Arquivo diários:26/03/2020

Quais contas os consumidores devem requerer a liberação do pagamento diante da crise do Covid-19 ?

Por Cyrus Benavides

A primeira grande resposta é que deve existir bom senso entre quem paga e quem recebe, em um momento de pandemia que está desestabilizando financeiramente todos os envolvidos nas relações de consumo.

​No que diz respeito às escolas, as respostas são várias. A lei de diretrizes e bases da educação em seu artigo 32, permite a suspensão das aulas em razão do que estamos vivenciando, com a possibilidade de antecipação das férias, ou criação de mecanismos de ensino a distância, e ainda que a mesma possa repor posteriormente a carga horária não cumprida. Então não podemos pelo simples fato da suspensão das aulas, deixarmos de pagar as mensalidades.

Mas de início, já há de se compreender que mensalidades extracurriculares como esporte, arte e cultura, já devem ser suspensas por questão de bom senso e em razão da não prestação do serviço. Temos como exemplo a rede de colégio Marista que já anunciou a suspensão da referida cobrança dessas atividades extras e devolução daqueles que já tenham efetuado esse pagamento.

Na mesmo entendimento devem ser negociados com desconto ou suspensão temporária da mensalidade das crianças do ensino infantil, e nos casos de berçário que seja rescindido o contrato sem cobrança de multa. São casos atípicos em que não há possibilidade de mecanismo de aula a distância.

Alguém já parou para pensar que diversos gastos como por exemplo energia elétrica estão sendo suportados pelos pais em suas residências nesse período de confinamento?

Que por mais que a escola seja vítima desse colapso, vários dos seus serviços não estão sendo ofertados conforme contrato de prestação educacional assinado pela escola e pelos pais e mães contratantes?

As escolas e universidades devem recorrer ao bom senso e se antecipar nas providências de suspensão ou desconto no valor de mensalidades. Caso contrário, serão demandadas numa infinidade de ações judiciais, que só abarrotam o judiciário e causam desgaste as partes.

As taxas condominiais devem ser pagas normalmente, mesmo com as proibições de uso das áreas comuns, como exemplo: academia, piscina, quadra, brinquedoteca? Entendemos que devem ser cobradas normalmente, pois os custos se mantem e no futuro pode vir a existir algumas compensações em favor dos condôminos.

Quanto aos bancos, estes já começaram a seguir soluções para a crise econômica do Covid-19. Há poucos dias em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que bancos podem suspender até duas prestações de financiamento de imóveis e veículos por 60 dias, além da negociação de outras dívidas.

Dentre as instituições estão os bancos: Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. A Caixa permite que financiamentos com até duas parcelas em atraso sejam congelados. Já para os outros bancos, os cidadãos devem estar com todas as prestações pagas até o momento.

Vale frisar ainda que os consumidores precisam requerer formalmente o pleito de tal suspensão, pois os que não solicitarem serão considerados inadimplentes em caso de não pagarem as referidas parcelas. E ainda fica a dica que tal requerimento seja feito pelos canais de aplicativos ou telefônicos, afim de se evitar a presença nas agências bancárias.

A conclusão é que mesmo que nenhum de nós consiga sair ileso dos prejuízos do Coronavírus, o consumidor precisa ficar ainda mais atento ao exercício dos seus direitos, nesse período de crise. Talvez o termo “negociar” nunca esteve tão em alta e seja o segredo para atravessarmos essa tempestade nebulosa.

Cyrus Benavides/Advogado e Especialista.

Professor Universitário e ex-coordenador Geral do Procon Estadual do Rio Grande do Norte.

Pacote ‘de guerra’ do governo para manter empregos vai custar R$ 36 bilhões


Por Ana Flor

Jornalista, comentarista da GloboNews.

A equipe econômica finaliza os detalhes de um pacote para ajudar na manutenção de empregos no país durante a crise do coronavírus. O valor será de pelo menos R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três meses.

Segundo informaram ao blog fontes da equipe econômica, o pacote cria faixas para que o governo subsidie progressivamente o pagamento dos salários, de forma a manter a renda dos empregados e permitir que as empresas não quebrem, em especial micro e pequenos estabelecimentos.

O plano é subsidiar até 80% dos empregos formais no país. Os valores seriam uma espécie de antecipação do seguro-desemprego, mas não iriam ser descontados dos valores a que o empregado teria direito no futuro, caso perca o emprego.

