Arquivo diários:27/02/2019

Fátima dialoga com poderes sobre futuro do RN

O projeto de antecipação dos royalties, o novo plano de segurança pública, a cessão de servidores e o modelo de pagamento de salários adotado em janeiro e fevereiro, que o governo quer estender para março, foram temas de reunião da governadora Fátima Bezerra com os representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria Pública e Assembleia Legislativa.

Na reunião a governadora fez um relato da visita a Brasília, quando esteve reunida com o ministro Paulo Guedes pleiteando um socorro emergencial para enfrentar a crise financeira, e com o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, de quem recebeu a garantia de que o governo federal será parceiro no projeto de reestruturação do SUS no Rio Grande do Norte.

“A relação entre os poderes ficou mais elevada hoje. Foi um momento de grandeza. Cada um com sua autoridade, sua autonomia funcional, sua independência, mas todos querendo construir uma saída para a crise que o Rio Grande do Norte atravessa”, disse Fátima.

Para o deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, o momento foi oportuno para fortalecer o diálogo entre as instituições. “Viemos aqui mais uma vez não apenas solidarizar, mas nos colocarmos à disposição do governo nesse enfrentamento da crise, um problema que aflige a todos do RN. A crise é coletiva é de todos nós, é do estado do RN.”

Também participaram da reunião o Procurador Geral de Justiça, Eudo Leite; o vice-governador Antenor Roberto; o defensor Público Geral do Estado, Marcos Vinícius Alves; o presidente do Tribunal de Contas do Estado Poti Júnior; o desembargador Virgílio Macêdo, representante do Tribunal de Justiça, e os secretários estaduais Raimundo Alves (Gabinete Civil), Virgínia Ferreira (Administração) e Aldemir Freire (Planejamento).

Prefeitura de Natal promove “Saúde Na Praia” nesta quinta-feira em Ponta Negra

Nesta quinta-feira (28), será realizada uma edição especial do projeto “Saúde na Praia”, promovido pela Unidade de Saúde Ponta Negra, alusivo as festividades carnavalescas. A ação será realizada das 8h às 16 horas, no calçadão da praia de Ponta Negra. Os profissionais de saúde que participam do projeto estarão fantasiados, em clima de folia, prontos para atenderem a população interessada nos serviços ofertados. Durante o evento será oferecido testes rápidos, vacinas de hepatite B e tétano, teste de glicemia, medição pressão arterial, entre outras ações como distribuição de panfletos educativos e camisinhas masculinas e femininas.

O “Saúde na Praia” foi criado em novembro de 2014, impulsionado pelo Novembro Azul, no intuito de estimular o interesse pela saúde da população trabalhadora masculina da Vila de Ponta Negra – visto que esta população não costumava comparecer muito na unidade.

Nestes cinco anos de existência, o projeto se estendeu e agora desce na praia que é cartão-postal de Natal e na Vila de Ponta Negra para realizar atendimentos ao menos seis vezes por ano. Os profissionais passam um ou dois dias atendendo as demandas dos usuários. O evento geralmente acontece em versões temáticas, os principais são: a versão carnaval no mês de fevereiro, a versão das mães no mês de maio, a versão primavera na estação citada e na primogênita versão do novembro azul, além de sempre ficarem em pontos estratégicos da vila de Ponta Negra para atender melhor a população. Para além dos serviços já citados o projeto conta ainda com palestras realizadas por convidados com temas como “doação de órgãos”, “violência doméstica”, “saúde no trabalho”, entre outros.

“Projetos como esses são de suma importância pois neles nós fazemos a prevenção e promoção à saúde dos trabalhadores tanto da vila quanto de quem quiser ser atendido. Na ocasião, às vezes são detectados problemas que vão receber a atenção necessária para serem resolvidos”, destaca a enfermeira da Unidade de Ponta Negra, Meine Siomara Alcântara.

