Arquivo diários:03/09/2017

EUA prometem forte resposta militar a qualquer ameaça da Coreia do Norte

FOLHA DE SÃO PAULO

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, prometeu “uma resposta militar massiva” a qualquer ameaça da Coreia do Norte contra os americanos ou seus aliados.

Mattis fez um pronunciamento em frente à Casa Branca após reunião com o presidente Donald Trump, o vice-presidente, Mike Pence e os conselheiros de segurança nacional, de acordo com a CNN.

Mattis afirmou que Trump quer ser informado de todas as opções militares para lidar com uma ameça nuclear dos norte-coreanos. O país asiático anunciou na madrugada deste domingo (3) que teria realizado um texto com uma bomba de hidrogênio.

“Qualquer ameaça para os Estados Unidos ou seus territórios, incluindo Guam, ou nossos aliados será enfrentada com uma resposta militar maciça, uma resposta eficaz e esmagadora”, afirmou o secretário, destacando o comprometimento entre os aliados.

“Não queremos aniquilar nenhum país, como a Coreia do Norte, mas temos muitas opções para fazê-lo”, acrescentou Mattis, advertindo o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

Em uma série de tuítes da manhã, Trump afirmou que eram “hostis” e “perigosas” as ações de Pyongyang e considerou que uma política de “apaziguamento” com o regime comunista norte-coreano não funcionaria.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou à Fox News que “preparará um pacote de sanções e enviará ao presidente para consideração”.

“Aqueles que fazem negócios com eles [Coreia do Norte] não poderão fazê-lo conosco”, disse ele. “Trabalharemos em conjunto com nossos aliados. Trabalharemos com a China.”

Imagem distribuída pela agência de notícias KCNA mostra Kim Jong-un inspecionando o que seria a bomba de hidrogênio

O TESTE NUCLEAR

Um teste com uma bomba de hidrogênio teria sido realizado pelo governo da Coreia do Norte na madrugada deste domingo (3).

Segundo as agências internacionais, o país asiático anunciou o teste por meio de sua imprensa oficial e afirmou que obteve êxito na operação. Este seria o sexto teste nuclear realizado pelo governo do ditador Kim Jong-un.

Após analisar dados de um forte tremor detectado à 0h36 (no horário de Brasília), o governo japonês declarou —antes do anúncio oficial norte-coreano—, que havia sido detectado um novo teste atômico na região que abriga as instalações nucleares da Coreia do Norte, a nordeste do país.

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Homem nu protagoniza briga com facão em plena Rua 25 de Março; assista

Um homem nu de 29 anos de idade protagonizou grande tumulto durante um “surto” (conforme apontado no boletim de ocorrência) na tarde de quarta-feira (30) no cruzamento da Avenida Senador Queiroz com a Rua 25 de Março, em pleno centro comercial da cidade de São Paulo.

Além desse homem nu, a confusão envolveu ainda outro indivíduo (esse segundo, vestido) que portava um facão. O episódio foi filmado e divulgado nas redes sociais por diversas pessoas que transitavam pela 25 de Março

De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM) de São Paulo, os agentes da base comunitária localizada ao lado do Mercado Municipal foram acionados por pedestres que informaram a existência de um homem nu agredindo pessoas que passavam pela Avenida Senador Queiroz.

Ao chegar ao local, os GCMs identificaram o homem como um indivíduo “agitado e agressivo” – conforme foi registrado posteriormente no B.O. – e receberam apoio de policiais militares. Os agentes, no entanto, acabaram surpreendidos pela chegada do segundo indivíduo, que passou a agredir o homem nu com a parte lateral de um facão.

Diante dessa cena, os guardas optaram por utilizar um taser (arma não-letal que dispara descargas elétricas) contra o indivíduo que portava o facão. O homem nu, por sua vez, aproveitou a abordagem para apanhar o objeto caído no chão.

Eduardo Cunha foi “contratado” para cobrar propina, diz operador do PMDB

Em alegações finais, lobista Jorge Luz confessa repasses a políticos do PMDB, mas nega relação com o ex-deputado, que teria ajudado Fernando Baiano

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Por iG São Paulo 

Apesar da negativa, o lobista já reconheceu ter transferido R$ 11,5 milhões a quatro políticos do PMDB: os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), o deputado Aníbal Gomes (CE) e o ex-ministro Silas Rondea.

A defesa de Jorge Luz menciona trechos de depoimentos dos lobistas Júlio Camargo, Fernando Baiano e dele próprio ao refutar a acusação. Júlio Camargo é acusado de atuar em favor da Samsung Heavy Industries em negócios com a Petrobras e disse a Moro que desconhecia o envolvimento de Jorge Luz nas operações financeiras. Fernando Baiano, por sua vez, também confirmou que os repasses a Cunha não passaram por Jorge.

