Porta-voz: ‘Vaias e aplausos são direitos do cidadão’

General Otávio do Rêgo Barros afirmou que presidente Jair Bolsonaro ‘está com a consciência tranquila’
Julia Lindner e Fábio Grellet

BRASÍLIA – Após ser recebido com vaias e aplausos na final da Copa América no domingo no Rio, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “está com a consciência tranquila sobre todos atos que vêm sendo realizados sob a sua batuta”.

“O presidente acredita que o exercício da função pública tem como premissa a exposição em eventos públicos. As vaias e os aplausos são direitos dos cidadãos com os quais ele convive dentro da normalidade democrática”, disse Rêgo Barros.

Briefing do Porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros
Briefing do Porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros

Foto: José Dias / PR

O porta-voz afirmou, ainda, que Bolsonaro “continuará a despender o máximo das suas forças em prol da condução do país”. “Ele está com a consciência tranquila sobre todos atos que vêm sendo realizado sob a sua batuta associados ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário porque os três Poderes hão, na visão do presidente, de proporcionar uma estrada pavimentada para o futuro do País”, afirmou.

A agenda no Maracanã foi mais um episódio em que o presidente brasileiro buscou vincular seu governo a um apoio popular. Bolsonaro havia dito que pretendia ir ao gramado acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após ser questionado sobre mensagens atribuídas ao ex-juiz e a procuradores da Lava Jato divulgadas pela revista Veja, em parceria com o site The Intercept Brasil. “O povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, afirmou Bolsonaro na sexta-feira passada.

Havia a expectativa de que Bolsonaro entregasse a taça de campeão ao capitão brasileiro, o lateral Daniel Alves, mas o presidente brasileiro participou somente da entrega de medalhas.

O presidente, porém, se integrou aos jogadores e membros da comissão técnica tirou foto com o troféu nas mãos. Alguns jogadores e membros da delegação fizeram um coro de “mito”. Depois, quando a comitiva presidencial caminhou pelo gramado rumo ao túnel de saída, as vaias do público foram praticamente unânimes.

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