Senador apontará juízes alvos de investigação em novo pedido de CPI do Judiciário

Senador. Para Alessandro Vieira (PPS-SE), decisões do Judiciário devem ser passíveis de investigação pelo Parlamento

O senador Alessandro Vieira (PPS-SE) ainda não desistiu de pedir a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar procedimentos inadequados e até suspeitas de corrupção por parte de membros do Judiciário, especificamente de tribunais superiores. Com 12 objetos de investigação definidos no pedido de CPI (veja lista abaixo), cinco dos quais exemplos de “ativismo judicial” por parte dos magistrados, o parlamentar acredita que caem por terra a principal argumentação dos adversários da iniciativa – a tese de perseguição a julgadores e, consequentemente, a criminalização da magistratura.

A primeira tentativa de instalar a chamada “CPI Lava Toga” foi arquivada no dia 11 de fevereiro, após dois parlamentares retirarem as assinaturas de última hora. Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Kátia Abreu (PDT-TO) disseram ter abandonado a CPI porque o texto não trazia um “fato determinado” a ser investigado, o que é exigido pela Constituição.

Alessandro afirma ter mudado a estratégia para evitar esbarrar no mesmo problema – o parlamentar disse ao Congresso em Foco que vai apontar especificamente 12 condutas do judiciário a serem investigadas pela CPI, que tem como meta central “investigar o exercício exacerbado de suas atribuições por parte de membros dos tribunais superiores do país”.

A proposta mira questões como o “uso abusivo” de pedidos de vista que atrasam os processos, a diferença de rapidez na tramitação dos casos a depender do interessado, o predomínio de decisões monocráticas sobre as do plenário e o exercício de atividades remuneradas irregulares por parte dos magistrados.

Segundo Alessandro, o pedido original já trazia estes 12 pontos no corpo do texto (veja lista ao final da matéria), mas ele será redigido novamente para que os alvos da investigação fiquem claros.  Só pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são citadas decisões controversas dos ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luiz Fux.

O congressista diz já ter colegas comprometidos em número suficiente para pedir a CPI, que exige assinaturas de no mínimo um terço da Casa (27 senadores).

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Senadores chamam Moro para audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça

Senadores. Senadores lotaram sala de audiência da CCJ nesta quarta-feira

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou convite para a realização de uma audiência pública com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A iniciativa partiu do senador Lasier Martins (Pode-RS), que deseja conhecer as metas e diretrizes da pasta. O requerimento foi aprovado nesta quarta-feira (27).

A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS) informou que vai entrar em contato com o ministério para que seja definida uma data para a reunião.

É o segundo convite feito pelo Senado a Moro. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) também aprovou uma audiência com o ex-juiz. Só que para tratar do conjunto de propostas para combater a criminalidade elaborado pelo ministro e sua equipe técnica. O chamado pacote anticrime foi entregue ao Congresso Nacional em 19 de fevereiro.

Rosalba perdeu para Henrique Alves e Agripino Maia, diz o xerife Robson Pires

Por Robson Pires, em

Não constam na lista os nomes do ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal Henrique Alves, nem do ex-senador José Agripino na delação de Léo Pinheiro.

Henrique chegou a ser preso na Operação Manus, sob acusação de que a empreiteira OAS lhe teria pago uma propina de R$ 500 mil.

Já Agripino chegou a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de que teria recebido mais de R$ 654 mil em sua conta pessoal, entre 2012 e 2014, da construtora OAS.

Já a prefeita de Mossoró e ex-governadora Rosalba Ciarlini foi citada. É acusada de ter recebido R$ 16 milhões. Quando era governadora do Estado.

Audiência pública debate regularização salarial dos servidores do Estado⁩

Diante de uma plateia ansiosa por uma resposta do Governo do Estado quanto ao pagamento dos salários atrasados dos servidores públicos estaduais, o Subsecretário de Administração do Estado, José Ediran Magalhães, apresentou perspectivas de pagamento durante audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (27) na Assembleia Legislativa.

Os servidores estaduais estão com quatro folhas de salários em atraso. O governo não pagou o 13º salário de 2017, parte do Salário de novembro de 2018, o 13º salário de 2018 e Salário de dezembro de 2018. De acordo com apresentação de José Ediran, a dívida acumulada chega a mais de 857 milhões.

