Arquivo diários:24/03/2020

Tudo o que você precisa saber sobre o coronavírus no Brasil

Tire suas dúvidas sobre como agir em relação a prevenção, transmissão e cura do novo coronavírusMarina Teodoro
Marina Teodoro

Com o avanço do novo coronavírus, que começou a se espalhar em Wuhan, na China, e passou a ser transmitido em ritmo acelerado em outros países e continentes, o mundo está em estado de alerta – ainda mais após a declaração de situação de pandemia, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por ser uma doença nova, ainda há muitas dúvidas sobre a disseminação, sintomas, cuidados e cura da covid-19. Abaixo seguem as respostas para as principais perguntas sobre o tema de acordo com os canais oficiais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, do Ministério da Saúde e da OMS. Confira:

O que é coronavírus?

O coronavírus vem de uma família de vírus que provoca infecções respiratórias. No momento, o mundo passa por uma pandemia do novo coronavírus, que teve início em 31 de dezembro de 2019 na China e passou a ser transmitido pelo mundo todo. O coronavírus provoca a doença que leva o mesmo nome, ou covid-19.

Conhecidos desde meados de 1960, os coronavírus costumam causar doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Contudo, alguns podem causar doenças graves com impacto em termos de saúde pública, como o que está sendo transmitido agora.

Quais são os principais sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes aos de um resfriado. Em alguns casos, podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.

Sintomas comuns: 

  • Coriza
  • Tosse
  • Cansaço
  • Dor de garganta

Sintomas graves:

  • Febre alta
  • Pneumonia
  • Insuficiência respiratória aguda

Os sintomas podem aparecer entre 1 e 12 dias após a exposição ao vírus.

O que é o “período de incubação”? Quanto tempo dura no caso do coronavírus?

Esse é o intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas. No caso do coronavírus, esse período pode durar de um dia até duas semanas (14 dias).

Como acontece a transmissão? Aperto de mão, beijo e abraço podem passar o vírus?

O vírus causador da covid-19 pode se propagar por meio de gotículas do nariz ou da boca, via tosse ou espirro, por exemplo. Ainda há estudos que avaliam se a doença pode ou não ser transmitida pelo ar.

Por enquanto, o que se tem certeza é que a transmissão ocorre por contato com:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão com pessoa infectada;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Dessa forma, aperto de mão, beijos e abraços, normalmente usados para cumprimentos, pelos brasileiros, devem ser evitados.

Existe vacina para prevenção ao coronavírus?

Até o momento, não. No entanto, há esforços de cientistas ao redor do mundo, incluindo no Brasil, que já iniciaram pesquisas para desenvolvimento de vacina. Ainda é precoce indicar se e quando ela estará disponível.

O coronavírus pode matar?

Em caso de complicações da infecção, como por exemplo, insuficiências respiratórias, o óbito pode ocorrer. No entanto, a maioria dos casos não leva à morte.

Como se prevenir? É preciso parar de sair na rua? Como higienizar o corpo, objetos e ambientes?

Segundo o Ministério da Saúde, as orientações devem ser adaptadas pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade local. “Não há uma regra única para todo o país. Cada região deve avaliar com as autoridades locais o que se deve fazer caso a caso. Neste momento, nós não temos o Brasil inteiro na mesma situação, por isso é importante analisar o cenário de casos e possíveis riscos”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

De maneira geral, as principais recomendações e que devem ser seguidas por todos são:

  • Lave bem as mãos com água e sabão, incluindo dedos, unhas, punho, palma e dorso, por 20 segundos e seque, preferencialmente, com toalhas de papel descartáveis.
  • Na falta de água e sabão, use álcool em gel para higienizar as mãos. O mesmo produto pode ser utilizado para limpar e objetos pessoais ou de uso coletivo, como celular, teclado, maçaneta, etc.
  • Ao espirrar ou tossir, cubra o nariz e boca com um lenço descartável ou com o antebraço.
  • Evite aglomerações, assim como deslocamentos e viagens, principalmente se estiver doente.
  • Mantenha os ambientes bem ventilados.
  • Evite tocar o rosto com as mãos sem lavá-las.
  • Para a limpeza doméstica, dê preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies.
  • Para a higienização das louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível lavar.

