Arquivo diários:16/04/2020

Absurdo: ala ideológica do governo montou “dossiê” contra Mandetta

A ideia comandada pelo “gabinete do ódio” era mostrar erros na condução da pandemia do coronavírus, para evitar que saísse como “vítima”
Até quando o povo brasileiro vai suportar os atos beligerantes deste cidadão?
Mateus Vargas, Jussara Soares e Vera Rosa

BRASÍLIA – Antes mesmo da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, o governo intensificou uma ofensiva nas redes sociais para atacar sua gestão. Na prática, um dossiê foi montado contra Mandetta, sob a supervisão do “gabinete do ódio”, núcleo ideológico que incentiva o presidente Jair Bolsonaro a adotar posições beligerantes nas mídias digitais. A ideia era mostrar que Mandetta cometeu erros na condução da pandemia do coronavírus, para que não saísse como “vítima” da crise.
A estratégia foi desenhada para desgastar a imagem de Mandetta desde que o confronto entre ele e Bolsonaro aumentou. Como mostrou o Estado, áreas técnicas do governo detectaram falhas na execução de medidas de combate à pandemia por parte do Ministério da Saúde, como a distribuição de respiradores que não estavam em perfeito estado para Estados como Amazonas, Amapá e Ceará.
No comando do “gabinete do ódio”, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos -RJ), filho “02” do presidente, foi um dos que sempre defenderam a saída de Mandetta. Na avaliação da ala ideológica, a permanência do ministro após a série de atritos com Bolsonaro foi um “tiro no pé”, que deve ser debitado na conta dos militares da Esplanada.

Emocionado, Mandetta se despede de equipe: “Não tenham medo”

Aos funcionários do Ministério da Saúde, deu um recado direto: “Não tenham medo, não façam um milímetro do que acham que não deveriam fazer”, afirmou. “Tenho a mais absoluta certeza que nós fizemos o bom combate até aqui. Vocês sabem que ministros passam, o que fica é o trabalho do servidor do Ministério da Saúde do Brasil.”
Em um discurso emocionado, Luiz Henrique Mandetta se despediu do Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira, 16. Recebido por aplausos de servidores da pasta, Mandetta fez um agradecimento a uma série de parceiros de trabalho no ministério, citando nome a nome o trabalho desempenhado.

Bolsonaro demite Mandetta da Saúde; Teich assume a pasta

Pressão da “ala ideológica” e insistência do ministro em seguir orientações da OMS irritaram o presidente

Apesar do trabalho aprovado por 76% da população, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, durante a crise do coravírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido nesta quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro. O próprio ministro confirmou a informação através do Twitter. “Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros”, escreveu Mandetta. A exoneração de Mandetta e a nomeação de Teich já foram publicadas no Diário Oficial da União

Mandetta: “Troca de ministro deve ocorrer hoje ou amanhã”

Ele repetiu que mudança será feita ‘com todo cuidado’: ‘Para amparar quem quer que seja que venha para cá. Não fazer movimento brusco… eu sou peça menor dessa engrenagem’
Mateus Vargas e Mariana Hallal

BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que a troca no comando da pasta deve ser feita nesta quinta-feira, 16, ou, “no mais tardar”, amanhã. “Mas, enfim, isso deve se concretizar”, afirmou.
Mandetta participa de uma videoconferência sobre enfrentamento à covid-19 promovida pela Iniciativa FIS, com especialistas e pessoas da indústria da saúde. “Esse vírus não negocia com ninguém. Aqueles que não querem entender que ele é extremamente agressivo ao sistema de saúde, acabam ficando preso a análises deles, do organismo individual das pessoas. Sendo que ele é muito mais letal ao sistema de saúde do que ao indivíduo”, disse Mandetta.
O ministro afirmou que ele e sua equipe terão “todo o cuidado” para conduzir a troca de comando na Saúde. “Para amparar quem quer que seja que venha para cá. Não fazer movimento brusco… eu sou peça menor dessa engrenagem”, disse. “O serviço continua.”

