Deputados ameaçam se vingar do governo deixando caducar medida provisória do Mais Médicos

A medida provisória que reformulou o programa Mais Médicos e o rebatizou de Médicos pelo Brasil pode ser a primeira vítima notável da insatisfação de parlamentares com o governo. O texto, que expira na próxima quinta (28), era tratado como caso perdido por líderes da centro-direita nesta terça (19). Diante desse cenário, deputados costuram um acordo para, depois que a proposição de Jair Bolsonaro caducar, encampar um projeto de lei que contemple apenas parte da tese do Planalto.

A ideia dos deputados, caso a medida provisória não seja mesmo votada, é manter em um projeto de lei a exigência de que seja retomada frequência no Revalida, exame aplicado em médicos formados no exterior e que não é realizado desde 2017 por falta de verba.

Como mostrou o Painel, a má vontade com as pautas do governo decorre da demora do pagamento de projetos que foram alvo de emendas de parlamentares. Nesta quarta (20), líderes terão nova reunião sobre o assunto com Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

A Comissão de Orçamento aprovou abertura de R$ 2,1 bi em créditos extras para honrar esses desembolsos, mas deputados se queixam de que o dinheiro não sai. A suspeita é a de que se trata de um problema de execução nos ministérios.

PAINEL/ FOLHA

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