Posso sair à rua para caminhar, correr ou passear com o cachorro?

Exercícios físicos ao ar livre estão permitidos, mas não em grupo, segundo o Ministério da Saúde. Se for uma corrida ou caminhada e tiver aglomeração, a pessoa já estará numa situação não recomendada. O mesmo vale para o passeio na rua com o cachorro. Pode fazê-lo desde que respeite a regra de evitar aglomerações e contato.

O que fazer em caso de sintomas? Devo ir ao hospital
Em caso de suspeita de coronavírus, o Ministério da Saúde recomenda evitar ao máximo sair de casa. O paciente só deve procurar o serviço de saúde quando houver problemas mais sérios que necessitem de cuidados especiais, como dificuldade para respirar. 

Na maioria do caso, o recomendado é:

  • Repouso;
  • Evitar ao máximo sair de casa e ter contato com outras pessoas para não transmitir o vírus;
  • Hidratação (ingestão de bastante água e líquidos);
  • Uso de medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de umidificador no quarto; tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Como é feito o diagnóstico da covid-19?

O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz). O procedimento deve ser realizado em uma unidade de saúde.

As amostras são encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), definido pelo Ministério da Saúde para cada região.

Quais os cuidados em caso de isolamento domiciliar? Como a família deve lidar?

Nessa condição, quando há recomendação médica para isolamento domiciliar, o paciente deve ser mantido em casa, recebendo cuidados como hidratação e repouso. Os familiares devem tomar as precauções já indicadas, como evitar compartilhamento de objetos pessoais, contatos com secreção do paciente e higienização constante das mãos e do ambiente.

O que fazer se tive contato com um paciente suspeito?

Valem as dicas básicas de cuidados de prevenção e prestar atenção em eventuais sinais ou sintomas.

É preciso usar máscaras

No momento, não há recomendação para uso de máscaras para a população em geral. Quem estiver saudável, não precisa se preocupar. 

Segundo o Ministério da Saúde, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus.

Que cuidados deve tomar quem usa transporte público, como ônibus, trens e metrô?

Não é necessário usar máscaras, no momento. As recomendações são para cada pessoa seguir e repassar a amigos e familiares as dicas de prevenção, sobretudo a higienização das mãos.

Há medida de restrição ou bloqueio a pessoas vindas de outros países?

No dia 19 de março, o governo brasileiro anunciou o fechamento das fronteirasterrestres com Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa; Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Suriname. Contudo, o Ministério da Justiça, ressalta que o fechamento vale para fronteiras físicas, e não atinge quem viaja de avião.

As restrições não são válidas para brasileiros, imigrante com residência definitiva no território brasileiro e profissionais estrangeiros que atuam em organismos internacionais.

Os aeroportos continuam funcionando normalmente. Até o momento, o governo federal não definiu medidas nesse sentido.

Também não há nenhuma medida de monitoramento de temperatura de pessoas vindas da China ou de outro país com registro de covid-19, já que, segundo o Ministério da Saúde, não há impacto efetivo no procedimento, tendo em vista que as pessoas podem chegar ao Brasil sem sintomas.

Há restrições para comprar mercadorias vindas de países com casos da doença?

O vírus tem vida de 24 horas. Tudo que vem da China, por exemplo, demora mais que esse período para chegar ao Brasil. Por enquanto, não há indícios ou evidências de que seja necessária evitar a importação de produtos.

Qual é a orientação para quem tem viagens marcadas para China ou outros países com registro da doença?

O Ministério da Saúde orienta que essas viagens sejam realizadas apenas em casos de extrema necessidade. Essa recomendação vale até que o quadro todo esteja bem definido.

Como o cenário internacional do coronavírus é dinâmico, o Ministério está atualizando as áreas com transmissão local de acordo com as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) neste link.

