Arquivo diários:20/07/2019

Bolsonaro nega ter falado ‘paraíba’ como crítica a nordestinos

Após fala polêmica sobre governadores do Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado (20) que tenha usado o termo “paraíba” para criticar nordestinos e disse que as críticas foram direcionadas a dois governadores: Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, e João Azevedo (PSB), da Paraíba.

“Falaram agora que eu estou criticando o Nordeste, você viu? Dois governadores, o do Maranhão e da Paraíba que são intragáveis”, afirmou o presidente.

Nesta sexta (19), foi divulgado um vídeo em que Bolsonaro fala sobre “governadores de paraíba” e cita o governador do Maranhão. “Não tem que ter nada para esse cara [Dino]”.

Os governadores do Nordeste reagiram e cobraram explicações. À coluna Painel, Dino afirmou: “Só sei que sou o pior dos gestores na visão dele, o que para mim é uma honraria.”

Bolsonaro respondeu atacando Dino e Azevedo e partidos de oposição.

“Eles [gestores do Nordeste] são unidos. Eles têm uma ideologia. Perderam as eleições e tentam o tempo todo através das desinformações manipular eleitores nordestinos”, declarou, em provável referência ao apoio dos governadores nordestinos ao candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

Para tentar argumentar que a relação com o Nordeste é boa, Bolsonaro disse que sua esposa, Michelle Bolsonaro, é filha de cearense.

“A maldade está no coração de vocês. Eu tenho tanta crítica ao Nordeste que eu casei com uma filha de cearense”.

O presidente também criticou a imprensa e disse que havia exagero na repercussão que sua fala teve.

“Eu fiz uma crítica ao governador do Maranhão e da Paraíba. Vivem me esculhambando. Obras federais vão para lá. Dizem que é deles. Não são deles, é do povo. A crítica foi a esses dois governadores. Nada mais além disso. Uma crítica em três segundos. Em três segundo vocês da mídia fazem uma festa”.

Folhapress

Boletim aprova balneabilidade para todas as praias de Natal

O Boletim da Balneabilidade das praias do RN (nº 29/2019), emitido nesta sexta-feira (19/07), informa que todas as praias monitoradas se encontram próprias para o banho.

O estudo é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), fazendo parte do Programa Água Azul.

Foram coletadas, analisadas e classificadas amostras de água em 33 pontos nas praias potiguares, distribuídas na faixa costeira situada entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz, a fim de classificar e informar ao banhista quais as condições das praias monitoradas para o banho.

A classificação leva em conta, principalmente, a quantidade de coliformes fecais encontrados nas águas, como estabelecido na resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Deborah Secco responde à declaração de Bolsonaro: “Fiquei triste e chocada”

Crédito: Reprodução/Instagram

Da Redação IstoÉ

A atriz Deborah Secco, protagonista de “Bruna Surfistinha”, respondeu à declaração do presidente Jair Bolsonaro de que não pode “admitir que com dinheiro público se façam filmes como esse” ao basear a decisão de transferir o Conselho Superior de Cinema para a Casa Civil. Em áudio enviado por sua assessoria de imprensa, a atriz comentou a frase.

“Fiquei muito triste e um pouco chocada do filme ter sido colocado nesse lugar. Temos que falar sobre tudo para que, através da arte, possamos debater sobre a realidade. Não podemos nos calar vendo tudo isso”, afirmou Secco.

“A história retrata uma história real, não só da Bruna, mas de outras mulheres que se encontram nessa situação. Queria muito que nenhuma mulher tivesse que se vender para sobreviver, mas essa não é a realidade nosso país”, completou a atriz.

Lançado em 2011, o filme “Bruna Surfistinha” teve orçamento de cerca de R$ 4 milhões e usou recursos captados na Lei do Audiovisual, sendo a maior bilheteria daquele ano, visto por mais de 2 milhões de pessoas nos cinemas.

Bolsonaro acusa Inpe de divulgar dados mentirosos sobre desmatamento

Para presidente, diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”; instituto mostra que perda da Amazônia dobrou neste mês, na comparação com julho de 2018

O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015.

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica
Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica

Foto: Reprodução site Terrabrasilis / Estadão

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018.

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é está a frente do Inpe para que venha a Brasília explicar esses dados passados para a imprensa”, disse. “Nossa sensação é que isso não coincide com a verdade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG”, complementou.

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Junho teve a maior temperatura já registrada para o mês no planeta

Pico de calor foi registrado em diversas regiões do mundo, como Ásia, África, América do Sul e Europa. Relatório será apresentado em cúpula marcada para setembro
Agência Brasil

O mês de junho teve a temperatura mais alta já registrada para o mês, no planeta. O recorde abrangeu as temperaturas tanto na terra quanto no mar, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês).

No acumulado de janeiro a junho, 2019 teve a maior temperatura nos últimos 140 anos. Apenas o ano de 2016 teve mais calor do que o medido neste ano.

Na medição da média mensal, nove dos 10 meses de junho mais quentes da história ocorreram desde 2010. A exceção foi o calor registrado em 1998. Segundo a Noaa, foi o 43.º junho consecutivo com temperaturas acima da média do século 20.

O pico de calor foi registrado em diversas regiões do mundo, como Ásia, África, América do Sul e Europa. Nesta última, uma onda de calor, que atingiu o continente, chegou a ter temperaturas até 10º C mais quentes do que a média normal para a região.

Os dados são importantes para aferir o movimento de ampliação da temperatura do planeta, indicador chave dentro do debate de mudanças climáticas. Mas segundo a Organização Mundial Meteorológica, outros indicadores também tiveram desempenho que demandam observação. Em junho foi registrada a segunda menor extensão de gelos do Ártico, em 41 anos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, a OMM deve apresentar um relatório sobre o estado do clima no mundo na Cúpula da ONU sobre Ação Climática, marcada para setembro.

Estadão

Mello sobre Moro: “Espero que ele não ocupe a cadeira que deixarei em 2021”

Crédito: STF/Carlos Moura

Revista IstoÉ

Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), se mostrou incomodado com as atitudes recentes do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato em mensagens reveladas pelo site The Intercept Brasil.

Marco Aurélio deixará o Supremo em 2021, após Celso de Mello. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro alfinetou Moro, que pode ser nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no STF.

“Eu espero que ele não ocupe a cadeira que deixarei em 2021”, afirmou Mello. O ministro, anteriormente, já tinha dito que Moro não é “vocacionado” à magistratura e declarou que “a máscara caiu” após a divulgação dos diálogos do ex-juiz com procuradores.

Presidentes de TJs dão apoio à medida do STF sobre dados bancários e fiscais

Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados assinaram nesta sexta-feira, 19, uma carta em que expressam apoio a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relativas à “intimidade e o sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos” nas investigações criminais.

O documento é resultado de um encontro ocorrido em Cuiabá (MT), que reuniu 21 representantes dos 27 tribunais de Justiça e o presidente da Suprema Corte, ministro Dias Toffoli.

No início da semana, Toffoli suspendeu processos em que houve compartilhamento de dados detalhados do contribuinte pelos órgãos de controle sem autorização judicial prévia.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro afirmou que estão sendo feitas “devassas” na vida das pessoas sem que haja supervisão do Judiciário. “Isso é um Estado fascista. Vira investigações de gaveta que ninguém sabe se existem ou não existem”, disse.

A carta, que reúne também outros assuntos, dispõe sobre o apoio às decisões do STF, “proferidas em processos de temas sensíveis e relevantes para o fortalecimento da democracia brasileira e com vistas ao respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos, particularmente os relacionados com a intimidade e o sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos no âmbito das investigações criminais”.

Enquanto integrantes do Ministério Público reclamam que a suspensão dos processos compromete o andamento de investigações no Brasil, membros do Poder Judiciário entendem que o “escanteamento” de juízes em processos que envolvem dados fiscais e bancários do cidadão é um problema no sistema investigatório. O argumento é de que o compartilhamento de números detalhados invade a privacidade do contribuinte, e dessa forma, precisa passar pelo crivo do Judiciário.

Segundo apurou o Broadcast/Estado, durante o encontro nesta sexta, presidentes de tribunais falaram sobre a importância de a magistratura se unir no atual momento, e comentaram sofrer com ataques assim como a Suprema Corte. Em março, Toffoli abriu um inquérito para apurar notícias falsas, ameaças e ataques contra o STF.

A decisão, assim como a assinada nesta semana, foi alvo de críticas.

Estadão Conteúdo