Arquivo diários:09/05/2020

Sebosos líderes metidos a evangélicos emitem nota empurrando o povo para morte

Os seguidores destes imbecis deveriam fazer seus isolamentos dentro das igrejas e quando estiverem morrendo pedir a Jesus um ventilador mecânico

Composta por muitos picaretas religiosos, entidade contestada e suspeita que reúne líderes de diversas igrejas evangélicas pelo país, a Coalizão Pelo Evangelho publicou um manifesto em que critica o “endeusamento da ciência”no combate ao coronavírus, além de apontar a existência de uma crise de autoridade no país.”Testemunhamos a triste politização e o endeusamento da ciência. Dentro da comunidade científica, que poderia e deveria se apresentar de forma mais objetiva, há conflitos de dados e interpretações sobre como tratar a pandemia”, afirma o texto, que tem o título “Pela Pacificação da Nação em Meio à Pandemia”.

Ele é assinado por 17 líderes auto denominados evangélicos de várias partes do país, muitos dos quais representam diversas igrejas em seus estados.

É um manifesto palhaço:

O papel da ciência tem sido frequentemente invocado no debate sobre as estratégias para vencer a Covid-19, inclusive entrando no debate político.

O termo era mencionado frequentemente, por exemplo, pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, ao defender a continuidade do isolamento social.

Outro que o repete a toda hora é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro.

A carta dos pastores e caçadores de dízimos não entra no mérito da discussão sobre flexibilizar ou não a quarentena, mas traz um forte lamento sobre as consequências econômicas e sociais das atuais medidas em vigor.

“A estratégia de contenção de propagação do vírus impôs outro grande desafio, que são seus inevitáveis efeitos colaterais sociais, sendo o mais nítido a degradação da economia, que apenas começava a se recuperar após anos de estagnação”, afirma o texto.

Além disso, alerta a carta, há problemas de ordem social, moral e psicológica.

“Também se percebe um crescente comprometimento na saúde mental de muitos brasileiros, no aumento da violência doméstica, do consumo de pornografia e no de perversões, tais como a pedofilia virtual ou intrafamiliar.”

Entre os signatários, há representantes de entidades como a Convenção Batista Reformada do Brasil, o Seminário Martin Bucer, de São José dos Campos (SP), a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife e a Visão Nacional para a Consciência Cristão, da Paraíba.

As lideranças pedem aos fiéis que sigam orando pelas autoridades federais, estaduais e municipais, e que haja cooperação entre todas as esferas de decisão, ao contrário do atual clima beligerante entre o presidente e governadores.

“Independente da posição política e ideológica de cada um, precisamos que haja um mínimo de entendimento e unidade para uma saída célere e eficaz da atual crise de saúde, econômica e política”, afirmam.

O manifesto conclama ainda que haja preces “por pacificação, pois o país precisa que o clima de conflito político e social chegue ao fim.”

“O ambiente político está contaminado por uma infindável luta ideológica e de poder que torna difícil para o brasileiro comum viver ‘vida tranquila e mansa’, em oração, como nos manda a Escritura.”

Também são lembrados no texto os profissionais da saúde, as forças de segurança e os trabalhadores brasileiros, sobretudo os desempregados.

Para os líderes evangélicos, um dos maiores desafios da atual crise é a infinidade de informações desencontradas que vêm sendo divulgadas, inclusive por meios de comunicação que estão fragilizados.

“Faz-se notória a confusão de informações e desinformações acerca de todos esses acontecimentos que nos afligem. A mídia claramente não goza da credibilidade que outrora desfrutava”, afirmam.

Cadê os irresponsáveis que não querem o isolamento? RN tem 1.919 casos de coronavírus e 87 óbitos


A Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap) divulgou os números atualizados do coronavírus no Rio Grande do Norte neste sábado (8).

Com o registro de 98 novos infectados, o total de casos confirmados é de 1.919. No boletim da sexta-feira eram 1.821.

O número de óbitos chega a 87, com 6 confirmações a mais que as registradas no boletim ontem. Foram dois em Natal e outros quatro nas cidades de Mossoró, Apodi, Canguaretama e Grossos. Outros 39 óbitos estão sob investigação.

Para fazer dobradinha, Bolsonaro nomeia réu por improbidade para ser secretário de Rogério Marinho

Rogério Marinho gosta de conviver com implicados na Justiça

Para fazer dobradinha administrativa com o ministro Rogério Marinho, que também responde processo por crime de peculato, formação de quadrilha e improbidade administrativa, o Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (07) trouxe a nomeação de um novo indicado pelo chamado Centrão. O problema é que o novo Secretário Nacional de Mobilidade, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Pontes Queiroz, possui pendências na Justiça e ainda responde à acusação de improbidade administrativa em um processo onde também é réu o ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros. Tiago Queiroz já chegou a atuar como Coordenador de Compra por Determinação Judicial e como Diretor do Departamento de Logística, ambos do Ministério da Saúde.

Com o aval da Secretaria de Governo, vinculado ao Palácio do Planalto, o governo federal continua a nomear as indicações de partidos do Centrão. Só que alguns nomes tem sido criticados por servidores efetivos dos órgãos que estão recebendo as “sugestões” por considerarem indicações “pouco republicanas”. A maior concentração de representantes do bloco, que reúne nove legendas, tem se dado no MDR.

A aproximação do Presidente da República, Jair Bolsonaro, com o maior bloco do Congresso Nacional vem sendo noticiado pela imprensa há semanas e tem o intuito de garantir uma base no Congresso Nacional e um número considerável de parlamentares para impossibilitar um possível processo de impeachment. As nomeações, no entanto, mesmo que legítimas, contrastam com o discurso inicial do governo de que não aparelharia a máquina pública federal para obter apoio político.

No processo, o Ministério Público Federal acusa o ex-integrante da saúde e outras quatro pessoas de “causarem o desabastecimento de medicamentos por vários meses para centenas de pacientes beneficiários” de ordens judiciais.

Na acusação elaborada pelo MPF e assinada pela procuradora Luciana Loureiro Oliveira, obtido pelo JBr., o órgão pede o “ressarcimento dos prejuízos causados ao erário, em razão da prática de atos ímprobos na condução de processos administrativos de aquisição dos medicamentos […]”. E afirma que o “desabastecimento” de remédios, que são listados no processo, levou à morte “pelo menos 14 pacientes”.

Segundo integrantes do Centrão, buscados pela reportagem, o ex-servidor da saúde seria ligado ao PP, mas também seria uma indicação que agradaria o partido Republicanos.

Além de nomear o novo secretário Nacional de Mobilidade, o palácio mudou a direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) esta semana. O órgão com um orçamento de aproximadamente R$ 1 bilhão passou a ser comandado por Fernando Marcondes de Araújo Leão.

Fontes que conversaram com o Jornal de Brasíliacontam que Leão teria sido indicado pelo deputado federal Sebastião Oliveira (PL/PE), sobrinho do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira. Este, porém, já teve de explicar possíveis problemas justamente na perfuração de poços artesianos pelo Dnocs, em suas propriedades, na década de 1990. Agora, a família estaria por trás da nomeação do novo diretor.

Conta um integrante palaciano também que, o novo gestor do Dnocs tem sido considerado pelos articuladores políticos como sendo da “cota do PL”, só que a vaga havia sido prometida ao PP. O nome, contudo, chegou a ser endossado pelo deputado Arthur Lira (PP/AL).

No MDR, as superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) também estão sendo cobiçadas por políticos mais experientes.