Arquivo diários:27/02/2019

Maioria vota para condenar Doria por propaganda pessoal com dinheiro público

Por Ricardo Bomfim/CONJUR

O uso de marca pessoal em propaganda veiculada com dinheiro público é improbidade administrativa. A tese já foi subscrita pela maioria dos desembargadores da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. Eles votaram a favor da condenação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por ter usado um slogan de campanha na época que foi prefeito da capital paulista.

TJ de São Paulo discute se Doria deve ter direitos políticos cassados por insistir em propaganda ilegal
Reprodução

O julgamento foi interrompido por dois pedidos de vista. Os desembargadores Vicente de Abreu Amadei e Danilo Panizza Filho querem analisar melhor a parte que discute a cassação dos direitos políticos do governador, o que o levaria a perder o mandato.

Até agora, o voto do relator, desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez, vem sendo o vencedor. Ele votou para reformar a condenação de primeira instância na parte que cassa os direitos políticos de Doria. A decisão de primeira instância condenou o hoje governador à perda dos direitos políticos por quatro anos, a pagar multa equivalente a 50 vezes seu salário como prefeito e a devolver os valores gastos com campanhas, veiculações publicitárias e confecção de vestuário e materiais com o slogan.

“Houve violação do princípio da legalidade, com dolo, tanto que o acusado tentou mudar a lei para se beneficiar, mas hoje é de entendimento tranquilo que as sanções do artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa não precisam ser aplicadas em bloco, de modo que afasto a perda dos direitos políticos”, disse Aguilar Cortez.

O desembargador Rubens Rihl Pires Corrêa abriu a divergência. Segundo ele, Doria deve perder os direitos políticos e, consequentemente, o mandato. Seria uma medida educativa, já que o governador não mudou o comportamento mesmo depois de diversas condenações judiciais. Esse comportamento, disse o desembargador, Isso rendeu a Doria multa por ato atentatório à dignidade da Justiça. “Mesmo após a ordem de retirada da propaganda eleitoral ter sido assinada pelo presidente do TJ-SP, ele não deixou de veicular”, lembrou Rihl.

O governador é acusado de violar o princípio da impessoalidade por usar o logotipo SP Cidade Linda, uma de suas plataformas de campanha para prefeito em 2016, em propaganda oficial da Prefeitura. De acordo com o Ministério Público, a Lei municipal 14.166/2006 diz que a propaganda oficial só pode ter o brasão oficial da cidade de São Paulo. Doria propôs um projeto de abrandamento da lei à Câmara Municipal, o que, para o MP, é prova de que ele sabia que sua propaganda foi ilegal.

Doria foi condenado em primeiro grau, mas a defesa recorreu. “Nem foi quantificado o suposto dano. A juíza remeteu o caso a liquidação, mas a quantificação é necessária para auferir o dolo. O programa envolveu doação de vários particulares que não foram levadas em conta”, sustentou o advogado Paulo Lowenthal, do Pestana e Villasbôas Arruda Advogados.

O terceiro julgador, desembargador Luís Paulo Aliende Ribeiro, seguiu o relator, contra a divergência aberta por Rihl.

Processo 1004481-97.2018.8.26.0053

Funerárias processam pastor acusado de simular ressurreição

Um grupo de diretores de funerárias na África do Sul disse que processará um autoproclamado profeta que afirmou ter ressuscitado um morto.

Vídeo do pastor Alph Lukau em que ele 'ressucita' um homem viralizou na África do Sul
Vídeo do pastor Alph Lukau em que ele ‘ressucita’ um homem viralizou na África do Sul

Foto: Alph Lukau/Facebook / BBC News Brasil

Um vídeo do pastor Alph Lukau, em que ele aparece gritando “levante-se” para um homem deitado em um caixão, que, em seguida, se ergue e é celebrado por fiéis, viralizou.

As empresas funerárias dizem que foram manipuladas a se envolverem na farsa organizada do lado de fora da igreja de Lukau, próximo a Joanesburgo. O caso foi ridicularizado e criticado por muitos no país.

“Não existem milagres”, disse a Comissão para a Promoção e Proteção de Comunidades Culturais, Religiosas e Linguísticas à emissora estatal da África do Sul. “São tentativas de ganhar dinheiro com o desespero do nosso povo.”

Funerárias alegam danos à sua reputação

Três empresas funerárias que dizem ter sido enganadas agora estão tomando medidas legais por danos à sua reputação.

A Kingdom Blue, a Kings & Queens e a Black Phoenix disseram à imprensa local que os representantes da igreja os enganaram de diferentes formas.

“Supostos membros da família do falecido” disseram à Kings & Queens que tiveram um “conflito com um outro fornecedor de serviços funerários”.

Os clientes também supostamente colocaram “adesivos da Black Phoenix em um carro particular” para parecerem críveis para a Kings & Queens quando foram contratar um carro fúnebre da empresa. O caixão, dizem os diretores de funerárias, foi adquirido da Kingdom Blue.

A igreja de Lukau, a Alleluia Ministries International, não respondeu ao pedido de comentários da BBC.

Caso gerou um debate nacional sobre falsos pastores

O site de notícias Sowetan relata que a igreja recuou em sua alegação de ter realizado uma ressurreição, dizendo que o “morto” já estava “vivo” quando foi levado ao local.

O pastor havia apenas “completado um milagre que Deus já havia realizado”, disse a Alleluia Ministries International ao Sowetan.

O correspondente da BBC Milton Nkosi disse que o vídeo provocou um debate nacional sobre falsos pastores e foi amplamente criticado por grupos religiosos renomados.

No entanto, alguns sul-africanos usaram a hashtag #ResurrectionChallenge (#DesafioDaRessureição) nas redes sociais para tratar do caso de forma bem humorada.

Este é o caso mais recente a chamar atenção para líderes religiosos no país que dizem a suas congregações terem realizado feitos extraordinários.

No ano passado, um pastor sul-africano foi considerado culpado de agressão por ter pulverizado um inseticida doméstico sobre os fiéis alegando falsamente que isso poderia curar câncer e infecção pelo vírus HIV.

Brasiliense é preso na Zona Sul de Natal por tráfico de drogas, sob posse de mais de 30 pés de maconha, além de duas estufas

Policiais civis da Divisão Especializada de Combate Ao Crime Organizado (DEICOR) prenderam, nessa terça-feira (26), Rafael Matte Nonato, de 37 anos, no conjunto Pirangi, em Natal. Ele é natural de brasília e foi preso na posse de mais de 30 pés de maconha, além de duas estufas.

Rafael Matte já responde a dois processos por tráfico de drogas e ficará à disposição da Justiça.