Arquivo mensais:setembro 2017

Doleiro afirma: “Dando dinheiro, o Moreira faz qualquer coisa”

Henrique e Garibaldi com Moreira Frando
Moreira Franco com Henrique e Garibaldi Alves visitando o Aeroporto Aluízio Alves em São Gonçalo do Amarante

O corretor Lúcio Funaro contou em sua delação premiada ter apelado ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que Moreira Franco, então vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa e agora ministro da Secretaria-Geral da Presidência, liberasse recursos de interesse do Grupo Bertin no banco público.

Segundo a versão de Funaro, ao ouvir o pleito, Cunha deu a senha para o pagamento de propina:

Ó, dando dinheiro, o Moreira faz qualquer coisa”.

O relato sobre a conversa consta de um dos anexos da colaboração de Funaro, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O corretor afirmou que o Grupo Bertin buscava financiamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerido pela Caixa, para usinas térmicas de uma de suas empresas, a Cibe. (Estado)

Escritor Paulo Coelho não quer receber e-mail do senador Cristovam Buarque

Resultado de imagem para escritor Paulo CoelhoPaulo Coelho

O escritor Paulo Coelho fez um pedido público ao senador Cristovam Buarque, do Partido Popular Socialista.

No Twitter, o artista solicitou ao político que parasse de enviar e-mail automáticos com informações sobre a gestão e planos de governo.

“Senador Cristovam Buarque, favor remover meu endereço de e-mail da sua lista de spam, tentei várias vezes e não funciona.

Não me interessa o que pensa”, publicou Coelho.

O senador, que votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rouseff, não respondeu ao apelo de Paulo Coelho até a publicação desta matéria.

Nos comentários da publicação, alguns internautas alegaram terem passado pelo mesmo problema e deram dicas de como resolver a situação.

O escritor afirmou que já tentou criar um filtro para que as mensagens dele sejam direcionados ao lixo, mas “nem sempre funciona”.

Noite de terror: bandidos armados fazem arrastão no campus central da UERN mais uma vez

Nem no tempo de Lampião e Jararaca o povo de Mossoró teve tanto medo e insegurança

Na noite desta quarta-feira (13), mais uma vez o Campus Central da UERN, em Mossoró, é palco da violência que assola o Rio Grande do Norte. Criminosos armados invadiram a universidade e assaltaram professores e alunos. Há relatos de que um dos bandidos apontou a arma para a cabeça de um professor.

O arrastão aconteceu nos blocos da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC) e na Faculdade de Educação (FE).

Estudantes relatam que cerca de 40 celulares foram roubados.

A UERN tem sido alvo constante dos assaltantes. Só este ano, além de roubarem celulares de alunos, criminosos chegaram a invadir a UERN TV e roubar as câmeras e outros equipamentos usados nas produções.

Fonte: Mossoró Hoje

Número de municípios e regiões turísticas cresce e mostra oportunidade econômica

Turismo no RN poderia crescer mais se não tivéssemos altos indicadores de violência
Resultado de imagem para Ruy Gaspar
Secretário de Turismo Ruy Gaspar tem feito um excelente trabalho, mas o desgoverno da área de segurança com violência descontrolada afasta turistas do RN

Agência Brasil

Mais cidades têm adotado o turismo como estratégia para promover desenvolvimento, mostra o Mapa do Turismo Brasileiro, estudo do Ministério do Turismo (MTur) lançado nesta quinta-feira (14). Ao todo, 3.285 municípios em 328 regiões turísticas foram registrados em 2017. Em 2016, eram 2.175 cidades em 291 regiões.

A região com o maior número de cidades turísticas é a Sudeste, com 1.138. Em seguida, estão as regiões Sul (905), Nordeste (758), Norte (259) e Centro-Oeste (225). Para o ministério, o crescimento registrado neste ano está relacionado às ações de conscientização de gestores municipais e estaduais, que buscaram identificar e classificar mais cidades. Com isso, elas podem acessar políticas públicas diversas, inclusive investimentos.

