Arquivo mensais:novembro 2019

Ministro da Educação nega saída do governo

Foto: Agência Brasil

Em meio a boatos de que sairia do governo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou categoricamente que não deixará o cargo. “Eu não vou pedir demissão e meu relacionamento com o presidente está ótimo”, disse, em entrevista ao iG . Ele afirma que os boatos sobre sua saída são mentirosos e têm o objetivo de desestabilizar seu trabalho.

O comentou ainda o relatório da Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação da Câmara dos Deputados, que, na manhã desta quarta-feira (27).  classificou a gestão da pasta como “insuficiente” , além de emitir 52 recomendações. “São dois parlamentares que querem se promover sem ter feito a lição de casa deles, basicamente é isso”, disse, após desconsiderar o documento.

Weintraub  assumiu o comando da Educação no dia 8 de abril deste ano, após um início de governo conturbado e marcado por polêmicas, que culminaram na demissão precoce do então ministro Ricardo Vélez Rodríguez.  Como seu antecessor, o atual chefe do Ministério da Educação é da ala olavista do governo. Ele é ex-aluno de Olavo de Carvalho e foi indicado por seu professor para o posto.

Otimista, o governista faz uma análise positiva do primeiro ano de governo: “Um ano que começou extremamente duro e com grande parte da mídia atacando e mentindo. A gente conseguiu reverter e terminar o ano em uma direção muito positiva”, garante.

iG

Procurador parlapatão é afastado após dizer que escravidão ocorreu porque ‘índio não gosta de trabalhar’

Foto:Divulgação/MPPA

O procurador do Ministério Público do Pará (MPPA) que disse que a escravidão no Brasil ocorreu porque ‘o índio não gosta de trabalhar’ foi afastado nesta quinta (28).

A decisão foi tomada em sessão extraordinária do colégio de procuradores da entidade, homologou pedido de afastamento do procurador Ricardo Albuquerque. O grupo também decidiu por unanimidade instaurar processo administrativo contra ele, que é ouvidor-geral do MPPA.

Ele ficará longe do cargo até a conclusão da investigação instaurada pela Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar a conduta dele.

Em palestra na terça (26), Albuquerque disse que “esse problema da escravidão aqui no Brasil foi porque o índio não gosta de trabalhar. Até hoje”.

“O índio preferia morrer do que cavar mina, do que plantar para os portugueses. E foi por causa disso que eles [colonizadores portugueses] foram buscar pessoas nas tribos lá na África para vir substituir a mão de obra do índio aqui no Brasil”, seguiu ele, em apresentação a alunos de uma universidade que visitavam a sede da procuradoria.

Albuquerque também afirmou que não acha que “tenhamos dívida nenhuma com quilombolas”. “Nenhum de nós aqui tem navio negreiro. Nenhum de nós trouxe um navio cheio de pessoas da África para serem escravizadas aqui no Brasil”.

Em nota divulgada no mesmo dia, o MPPA disse repudiar o teor das declarações do procurador, que não compactua com qualquer ato de preconceito e que o teor das declarações “reflete tão somente a opinião pessoal” dele. As manifestações de Silva foram gravadas e circulam por redes sociais.

Também por meio de nota, o procurador afirmou que o áudio com suas falas está sendo divulgado fora de seu contexto, uma vez que o assunto era o Ministério Público como instituição “e não tinha como escopo a análise de etnias ou nenhum outro movimento dessa natureza”.

“Depois de falar por aproximadamente uma hora e 20 minutos, o procurador de justiça disponibilizou a palavra aos presentes para que, num ambiente acadêmico, respondesse a críticas, comentários ou curiosidades, lamentando que o divulgador ao invés de mostrar sua discordância de maneira dialética e leal, optou por, de maneira sub reptícia, tentar macular o bom nome de uma pessoa preocupada em contribuir com a disseminação do conhecimento de maneira imparcial”, conclui a nota dele.

