Arquivo diários:20/05/2020

Deputado que morreu de Covid-19 usou cloroquina, diz colunista


Deputado estadual do Rio de Janeiro, Gil Vianna (PSL) faleceu na noite desta terça (19), vítima de Covid-19. Gil estava internado há uma semana e usou cloroquina em seu tratamento da doença, como é procedimento no hospital da Unimed, em Campos dos Goytacazes, norte do Rio, onde estava internado.
A informação sobre o uso da cloroquina foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O parlamentar teve uma piora repentina no quadro e não resistiu. Fontes ligadas a ele afirmaram que, ainda na noite desta terça, um dos filhos visitou o hospital e conseguiu se comunicar à distância com o pai. Pouco depois, por volta das 22h, o deputado estadual precisou ser entubado às pressas e, segundo informações preliminares, não resistiu ao procedimento, tendo uma parada cardíaca.

Na segunda-feira, em última atualização divulgada por sua assessoria, Vianna vinha respondendo bem ao tratamento e seu estado era considerado estável pelos médicos.

“Meus amigos, infelizmente perdemos nosso Gil, nosso companheiro. Estou propondo amanhã suspendermos todas as atividades, exceto às 15h quando abriríamos, faríamos uma homenagem a ele. Encerraríamos a sessão e aí três dias de luto oficial”, disse o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), em áudio enviado aos demais parlamentares da Casa.

Aos 54 anos, Vianna estava em seu segundo mandato na Alerj. Anteriormente, ele serviu ao Exército e fez carreira na Polícia Militar. Sua carreira política começou em 2004, quando se candidatou ao cargo de vereador em Campos dos Goytacazes e não foi eleito. Já em 2008 e 2012, ele conquistou uma vaga na casa.

Lula pede desculpas após fala polêmica sobre o coronavírus

Ex-presidente disse, na última terça-feira, que “ainda bem” que o vírus surgiu para mostrar a importância do estado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi às redes sociais para pedir desculpas por uma declaração que deu sobre a pandemia do coronavírus em uma entrevista à revista Carta Capital, divulgada nesta terça-feira (19). Durante a conversa, que foi gravada em vídeo, o petista chegou a dizer que “ainda bem” que a doença havia surgido para mostrar a importância do estado. O ex-presidente estava criticando a gestão de Jair Bolsonaro no combate à pandemia.
“O que eu vejo? Quando eu vejo os discursos dessas pessoas, quando eu vejo essas pessoas acharem bonito que ‘tem que vender tudo o que é público’, que ‘o público não presta nada’, ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises. Essa crise do coronavírus, somente o Estado pode resolver isso, como foi a crise de 2008”, disse o ex-presidente durante a entrevista.

Após repercussão negativa, Lula foi ao Twitter pedir desculpas pela declaração: “Usei uma frase totalmente infeliz. E a palavra desculpa foi feita pra gente usar com muita humildade. Se algum dos 200 milhões de brasileiros ficou ofendido, peço desculpas. Sei o sofrimento que causa a pandemia, a dor de ter os parentes enterrados sem poder acompanhar”, escreveu o ex-presidente, que também gravou um vídeo para se desculpar.

Apesar das desculpas, Lula criticou a imprensa e seus opositores e disse que as pessoas agiram de “má fé” ao afirmarem que ele estava “comemorando” o avanço do coronavírus.

Deputados aprovam criação da Delegacia Virtual do RN para enfrentamento à violência contra a mulher

Foto: João Gilberto

Em mais um dia de votação durante sessão ordinária por videoconferência nesta quarta-feira (20), os deputados estaduais votaram projetos que beneficiam diretamente a população do Rio Grande do Norte. Entre eles a implantação da Delegacia Virtual para enfrentamento à violência contra a mulher, a suspensão da cobrança dos consignados aos servidores estaduais, a suspensão dos prazos para os concursos públicos vigentes no RN e decretos de calamidade pública em sete municípios do Estado.

“Hoje tivemos mais uma manhã de muito trabalho, onde aprovamos projetos e decretos importantes e que resultam em benefícios diretos para a população. Essa é uma demonstração de que essa Casa Legislativa segue atenta às demandas da população e em busca de soluções para as problemáticas que aflige o nosso povo”, comentou Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa.

Preocupados com o crescimento nos números da violência doméstica contra a mulher no Estado e em virtude da pandemia, os deputados aprovaram, por unanimidade, o Projeto de Lei Nº 97/2020, de autoria da deputada Isolda Dantas (PT) que dispõe sobre o registro de violência doméstica e familiar por meio da Delegacia Virtual no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte.