“O governo não tem caixa para quitar essa dívida sem o aporte de recursos extras. Não temos como fazer uma previsão, pois o governo depende da antecipação de receita. O governo está negociando a antecipação dos royalties do petróleo, com uma perspectiva de arrecadar 350 milhões e da venda da folha de pagamento, que deve gerar uma receita 250 milhões. Essa estratégia vai funcionar e o governo vai quitar essa dívida”, explicou José Ediran.

O deputado Sandro Pimentel (PSL), propositor da audiência, considerou a explanação do subsecretário a visualização de um horizonte. “Como o subsecretário apresentou boas perspectivas, podemos considerar que já temos um horizonte. Em dando certo a estratégia do governo, tão logo os recursos entrem no caixa, os pagamentos serão feitos e nos próximos meses a folha será colocada em dias”, disse o deputado.

Os deputados Coronel Azevedo (PSL) e Isolda Dantas (PT), participaram da audiência. A deputada Isolda colocou o seu mandato a disposição dos trabalhadores, defendeu o movimento grevista dos servidores da saúde e prometeu lutar em defesa da sociedade. Já o deputado Azevedo afirmou que o Governo do Estado não está respeitando a cronologia de pagamento. “O momento é frustrante para o servidor público do Estado. O governo não tomou nenhuma medida de austeridade e não respeita o servidor quando paga o salário de janeiro e não paga do de dezembro”, disse Azevedo.

A representação sindical presente à audiência não ficou satisfeita com perspectiva de pagamento feita pelo representante do governo. Para Janiere Souto, representante do Sinte/RN, o governo está fazendo futurologia. “Nós do Sinte não vamos aceitar o que o governo está fazendo. Não apresenta um calendário de pagamento, não apresenta uma resposta concreta, queremos algo concreto porque a fome do trabalhador é hoje”, declarou Janiere Souto.

O auditor fiscal Arnaldo Fiuza esclareceu que a crise fiscal não é apenas do executivo, para ele todos os poderes contribuíram para chegar a essa situação e devem ajudar. “O governo do Estado junto com os demais poderes devem buscar uma solução definitiva. É preciso melhorar a arrecadação explorando as potencialidades econômicas do Estado no sentido de gerar receita por meio de incentivo as diversas atividades econômicas que o Estado possui”, explicou Arnaldo Fiuza.

Guaidó vem ao Brasil fazer reunião com Bolsonaro, diz Mourão

Foto: Marco Bello / Rede Globo de Televisão/ G1

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino com o apoio do Legislativo de maioria oposicionista e foi reconhecido por 50 países, fará uma visita ao Brasil antes de retornar a Caracas. O vice-presidente, Hamilton Mourão, confirmou nesta tarde a informação da viagem, que havia sido antecipada ao GLOBO por fontes da oposição da Venezuela.

Fontes do Planalto afirmam que Guaidó já solicitou uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro entre os dois deve acontecer na quinta ou na sexta-feira desta semana. Em Brasília, comenta-se que a ala militar do governo esteve envolvida na organização da visita do opositor ao governo de Nicolás Maduro.

Em entrevista ao GLOBO mais cedo, Guaidó assegurou que retornará à Venezuela depois de ter viajado para a Colômbia no fim de semana passado para participar da tentativa de abertura de um canal humanitário. A outros meios, Guaidó disse que esse retorno ocorreria ainda nesta semana, mas antecipou que estava organizando alguns encontros no exterior. Um deles seria com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília, até o final desta semana.

No fim de semana, o bloqueio das fronteiras determinado por Nicolás Maduro fez fracassar o chamado “Dia D” da oposição. A ideia de Juan Guaidó e seus aliados internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Brasil e a Colômbia, era entrar na Venezuela com alimentos e suprimentos médicos, forçando os militares a abandonar a lealdade a Maduro e abrir as fronteiras, o que poderia precipitar a queda do regime.

Com o fracasso, as alternativas para a solução do impasse se estreitaram, e o próprio Guaidó chegou a pedir no domingo aos países aliados que mantivessem “todas as opções na mesa”, em uma referência a uma intervenção militar. Na última segunda-feira, porém, o Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas, incluindo o Brasil, aprovou uma declaração em Bogotá em que afirma que a saída para a crise venezuelana deve ser pacífica. Na terça-feira, porém, o governo americano disse que seria “irresponsável” tirar a opção militar da mesa.

