota está virando motivo de galhofa, já basta o Babão Cabeludo e o saco de macaxeira branca que sempre aparece ao lado dele” diz um assessor do governador.

Imitando Wilma, Temer criou o ‘Cartão Reforma’

Resultado de imagem para Cartão ReformaO presidente anunciou um plano de regularização de propriedades em todo o país. Segundo o presidente, a ideia é regularizar a situação de pessoas que moram “clandestinamente” em suas próprias casas. “Tem muita gente que mora em casas pequenas, em modestas habitações, mas não tem a propriedade. Ele vive lá clandestinamente. Estamos lançando um plano que vai regularizar toda e qualquer propriedade em todas as cidades brasileiras. Se Deus quiser, conseguiremos isso”.

Dentro deste plano, Temer anunciou a criação do Cartão Reforma, que será um cartão com crédito de cerca de R$ 5 mil para ajudar na reforma da casa. “Nós vamos imaginar que o sujeito, na sua propriedade, vai querer aumentar um quarto, cimentar a casa, ampliar o banheiro. E para isso estamos lançando o chamado Cartão Reforma. Você terá direito a um crédito de até, mais ou menos, R$ 5 mil para poder reformar a sua casa”.

O objetivo, segundo o presidente, é estimular a melhoria das habitações e também gerar empregos na construção civil. “De um lado, ajuda você. Mas ajuda também a ideia do emprego. Porque isso significa construção civil. Quem sabe você, ao reformar sua casa, vai chamar mais um para ajudá-lo e dará emprego a alguém”, completou o presidente.

Ligeiro igual ao boi e cavalo: depois de aprovada em comissão, o plenário do Senado aprovou Lei da Vaquejada

Mariana Jungmann – Repórter da Agência BrasilBrasília - Manifestantes protestam contra decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a vaquejada no país (José Cruz/Agência Brasil)O plenário do Senado aprovou ontem (1º) o projeto de lei que torna a vaquejada patrimônio cultural imaterial e manifestação da cultura nacional. A proposta é uma tentativa de reverter decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar a prática inconstitucional, por estar ligada a maus-tratos de animais.

O PLC transforma as práticas de montarias, provas de laço, apartação, bulldog, provas de rédeas, provas dos Três Tambores, Team Penning e Work Penning, paleteadas e outras provas típicas, como Queima do Alho e concurso do berrante, em expressões artístico culturais e as eleva à condição de manifestações da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial.

A matéria tinha sido aprovada mais cedo na Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa e entrou na pauta do plenário por acordo após articulações de senadores favoráveis ao projeto. O senador Roberto Muniz (PP-BA) defendeu a vaquejada e disse que a prática é diferente das touradas, por exemplo.

“Diferente de outros esportes, em outros países, como a tourada, onde a luta era entre o toureiro verso o touro, do ser humano verso o seu animal, na verdade esse esporte [vaquejada] nasce de uma necessidade e do carinho que o vaqueiro tem pelo animal”, disse. Segundo Muniz, esse “carinho” é demonstrado durante a vaquejada. “Ele derruba e traz o animal com muito carinho”, disse o senador mais cedo, durante os debates na comissão.

Como o texto é originário da Câmara dos Deputados e foi aprovado sem alterações, o projeto segue agora para sanção do presidente Michel Temer.

Tá vendo? Até nos EUA o fenômeno Trump surgiu da insatisfação com políticos tradicionais, diz professor

Resultado de imagem para Xô politicosDa Agência Brasil

As eleições presidenciais dos Estados Unidos chegam à reta final. Na próxima terça-feira (8) os norte-americanos escolherão entre o empresário republicano Donald Trump e a ex-senadora e ex-secretária de Estado dos EUA, a democrata Hillary Clinton. Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Juliano da Silva Cortinhas, o candidato republicano tem tirado melhor proveito de um fenômeno bastante conhecido no país: a insatisfação com os políticos tradicionais.

“Donald Trump capitalizou muito isso em torno da figura dele, que não é um político tradicional de Washington. Esse descontentamento com o sistema político é um início interessante para que ele comece a ser ouvido pela população que pretende votar nele”, disse Cortinhas no programa Diálogo Brasil, da TV Brasil, exibido na noite de hoje (1º).

Para o professor, a postura e ideias conservadoras de Trump encontraram abrigo em vários eleitores do país. “Ele tem um apelo grande para uma parcela importante da população que enfatiza o porte de armas para sua segurança. Num ambiente tomado, desde 2001, por uma sensação constante de insegurança, isso tem conseguido um apelo grande no eleitor do Trump. E a forma como ele tratou a Hillary, acusando-a, fortemente. Existe uma boa parte do eleitorado que gosta de um candidato forte, que demonstra pela força as suas opiniões”.

A candidata democrata, por sua vez, começa a patinar nas pesquisas após reabertura de investigação sobre o envio de emails da conta pessoal dela com a suposta presença de informações classificadas como de uso restrito do governo. “O anúncio de reabertura [das investigações] impactou fortemente os eleitores nas pesquisas de opinião. Se ela vai conseguir combater isso e se sair melhor nas pesquisas até terça, ninguém sabe”, disse o cientista político norte-americano naturalizado brasileiro David Fleischer, também da UnB.

Ambos avaliam, contudo, que o resultado vai depender do comparecimento às urnas, uma vez que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos e nenhum dos candidatos empolga muito. “Nenhum dos dois candidatos anima muito o eleitor. O eleitor do Trump é mais ‘lutador’, digamos assim, e o da Hillary é um pouco menos animado”, avaliou Cortinhas. “A grande tarefa dela é fazer com que esses jovens que não estão plenamente animados com sua campanha compareçam às urnas, mesmo que seja apenas com o intuito de derrotar Trump”.

Quanto às relações com o Brasil, Cortinhas diz que não são ideais, mas seriam de continuidade com Hillary e imprevisíveis com o republicano. Fleisher acrescenta que os Clinton têm relação próxima com o país, construída ainda nos mandatos do marido da candidata, Bill Clinton. Do ponto de vista do comércio bilateral, o cientista político e o professor de Relações Internacionais diz que a política norte-americana é pragmática.

O programa tem reprise às 1h45 desta quarta-feira (2) e também está disponível na página doDiálogo Brasil no site da TV Brasil.