“A aprovação dessa matéria é muito importante devido ao aumento considerável dos casos de violência contra as mulheres. Esse instrumento vem dizer a essas mulheres que elas não estão sozinhas e que, como entes políticos, nós nos preocupamos com elas e estamos atentos e em busca de soluções para essa causa”, comemorou Isolda Dantas.

A aprovação do projeto foi celebrada também pelas deputadas estaduais Eudiane Macedo (Republicanos) e Cristiane Dantas (SDD), presentes à sessão. “É mais um canal importante para nós mulheres. Poder fazer essa denúncia do celular ou do computador vai encorajar nossas mulheres que, na maioria das vezes, sofre essa violência dentro de casa, o que a impede de pedir socorro”, disse Eudiane. “Esse instrumento vai incentivar as denuncias de uma forma célere, mas é preciso união para que essas leis sejam implementadas e que elas funcionem de forma efetiva no combate a esse crime que só cresce”, destacou Cristiane Dantas.

Outro projeto aprovado por unanimidade pelos deputados foi o Projeto de Lei Nº 50/2020, de autoria do deputado Hermano Morais (PSB) que suspende imediatamente todos os prazos relativos aos concursos públicos no RN, em razão da pandemia da Covid-19.

“Esse projeto tem um alcance social muito grande. Especialmente para aqueles aprovados em concursos que estão com o prazo para se vencer. Além disso, gera economicidade para os cofres públicos, visto que permitirá a contratação desses aprovados, quando se fizer necessário, evitando o gasto com a realização de novos concursos públicos”, explicou o autor do projeto.

O projeto Nº 59/2020, de autoria do deputado Coronel Azevedo (PSC), que dispõe da suspensão de cobranças de empréstimos para servidores ativos, foi aprovado por 18 votos favoráveis, dois contrários, que foram dos deputados José Dias e Gustavo Carvalho, e as ausências dos deputados Kelps Lima e Nelter Queiroz.

“Entendo que os servidores ativos continuam recebendo seus salários sem nenhum prejuízo e, por isso, declaro meu voto contrário ao projeto”, disse o deputado José Dias (PSDB).

Coronel Azevedo destacou que projetos como esse foram aprovados em outros estados. “Temos que lembrar as dificuldades vividas pelos servidores públicos com folhas salariais em atraso e, mais recentemente, com a pandemia do novo coronavírus”, declarou.

“O servidor público que contraiu empréstimo não vai dar calote em ninguém. O que a proposta pede é que essas parcelas sejam deixadas para o final do contrato. Uma forma de reconhecer o trabalho que esses servidores vêm realizando em favor do povo do Rio Grande do Norte”, justificou Coronel Azevedo, autor do projeto que recebeu admissibilidade da Comissão de Constituição e Justiça da Casa e aprovação da matéria.

Seguindo a pauta de votação do dia, os parlamentares votaram decretos de calamidade pública, em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, e suas repercussões na saúde e nas finanças públicas dos seguintes municípios: Alto do Rodrigues, Caiçara do Norte, Carnaúba dos Dantas, Porto do Mangue, São Jose do Mipibu, Tibau do Sul e Touros.

Os projetos agora seguem para sanção por parte do Governo do Estado.

ALRN

Coronavírus avança provocando 888 mortes no Brasil nas últimas 24hs


O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) seu mais recente balanço de mortes e casos confirmados de novo coronavírus.

18.859 mortes, eram 17.971 mortes na terça-feira

Foram 888 registros de morte incluídos no balanço em 24 horas.

291.579 casos confirmados, eram 271.628 casos na terça

Foram 19.951 novos casos em 24 horas

D️e acordo com a pasta, há 156.037 pacientes em acompanhamento (53,5% do total) e 116.683 pacientes recuperados (40,0%). Dos 18.859 óbitos, 223 ocorreram nos últimos 3 dias.

G1

Especialistas criticam novo protocolo de hidroxicloroquina e cloroquina; veja a repercussão

Infectologistas, biólogos, médicos e outros cientistas comentam decisão divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (20).


Por G1
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) o novo protocolo que libera no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves de Covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios para casos graves.

Veja a repercussão de alguns especialistas:

Michael Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS)

“Nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina têm sido efetivas no tratamento da Covid-19 ou nas profilaxias contra a infecção pela doença. (…) Nós temos agora ensaios (clínicos – pesquisas) do Solidarity (iniciativa internacional em busca de tratamentos para a Covid-19) em vários países, nos quais a cloroquina e a hidroxicloroquina estão incluídas. Como OMS, nós recomendamos que, para a Covid-19, essas drogas sejam reservadas para uso dentro desses ensaios.”

