Será proibida ainda a circulação em calçadas e em vias onde carros circulam a mais de 40 kmh. SP foi a primeira cidade a ter patinetes elétricos compartilhados.
O meio de transporte que tem se multiplicado nas ruas das maiores cidades brasileiras e provocado discussões sobre segurança passou, nesta segunda-feira (13), a ser regulamentado, em São Paulo.
Desde a chegada dos primeiros, há quase nove meses, a liberdade para circular com eles foi quase total. O uso do patinete elétrico compartilhado foi se multiplicando e começaram os conflitos, principalmente nas calçadas.
“As pessoas não sabem usar, não sabem respeitar, se acidentam. Eu já vi vários acidentes, então está bem complicado ainda”, disse o coordenador de TI Flávio de Matos.
Só que, ainda mais grave que a disputa de espaço, são os tombos, o aumento dos acidentes como o que o Fantástico mostrou no domingo (12).
O bueiro rebaixado derrubou a Amanda. “Na hora, já caí, bati a cabeça, bati o rosto, acabei apagando”, contou.
O amigo dela se assustou, acabou caindo e quebrando a clavícula. “A princípio, vai demorar dois meses para poder voltar à vida normal”, disse.
São Paulo foi a primeira cidade do país a receber os patinetes elétricos compartilhados e vai ser a primeira a criar regras para eles. O uso obrigatório do capacete é uma das exigências de um decreto que a prefeitura divulgou nesta segunda-feira (13).
As normas vão valer por 90 dias até que termine a discussão com empresas e representantes da sociedade para apresentar uma regulamentação mais detalhada e definitiva.
Além de exigir o uso do capacete, será proibida a circulação em calçadas e em vias onde carros circulam a mais de 40 km/h. Algumas empresas já fornecem capacete.
“As multas são aplicadas em cima das empresas que detêm o patinete. Da mesma forma que a gente multa uma empresa dona, locadora de veículos. Aepois a locadora, depois a dona do patinete, pode passar essa multa para o usuário. A gente aposta na micro mobilidade, mas não é porque as pessoas usam, estão gostando, – e a gente precisa respeitar isso -, que nós vamos fazer de qualquer forma”, disse o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).