Com “queda brutal” no faturamento, restaurantes buscam saída para crise

Presidente da Associação de Bares e Restaurantes de SP afirma que, se nada for feito, em 40 dias o setor pode cortar 3 milhões de vagas

Em meio à crise de circulação de pessoas, causada pela pandemia de coronavírus, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes(Abrasel) tenta negociar alternativas para o setor junto aos governos federal, estadual e municipal. Esta semana, o fluxo de pessoas nesse tipo de estabelecimento foi praticamente zero, o que representa uma “queda brutal” no faturamento desses negócios, segundo a entidade.

Obedecendo aos protocolos de saúde recomendados pelos médicos, para garantir a segurança de funcionários e clientes, a associação defende a manutenção dos serviços de bares e restaurantes, ainda que com operação reduzida. “Algumas atividades econômicas precisam ser mantidas: hospitais, farmácias, transportes, bem como bares e restaurantes, que atendem 80% da população”, afirma Percival Maricato, presidente da Abrasel São Paulo.

Em paralelo, a Abrasel negocia com o governo federal a liberação de uma verba de financiamento para o setor, de modo que os empresários consigam pagar a remuneração dos funcionários por 90 dias, no mínimo. Segundo a associação, bares e restaurantes somam 1 milhão de estabelecimentos no Brasil, empregando, ao todo, cerca de 6 milhões de funcionários.

“Sem ajuda, se os estabelecimentos ficarem sem faturar 20 ou 30 dias, veremos uma quebradeira e os empresários vão ter que colocar na rua boa parte dos funcionários”, diz Maricato. A Abrasel estima que, se nenhuma medida emergencial for tomada, 3 milhões de vagas podem ser cortadas nos próximos 40 dias. Caso o fechamento se estenda por 50 ou 60 dias, o número pode subir para 4 milhões.

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