Arquivo diários:14/12/2017

Tribunal nega acesso da defesa de Lula a sistema da Odebrecht

TRF-4 manteve decisão de desembargador e impediu que advogado tivesse acesso à todas as informações dos sistemas “My Web Day” e “Drousys”

Defesa de Lula pedia acesso ao software com os documentos do setor de propina da Odebrecht

IG

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, nesta quarta-feira (13), os pedidos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ter acesso aos sistemas “My Web Day” e “Drousys”, softwares usados pela Odebrecht para gerenciar a contabilidade paralela. Por unanimidade, a turma confirmou as decisões liminares proferidas pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto em setembro deste ano.

Segundo o advogado de Lula , estaria havendo cerceamento de defesa, pois apesar de a 13ª Vara Federal de Curitiba ter permitido que ele indicasse um perito para participar da perícia sobre o material, o desconhecimento deste impediria a correta formulação de questões a serem feitas ao profissional.

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Claudio Santos desautoriza e repele propaganda partidária envolvendo seu nome

Circula nos grupos de whatsapp e nas redes sociais um banner digital propagando à candidatura do desembargador Claudio Santos ao Governo do Estado.

Como magistrado, ele não pode exercer militância política partidária e eleitoral, diante dessa situação, o desembargador informa que não autorizou nem estimulou ninguém usar sua imagem e confeccionar peças de propaganda eleitoral.

Abaixo, banner fake:

 

Editora da VEJA promove mais demissões

Resultado de imagem para revista veja logoA Editora Abril, que edita a revista Veja anunciou internamente, nesta quarta-feira, mais um “passaralho”.

Já se sabe de 130 demissões, que devem continuar até fevereiro.

Desse total, informações dão conta de que 17 seriam jornalistas. A maioria das áreas de marketing e administrativa.

Vários publicações deverão ser fechadas e, no mercado, fala-se na possibilidade de recuperação judicial.

Recentemete, o presidente Walter Longo foi demitido pela família Civita e substituído pelo vice-presidente

jurídico, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá – num sinal de que a editora prepara a renegociação de suas dívidas com o mercado.

Congresso aprova o Orçamento para 2018 e prevê déficit de R$ 157 bi

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REVISTA VEJA

O plenário do Congresso Nacional aprovou na noite desta quarta-feira o Orçamento de 2018. A de lei orçamentária (PLN 20/2017) prevê que os gastos vão superar as receitas em cerca de 157 bilhões de reais, abaixo do déficit permitido pela meta, que é negativa em 159 bilhões de reais. Essa foi a primeira proposta orçamentária elaborada sob a vigência da Emenda Constitucional 95, promulgada em dezembro de 2016, que estabeleceu um teto para os gastos públicos.

O texto do relator Cacá Leão (PP-BA), que durante a tarde foi aprovado na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), prevê também investimentos de 68,8 bilhões de reais para o próximo ano, um crescimento de 2,5% da economia, gastos com Previdência Social de 585 bilhões de reais e salário mínimo de 965 reais (o atual é de 937 reais). O pagamento com juros da dívida pública alcança 316 bilhões de reais. A proposta segue agora para sanção presidencia

Artigo: Há situações políticas incríveis, que só acontecem no Brasil

Por Ney Lopes *

Há situações políticas incríveis, que só acontecem no Brasil.

Uma delas é esse “tour de force” do governo Temer, no sentido de forçar a aprovação da reforma previdenciária.

Para conter o déficit público, o governo esbanja dinheiro, com práticas de cooptação de parlamentares, transformando o Congresso Nacional em verdadeiro mercado persa.

Para atingir um objetivo considerado ético, praticam-se atos aéticos e de corrupção explícita, viciando, por antecipação, as eleições de 2018, na medida em que muitas renovações de mandatos serão consequências do “toma lá, me dá cá”.

A reforma da previdência é necessária. Porém, não se pode trata-la como um item de mercado, regulado pela lei da oferta e da procura, para agradar ou b.

Afinal, são milhares de pessoas humanas, que ao longo da via construíram sonhos de estabilidade e proteção social do estado e pagaram por isso mensalmente, sem isenções, diferimentos, ou juros negativos.

Claro que o déficit financeiro é preocupante e realmente existem abusos, a serem corrigidos.

Todavia, essa realidade de “privilégios” exige análise de “mão dupla” e não de “mão única”, como o governo vem fazendo.

O que dizer, por exemplo, de quem usufruiu cerca de 500 bilhões de reais (quase três vezes o alegado déficit) na desoneração recente no recolhimento da previdência, cujo objetivo era reduzir o desemprego, que no final terminou aumentado?

