Arquivo diários:04/11/2018

Armamento confiscado na Argentina iria para Comando Vermelho

Por Monica Yanakiew | Agência Brasil

BUENOS AIRES  –  Um enorme esquema de segurança está sendo montado na capital argentina, Buenos Aires, que no próximo dia 30 acolherá os chefes de Estado e de governo do G20 – o grupo das 20 maiores economias mundiais. Já confirmaram presença os presidentes da China, Xi Jinping; da Rússia, Vladimir Putin; e dos Estados Unidos, Donald Trump, que viajará acompanhado por 1 mil guarda-costas pessoais. O aumento da vigilância nas fronteiras, às vésperas do encontro, contribuiu para a apreensão de 300 armas de guerra, na última quinta-feira (1º), cujo destino final seria o Brasil.

Segundo o jornal argentino La Nación, o armamento foi embarcado em Miami, nos Estados Unidos, como “roupa de esporte”, para ser triangulada, por meio de empresas fantasmas, ao Comando Vermelho, facção criminosa que atua no Rio de Janeiro. A apreensão foi realizada depois que as autoridades argentinas receberam uma alerta do Homeland Security, o Departamento de Segurança dos Estados Unidos.

Após três semanas de investigação, em Buenos Aires e em outras três cidades argentinas, as autoridades apreenderam as armas de grosso calibre. Quatro suspeitos foram presos, segundo a imprensa local.

Bolsonaro vai prejudicar imagem do Brasil no exterior, diz FHC

Resultado de imagem para Fernando Henrique Cardoso

Giuliana Miranda
FOLHA DE SÃO PAULO/LISBOA

Em evento em Lisboa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse achar que o futuro governo de Jair Bolsonaro(PSL) deve ser prejudicial à imagem do Brasil no exterior.

“Será um impacto, no meu modo de ver, negativo. Ele disse que o Mercosul não é prioridade, o que abala a relação do Brasil com parceiros do Sul. Foi dito que, eventualmente, o Brasil poderia cortar relações com certos países”, enumerou.

“Se formos por esse caminho, vamos levar o Brasil para uma posição como se fosse os Estados Unidos, mas sem ser os Estados Unidos. Nós não temos esta possibilidade. A China é nosso maior parceiro comercial e, se o Brasil tomar certas medidas, eles vão reagir”, previu o tucano.

As declarações foram feitas em Lisboa, durante o evento Fronteiras XXI, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e a emissora RTP 3. O programa, transmitido pela TV e na internet, vai ao ar no próximo dia 7.

FHC destacou ainda seu próprio desconhecimento quanto ao presidente eleito.

“Parece que [Jair Bolsonaro] foi parlamentar por 27 anos. Eu fui presidente durante oito, fui ministro durante dois, fui senador por mais não sei quanto tempo e não o conheço. Nunca o vi ou ouvi. Ouvi só agora, recentemente. Não tenho conhecimento pessoal para julgá-lo”, disse.

Apesar do discurso de tom autoritário do capitão reformado, FHC diz que o Brasil não vai se tornar uma ditadura.

“O Congresso é forte, os tribunais são fortes. As Forças Armadas são bastante treinadas no sentimento democrático e de respeito à Constituição”, avaliou.

Horário de verão começa à 0h de domingo

O horário de verão de 2018 começa na primeira hora deste domingo (4). À meia-noite, os moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem adiantar o relógio em uma hora.

O ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) e irá vigorar até o terceiro domingo de fevereiro de 2019 (dia 17).

Neste ano, o horário de verão foi encurtado. Até o ano passado, o horário de verão se iniciava no terceiro domingo do mês de outubro. Em dezembro de 2017, o presidente Michel Temer assinou decreto que encurtou o período de duração do horário de verão, atendendo a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, para que o início do horário de verão não ocorresse entre o primeiro e o segundo turno da eleição.

O Palácio do Planalto chegou a informar no início do mês que, a pedido do Ministério da Educação, a entrada em vigor do horário seria adiada para dia 18 de novembro, a fim de não prejudicar provas do Enem, mas acabou decidindo manter a data de 4 de novembro.