Folha de SP

Tribunal tendencioso: Ministros do STF e do STJ dizem que TRF-4 ‘errou a mão’ em caso Lula para reafirmar a Lava Jato

A decisão do TRF-4 de não só manter como também ampliar a condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia (SP) instalou em setores expressivos do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça a percepção de que a corte que revisa atos da república de Curitiba errou a mão. O revés imposto ao petista veio mesmo com precedente do STF favorável à sua tese. Questões técnicas que foram desconsideradas reforçaram a percepção de ministros de que o processo foi usado para reafirmar a Lava Jato.

O TRF-4 entendeu que a defesa de Lula não foi prejudicada pelo fato de ele ter apresentado alegações finais ao mesmo tempo que delatores. O Supremo decidiu, por maioria, que colaboradores seriam uma espécie de assistentes da acusação, o que garantiria ao réu o direito de falar por último, para rebater o que lhe for imputado.

Um ministro do STJ lembra que há menções a acusações de delatores na sentença que condenou Lula na primeira instância —e que foi validada pelo TRF-4. Para ele, isso dá força ao argumento da defesa do petista, que reivindicava que o entendimento do Supremo fosse aplicado.

Se isso ocorresse, o caso deveria voltar à primeira instância para que o petista reapresentasse as alegações finais. Esse ministro diz que, por esse motivo, o próprio STJ pode acabar derrubando a decisão do TRF-4.

O entendimento do TRF-4 está afinado com o que argumentou a força-tarefa da Lava Jato na PGR ao ministro Edson Fachin, do Supremo, em outro caso que envolve Lula, o da compra de um terreno para seu instituto.

Na peça, a PGR cita o sítio e diz que o petista não sofreu prejuízo em sua defesa. Em agosto, Fachin mandou o caso do instituto de volta à primeira instância, por conta da ordem das alegações finais.

PAINEL FOLHA

III Jogos Paradesportivos do Natal acontecem neste fim de semana

Júlia Arruda

De sexta a domingo, serão realizadas competições de natação, halterofilismo, bocha, tênis mesa e de quadra, futebol society e corrida infantil._

Valorizar o paradesporto e estimular a inclusão de pessoas com deficiência através do esporte. Esses são os objetivos dos Jogos Paradesportivos do Natal, que chegam em 2019 a sua terceira edição e serão realizados neste fim de semana. O evento é promovido pela Prefeitura do Natal através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEL) e fruto da Lei nº 6.507/14, de autoria da vereadora Júlia Arruda. Ao todo, serão sete modalidades contempladas: natação, halterofilismo, bocha, tênis mesa e de quadra, futebol society e corrida infantil. A programação é gratuita e aberta ao público.

A abertura será nesta quinta-feira (28), às 15h30, no Palácio dos Esportes, com o tradicional desfile das equipes e instituições, e as competições acontecem de sexta (29) a domingo (1º). “Essa terceira edição vem para consolidar os Jogos Paradesportivos como um evento importante de incentivo ao paradesporto amador. A gente fica muito feliz em ver pessoas que, com suas deficiências, nunca haviam experimentado o esporte vivenciando pela primeira vez alguma modalidade esportiva”, comenta a secretária de Esporte e Lazer, Danielle Mafra.

A programação começa na sexta-feira (29), às 9h, no UNI-RN, onde serão realizadas as provas de natação, e segue, às 10h, no Palácio dos Esportes, com o halterofilismo. À tarde é a vez do tênis de mesa, às 14h, no campo de Brasília Teimosa. Já no sábado (30), haverá competições durante todo o dia, começando pelo tênis de quadra, às 8h, no Aeroclube; bocha, às 8h30, no Palácio dos Esportes; e o futebol society, às 15h30, no campo de Brasília Teimosa. Fechando a programação, no domingo (1º), tem a corrida infantil, a partir das 7h, no Palácio dos Esportes.