“Cobrador”

No depoimento prestado ao juiz de Curitiba, Jorge Luz havia afirmado que o ex-deputado entrou no “processo” apenas quando ele próprio já estava distante das negociações.

“O Fernando [Baiano] resolveu contratar o Eduardo Cunha como cobrador… E o Cunha passou a se associar ao processo. Eu já não estava no processo e soube disso, mas eu nunca tratei com Eduardo Cunha de absolutamente de apoio, de nada, nada disso”, garantiu Jorge Luz.

A defesa do lobista também pediu a Moro a absolvição do filho de Jorge Luz, Bruno Gonçalves Luz, que também é réu na ação penal da Lava Jato.

“Por serem apontados na denúncia como intermediadores de propina de políticos do PMDB em outras oportunidades, há uma presunção, carente de qualquer embasamento fático, de que as ditas operações, que teriam o então deputado federal Eduardo Cunha como beneficiário, também foram intermediadas por estes acusados, apenas com base na identidade de sua filiação partidária”, escreveram os advogados do lobista.

Bazar iluminado

Resultado de imagem para bazarNas imediações da Câmara Municipal de Natal está acontecendo um bazar iluminado..

Antes que a justiça tome, relógios automóveis BMW estão sendo vendidos..

Um duplex também está sendo oferecido com preço de liquidação..

 

Temer é “ladrão geral da República”, diz Joesley Batista em nota

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Temer e Garibaldi Alves

Congresso em Foco

Joesley Batista, delator responsável pelas gravação que deu origem à primeira denúncia contra Michel Temer, por corrupção passiva, reagiu à nota do peemedebista, divulgada na noite de ontem (sexta, 1). Também em nota, Joesley chama Temer de “ladrão geral da República”.

Nesta sexta-feira (1), além de voltar a pedir suspeição de Janot, Temer criticou os acordos de delação do doleiro Lúcio Funaro e dos empresários da JBS. Na quinta-feira (31.ago), Joesley Batista entregou novos áudios, que tinham sido deletados do aparelho que usou para gravar Temer. O empresário e delator foi chamado de “grampeador-geral da República” na nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

“Outro agravante é o fato de o grampeador-geral da República ter omitido o produto de suas incursões clandestinas do Ministério Público. No seu gravador, vários outros grampos foram escondidos e apagados. Joesley mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral. Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório  e perigoso como Lúcio Funaro?”, encerra a nota.

Joesley reagiu, afirmando em sua nota que Temer “envergonha” todos os brasileiros e que a delação premiada é um direito que Temer tem o dever de respeitar. “Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer defesa dos crimes que comete”, disse Joesley.

Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do peemedebista afirmou que a nota de Joesley não merece resposta pela “sua origem e do conhecido comportamento absolutamente reprovável do delator”.

Leia a íntegra da nota de Joesley Batista:

“A colaboração premiada é por lei um direito que o senhor presidente da República tem por dever respeitar. Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer defesa dos crimes que comete. Michel, que se torna ladrão geral da República, envergonha todos nós brasileiros.”

Temer decide adiantar volta ao Brasil e diz que nova denúncia será “inepta”

CONGRESSO EM FOCO

O presidente Michel Temer voltou atrás em sua decisão de adiantar a volta ao Brasil e embarca amanhã (4), com chegada no dia seguinte. Ele foi à China, acompanhado de uma comitiva, para participar de encontro da cúpula do Brics. A previsão inicial era de que Temer embarcasse de volta ao país na terça-feira (5), mas com a expectativa da apresentação da nova denúncia contra ele, decidiu adiantar seus planos.

Apesar de afirmar que não teme a nova denúncia, a defesa do presidente pediu que qualquer acusação contra ele seja suspensa até o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a suspeição de Janot.

Temer havia desmentido que iria voltar antecipadamente ao Brasil para não passar a impressão de que estaria preocupado com a denúncia. A segunda denúncia contra Temer deve ser apresentada nos próximos dias. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve aguardar apenas a homologação da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro para apresentá-la. As informações prestadas por Funaro devem ser usadas para robustecer a denúncia por organização criminosa.

Em entrevista à TV Bandeirantes, Temer afirmou estar seguro de que a segunda denúncia de Janot será “inepta”.