Deu no jornal O GLOBO: Funaro diz que recebeu R$ 170 milhões em propina com Geddel, Henrique Alves e Eduardo Cunha

Alves rindo
Henrique Alves e seus primos controlaram politicamente o RN por décadas

BRASÍLIA – O doleiro Lúcio Funaro, operador do PMDB, detalha em sua delação premiada diversos pagamentos feitos aos ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Alves e ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ele estimou que somente por negócios na Caixa recebeu junto com os três cerca de R$ 170 milhões em propina. Cunha, Alves e Geddel estão presos. O GLOBO teve acesso aos 29 anexos da delação de Funaro, que faz uma série de acusações contra o presidente Michel Temer e também os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

“Dessa área da Vice-Presidência da CEF, se beneficiaram o colaborador, Eduardo Cunha, Geddel e Henrique Alves. Os valores liberados através de esquema na CEF foram em torno de cinco bilhões de reais, sendo devido cerca de 170 milhões de reais em propina”, afirma Funaro em um dos anexos.

Funaro conta ter conhecido Cunha por meio do ex-deputado Albano Reis. Diz ter auxiliado Cunha em sua primeira eleição para deputado federal em 2002, ainda pelo PP. Eleito, Cunha conquistou no governo de Anthony Garotinho o comando da Companhia de Água e Esgoto do Rio (Cedae) e do fundo de pensão dos funcionários, Prece. Funaro diz que o fundo foi administrado de forma a gerar recursos para ele e Cunha. Os desvios geraram recursos para financiar a campanha de Cunha em 2006 e parte foi destinada também a Sérgio Cabral (PMDB), que disputou e venceu o governo do Rio. Após a vitória, porém, Cabral não cumpriu a promessa feita a Cunha e lhe retirou o comando da Cedae e do fundo, o que gerou rompimento entre eles.

O delator diz que em 2008 voltou a fazer negócios com Cunha. Ele foi acionado pelo deputado para participar de uma operação em Furnas. Segundo Funaro, porém, a operação fracassou e ele acabou ficando com prejuízo no caso. O operador diz ter ajudado Cunha novamente em sua campanha de 2010. Funaro disse ter sugerido que eles assumissem a vice-presidência da Caixa ligada ao Fundo de Investimentos do FGTS. Com a ajuda de Henrique Alves emplacaram Fábio Cleto no cargo e desenvolveram vários negócios, com o recebimento de comissão por Funaro, Cunha e outros peemedebistas.

Ele contou ter feito repasses para Cunha no exterior apenas entre 2003 e 2006. Os depósitos foram realizadas em uma conta chamada Glorietta LLP no banco Northern Trust. Nos demais casos, os pagamentos eram em espécie. Funaro disse que combinava diretamente a divisão dos recursos recebidos a título de comissão diretamente com Cunha.

Funaro disse que em 2014 adiantou R$ 30 milhões com Joesley Batista, dono da JBS, para atender a solicitações de Cunha. Parte dos recursos foram entregues a Antonio Andrade, atual vice-governador de Minas Gerais. Disse também ter disponibilizado no ano passado recursos para Cunha com o objetivo de obter apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ele relata ter conhecido Geddel por intermédio de Cunha. O relacionamento entre os dois foi próximo quando Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa. Ele disse que atuava junto ao ex-ministro para que a liberação de créditos para empresas ocorresse o mais rápido possível. Assim, eles recebiam comissão. Além das empresas do grupo da JBS, Funaro diz ter atuado junto a Geddel para liberar recursos para os grupos Marfrig, Constantino e Bertin. Funaro ressalta que mesmo quando Geddel deixou o cargo em 2014 o esquema permaneceu.

“Que após a saída de Geddel da CEF para disputar as eleições de 2014, o esquema continuou funcionando, no entanto o colaborador não sabe como Geddel fazia para atender os pleitos dentro da CEF, mas que efetivamente as operações continuaram a ocorrer da mesma forma que nos anos anteriores”, registra um dos anexos de Funaro.

Sobre Henrique Alves, relatou que a relação era sempre intermediada por Cunha. Destacou ter feito várias entregues no Rio Grande do Norte. Disse ter entregue uma vez dinheiro em espécie a Henrique em um hotel em São Paulo quando ele ocupava a presidência da Câmara. Ele destacou que Henrique foi quem levou a Palocci o nome de Fábio Cleto para uma das vice-presidências da Caixa.

Funaro relata ainda a existência de uma “bancada” de deputados e ex-deputados ligados a Eduardo Cunha que reunia parlamentares de diversos partidos. Destaca ter feito pagamentos a alguns deles por ordem do ex-presidente da Câmara.