Na entrevista ao GLOBO, Guaidó negou que a decisão do Grupo de Lima de não ter incluído no comunicado final do encontro de Bogotá a possibilidade de uma intervenção militar estrangeira na Venezuela tenha sido uma derrota:

— Nós nunca pedimos uma intervenção militar estrangeira. O que temos dito é que um conflito militar (com participação estrangeira) na Venezuela é uma possibilidade, que não desejamos, que não buscamos. Nosso propósito é justamente evitá-lo através de uma saída política e constitucional.

Oposição tenta se reorganizar

A oposição a Maduro está tentando se reorganizar depois do cenário de repressão desencadeado pela tentativa de abrir o canal de ajuda. Congressistas e “representantes diplomáticos” da aliança que sustenta o “governo interino” afirmaram ao Globo que o rumo da oposição continua sendo o mesmo, e que todas as opções estão sobre à mesa, entre elas a de uma eventual intervenção estrangeira, “militar ou humanitária”.

Mas esta opção, enfatizou o representante de Guaidó na Organização de Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarre Briceño, “é de última instância”.

— Este é um processo e, como todo processo, tem fases. Todos sabíamos que o fim de semana passado não seria o fim desta história. O que chama a atenção é a pouca atenção dada pelo mundo, em geral, a um verdadeiro genocídio — disse Briceño, de Washington.

Suas palavras refletem um clima de certa frustração entre os opositores de Maduro, que esperavam uma atitude mais dura do Grupo de Lima no encontro de segunda-feira passada, em Bogotá.

— Vimos cenas de violência terríveis, e isso não foi bem entendido por muitos… não estamos propondo uma intervenção militar imediata, mas essa opção não pode ser descartada — frisou o representante de Guaidó na OEA.

No sábado, os confrontos nas fronteiras provocaram ao menos quatro mortes, de acordo com as ONGs de direitos humanos Foro Penal e Provea, e centenas de feridos.

Em Caracas, o deputado José Guerra e seus companheiros da AN aguardam com expectativa a volta de Guaidó. Enquanto esperam informações precisas sobre dia, hora e a logística do complicado retorno, os deputados, apontou Guerra, continuam trabalhando na “mobilização popular, nas pressões ao regime, na nomeação de novos funcionários do governo interino e em estratégias para que a ajuda humanitária possa entrar”.

Os planos da oposição para os próximos dias e semanas são, basicamente, insistir no que vem sendo feito desde que Guaidó assumiu a Presidência da Assembleia Nacional em 5 de janeiro passado: pedir mais sanções contra o governo de Maduro e seus aliados; assumir o controle de empresas estatais com operações no exterior; obter maior reconhecimento internacional, por exemplo, de países como México e Uruguai, que ainda não reconheceram o “presidente interino”; e ocupar espaços em organismos internacionais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

— No caso dos organismos, são processos lentos. Não podemos esperar Maduro cair para bater na porta do FMI e pedir ajuda. Já estamos en negociações — confirmou Briceño.

Perguntado sobre a insistência de membros da oposição e do próprio Guaidó em falar numa eventual intervenção militar estrangeira, possibilidade descartada enfaticamente pelo Brasil e pelo Grupo de Lima como bloco, o representante da oposição na OEA afirmou que “ainda não estamos nesse ponto, mas isso deve estar sempre entre os caminhos possíveis”.

— Há um ano, a comunidade internacional rechaçava sanções e hoje pede mais. Neste processo vamos avançando aos poucos — explicou Briceño, sugerindo que a participação de militares estrangeiros numa eventual força internacional formada para forçar uma mudança de governo na Venezuela é algo que Guaidó e seus colaboradores imaginam que poderia acontecer em médio e longo prazo. — Não seremos um novo Panamá nem uma nova Líbia, se enganam os que cogitam ambas possibilidades. Líbia não seremos porque aqui não haverá guerra civil, aqui 90% da população quer a saída de Maduro.

Perguntado sobre a atuação da Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet (2006-2010 e 2014-2018), Briceño reforçou as críticas:

— Diante de tiranias que se vendem como esquerda, líderes da verdadeira esquerda olham para o lado. Aqui não interessa se é esquerda ou não, aqui o que interessa é que este é um regime que tortura e mata. No mínimo, Bachelet é excessivamente prudente.