Outros exemplos como esse poderiam ser dados, todos eles semelhantes às condenáveis “cabines de empregos” dos governos, ou os salários extravagantes e condenáveis, de parte do serviço público.

Todos os países do mundo fizeram ajustes na previdência, sobretudo na elevação dos limites de idade e tempo para usufruir benefícios.

Todavia, os critérios usados foram gradativos, por etapas.

Vale lembrar a teoria de Durkheim, segundo a qual a sociedade funciona como o organismo biológico.

A semelhança do órgão humano, o corpo social entrará em colapso, se o remédio aplicado para a cura de enfermidades for excessivo.

Na França, desde 1993, estão em curso reformas na previdência.

Tudo em dosagens suportáveis pela sociedade, para evitar traumatismos sociais.

Na Alemanha, a partir de 1992, o governo alemão iniciou mudanças para manter o sistema sustentável.

A idade mínima das mulheres foi progressivamente igualada a dos homens ao longo dos anos seguintes.

No Japão, a primeira reforma previdenciária japonesa ocorreu em 1994, quando o governo aumentou a idade mínima para a pensão básica de 60 para 65 anos.

Percebe-se que a regra geral global é fazer reformas na previdência em dosagens possíveis e nunca como sangria desatada, causando choques e traumas, sobretudo nas camadas assalariadas.

Sabe-se que os excessos existentes no país têm origem remota.  Desejar corrigi-los do dia para noite, jogando o ônus nas costas dos mais fracos, lembra o personagem de Jô Soares, aquele sujeito que voltava à consciência, após anos em coma e ouvia as notícias contadas pelas pessoas.

Atônito, ele não acreditava no que acontecia no Brasil e optava para continuar inconsciente, exclamando “tira o tubo”.

Será que o país caminha para a maioria da população preferir “tirar o tubo”?

Deus queira que não!

* Ney Lopes é advogado, professor universitário, ex-deputado federal pelo RN e pré-candidato ao Senado Federal.

A internet nos Estados Unidos pode mudar, e isso afeta você também

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Gabriel Francisco Ribeiro

Do UOL, em São Paulo

Quer trocar mensagens pelo WhatsApp ou Skype? São R$ 23 por mês. E acessar redes sociais, como Facebook ou Instagram? Mais R$ 23. Também quer usar o YouTube, certo? Então… isso mesmo: outros R$ 23. Já imaginou uma internet assim? Pois existe. E há o temor de que chegue ao Brasil, caso os Estados Unidos avancem com uma proposta de tirar as regras que regem a neutralidade da rede por lá.

O exemplo dado no início do texto é exatamente como funciona em Portugal para quem acessa a internet via smartphone através da Meo, uma operadora local. O país não segue o princípio da neutralidade de rede. Nesta quinta (14), será a vez dos norte-americanos decidirem se mantêm ou não o tratamento igualitário ao tráfego da internet.
 A ameaça ao princípio já gerou reações. Grandes companhias como Netflix, Apple, Google, Microsoft, Amazon e Facebook se manifestaram contrárias às prováveis mudanças – algumas mais, outras menos incisivas. Grandes nomes da tecnologia, como Steve Wozniak, cofundador da Apple, e outros pioneiros da internet, também.

Como é agora e o que pode mudar

A neutralidade da rede é o princípio básico que exige que tudo que está online seja tratado igualmente pelos provedores. Em suma, não é possível aumentar ou diminuir a velocidade e sequer restringir o acesso de um usuário a determinado site, app ou conteúdo. O seu “cano” de acesso à internet não pode escolher plataformas favoritas para seu consumo, como priorizar um buscador que pague algo a mais para a operadora.

Turma que vai julgar Lula costuma manter condenações dadas por Moro a políticos

Lula participa de ato realizado na sede do Sindicato dos Bancários, em Brasília

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

Os desembargadores que devem julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro mantiveram a maioria das condenações da primeira instância a políticos e integrantes de partidos investigados na Operação Lava Jato, em alguns casos com aumento da duração das penas.

A 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) já analisou nove dos 17 casos de políticos ou integrantes de partidos julgados inicialmente pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná. Moro condenou os envolvidos em todos os casos; os desembargadores deram absolvições em dois e mantiveram a condenação em sete, com aumento de pena em cinco.

As duas absolvições beneficiaram a mesma pessoa: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Em ambos os casos, ele foi absolvido por falta de provas.