Os Jogos Paradesportivos entraram oficialmente para o calendário de esportes de Natal em 2017, atendendo a um apelo de instituições que atuam no paradesporto amador. Autora do projeto e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal, a vereadora Júlia Arruda destaca o papel social do evento. “Mais do que uma oportunidade para Natal valorizar os grandes nomes que temos no esporte paralímpico, esse é o momento de levantar a bandeira da inclusão pelo esporte, envolvendo as famílias e mostrando pra toda a sociedade que pessoas com deficiência também podem e devem superar suas limitações”, comenta.

Em derrota para Moro, partidos não assinam urgência de pacote

 

Por Renato Onofre
Em derrota para o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a Frente Parlamentar da Segurança Pública, a chamada bancada da bala, não conseguiu reunir partidos suficientes para levar à votação um requerimento pedindo urgência à votação do pacote anticrime. Sem a urgência, o texto não pode ser analisado direto em plenário e teria que passar por comissões, inviabilizando a votação das medidas este ano.

Na terça-feira, 26, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a líderes que não aceitaria mais nenhum pedido de regime de urgência até limpar a pauta de votações. Na conversa, Maia não falou sobre a votação do pacote anticrime, que prometeu a Moro votar até o final do ano.

“Para minha surpresa e decepção, não temos partidos suficientes para apresentar o requerimento de urgência para o pacote do ministro Sérgio Moro. São necessários partidos que somem 257 deputados. Vergonhoso. Não será votado esse ano ao que tudo indica”, afirmou o Capitão Augusto (PL-SP), coordenador da bancada da bala e relator da proposta do grupo de trabalho que analisa as medidas.

Sem o apoio de lideranças partidárias, o deputado anunciou que ia recolher individualmente as assinaturas. Pelo regimento da Câmara, o pedido deve ser apresentado um requerimento assinado pela maioria absoluta de deputados ou líderes que representem esse número (257). O requerimento precisa ser aprovado pela maioria absoluta dos votos. Se aprovada, a proposição é incluída na Ordem do Dia da mesma sessão.

“Eu vi um movimento estranho na Casa. Fui perguntar ao presidente Rodrigo Maia e ele me falou que não poderia votar a urgência porque nenhum líder tinha apresentado. Estão querendo fazer um ‘passa moleque’ (passar para trás) e eu não vou deixar”, afirmou o parlamentar.

Apenas cinco partidos – PSL, Novo, Podemos, Cidadania e Avante – sinalizaram que assinariam o pedido de urgência. Somados, eles têm apenas 170 votos, insuficientes para levar o requerimento à votação.

A votação das propostas de Moro encontra resistência dos partidos de centro e da oposição. O ministro tem feito peregrinação nas bancadas para tentar convencer os parlamentares sobre as medidas. Nesta quarta-feira, ele esteve pessoalmente na Câmara para tentar convencer a bancada do PSDB em um almoço que contou com a participação do deputado Aécio Neves (PSDB-MD) e outras lideranças tucanas.

Após o encontro, questionado pelo Estadão sobre a possibilidade do pacote não ir à votação este ano, Moro minimizou. “Não tenho essa informação”, se limitou Moro sobre a questão.

A tramitação do pacote anticrime tem encontrado obstáculos na Câmara desde que a proposta chegou em fevereiro. Maia, para não atrapalhar a discussão da Reforma da Previdência, não mandou o texto às comissões e criou um grupo de trabalho para analisar as medidas. A manobra atrasou em pelo menos seis meses o andamento da discussão.

No grupo de trabalho, o texto foi modificado e pontos considerados fundamentais para o ministro foram retirados ou modificados. Na semana passada, Moro se reunir com os deputados do grupo de trabalho e pediu a reinclusão de algumas medidas. A solicitação foi rejeitada.

O ministro da Justiça queria a volta do artigo que prevê o chamado excludente de ilicitude na nova legislação. A medida de ilicitude foi descartada pelo grupo que debate o pacote anticrime dias após o assassinato da menina Ágatha, de oito anos, no Rio.

Além do excludente, Moro queria a reinclusão do pleacusado pode confessar o crime, abrindo mão do processo em troca de pena mais branda e do trecho que prevê a execução imediata das sentenças de tribunal do júri, entre outros.