Antes de viajar, vale ficar atento nas fronteiras de cada país. Até o momento, mais de 40 nações decidiram fechar as fronteiras – medida que ainda não foi adotada no Brasil -, impedindo turistas de voltarem para casa.

É o momento de estocar alimentos?

Até o momento, não há nenhuma recomendação das autoridades de saúde sobre estocagem de alimentos. O Ministério da Saúde, no entanto, afirma que é possível que famílias armazenem produtos de higiene como uma medida de prevenção. No caso das crianças, recomenda-se que os pais ou responsáveis adquiram fraldas e outro produtos em uma maior quantidade para que se evite aglomerações em supermercados e farmácias.

Quais remédios devo usar para tratar os sintomas?

O governo pede que as pessoas comprem antecipadamente e tenham em suas residências medicamentos para a redução da febre, controle da tosse, como xaropes e pastilhas, além de medicamentos de uso contínuo.

A OMS chegou a fazer uma recomendação sobre evitar – em casos em que o uso dos medicamentos não tenha orientação médica – o ibuprofeno para tratar possíveis sintomas de covid-19. Mas voltou atrás e retirou a restrição, liberando o uso.

Qual a taxa de letalidade da doença?

Apesar de não haver um dado oficial, informações mais recentes da OMS mostram que, na China, a taxa era de 3,5%, equanto em outros países o percentual registrado foi de 1,5%.

Animais podem contrair ou passar a doença?

Não há, até o momento, nenhuma evidência de que a transmissão do novo coronavírus aconteça por meio de animais de estimação domésticos. Também não há evidências de que cães e gatos podem contrair a covid-19. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) informa que “a propagação atual da covid-19 é o resultado exclusivo da transmissão entre seres humanos”.

Existe cura para o coronavírus?

A OMS junto de outros órgãos de saúde ao redor do mundo somam mais de 30 mil casos de pacientes que já se recuperaram da doença, segundo um levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Devo fazer quarentena?

Também não há nenhuma determinação do governo federal que regulamente a quarentena quando não há a recomendação médica. No entanto, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, esclareceu que o isolamento e a quarentena são medidas de saúde pública para o enfrentamento ao coronavírus no país.

“O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das pessoas, ele é um ato de civilidade para proteção das outras pessoas. Já a quarentena é uma medida restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. Essas são medidas de saúde pública”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde

Bolsonaro assinou MP sem ler por “confiança” em Guedes

O relato foi feito por interlocutores do Palácio do Planalto que tentaram, ao longo da tarde, apagar mais um incêndio provocado pelo governo

Depois de sofrer duras críticas do Congresso e das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro ficou “muito irritado” ao saber, na manhã desta segunda-feira (23) que uma redação “equivocada” do artigo 18 da Medida Provisória 927 definiu a suspensão do contrato de trabalho, por até quatro meses, sem pagamento de salário. O relato foi feito por interlocutores do Palácio do Planalto que tentaram, ao longo da tarde, apagar mais um incêndio provocado pelo governo no momento de pandemia do novo coronavírus.

A auxiliares, Bolsonaro teria demonstrado inconformismo com a “saraivada” de críticas recebidas especialmente do Congresso, por um erro que não seria dele. O presidente contou ter “confiado” no texto que sua equipe de governo lhe repassara para assinar. À exceção de entidades empresariais, os ataques vieram dos mais partidos, centrais sindicais e das redes sociais.

Até o início da noite não tinha circulado ainda o nome do “responsável pelo equívoco”, já que cada parte envolvida na elaboração da MP tirava o seu corpo fora do problema e repassava a terceiros. Em meio ao jogo de empurra, a suspeita inicial no Palácio recaiu em “algum” setor do Ministério da Economia, possivelmente uma da secretaria da pasta.

Jair Bolsonaro disse não se conformar com a publicação da MP sem prever compensação aos trabalhadores. O “equívoco” lhe causou enormes prejuízos não só políticos, mas entre a classe trabalhadora, que se viu totalmente desprotegida e abandonada. Quando se deu conta do estrago político, Bolsonaro foi ao Twitter, no final da manhã, avisar que revogaria a medida. Naquele momento, a hashtag #BolsonaroGenocida já tinha disparado.