OAB não investiga advogados citados por depoimentos da JBS

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Erick Pereira comprovou que não existe nota fria, uma vez que os serviços foram efetivamente realizados, de 2014 a 2017, nas áreas civil e penal. Isso é comprovado pelas procurações e petições apresentadas à Justiça, pelos relatórios de balanço e pelas conversas por e-mail e WhatsApp com os clientes.
Por Felipe Bächtold e Wálter Nunes | Folhapress

SÃO PAULO  –  Quase quatro meses após a divulgação da delação da JBS, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não abriu procedimentos disciplinares para apurar suspeitas envolvendo escritórios de advocacia mencionados nos depoimentos da empresa.

De acordo com os delatores, o pagamento de notas frias a advogados pelo país foi um dos principais meios de repasse de propina a políticos.

Após a divulgação do caso, em maio, o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, pediu informações sobre o assunto ao Supremo Tribunal Federal — era o primeiro passo para avaliar a possibilidade de punições disciplinares aos envolvidos. Até agora, porém, nenhuma sanção foi aplicada e os casos seguem sem uma apuração interna formal.

Ricardo Saud, lobista da JBS, disse em sua delação tratou de pagamentos com notas falsas com “mais de cem escritórios de advocacia”. A reportagem apurou, porém, que na verdade foram 17 escritórios citados até agora pelos executivos da JBS.

A relação entre as empresas de Joesley e Wesley Batista com os escritórios é detalhada em documentos entregues pelos delatores à Justiça. Os escritórios indicados como recebedores de propina estão localizados em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pará.

Em uma planilha de 12 páginas com dados dos pagamentos a políticos e partidos na campanha de 2014, escritórios são citados como beneficiários de quantias — em alguns casos milionárias — em nome dos candidatos.

Entre os repasses ao partido Pros, por exemplo, consta na planilha um pagamento de R$ 1,7 milhão para João Leite Advocacia.

O advogado integrou a direção da sigla desde a sua fundação e, na Justiça Eleitoral, acusou o presidente do partido, Eurípedes Júnior, de gastar ilegalmente o dinheiro do fundo partidário.

Os documentos da delação também incluem cópias dos contratos, notas fiscais e comprovantes de pagamento a advogados pelo país. Os termos dos contratos sugerem uma prestação de serviços corporativa para a JBS, com termos genéricos como “consultoria jurídica” e “assessoria tributária” e até ambiental.

Um contrato de R$ 900 mil firmado pela JBS e o escritório mineiro Moura e Siqueira, por exemplo, falava em serviços de “advocacia contenciosa”. Segundo os delatores, porém, o dinheiro serviu para beneficiar, na campanha, o atual vice-governador de Minas, Antonio Andrade, do PMDB.

Outro compromisso assinado, de R$ 1 milhão, foi fechado com o escritório Andrade e Oliveira Advogados. O beneficiário final, segundo a delação, era a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que hoje está preso.

Outro contrato, de R$ 1,2 milhão, foi firmado com a Erick Pereira Advogados para “sugestões temáticas referentes a processos trabalhistas” em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho. Mas os recursos eram destinados, segundo a delação, para o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN).

Todos esses acordos foram fechados no período da campanha eleitoral de 2014.

Saud também falou que o escritório Andrade, Antunes e Henriques Advogados foi usado para pagar um “mensalinho” de R$ 300 mil ao atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), entre 2013 e 2014.

Um executivo da JBS disse à Folha, sob a condição de anonimato, que os pagamentos a esses escritórios não saíam do departamento jurídico da empresa, como é comum em assuntos jurídicos, mas sim do orçamento da presidência da companhia.

A crise política provocada pela delação da JBS fez a OAB nacional encaminhar um pedido de impeachment de Michel Temer. No ano passado, a Ordem também reagiu às acusações contra o governo Dilma Rousseff e pediu o impeachment da petista.

Citados respondem

A OAB nacional diz que “acompanha atenta o desenrolar desses fatos, por isso já solicitou ao STF mais informações sobre as acusações feitas pelos delatores contra os escritórios de advocacia”. “Se houver algum fato concreto envolvendo advogados e escritórios de advocacia em irregularidades, eles serão apurados no âmbito da OAB nos termos do estatuto da advocacia”.

A Folha procurou escritórios mencionados na delação.

Na João Leite Advocacia, ninguém foi localizado para comentar o assunto. O escritório Moura e Siqueira informou que não se manifestaria.

Os escritórios Andrade, Antunes e Henriques e Andrade e Oliveira também não responderam.

A banca Erick Pereira Advogados diz que o escritório não foi incluído na investigação criminal sobre o assunto.

“O escritório comprovou que não existe nota fria, uma vez que os serviços foram efetivamente realizados, de 2014 a 2017, nas áreas civil e penal. Isso é comprovado pelas procurações e petições apresentadas à Justiça, pelos relatórios de balanço e pelas conversas por e-mail e WhatsApp com os clientes.”