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

“Não temos, até o momento, nenhum estudo conclusivo sobre a cloroquina. O único estudo já publicado por pesquisadores da Fiocruz com pacientes de Covid-19 foi o CloroCovid-19. Os resultados iniciais do estudo mostram que pacientes graves com Covid-19 não devem usar doses altas de cloroquina. A pesquisa tem como objetivo avaliar a segurança e a eficácia de duas dosagens diferentes do medicamento e analisou 81 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). As primeiras conclusões do estudo apontaram que pacientes graves com Covid-19 não devem usar a dose recomendada pelo consenso de tratamento chinês. Este foi o primeiro estudo no mundo que apresentou evidências sobre esse tipo de uso”.

Julio Croda, infectologista da Fiocruz, e ex-diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta

“O protocolo é uma armadilha para o médico que está na linha de frente [de combate à pandemia]. Haverá pressão popular para a prescrição do medicamento pelo médico, mas o próprio ministério condiciona a uma série de medidas, que não tem como aplicar no dia a dia, como o monitoramento eletrocardiográfico. O protocolo também é diferente do parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), que fala sobre o uso em casos confirmados — o Ministério da Saúde não explicita isso”.

“O que vai acontecer é que muitos médicos vão prescrever indiscriminadamente, não vão se atentar à nota publicada no protocolo do Ministério da Saúde ou à recomendação do CFM para usar em casos confirmados, e depois que o paciente tiver um problema associado ao medicamento, o médico poderá ser responsabilizado legalmente porque não está de acordo com o CFM, nem com o protocolo do Ministério da Saúde. Não é uma droga para ser usada na suspeita de um caso, nem pela população. Minha preocupação maior é que esta droga não tem evidências científicas e há literatura que inclusive condena o uso.”

Natália Pasternak, bióloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), PhD com pós-doutorado em Microbiologia

“Esta é uma situação absurda. A gente tem inúmeros trabalhos mostrando que a hidroxicloroquina não é eficiente no tratamento em nenhuma etapa da Covid-19. Essa mudança de protocolo vai trazer um uso precoce do medicamento sem nenhuma fundamentação científica”.

“Nós temos trabalhos em modelo animal, e é assim que se testa um medicamento. Devido ao hype e à pressão da população pela droga, as pessoas começaram a testar em humanos, e foi passada uma impressão errada de que o medicamento pudesse funcionar. Primeiro testaram em células, células genéricas, uma linhagem fácil de manipular em laboratório, e funcionou a cloroquina, mas isso não quer dizer que funcionaria em outras células e em animais. E foi exatamente isso que os outros testes mostraram: que não funciona”.

“Você passa a testar em animais e a hidroxicloroquina não funciona. Inclusive, quando passa a ser usada em animais ela aumentou a replicação [do coronavírus]. Também testaram em células-alvo, células do trato respiratório, e também não funcionou. Foi testado em macacos, camundongos, em todos os estágios da doença. Não foi capaz de reduzir a carga viral”.

Alexandre Naime, Sociedade Brasileira de Infectologia em SP

“Logo no começo do documento tem um ‘considerando que não tem evidência científica para o tratamento específico da cloroquina’. Esse ‘considerando que não tem evidência científica’ já mostra que não tem sentido nenhum usar nenhum tipo de medicação. Ele é um documento político. Só para dizer que tem um protocolo. E coloca bem claro que fica a critério do médico e do paciente decidir. É basicamente um documento político que não acrescenta em nada”.

Jean Gorinchteyn, infectologista do hospital Emílio Ribas, em São Paulo

“Todo médico segue ou deveria seguir os estudos científicos na hora de dar um medicamento. Esses estudos mostram que usar ou não a cloroquina, neste momento, não tem respaldo científico. Foram feitos vários trabalhos de pesquisa em várias partes do mundo e nenhum trouxe resultado promissor. Como medicações podem causar efeitos colaterais, há um risco no uso deste medicamento.”

Wladimir Queiroz, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)

“A adoção da cloroquina é uma decisão política tomada por pessoas que não são médicas. Sou médico desde a época em que surgiram as primeiras infecções por HIV e naquele momento muitas pessoas falavam o que vinha à cabeça. Usavam um medicamento que deu certo em um paciente e já achavam que daria certo para todos. Mas quem está lidando com os pacientes de Covid-19 sabe que tem pessoas que vão muito bem contra a doença e outras que vão muito mal, independente do medicamento. Atribuir [a cura da Covid-19] a uma droga tão antiga, cujo mecanismo de ação e efeito biológico são tão diferentes, não tem o menor sentido.”