O presidente disse, ainda segundo os auxiliares, que não era possível deixar os trabalhadores sem qualquer proteção em uma situação crítica. Afinal, contaram, ele tem enfrentado inclusive governadores e reclamado de ações adotadas por eles que podem colocar em risco empregos e meios de sobrevivência da população.

Brasil usará aviões da FAB para resgatar brasileiros no PERU, MÉXICO, EQUADOR E PORTUGAL

O governo vai recorrer à Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar cidadãos brasileiros no exterior, que estão impedidos de voltar para o Brasil em razão do fechamento das fronteiras pelos países para combater o coronavírus. Na manhã desta terça-feira, dois aviões C-130 (Hércules) decolam do Rio de Janeiro em direção a Cusco, no Peru. A possibilidade de serem usados aviões da FAB foi antecipada, mais cedo, no site do GLOBO.

Com previsão de chegada na quarta-feira, cada uma das aeronaves levará uma equipe médica e material de defesa biológica. Serão repatriados brasileiros que se encontram isolados e enfrentando dificuldades naquela localidade, em atuação coordenada com o Itamaraty. Estima-se que haja cerca de 200 pessoas presas em Cusco, que não conseaguir voltar para o Brasil.

Existem cerca de 6 mil brasileiros impedidos de retornar ao Brasil espalhados em todo o mundo. Estão em situação mais crítica cidadãos que estão em Portugal, Peru, México e Equador e tentam voltar para casa há mais de uma semana, quando as medidas adotadas pelos governos começaram a vigorar.

Desde então, o Itamaraty vem tentando negociar com as companhias aéreas a abertura de voos para trazer de volta os brasileiros. Os resultados, porém, estão aquém do esperado.

O Itamaraty pediu R$ 12 milhões ao Ministério da Economia, para fretar aviões que possam fazer o resgate. Mais cedo, a expectativa era que a liberação fosse anunciada ainda nesta segunda-feira, o que não aconteceu.

Nos últimos dias, pelo menos 2 mil brasileiros conseguiram embarcar em voos de carreira, mas o número ainda é pequeno, diante da quantidade de pessoas que aguardam uma solução, muitas das quais sem dinheiro para comer ou lugar para se hospedar.

– Estamos presos aqui há mais de uma semana, com o fechamento das fronteiras. Já preenchemos vários formulários e o que temos são desinformações e desencontros. Meu filho está sofrendo com a altitude, pois tem retração de tímpano. Aqui há pessoas sem dinheiro, dormindo de favor na casa de pessoas generosas, sem terem o que comer. Há pessoas com doenças graves. Chegamos ao limite – afirmou Marco Evangelista, policial civil que está em Cusco com a mulher e o filho de 11 anos.

O GLOBO

Presidente incentiva população frequentar restaurantes – e não é no Brasil

“Mexicanos, vamos em frente e não deixem de sair”. Com esta frase, o presidente Andrés Manuel López Obrador convida a população mexicana em um vídeo publicado pelo jornal Clarín, a sair às ruas, frequentar restaurantes e ir a pousadas, apesar da pandemia do novo coronavírus.

No vídeo, Obrador ainda exalta a etnia dos mexicanos, afirmando que são um “grupo étnico forte, resistente a estes tipos de calamidades”.

O presidente mexicano também aconselha as pessoas que tem melhor poder aquisitivo, que assim “aproveitem, levem suas famílias aos restaurantes”, movimentando a economia do país e “não se deixando levar pelos alardes extremistas”.

“Sigam com sua vida normal e fiquem tranquilos que o presidente dirá quando não for seguro”, disse.

López Obrador recentemente se recusou a fechar a fronteira com os Estados Unidos. Ele também se recusou a declarar uma quarentena no país e se vangloria de ter um trevo para “dar sorte”.

