Arquivo diários:18/09/2018

PM espera fechamento de inquérito para se pronunciar sobre morte de Benes Júnior

Polícia Militar informou, nesta terça-feira (18), por meio da assessoria de comunicação, que não irá se pronunciar até o encerramento do inquérito, que ocorre em segredo de justiça, sobre as causas da morte do adolescente Luiz Benes Leocádio Júnior, filho do ex-prefeito de Lajes Benes Leocádio no dia 15 de agosto deste ano durante um sequestro relâmpago.

A informação foi repassada após a divulgação do laudo balístico dos fragmentos do projétil retirados do corpo do garoto pelo Instituto Técnico-Científico da Perícia (Itep). Na publicação, o filho do ex-prefeito de Lajes Benes Leocádio, foi baleado com um tiro de fuzil calibre 5.56, de uso exclusivo das forças militares.

O laudo de número 03.1715/18 analisa dois fragmentos do projétil, retirados do corpo do adolescente. Ambos indicam que se trata de um fuzil calibre 5.56. Foram recolhidas no dia do crime oito armas, sendo dois fuzis e quatro pistolas. Segundo o relatório, o projétil deu negativo em sete delas e foi inconclusivo em uma, por conta de deformações nos fragmentos, o que significa que essa pode ser a arma que atingiu Benes Júnior

Mourão nega crítica a mulheres e diz que fala sobre mãe e avó é constatação

O general Mourão discursa para integrantes de associações comerciais de SP

Gustavo Maia

Do UOL, em Brasília

O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), negou nesta terça-feira (18) que tenha criticado as mulheres ao declarar que crianças criadas por “mãe e avó” em “áreas carentes” tendem a virar “elementos desajustados” e ingressar em “narcoquadrilhas”.

A declaração polêmica foi dada em palestra realizada na segunda-feira (17). Ao comentar a fala do dia anterior, ele disse ter feito apenas uma “constatação”.

O militar da reserva do Exército falou a integrantes da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado).

Na plateia, a reportagem contou cerca de 150 homens e dez mulheres. Em meio à explanação sobre os principais desafios do Brasil, ele se propôs a explicar a “crise psicossocial” e de valores que “afetam a nossa sociedade e que atingiu a família”.

“Ontem, numa exposição similar a essa, em outro ambiente, eu deixei claro que esse atingimento da família é muito mais crucial nas nossas comunidades carentes, onde a população masculina ou está presa, ou está ligada à criminalidade ou já morreu, e que deixa a grande responsabilidade por levar a família à frente nas mãos de mães e avós”, relatou.

Mourão então disse que um órgão de imprensa publicou que ele estava criticando as mulheres, o que ele negou.

“Estou fazendo uma constatação de algo que ocorre notadamente nas nossas comunidades carentes. Porque essas mães e avós saem para trabalhar […] e não têm com quem deixar os seus filhos, porque o estado não está presente para dar uma creche, uma escola de tempo integral onde essa criança possa permanecer. E essa criança vira presa fácil do narcotráfico. Essa é a visão”, declarou o candidato a vice.

Segundo ele, a grande maioria dessas mulheres são “cozinheiras, faxineiras e lidam com a dureza de vida o tempo todo”.

TSE suspende propaganda com mensagem de Lula em apoio a Haddad

Agencia Brasil

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Sérgio Banhos determinou nessa segunda-feira (17) a suspensão da propaganda eleitoral do candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, em que são lidos trechos da chamada Carta de Lula ao Povo Brasileiro. A decisão foi tomada de modo liminar (provisório) após representação feita pela coligação do candidato Jair Bolsonaro, do PSL.

Segundo o ministro, a campanha de Haddad desrespeitou a legislação eleitoral ao exibir, durante grande parte do programa eleitoral, a leitura da carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarando apoio ao ex-prefeito de São Paulo.

“A coligação representada excedeu ‘o limite de at é 25% do tempo de cada programa ou inserção’, reservado para os apoiadores, conforme precisos termos do Artigo 54 da Lei nº 9.504/1997”, escreveu Banhos.

Com a decisão, a coligação O Povo Feliz de Novo, formada pelo PT, PCdoB e PROS, fica impedida de veicular o mesmo teor da campanha eleitoral que foi ao ar na propaganda em bloco da TV da última quinta-feira (13).

Além de decretar a suspensão “imediata” da propaganda no rádio e na TV, o ministro deu o prazo de dois dias para que a defesa do PT se manifeste sobre o assunto. Sérgio Banhos determinou também que o Ministério Público Eleitoral se manifeste no máximo um dia após serem ouvidos os advogados da campanha de Haddad.