Álvaro Costa, infectologista do Hospital das Clínicas

“A gente tem um país muito heterogêneo. Então, abre a possibilidade de os profissionais médicos usarem, apesar de a gente falar inúmeras vezes da falta de evidências, mas abre a possibilidade de uma expansão do uso da medicação, mesmo com todos os poréns já colocados. Quando saíram os primeiros estudos houve muito furor, mas à medida que ampliamos os estudos, no contexto da ausência de evidências, a gente passa a olhar com muita cautela para essas medidas [do governo federal]”.

Coronavírus: RN tem 3.800 pessoas infectadas e 11.700 suspeitos com 170 mortes


A Secretaria de Estado e Saúde Pública-Sesap atualizou os números do coronavírus no Rio Grande do Norte, no fim da manhã desta quarta-feira(20).

O número de casos confirmados chega a 3.796, enquanto eram 3.483 no boletim dessa segunda-feira. 313 casos a mais.

O total de vítimas do covid-19 no RN chega a 170  óbitos.

Os casos suspeitos chegam a 11.781. Descartados somam 8.474. Pacientes recuperados são 992.

Ainda na coletiva, destacou a taxa de isolamento no Estado, de acordo com levantamento nessa terça-feira(19), em 41%, ainda distante dos 60% – números considerados ideias para a diminuição de casos.

Teich chama Mandetta de deselegante por críticas feitas à sua gestão de 28 dias


WILLIAM GLAUBER

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-ministro Nelson Teich (Saúde) chamou de deselegante seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, por críticas feitas à sua gestão. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (18), Mandetta disse que a pasta é “uma nau sem rumo.

“Em 28 dias à frente do MS [Ministério da Saúde], por mais difícil que fosse a situação, nunca expus gestões anteriores”, escreveu Teich, no Twitter.

“Acho muito deselegante um ex-ministro criticar seu sucessor e acredito que esse tipo de condução só aumenta a polarização e o desgaste, prejudicando desta forma, o país inteiro”, afirmou.

O oncologista pediu demissão na sexta-feira (15) em meio ao aumento de casos e mortes pelo novo coronavírus no Brasil.

O médico deixou a pasta por resistir a mudanças no protocolo para uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.

Mandetta saiu do ministério no dia 17 de abril. Ele também se chocou com o presidente Jair Bolsonaro na recomendação do remédio, além de discordar em relação às políticas de isolamento.

À Folha de S.Paulo Mandetta afirmou que a gestão do antecessor fez da pasta “uma nau sem rumo”. “Foram 30 dias de um ministério ausente”, disse.

“Vi a entrada de um número grande de militares. Eles têm conhecimento de logística, de operações. Mas não trabalham com o SUS. O sistema de saúde dos militares é de hospitais próprios, de baixa resolutividade e com plano de saúde. Não vi ninguém com experiência com o SUS na equipe nova. O próprio ministro não tinha experiência”, afirmou Mandetta.

No Twitter, Teich se queixou do antecessor, sem citar a entrevista à Folha de S.Paulo.

Teich afirmou ter deixado prontos quatro planos de ações: 1) Programa Diagnosticar para Cuidar; 2) estratégias de gestões de riscos; 3) criação de unidades de suporte ventilatório; 4) projeção de ação na linha de frente.

Na postagem, Teich afirmou que, “nessa época de caos e incertezas”, ações que tirem o foco do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus devem ser evitadas.

“O Brasil precisa se unir para que juntos encontremos a melhor maneira de lutar. Confrontos desnecessários só prejudicam o Brasil e todos nós, brasileiros”, escrevei Teich.

À Folha de S.Paulo Mandetta afirmou ainda que a exigência de Bolsonaro de ampliação do uso de cloroquina para pacientes com quadro leve do novo coronavírus pode elevar a pressão por vagas em centros de terapia intensiva e provocar mortes em casa por arritmia.

Ele disse resultados iniciais de estudos que recebeu ainda no governo já indicavam riscos no uso do medicamento.

“Começaram a testar pelos [quadros] graves que estão nos hospitais. Do que sei dos estudos que me informaram e não concluíram, 33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada [cardíaca].”

Mandetta afirmou ver na pressão de Bolsonaro pela cloroquina uma tentativa de estimular o retorno das pessoas ao trabalho.

Para o ex-ministro, contudo, o país atravessou até o momento apenas um terço da crise e deverá ter pelo menos mais 12 semanas duras adiante.