“Eu respeito a decisão de outros países, mas não precisamos disso (sobre a quarentena).

Enquanto a maioria dos países que enfrentam a pandemia do covid-19 recomendam distanciamento social, que as pessoas fiquem nas suas casas e não frequentem locais com aglomeração, no México a história contada pelo líder do país é completamente outra.

Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaroafirmou em várias oportunidades que não se pode agir com “histeria” na crise relacionada à nova doença.

Na última sexta-feira, 20, em videoconferência com representantes da iniciativa privada, Bolsonaro disse que a economia brasileira não pode parar.

O presidente também enfatizou que não procedem “decisões” de autoridades locais que visam o fechamento de aeroportos ou estradas, porque teriam enorme impacto econômico.

“Desde o começo, eu, como estadista, tenho falado ao Brasil: ‘não podemos entrar em pânico, temos que tomar as medidas que forem necessárias, mas sem histeria’. Este é o exemplo que eu procuro dar em todas as ações que eu tenho falo para frente”, disse.

O governador do Estado de São Paulo João Doria Jr. vem criticando a postura de Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus. Ao responder a uma pergunta sobre a declaração do presidente, que disse que a covid-19 seria uma “gripezinha”, desmecerendo a gravidade da doença que já atinge mais de 160 países e contagiou mais de 200 mil pessoas, Doria disse que gostaria que o país tivesse um presidente que liderasse o Brasil durante essa crise de saúde pública.

Brasil registra 1891 casos e 34 mortes pelo coronavírus

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um caso da doença, segundo o Ministério da Saúde

O Brasil está com 1891 infectados pelo coronavírus (causador da doença Covid-19), segundo balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 23. O número de mortes subiu de 25 para 34, um aumento de 36% em apenas um dia.

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um caso da doença. São Paulo tem 745 casos e já registrou 30 mortes pela Covid-19. Entre estes casos está o de um jovem, do sexo masculino, de 33 anos que tinha doença pré-existente. Outra vítima tinha 49 anos. As demais mortes são de pessoas acima dos 60 anos.

Coronavírus: PL de Rafael Motta pede suspensão dos prazos para concursos públicos

O deputado federal Rafael Motta (PSB/RN) apresentou, nesta segunda-feira (23), um projeto de lei pedindo a suspensão dos prazos relativos aos concursos públicos de todo o Brasil em razão da pandemia causada pelo Covid-19 (Coronavírus).

De acordo com o texto, fica suspensa a validade dos certames realizados e não finalizados em todo o território nacional, independentemente da homologação. A medida é válida até o termino do estado de calamidade pública estabelecido pela União.

“São necessárias medidas que busquem atenuar os impactos dessa crise na população. Suspender os prazos desses concursos é resguardar a administração pública e perseverar o direito dos candidatos”, justifica o parlamentar.

Coronavírus: Em São Gonçalo, prefeitura usará CER para instalar hospital de campanha com 100 leitos


Foto: Wendelle Jefferson

O prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Paulo Emídio, divulgou ontem (22) em suas redes sociais, que a prefeitura usará o prédio recém-construído do Centro Especializado em Reabilitação (CER), para montar um hospital de campanha com capacidade para 100 leitos para pacientes com coronavírus no município. A proposta está sendo avaliada pelo Comitê Gestor de Prevenção e Enfrentamento ao COVID-19, junto com o Ministério Público.

A ação é mais uma medida de enfrentamento ao Covid-19, caso pacientes de São Gonçalo sejam infectados com o novo coronavírus. Atualmente, de acordo com dados da Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap/RN), o município possui quatro casos suspeitos de COVID-19.

“Estamos mobilizados, monitorando a situação a todo momento e anunciando medidas de prevenção e combate, indo além das nossas possibilidades. Nossa missão é cuidar e proteger a população neste momento de calamidade mundial”, disse.

O prefeito também ressaltou as medidas individuais que a população pode tomar para combater doença, como permanecer em casa, evitar o contato social, manter a higiene pessoal com água e sabão e preservar os grupos de risco.