“Respeito a posição do grupo de trabalho, mas continuamos buscando convencê-los e, depois, buscar convencer o parlamento, seja a Câmara ou seja o Senado. Nós acreditamos nas medidas e achamos que elas são importantes para redução da impunidade”, afirmou Moro sobre a posição do grupo.

Decisão do TRF-4 sobre sítio de Atibaia afronta o STF, diz defesa de Lula

O advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente Lula, afirmou que a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região “afrontou” o Supremo Tribunal Federal ao condenar o petista no caso do sítio de Atibaia, desconsiderando o entendimento da corte superior sobre a ordem das alegações finais.

A declaração ocorre após o tribunal de 2ª instância ampliar a pena de Lula de 12 anos e 11 meses para 17 anos, 1 mês e dez dias. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (27/11) em Porto Alegre.

“O supremo já decidiu que todas essas delações relativas ao sítio de Atibaia devem ser analisadas pela Justiça Federal de São Paulo. No entanto, depoimentos de delatores foram hoje amplamente utilizados, inclusive para dar sustentação à manutenção da decisão condenatória, afrontando a suprema corte”, afirmou o advogado.

Ao falar de desobediência a um entendimento do Supremo, Zanin faz referência ao HC 166.373, que fixou o entendimento de que o réu tem o direito de examinar todos os fatos que lhe são imputados, devendo falar após o corréu delator.

“A realidade é que o caso julgado hoje é idêntico aos casos em que o Supremo entendeu que havia necessidade de reconhecer o direito do corréu delatado de falar depois do corréu delator […] Não há nada que justifique um tribunal de apelação tomar uma decisão que não coaduna com o entendimento já tomado pela suprema corte”, disse.

Ainda segundo ele, a decisão do TRF-4 “é mais um exemplo de um processo injusto ao qual o ex-presidente Lula está submetido desde 2016 […] É uma decisão que mais uma vez despreza o Direito e busca na política a sustentação para manter uma condenação”. “Essa decisão de hoje reforça a perseguição que vem sendo por nós denunciada.”

Alegações finais
Frustrando a defesa, os desembargadores entenderam que a condenação de Lula não poderia ser anulada com base na decisão do STF que decidiu sobre a ordem das alegações finais.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos do âmbito da “lava jato” no TRF-4, num voto de mais de 3 horas, derrubou todas as preliminares e nulidades levantadas pela defesa de Lula.

Gebran, aliás, elogiou a “alentada sentença” proferida em primeira instância pela juíza substituta de Sergio Moro. A magistrada “fez um minucioso trabalho de exame de fatos, provas e das questões jurídicas”, disse o desembargador.

Prefeito de Extremoz é mais uma vez investigado

Prefeito mais investigado do RN

Por falta de pagamento da bolsa dos estagiários atuantes na rede pública de ensino e dos demais contratados pela Secretaria de Educação da Prefeitura de Extremoz (RN), o Ministério Público Estadual, através do Promotor de Justiça Rodrigo Martins da Câmara, mandou instaurar Inquérito Civil, contra o prefeito Joaz Oliveira, com o objetivo de adotar providências urgentes para evitar o risco de interrupção do ano letivo nas Escolas Municipais.

Relatório de monitoramento nos parrachos de Pirangi será apresentado nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira (28) será apresentado o relatório dos mergulhos de monitoramento dos parrachos de Pirangi para verificar o possível acumulo de óleo. O mesmo que atingiu o litoral potiguar nos últimos meses. O resultado será mostrado na reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), na Escola de Governo, às 14h.

Os mergulhos fazem parte do grupo de trabalho criado dentro do GGI para monitoramento de arrecifes, parrachos e estuários. A ação inicial foi realizada na terça-feira passada (25) quando foram realizados mergulhos nos Parrachos de Pirangi e na Ilha Verde (Pirambuzios) com equipes da Marinha, Corpo de Bombeiros, Idema Ibama, Defesa Civil, UFRN e ONG Oceânica.