O Globo

Parabéns: 3ª Vara Cível de Natal prioriza gestão, produtividade e reduz metade dos processos conclusos

Em visita ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Rebouças, esta semana, a juíza da 3ª Vara Cível da Comarca de Natal, Daniella Paraíso Guedes Pereira (à esquerda na foto), trouxe uma excelente notícia sobre o desempenho de sua unidade no julgamento de processos conclusos, ou seja, prontos para decisão. No início de fevereiro, o acervo da unidade conta com 609 processos no SAJ (excluídos os processos suspensos) e 2.001 processos no PJe, o que totaliza 2.610 processos. A 3ª Vara conseguiu reduzir a quase metade a quantidade de processos que havia para serem julgados, alcançando pauta zero no gabinete, em apenas um ano e cinco meses.

Para a magistrada é possível ter uma vara cível em dia, apesar da complexidade de parte dos processos, que exigem a elaboração de diversos atos. O importante é adotar um modelo que foque em distribuição da força de trabalho por competência, boas práticas e empenho da equipe.

Um feito comemorado pelos dois juízes que atuam na unidade e também por toda a equipe, especialmente por ter apenas 57 processos conclusos atualmente no gabinete. Quando assumiu a 3ª Vara Cível, em agosto de 2017, a juíza se deparou com um número expressivo de processos na nova unidade judiciária em que iria atuar: eram 1.918 processos no Sistema de Automação do Judiciário-SAJ (excluídos os processos suspensos) e 2.536 processos no Processo Judicial Eletrônico-PJe, o que totalizava 4.454 feitos. Esse era o acervo da Vara naquele momento.

Nesse universo de demandas judiciais estavam: 1.142 processos físicos conclusos para despacho, decisão e sentença; 960 processos conclusos no PJe, sendo 171 para decisão, 632 para despacho e 157 para sentença. Tudo isso totalizando 2.102 processos conclusos, correspondendo a 45% do acervo da 3ª Vara Cível da Comarca de Natal.

Desafio aceito pela equipe

Tal situação foi encarada pela magistrada como um desafio e precisava ser mudada, já que as varas cíveis recebem uma grande quantidade de processos, assim como acontece em praticamente todos os tribunais pelo Brasil. Para mudar isso, esperava contar com o empenho e colaboração de toda a sua nova equipe, integrada também por alguns servidores que já trabalhavam com ela na Comarca de São Gonçalo do Amarante e que a acompanharam na nova unidade judiciária.

Daniela Paraíso contou que o fato de já vir trabalhando há um tempo com pessoas que ela já tinha muita afinidade e que conhecia o seu ritmo de trabalho em São Gonçalo do Amarante, contribuiu para que a equipe se engajasse na nova meta que era focar na produtividade. Ela confessou que quando lá chegou, no dia 22 de agosto de 2017, depois de promovida, achava que ia ser o caos, mas resolver encarar o desafio, sempre com a certeza de que, “quando a gente quer e quando se tem boa vontade e quando a gente tem uma equipe boa a gente consegue chegar ao objetivo”.

Ela credita esse resultado à sua força de trabalho, constituída, além da juíza titular, pelo juiz auxiliar Marco Antônio, um assistente, dois estagiários de graduação, um estagiário de pós graduação, um estagiário de ensino médio, uma servidora cedida pelo Governo do Estado e seis servidores efetivos, incluindo a chefe de secretaria, sendo três técnicos judiciários e dois auxiliares técnicos.

Trabalho premiado

Tanto empenho e dedicação renderam a todos os que fazem a 3ª Vara Cível o primeiro lugar no Desafio 100 Dias, concurso promovido pelo Tribunal de Justiça do RN no período de 10 de setembro a 10 de dezembro de 2018, com vistas ao cumprimento de metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A premiação se deu pela redução de processos conclusos para sentença e elevação no número de movimentações processuais. A magistrada destaca que, ao final do certame, a vara havia realizado 9.822 movimentações (apenas nos códigos estabelecidos no edital) e não havia processos conclusos para sentença.