Candidatura barrada

No início do mês, o TSE barrou o pedido de registro da candidatura de Lula, determinando que o partido indicasse em até dez dias um substituto para a disputa. Antes candidato à vice, Fernando Haddad foi registrado para concorrer ao pleito e foi apresentado como candidato a presidente nas campanhas petistas, tendo Manuela D’Ávila (PCdoB) como candidata a vice.

A propaganda questionada exibe trechos da chamada Carta de Lula ao Povo Brasileiro, que foi escrita pelo ex-presidente manifestando apoio a Haddad. Condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e foi impugnado tendo como base a Lei da Ficha Limpa.

Segundo a coligação de Bolsonaro, a propaganda veiculada na última quinta-feira (13) deixa o candidato Fernando Haddad “à margem”, como “mero locutor dos feitos de Lula”, enquanto enaltece a figura do ex-presidente.

Os advogados argumentaram que a publicidade cria “estado emocional” nos eleitores de dúvida sobre quem de fato é candidato, além de descumprir decisões judiciais anteriores que proibiram a apresentação de Lula como candidato e divulgar fato “sabidamente inverídico”.

“A aludida propaganda [Carta de Lula ao Povo] foi veiculada após o pedido de substituição da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em completo desrespeito às determinações desta Corte”, alegou a coligação do PSL.

As propagandas eleitorais obrigatórias no rádio e na televisão vão ao ar às terças-feiras, quintas e sábados. Nesta noite, o tribunal confirmou os nomes que aparecerão na urna eletrônica, que terá 13 candidatos à Presidência.

Quer produzir energia solar em casa, mas falta dinheiro? Bancos financiam

Natalia Gómez

Colaboração para o UOL, em Maringá (PR)

Quer produzir sua própria energia solar, para reduzir a conta de luz, mas não tem dinheiro para o equipamento? Há vários bancos com financiamento específico para isso.

Em média, um sistema de geração de energia solar residencial custa de R$ 15 mil a R$ 25 mil, já incluindo todos os custos de instalação, mas o preço pode chegar a R$ 60 mil no caso de uma mansão, afirmou o presidente do site Portal Solar, Rodolfo Botelho Meyer, que é parceiro do Banco Votorantim nessa área.

A economia na conta de luz pode ser de até 95% com a produção de energia solar residencial, o que possibilita um retorno do investimento em três a seis anos, a depender da incidência solar e da tarifa de energia de cada estado.

Hoje, o Brasil possui 33 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Os consumidores residenciais representam 76,9% do total dos sistemas de energia solar, de acordo com a entidade.

Confira algumas opções de financiamento disponíveis:

Banco Votorantim

Os financiamentos de energia solar para pessoas físicas do Banco Votorantim são feitos por meio do Portal Solar. As taxas de juros cobradas variam de 1,48% a 1,78% ao mês, e os prazos vão de 12 a 60 meses. Existe uma carência de 60 dias para o cliente realizar o primeiro pagamento.

O crédito concedido pelo banco é de R$ 5.000 a R$ 500 mil, mas a maior parte é voltada para atender a demanda de clientes que compram equipamentos de R$ 15 mil a R$ 25 mil, de acordo com Meyer. O cliente pode fazer uma simulação do financiamento no Portal Solar.

Mais informações – https://www.portalsolar.com.br/

Banco do Brasil

Começou a oferecer em julho deste ano um consórcio para a compra e instalação de placas solares em residências. Não cobra juros, mas há uma taxa de administração, que soma 15% no período do consórcio. Para um consórcio de 72 meses, por exemplo, a taxa totaliza 0,21% ao mês.

É possível dar um lance para receber o crédito depois de pagar 30% a 40% do valor do financiamento. Existe também a possibilidade de o cliente ser sorteado antecipadamente.

O consórcio atende demandas de crédito de até R$ 500 mil, mas a maior parte dos pedidos fica entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. A operação pode ser simulada e contratada por meio do aplicativo do Banco do Brasil no celular e é acessível a correntistas e não correntistas.

Mais informações aqui.

Bradesco

Trabalha com financiamento para sistemas de energia solar residenciais há um ano, tanto para pessoa física quanto jurídica, mas apenas para correntistas. Os juros ficam entre 1,8% e 1,86% ao mês, conforme o prazo, que pode ser de até 60 meses.

Para contratar o financiamento, o cliente deve levar à agência o orçamento com a descrição dos equipamentos e da mão de obra necessária para a instalação, um documento de identificação e o comprovante de renda mais recente. O banco oferece carência de até 59 dias para o primeiro pagamento.