Para os trabalhadores informais, o governo criou uma espécie de voucher, que aguarda aprovação do Congresso. O valor inicial de R$ 200 reais deve ser aumentado para pelo menos R$ 300 para cada trabalhador sem renda formal.

O novo pacote será enviado ao Congresso por meio de medida provisória, para passar a valer imediatamente e servir para as empresas poderem arcar com encargos trabalhistas já no início de abril.

Empresas menores, dos setores mais fragilizados, que estiverem fechadas e não tiverem condições de manter empregos, poderão ter 100% dos salários bancados pelo governo.

Para outras, a redução de jornada será compensada pelo fundo federal, de acordo com o valor de hora-salário do trabalhador.

Nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo, afirmou uma das fontes.

A estratégia, chamada dentro do governo de um plano de “pré e pós-guerra”, é acalmar os setores produtivos e evitar demissões em massa já na próxima semana.

‘Invisíveis’

Em uma teleconferência com uma instituição financeira na manhã desta quinta-feira (26), o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou que o governo se preocupa em melhorar o atendimento aos trabalhadores informais e pessoas que recebem benefícios de programas sociais.

Segundo ele, o foco prioritário no momento é melhorar a eficiência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que os benefícios sejam concedidos com agilidade e não haja a necessidade de que beneficiários se dirijam fisicamente até as agências.

“O INSS é um dos maiores pagadores de benefícios do mundo, mas atende as pessoas mais vulneráveis do país. Preocupa muito a ida das pessoas até as agências, então é preciso lembrar que todos os serviços são virtuais hoje”, afirmou.

Bianco disse que há 10 milhões de pessoas “invisíveis” atualmente, que são aquelas que nunca deram entrada em programas do governo e, por isso, não fazem parte de cadastros. Atingir essas pessoas, muitas sem contas bancárias, é um desafio para a equipe do governo.

O Bianco ouviu de gestores e empresários que já na próxima semana podem ocorrer demissões em massa, porque as empresas não terão recursos para pagar salários.

O secretário afirmou que ainda nesta semana o governo deverá enviar ao Congresso a medida provisória com ações para defender empregados e empregadores. “Não demitam, confiem no governo”, pediu Bianco.

“Vamos acabar com o Brasil”, diz Marcelo de Carvalho sobre quarentena


Muitos famosos estão usando as redes sociais para falar sobre o isolamento social que o Brasil está vivendo por conta do coronavírus. Ontem (25), Marcelo de Carvalho, que é um dos sócios da RedeTV!, compartilhou um vídeo em seu perfil no Twitter em que falou sobre a quarentena e aproveitou para criticar as decisões de governadores.

Em sua visão, ele acredita que a pandemia pode colapsar a economia brasileira e deveria ser encerrada. “A gripe comum não mata 20 mil, os dados da Organização Mundial da Saúde, dizem que a cada ano, a gripe mata entre 300 e 650 mil pessoas por ano, não é 20 mil, são 650 mil e nunca vocês ouviram falar que cidades inteiras, que estados inteiros, que países inteiros param por causa da gripe, repito 650, 500, 400, 650 mil pessoas todo ano. E não é uma gripe especial não, são as gripes chamadas de sazonais, as famosas gripes de inverno”, disse Marcelo de Carvalho.

O vice-presidente da RedeTV! ainda ainda informou que a atitude pode quebrar o Brasil. “Você sabe o que vai acontecer? Vai começar a mandar gente embora, nós corremos o risco de entrar num colapso, numa destruição, numa depressão como foi a grande depressão de 1929 nos EUA. Eles, por exemplo, agora estão com um pacote de R$ 2 trilhões para ajudar a economia. Nós estamos no Brasil e nossa economia vinha de mal a pior, agora que tinha começado a levantar Gente, vai acabar com o país”, continuou.

IstoÉ

Coronavírus: Putin fecha comércio e escolas e adia reforma da Constituição

Medidas são anunciadas no dia em que a Rússia registra 182 novos casos de Covid-19, elevando o total no país a 840, e as duas primeiras mortes


Revista Veja

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou o fechamento de fábricas, escolas, bares, lojas, parques e voos internacionais e adiou a votação final da reforma Constitucional para combater a propagação da Covid-19a doença causada pelo novo coronavírus. Moscou registrou um aumento de 182 casos diagnosticados nas últimas 24 horas.

Os hospitais, farmácias, bancos, supermercados, transportes públicos e restaurantes que entregam comida em casa continuarão funcionando normalmente. A medida para o comércio e as escolas é válida por uma semana. Os voos internacionais e o pleito sobre a reforma Constitucional não receberam uma nova data. “Vocês sabem que isso (a reforma) é um assunto muito importante para mim (…) Mas, como eu já disse antes, nossa prioridade absoluta é a segurança da população”, disse Putin, referindo-se à mudança que permitirá ao líder russo se manter no poder até 2036.

O governo russo estava sendo contestado pela oposição, que alegava que Moscou estava encobrindo os casos de coronavírus no país. Mas, na terça-feira 24, as autoridades reconheceram não ter uma “percepção clara” do avanço da doença no país. Na quarta, a Rússia registrou as duas primeiras mortes por coronavírus.

O presidente pediu disciplina aos russos e aconselhou a população a ficar em casa. “O que está acontecendo em inúmeros países ocidentais, tanto na Europa como no exterior, pode ser o nosso futuro imediato”, alertou.

Decreto de Bolsonaro não gerou eficácia, igrejas continuam fechadas

O presidente Jair Bolsonaro autorizou que atividades religiosas e atendimento em casas lotéricas sejam realizados. A determinação veio após Bolsonaro editar um decreto nesta quinta-feira (25), passando a considerar os serviços como essenciais, mas até agora o Decreto Presidencial não gerou efeitos.

A decisão vai contra diversos estados e o Distrito Federal. No DF, por exemplo, o governador Ibaneis Rocha já havia determinado na semana passada que templos religiosos não deveriam funcionar. Apesar da medida de Bolsonaro, a decisão na capital continua valendo e as igrejas devem permanecer fechadas, a princípio. A informação é do próprio GDF.

Quanto às casas lotéricas, o governo e a Caixa Econômica Federal afirmam que a decisão de abrir ou não vai de cada casa. No DF, a maioria delas não estão funcionando.

O dízimo da morte deve ser uma invenção do Satanás

O presidente Jair Bolsonaro passou todos os limites da irresponsabilidade ao incluir as igrejas na lista de atividades consideradas essenciais que estão autorizadas a funcionar durante o estado de calamidade em vigor pela epidemia de coronavírus. Permitir que as igrejas que funcionam em recinto fechado num estado declarado de pandemia é um atentado à saúde dos brasileiros.

A mudança, feita por alteração no decreto que trata dos serviços essenciais, foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. Na noite anterior, no entanto, o presidente já havia anunciado que atenderia o pedido do deputado Mauro Pereira (MDB-RS), com quem esteve no Palácio do Planalto, mas não mencionou as igrejas.

“Agora isso veio para nós e vocês vão poder trabalhar em paz”, disse em vídeo postado nas redes sociais.

O Blog do Primo transcreve o lúcido, pertinente e corajoso artigo da jornalista Thaísa Galvão parabenizando pelo seu texto.

Witzel: Se suspender isolamentos, União deve assumir mortes

Governador do Rio prevê ainda ‘caos financeiro pela letargia do governo federal em fazer o que tem que ser feito’
Daniela Amorim

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel(PSC), defendeu que, se o governo federal quer suspender o isolamento das pessoas em meio à pandemia de coronavírus, que o faça pelas vias oficiais – como um decreto ou uma determinação do ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) aos secretários estaduais de Saúde, por exemplo – e assuma, assim, a responsabilidade pelas mortes que serão provocadas pela doença no País. A declaração foi feita por Witzel nesta quinta-feira, 26, em entrevista à rádio CBN.

Situação é muito grave, além do descontrole da pandemia estamos vivendo uma crise política que poderá afastar o Presidente da República

O momento em Brasília está muito nervoso. Além do coronavírus o Brasil está atravessando uma crise política que poderá culminar com a deposição do Presidente Bolsonaro.
Completamente isolado, Bolsonaro perdeu sua sustentação política com o Congresso Nacional e institucional com  Supremo Tribunal Federal.
Líderes dos grandes partidos já não frequenta o Palácio da Alvorada e do Planalto.

Militares do Alto Comando das Forças Armadas estão tentando encaminhar uma solução. Hoje já se fala em Brasília numa licença do Presidente Bolsonaro. O que está sustentando Bolsonaro é o bom senso e maturidade do generalato que trabalha no Palácio do Planalto.
O general Mourão foi aconselhado a ficar numa posição de total descrição.

Todos os esforços estão sendo feitos para que a solução tenha amparo na Constituição.
A solução política que está sendo defendida e negociada é que o Presidente Bolsonaro continue na Presidência sem governar.