O Pros informou que as doações da campanha de 2014 foram declaradas conforme prevê a legislação e que atua “dentro da legalidade”.

Fernando Pimentel negou ter recebido mesada e disse que nunca teve ligação com os advogados citados. Antonio Andrade diz que não teve acesso aos documentos e que o escritório mencionado prestou serviços em causas diversas ao PMDB-MG.

O ex-deputado Henrique Eduardo Alves chamou o depoimento de “absurdo” e “irresponsável”

Clima de 2ª denúncia mina base de Temer

Estadão Conteúdo

Um mês após a votação que barrou o prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o cenário que se desenha na Câmara é de incerteza e dispersão da base diante da iminência da apresentação de um nova acusação formal da Procuradoria-Geral da República tendo como alvo o peemedebista.

A avaliação de parlamentares é de que, em 2 de agosto, Temer saiu vitorioso ao conseguir barrar o prosseguimento da denúncia, mas com um placar no plenário que deixa implícita a dificuldade de manter a governabilidade. Foram 263 votos a favor, número pouco acima dos 257 votos que garantem maioria simples, necessária para aprovar projetos de lei, por exemplo.

Entre integrantes da base aliada, a queixa mais frequente é a de que o governo ainda não pagou a “conta” da denúncia e terá pouco a oferecer caso a Procuradoria-Geral da República apresente uma segunda acusação formal. A fatura cobrada pelos deputados que livraram Temer de ser afastado do cargo para ser investigado envolveu tanto a distribuição de cargos e recursos, por meio da liberação de emendas, quanto a promessa de intermediação do presidente em questões regionais e partidárias.

A demissão de indicados de deputados que votaram contra Temer foi uma tentativa do governo de agradar à base, mas há um sentimento, especialmente entre deputados do PP, PR e PSD, que compõem o chamado Centrão, de que eles não foram recompensados à altura do que fizeram pelo presidente. Para integrantes do grupo, Temer perdeu capital político ao não cumprir promessas e enfrentará um ambiente menos favorável no caso de uma segunda denúncia ser apresentada.

Tucanos

A não punição ao PSDB, que permanece com quatro ministérios, e rachou na votação da denúncia, é um dos pontos de maior crítica ao governo. O alvo da insatisfação é o ministro Antonio Imbassahy (BA), que ocupa a Secretaria de Governo. A pasta é estratégica na relação entre o Planalto e o Congresso e responsável, entre outras coisas, pela liberação das emendas parlamentares.

Outro aspecto apontado pelos deputados é que a lentidão na recuperação da economia cria um clima ainda mais desfavorável. Nos dias que antecederam a votação da denúncia contra Temer na Câmara, dizem, a sensação era de que a permanência do peemedebista no cargo seria essencial para que o País voltasse a crescer.

Hoje, o discurso é de que a economia se descolou da crise política e seguirá melhorando. “O governo está fragilizado. Não há dúvida de que essa legião de descontentes vai trazer um reflexo (na votação de uma eventual segunda denúncia)”, disse o deputado Danilo Forte (PSB-CE).

“Essa desorganização da base ajuda os parlamentares que votaram com ele (Temer) a fazer novas avaliações”, admitiu o líder do PSD na Câmara, deputado Marcos Montes (MG).

Aliados do Palácio do Planalto minimizam os descontentamentos e sustentam a tese de que Temer é perseguido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Argumentam que uma eventual segunda denúncia, por obstrução da Justiça ou organização criminosa, será tão frágil quanto a primeira.

Pautas

Um dos efeitos mais diretos da dispersão da base é a dificuldade que o governo tem enfrentado ultimamente para aprovar matérias no Congresso. Isso ficou evidente durante a votação da mudança da meta fiscal, na semana passada. Após 11 horas de trabalhos, a sessão foi encerrada sem a conclusão da análise de destaques e a proposta do Orçamento do ano que vem teve de ser enviada ao Legislativo com a previsão de um rombo pouco realista.

Outro ponto que não passou despercebido foi a postura mais “independente” do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sucessor na Presidência em caso de afastamento de Temer, Maia não esconde o descontentamento em relação ao Planalto por causa do clima de desconfiança durante a tramitação da denúncia – e já tem reclamado de que esse quadro está voltando a ser desenhado.

No mês passado, a Câmara também passou a dar prioridade a uma agenda própria. De olho no calendário eleitoral, os deputados priorizaram os trabalhos na tentativa de aprovar a reforma política e abandonaram a da Previdência.

Para o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), essa é uma tendência que deverá continuar, segundo ele, especialmente diante do fato de que hoje o governo não tem número para votar “medidas mais robustas”, como propostas de emendas à Constituição (PECs), que necessitam do apoio de, no mínimo, 308 deputados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.