Mais informações aqui.

Santander

Anunciou em agosto o financiamento de equipamentos de energia solar, com juros a partir de 0,99% ao mês. Serão oferecidos R$ 400 milhões em crédito.

O crédito está disponível para pessoas físicas, empresas e produtores rurais. Até então, o crédito era oferecido por meio da financeira do banco ou por intermédio de fabricantes e instaladores dos equipamentos. Em comunicando, o banco afirmou que pretende ampliar sua participação de 11% para 16% no total de unidades geradoras de energia solar instaladas no Brasil nos próximos três anos.

O crédito pode ser solicitado pelo cliente diretamente na agência ou no momento da compra do equipamento em estabelecimentos parceiros do Santander. A taxa de 0,99% ao mês é válida para parcelamentos em até 36 vezes. Para prazos superiores (de até 48 vezes para pessoas físicas), os juros são de 1,08% ao mês. Caso o cliente opte por oferecer um investimento como garantia adicional, os juros passam para 0,97% ao mês, com prazo de financiamento de até 60 meses.

Mais informações aqui.

Banco da Amazônia

O Banco da Amazônia vai começar neste mês a oferecer crédito para pessoas físicas instalarem energia solar em residências da região Norte, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) Energia Verde, segundo o gerente executivo de pessoas físicas, Misael Moren. No momento, o banco já oferece essa alternativa para empresas e também para o setor rural.

Segundo o executivo, o produto terá prazo de até 96 meses para pagamento e, durante os primeiros seis meses, terá incidência apenas dos juros, sem necessidade de pagar a parcela.

O financiamento terá o limite de R$ 170 mil e vai cobrir até 70% da compra e instalação dos equipamentos. Os juros variam de 1,14% ao ano + IPCA até 3,27% ao ano + IPCA, a depender da renda bruta do contratante.

Mais informações aqui.

Banco do Nordeste

Assim como o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste também vai entrar neste segmento neste mês. As taxas de juros e as condições de carência são idênticas às oferecidas pelo Banco da Amazônia: os juros variam de 1,14% ao ano + IPCA até 3,27% ao ano + IPCA. A carência será de seis meses para o pagamento da primeira parcela. O prazo também será de oito anos.

Segundo o superintendente de Negócios de Atacado e Governo do BNB, Helton Chagas Mendes, os recursos serão provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e estarão disponíveis para toda a área de atuação do banco, que inclui os nove estados nordestinos e parte do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Até então, os recursos para investimento em energia solar estavam disponíveis apenas para pessoas jurídicas e para produtores rurais. O financiamento será de até 70% do valor da compra e instalação dos equipamentos, mas pode chegar a 100% para os clientes que apresentarem garantias adicionais para o banco.

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BNDES

O BNDES aprovou em junho uma mudança no Programa Fundo Clima para permitir o financiamento a pessoas físicas para a instalação de energia solar. No entanto, apenas 45 dias depois do lançamento do crédito, os recursos do programa se esgotaram. Segundo o BNDES, o programa tem orçamento federal, limitado por lei, e a demanda excedeu as expectativas.

No momento, novos pedidos estão “temporariamente suspensos”, e o banco estuda solicitar ao governo mais recursos para atender à demanda, segundo informou o banco por meio de sua assessoria de imprensa.

Em entrevista recente, o diretor de Infraestrutura do BNDES, Marcos Ferrari, afirmou que o banco negocia a liberação de mais R$ 208 milhões do Fundo Clima para pessoas físicas.

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Mercado de bitcoin quer regulação, mas criação de 2 associações racha setor

Téo Takar

Do UOL, em São Paulo

O sucesso alcançado pelo bitcoin no ano passado atraiu mais de 1 milhão de investidores e despertou o interesse de diversas empresas para o mercado de moedas virtuais, até então incipiente no Brasil. O problema é que, embora recente, o segmento já enfrenta um “racha” no país.

As “exchanges”, como são conhecidas as corretoras que oferecem moedas virtuais, e outras companhias que utilizam a tecnologia blockchain estão se organizando para criar regras para o setor e tornar o ambiente de negócios mais seguro, de olho no potencial das chamadas criptomoedas.

Em menos de seis meses, duas associações foram criadas com objetivos aparentemente semelhantes, mas com participantes bem distintos. De um lado estão as grandes corretoras do setor. Do outro, empresas novatas que buscam oportunidades com a nova tecnologia. Saiba quais são as entidades e o que defendem.

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