Em meio da pandemia vale tudo: Planalto prepara dossiê contra Mandetta, diz revista. Os “podres” estão vindo

Enquanto o mundo combate o novo Coronavírus, os militares do Palácio do Planalto preparam dossiês para emporcalhar Luiz Henrique Mandetta.

Diz a Veja:

“No Comitê de Crise criado no Palácio do Planalto para traçar estratégias de ação contra a pandemia do coronavírus, um grupo de servidores cumpre há dias uma missão classificada como sigilosa: revirar dezenas de contratos assinados recentemente pelo Ministério da Saúde com empresas prestadoras de serviço (…).

O grupo é integrado por espiões da Abin e militares do Exército e busca provas de irregularidades no Ministério da Saúde.

Os alvos da investigação, em princípio, são dois ex-deputados do DEM, que centralizariam informalmente todas as grandes compras da Pasta. Não por coincidência, ambos, além de correligionários, também são amigos do ministro Luiz Henrique Mandetta.”

O Antagonista

RN registra 400 casos confirmados de coronavírus com óbitos


A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte(Sesap) divulgou no fim da manhã desta quinta-feira(16) a atualização do boletim epidemiológico do novo coronavírus no estado. São 400 casos confirmados, 2232 suspeitos, 2207 descartados e um total de 20 mortes, uma a mais que o registro do dia anterior.

No boletim epidemiológico anterior, divulgado nessa quarta-feira(15), o Rio Grande do Norte registrava 399 casos confirmados, 2.247 suspeitos, 2.155 descartados e 19 óbitos.

 

 

A pandemia da demagogia

Está ficando insuportável e nojento o comportamento de alguns legisladores com iniciativas demagógicas e populistas em Natal e alguns municípios do RN . Eles estão descaradamente aproveitando à pandemia como meio de auto-promoção.
Um festival de proselitismo ridículo puramente eleitoreiro que ultrapassa os limites da ética e do respeito ao povo que sofre com todas as consequências da ameaça à saúde e do desemprego.
Irresponsavelmente eles querem anistiar, suspender, prorrogar responsabilidades civis  sem estudos dos impactos econômicos e sociais provocados pelas suas ideias absurdas.
Estou venho à hora algum vereador ou deputado  propor que o estado ou município indenize a pessoa que contraiu o Covid-19, depois aposente por invalidez criando o Bolsa Coronavírus.

Bolsonaro começa a receber cotados para substituir Mandetta

Nelson Teich será recebido quinta-feira, 16 no Palácio do Planalto

Jussara Soares e Mateus Vargas

O presidente Jair Bolsonaro começa a receber, nesta quinta-feira, 16, no Palácio do Planalto cotados para substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O primeiro da lista é o oncologista Nelson Teich, que atuou na campanha eleitoral do presidente e tem apoio da classe médica. A decisão sobre o novo titular da Saúde, no entanto, ainda não está tomada, afirmam interlocutores do governo.

O oncologista tem o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), que referendou a indicação ao presidente, e possui boa relação com empresário do setor de saúde.

O argumento pró-Teich de parte da classe médica é o de que ele trará dados para destravar debates hoje “politizados” sobre o enfrentamento da covid-19. Integrantes do setor de saúde afirmam que a ideia não é ceder completamente a argumentos sobre uso ampliado da cloroquina ou de isolamento vertical (apenas para idosos ou pessoas em situação de risco), por exemplo. Dizem, porém, que há exageros na posição atual do ministério.

A possível demissão de Mandetta provocou uma corrida entre aliados de Bolsonaro para indicar o sucessor no comando da Saúde. Um dos nomes cotados é o da diretora Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar. A profissional tem o apoio do médico Antonio Luiz Macedo, cirurgião geral que acompanha o presidente desde que ele foi atingido por uma faca em ato de campanha, sem setembro de 2018. Questionada pelo Estado, a cardiologista negou convite do presidente. “Não fui convidada, não fui sondada. Sigo trabalhando normalmente”, disse na noite desta quarta-feira, 15;

Na lista de indicações para substituir Mandetta aparece ainda Claudio Lottemberg, presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein. Lottemberg, no entanto, preside o Lide Saúde, grupo ligado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro.