Arquivo diários:09/02/2020

Ermenegildo Zegna e Fear of God fecham parceria para Paris

Coleção será apresentada em março, na Semana de Moda de Paris

São Paulo – A tradicional grife italiana Ermenegildo Zegna e a moderna Fear of God, de Los Angeles, vão apresentar sua primeira coleção conjunta em Paris.

O fruto da colaboração inédita entre Alessandro Sartori, diretor criativo da Ermenegildo Zegna, e Jerry Lorenzo, fundador e diretor da Fear of God, será divulgado nas passarelas da Semana de Moda de Paris, em dois de março.

A coleção masculina trará roupas e acessórios que mesclam a expertise em alfaiataria da casa Zegna com o approach moderno ao luxo da americana Fear of God.

Segundo as duas marcas, a coleção mira o guarda-roupa de homens jovens que se expressam no híbrido entre elegância e liberdade.

Alessandro Sartori, da Ermenegildo Zegna

Alessandro Sartori, da Ermenegildo Zegna

Alessandro Sartori, da Ermenegildo Zegna (Ermenegildo Zegna/Divulgação)

Jerry Lorenzo, da Fear of God

Jerry Lorenzo, da Fear of God

Jerry Lorenzo, da Fear of God (Fear of God/Divulgação)

Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 105 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.232 da Mega-Sena sorteadas ontem (8), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. O prêmio para o próximo sorteio, que ocorrerá na quarta-feira (12), está estimado em R$ 105 milhões.

Os números sorteados foram 07 – 08 – 31 – 34 – 38 – 47.

A quina teve 111 ganhadores que vão receber, cada um, R$ 54.265,87. Acertaram quatro números 8.685 apostadores, que receberão o prêmio individual de R$ 990,79.

As apostas para o próximo concurso da Mega-Sena (2.233) podem ser feitas até as 19h de quarta-feira (12). Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50.

Sniper, caçador e silencioso: o ex-Bope que comandava o Escritório do Crime

Flávio Costa e Sérgio Ramalho

Do UOL, em São Paulo e colaboração para o UOL, no Rio

Em novembro de 2011, o capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Adriano Magalhães da Nóbrega comandava uma operação noturna com o objetivo de desmontar um acampamento criado por traficantes em um trecho da Floresta da Tijuca localizado entre as favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio.

Não era fácil caminhar por aquelas matas. As trilhas foram criadas por ex-soldados do Exército que possuem treinamento de sobrevivência em selva e acabaram cooptados pelas facções criminosas.

“Passamos horas caminhando em meio à mata quando vi o capitão Adriano surgir do nada. Ele parecia um fantasma, todo de preto, com o rosto coberto por uma balaclava [espécie de gorro que vai do topo da cabeça ao pescoço] e óculos de visão noturna. Se quisesse teria nos tocaiado, sem dificuldade”, afirmou ao UOL um oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro que participou daquela operação.

Todos sabíamos de histórias do envolvimento dele com a contravenção. No fundo, a gente tinha medo dele. O cara parecia um psicopata. Diziam que ele gostava de matar com faca, mas nunca o vi matar ninguém.Oficial da Polícia Militar do Rio sobre Capitão Adriano

As declarações revelam a mistura de admiração e temor que muitos policiais fluminenses demonstram ainda hoje pelo “Capitão Adriano”. O Ministério Público do Rio denunciou o ex-PM por comandar uma milícia na zona oeste do Rio e o chamado “Escritório do Crime”, grupo de matadores de aluguel que tem como clientes preferenciais chefes do jogo do bicho carioca.

Há suspeitas de que membros do Escritório do Crime estejam envolvidos no atentado que resultou nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

Capitão Adriano estava foragido desde o dia 22 de janeiro de 2019. Mais de um ano depois, em 9 de fevereiro de 2020, o ex-PM foi localizado e morto em um confronto com forças de segurança da Bahia.

Expulso da PM

Capitão Adriano entrou para a PM fluminense no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope.

Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Adriano chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa. Era o ano de 2005, e ele estava preso sob acusação de cometer homicídio.

Nessa mesma época, o ex-“caveira” (membro do Bope) começou a atuar como segurança para familiares do falecido bicheiro Valdomiro Paes Garcia, o Maninho. No serviço irregular, que resultou em sua expulsão da PM decidida pela Justiça do Rio no ano de 2014, ele se envolveu na disputa fratricida pelo espólio do contraventor.

De acordo com testemunhos incluídos nos autos da investigação interna conduzida pela PM do Rio, obtidos pelo UOL, Capitão Adriano participou de ao menos oito homicídios entre os anos de 2006 e 2009, a mando do contraventor José Luiz de Barros Lopes. Conhecido como Zé Personal, ele era casado com uma filha de Maninho.

Um bom matador é sempre útil. E Adriano é um dos melhores, talvez o melhor atualmente.Delegado de Polícia Civil do Rio a respeito de Capitão Adriano

A ficha de serviços mostra que Capitão Adriano recebeu treinamento de elite durante sua trajetória como PM. Entre os cursos em que se formou, estão os de sniper (atirador de elite), operações táticas especiais e segurança especial para autoridades.

Em 2001, Adriano Magalhães da Nóbrega concluiu curso de sniper em São Paulo - Reprodução

Em 2001, Adriano Magalhães da Nóbrega concluiu curso de sniper em São Paulo
Imagem: Reprodução

Aficionado por armas e horas na “deep web”

Os relatos ouvidos pela reportagem e documentos de seu processo de expulsão da PM classificam Capitão Adriano como “caçador de gente”. Ele pode passar dias isolado em meio à Floresta da Tijuca ou, em busca de aprimoramento, horas em chats na chamada “deep web” (sites que não estejam indexados em mecanismos de buscas). É descrito como um aficionado por armas, equipamentos tecnológicos, treinamentos militares e jogos com simulações de combates.

“Os equipamentos dele eram pessoais, ele sempre aparecia com alguma novidade tecnológica. Foi com ele que vi pela primeira vez um bloqueador de sinal, hoje chamado de misturador, que impede o funcionamento de celulares ou GPS. Ele tinha comprado num site na internet”, diz o oficial da PM.

Mesmo um assassino altamente capacitado pode errar, como revelou às autoridades o pecuarista Rogério Mesquita, homem de confiança de Maninho e também envolvido na disputa pelo espólio do bicheiro. No começo de 2007, Zé Personal havia decidido matar Guaracy Paes Falcão, o Guará. Vice-presidente da escola de samba Salgueiro e primo de Maninho, Guará era visto como um rival pelo controle de pontos de jogos da organização criminosa. Ele incumbiu o Capitão Adriano de executar a tarefa.P

Na primeira tentativa de matá-lo, o ex-caveira e seus comparsas seguiram um carro semelhante ao de Guará, um Peugeot preto. Em certo trecho da estrada Grajaú-Jacarepaguá, interceptaram e dispararam contra o veiculo. Só então os assassinos perceberam que se equivocaram e um casal foi morto por engano. O capitão havia “feito merda”, como afirmou Zé Personal.

O segundo atentado atingiu o “alvo certo”. Na madrugada de 14 de fevereiro de 2007, Guará deixou a quadra da Salgueiro, na zona norte do Rio, em direção à sua casa em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. No banco de carona estava a sua mulher, Simone Moujarkian, 35, destaque da escola de samba. A viagem foi interrompida em frente à unidade do supermercado Guanabara, no bairro de Andaraí, quando os assassinos interceptaram o carro. Os atiradores acertaram 15 tiros de fuzil no Peugeot. Três disparos acertaram Guará; outros dois, Simone. Eles morreram no local.

Título desgraçado, desdenhado, desonrado e babado

Não foi por falta de conselhos, o vereador Cicero Martins insistiu em propor e aprovar um Título de Cidadão Natalense ao senador Eduardo Bolsonaro, terminou pagando um mico.