Câmara dos Deputados adia novamente votação da PEC da Reforma Política

Agência Brasil

A votação da reforma política gerou nova polêmica na sessão de ontem (13) do plenário da Câmara dos Deputados. Após mais de cinco horas de debates e a tentativa de alterar o texto-base em votação, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) suspendeu a sessão por falta de quórum e adiou novamente a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2003, instrumento que estabelece mudanças no sistema político-eleitoral e da criação de um fundo público para financiar as campanhas. O tema da reforma política deve voltar à pauta da Câmara na semana que vem.

Mais uma vez, a proposta não obteve consenso entre os parlamentares. Os deputados tentaram ainda colocar em votação a análise fatiada dos itens, como havia sido definido na última sessão que apreciou o tema. No entanto, por falta de quórum, a sessão foi encerrada.

No início da sessão, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) apresentou uma emenda aglutinativa substitutiva global, o instrumento substituía integralmente o texto do substitutivo do deputado Vicente Candido (PT-SP). Entre os pontos da proposta de Pestana estava a aplicação do sistema eleitoral chamado de “distritão misto”, aplicado já em 2018 para eleição de deputados. Outras emendas aglutinativas foram propostas, no entanto, por falta de apoio entre os líderes partidários, foram retiradas da pauta pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (PMDB-RJ).

Na proposta apresentada por Pestana seriam eleitos os deputados mais votados, admitindo-se a votação nas legendas. As regras mais específicas de distribuição de votos, no entanto, seriam definidas em lei. O texto original estabelece ainda a adoção do sistema distrital misto para as eleições de 2022 em diante e do chamado “distritão” em 2018 e em 2020.

O texto de Pestana também previa a criação do fundo público de financiamento de campanhas sem valor definido. Caberia ao Congresso, na análise da lei orçamentária, definir o montante a ser repassado ao fundo nos anos eleitorais. “Esse é o avanço possível”, defendeu o parlamentar.

Chamada de “gambiarra”, as sucessivas tentativas alterações do sistema político-eleitoral foram criticada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “Essa gambiarra chamada distritão é transformar isso aqui em uma Câmara dos Deputados com 513 partidos , disse.

Outra proposta pendente de análise é a PEC 282/2016, que prevê o fim das coligações partidárias a partir do ano que vem e a adoção de uma cláusula de barreira para que os partidos tenham acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na televisão.

Procuradora não quis ser chamada de ‘querida’

Resultado de imagem para Isabel Cristina Groba VieiraDurante o depoimento concedido ao juiz Sergio Moro nesta quarta (13), em Curitiba, o ex-presidente Lula se dirigiu à procuradora Isabel Groba Vieira com o tratamento “querida” por diversas vezes quando questionado.

Incomodada, ela pediu que o ex-presidente a tratasse da “forma protocolar devida”.

Moro também o censurou. O tratamento carinhoso deu então lugar ao “doutora”.

Delator Saud da JBS foi expulso de casa pela mulher após gravação com Joesley

Em depoimento, Saud diz que a gravação com Joesley foi acidental e o levou a um entrevero familiar

Preso por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de ter omitido provas e atuado em parceria com o ex-procurador Marcello Miller na delação premiada da JBS, o diretor de Relações Institucionais da empresa Ricardo Saud foi expulso de casa pela esposa assim que foi descoberto que ele protagonizou, ao lado de Joesley Batista, um controverso áudio em que fala como se aproximar do procurador-geral  Rodrigo Janot, gravar ministros do STF e se beneficiar de um suposto jogo duplo de Miller. Os áudios foram revelados com exclusividade por VEJA.

Embora, ao longo de quatro horas de conversa, Saud e Joesley ironizem políticos e insinuem que têm mais provas a serem reveladas, um ponto específico do diálogo entre os dois deve ter sido o estopim para o entrevero familiar do diretor da JBS. A certa altura, os dois debatem, sem pudores, sobre mulheres, encontros, carros e, em tom de bravata, sobre a vida privada de autoridades.

Em depoimento ao Ministério Público Federal no dia 7 de setembro, Ricardo Saud falou dos dessabores familiares que têm passado após a revelação do áudio. “A gravação foi acidental e em decorrência dela a esposa pôs o depoente para fora de casa”, registra o termo de depoimento do diretor da JBS ao MP.

Ao longo das investigações que abalaram o governo de Michel Temer, Saud apareceu, em conversas telefônicas, discutindo a necessidade de se casar para que a futura esposa eventualmente pudesse ter um visto americano caso ele e os demais delatores da JBS se mudassem para os Estados Unidos.