Bolsonaro diz não lembrar de vizinho suspeito de atirar em Marielle, preso ontem no Rio

Bolsonaro diz não lembrar de vizinho suspeito de atirar em Marielle, preso ontem no Rio
CONGRESSO EM FOCO

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (13) não lembrar do policial reformado Ronnie Lessa, acusado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Francoem março do ano passado.

“Não lembro desse cara. Meu condomínio tem 150 casas”, disse o presidente segundo a Folha de S.Paulo, em café da manhã com alguns jornalistas. Lessa, preso ontem durante a Operação Lume, tem uma casa na mesma rua de Bolsonaro em um condomínio fechado na avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O capitão, porém, não negou ter conhecido Ronnie Lessa em algum momento.

A declaração ocorre um dia após a prisão de Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, também ex-PM, a quem a polícia acusa de estar dirigindo o carro no momento dos disparos contra o veículo em que estavam Marielle, o motorista Anderson Gomes, também morto, e a assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado do dia 14 de março de 2018.

Bolsonaro contou aos jornalistas, também segundo a Folha,que outras pessoas já foram presas em seu condomínio, “incluindo uma mulher por tráfico internacional de droga”, destaca o jornal.

“Não lembro desse cara. Meu condomínio tem 150 casas.”

E acrescentou ainda durante a conversa que seu filho mais novo, Jair Renan, 20, não confirmou ter namorado uma das filhas do suspeito, como a polícia havia dito na terça. “Meu filho Jair Renan disse naquele linguajar: ‘papai, namorei todo mundo no condomínio, não lembro dessa menina”.

De acordo com a IstoÉ, também presente ao encontro, o presidente mais uma vez relacionou o caso Marielle com o atentado que sofreu em Juíz de Fora em setembro passado, quando foi atingido por uma faca, afirmando ter convicção de que há um mandante do assassinato da vereadora.

Porém, se disse, conforme o relato da publicação, “chateado” com as ilações a respeito de qualquer relação do crime com sua família. “Essas coisas chateiam. Não conheço essas pessoas”, registrou a IstoÉ.

Ontem, o delegado Giniton Lages, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, descartou qualquer relação da família Bolsonaro no caso. “O fato de morar no condominio do Bolsonaro não diz muita coisa não. Não tem relação direta com a família Bolsonaro. Não detectamos isso”, frisou.

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