O Título de Cidadão Natalense não é concedido pelo vereador Cicero Martins, a homenagem e honraria é do município, esperava-se, mesmo o homenageado não tento histórico de serviços prestados à Natal que ele  recebesse a homenagem em Natal na Câmara Municipal, mas ele não dignificou-se a receber. Restou o vereador ir sozinho a Brasília já que nenhum vereador  quis acompanhá-lo nesta viagem tida como bajulatória entregar pateticamente uma desvalorizada honraria.

Quando a Câmara Municipal entrega um Título de Cidadão, em primeiro lugar homenageia a cidade por receber um novo filho ilustre, mas o vereador Martins homenageou um cidadão só pelo fato de ser filho do Presidente da Republica que soberanamente desdenhou recebendo o título no seu gabinete da Brasília em pé gravando um vídeo em celular..

Bolsonaro dá ‘banana’ para jornalistas e reclama da imprensa

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa. Neste sábado, 8, antes seguir para um evento evangélico no estádio Mané Garrincha, em Brasília, ele conversou com jornalistas na porta do Palácio do Alvorada. Em um determinado momento, ele cruzou os braços, fazendo o sinal de uma “banana” aos repórteres que o aguardavam do lado de fora. Em seguida, avisou que não daria entrevista. No local, também havia apoiadores do presidente. As informações são da mesma aqui em são de Veja.

A principal queixa de Bolsonaro envolveu a repercussão negativa de declaração feita por ele sobre portadores do vírus da Aids. Na quarta-feira 5, ao defender o programa de prevenção à gravidez na adolescência, da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o presidente afirmou que uma pessoa com HIV representa “uma despesa para todos no Brasil”.

Aos 40 anos, PT fala em necessidade de renovação

No evento de comemoração aos 40 anos do PT, o partido falou muito em renovação e em apostar na juventude para a política, mas, apesar do discurso, o protagonismo mais uma vez foi do ex-presidente Lula.

Ao lado do ex-presidente do Uruguai José Mujica, Lula adotou o discurso de candidato encantando todos os presentes no evento realizado no palco da Fundição Progresso, na Lapa. A renovação, tanto falada por Lula, só se aplica a ele e não aos outros.

No discurso de protagonista do partido, ele criticou os pedidos de autocrítica e rebateu os discursos de ladrão. “A moda do Brasil é falar pro PT fazer autocritica. Eu nunca vi ninguém pedir autocrítica pelos desempregados, violência na periferia, pela violência contra a mulher. Eu ouvia dizer que o PT é o partido mais corrupto do mundo e que o Lula é ladrão. Se tem ladrão nesse país, são as pessoas que me condenam, que me prenderam. Eu estou na luta para conquistar o direito de voltar a governar esse pais”, disse.

Lula defende que PT dialogue com toda a oposição ao governo Bolsonaro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste sábado, 8, em conversa com mais de 90 acadêmicos e intelectuais que precedeu a comemoração dos 40 anos do PT, no Rio, a ampliação do diálogo político de oposição ao governo Jair Bolsonaro para além do campo da esquerda. “Tem que ampliar a voz para a sociedade”, disse Lula, segundo relatos de participantes do evento.

Na véspera, a direção nacional do PT aprovou uma política de alianças para as eleições deste ano que prioriza os partidos de esquerda (PSB, PDT, PC do B, PSOL, Rede, PCO e UP) mas abre a possibilidade de composições pontuais com adversários, como os partidos do Centrão, e diferencia DEM e PSDB – classificados como “ultraneoliberais” – das legendas que apoiam Bolsonaro – chamadas de “extrema direita”.

O discurso de Lula vai na mesma linha de alguns dos participantes de uma mesa que reuniu representantes do PT, PSB, PDT, PC do B e PSOL como parte das comemorações, entre eles o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e Manuela D’Avila (PCdoB).

Estadão Conteúdo