Estadão Conteúdo
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, disse que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR) e ex-assessor do presidente Michel Temer usou ‘métodos nefastos’. “O agente aqui envolvido teria encontrado lassidão em seus freios inibitórios e prosseguiria aprofundando métodos nefastos de autofinanciamento em troca de algo que não lhe pertence, que é o patrimônio público”, assinalou o ministro.
Decretando a prisão preventiva de Loures – capturado na manhã deste sábado, 3, em Brasília -, Fachin apontou para ‘conduta gravíssima’ do ex-deputado. O ministro considerou que Loures em liberdade representa ‘um risco para a investigação’.
Ao mandar prender o ex-assessor de Temer, o ministro do Supremo anotou: “Sob essa ótica, é gravíssima a conduta narrada na inicial, considerando-se os valores em pauta e o poder de influência das autoridades envolvidas”, seguiu o ministro. “Tratando-se o deputado federal Rodrigo Santos da Rocha Loures de político com influência no cenário nacional, até pouco tempo assessor do presidente Michel Temer, pessoa de sua mais estrita confiança, como declarado em áudio captado por Joesley (Batista, da JBS), revelam-se insuficientes para a neutralização de suas ações medidas diversas da prisão. Não se deixa, sem embargo, de lamentar que se chegue a esse ponto.”
Para Fachin, ‘o teor dos indícios colhidos demonstra efetivas providências voltadas ao embaraço das investigações, de modo que não é difícil deduzir que a liberdade do representado põe em risco, igualmente, a apuração completa dos fatos’.