‘Até hoje’ Flávio não figura como investigado no caso Queiroz, diz MP-RJ

ReproduçãoFelipe Amorim

Do UOL, em Brasília

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) informou nesta sexta-feira (18) que o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), não figura oficialmente como um dos investigados no procedimento que tem como alvo o ex-assessor do senador Fabrício Queiroz.

A informação foi enviada após questionamento pela reportagem do UOL. Na nota, o MP-RJ não descarta que Flávio Bolsonaro possa futuramente ser incluído entre os investigados.

“O MPRJ esclarece que até a data de hoje, Flavio Bolsonaro não consta como investigado na portaria que instaurou o procedimento investigatório criminal. No entanto, de acordo com a dinâmica da investigação, é possível o aditamento da portaria para incluir não só ele como outros investigados”, diz o texto.

A manifestação contraria o que diz a defesa de Flávio Bolsonaro, que na quinta-feira (17) afirmou, em nota, ser “objeto de investigação” pelo MP, após conseguir no STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão do procedimento investigativo.

Segundo o Ministério Público do Rio, os investigadores optaram “por cautela” não indicar de imediato o nome de parlamentares contra os quais poderiam haver suspeitas comunicadas pelo Coaf. O MPRJ informou que, após a análise das provas, parlamentares sob suspeita podem ser incluídos no procedimento como formalmente investigados.

“O relatório de inteligência financeira (RIF) remetido pelo Coaf noticia movimentações atípicas tanto de agentes políticos como de servidores públicos da ALERJ. Por cautela, não se indicou de imediato na portaria que instaurou os procedimentos investigatórios criminais (PIC) os nomes dos parlamentares supostamente envolvidos em atividades ilícitas”, diz nota do MPRJ.

“A dinâmica das investigações e a análise das provas colhidas podem acrescentar, a qualquer momento, agentes políticos como formalmente investigados. Esta forma de atuar indica o cuidado que o MPRJ tem na condução das investigações, com o fim de evitar indevido desgaste da imagem das autoridades envolvidas”, afirma o texto.

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