Carnaval de rua de São Paulo cresce e explode na capital


Nem parece que faz tão pouco tempo assim, mas há sete carnavais, nessa mesma época, cerca de 30 blocos oficiais e independentes davam os primeiros passos para transformar o carnaval de rua de São Paulo no que é hoje: um dos maiores do Brasil. Concentrados majoritariamente nos bairros da região central da capital paulista, esses grupos começavam a endossar uma festa tímida, que já acontecia na cidade desde os anos 1920, mas ainda era pouco divulgada e autônoma.

De 2013 para cá, é visível que o paulistano foi sendo conquistado, ano a ano, pela folia nas ruas, gratuita, e livre das regras das festas fechadas de clubes e do sambódromo. Os números ajudam a ilustrar o movimento crescente: em 2020 serão 644 blocos autorizados pela Prefeitura Municipal (180 a mais do que no ano passado) a realizarem 678 desfiles (um bloco pode desfilar mais de uma vez), tornando este o maior carnaval que a cidade já presenciou. A expectativa é de que o evento atraia 15 milhões de pessoas.

“O paulistano era muito carente de eventos na rua e de Carnaval. Nesse sentido, a gente se ‘descolava’ do que era o Brasil. Parecia que o paulistano não era brasileiro”, analisa um dos fundadores do Bloco Casa Comigo, Raul Silêncio. “Mas de uns anos para cá, dá para ver que as pessoas estão deixando de viajar e curtindo o próprio Carnaval”.

Deixe um comentário