Arquivo diários:20/05/2020

Sem formação médica, general ministro da Saúde assinará hoje (20) protocolo médico para uso da Cloroquina

Com a palavra o Conselho Federal de Medicina.


BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaroafirmou ontem, terça-feira que o ministro interino da Saúde, general, Eduardo Pazuello, irá assinar nesta quarta-feira um novo protocolo da utilização da cloroquina em pacientes com coronavírus. De acordo com Bolsonaro, o novo protocolo vai permitir a utilização a partir dos primeiros sintomas.

O último protocolo é do dia 31 de março e permite a cloroquina apenas em situações em casos graves. Agora, não, é a partir dos primeiros sintomas.

Segundo Bolsonaro, trata-se de “democracia”, porque só irá tomar quem quiser:

— O que é democracia? Você não quer, você não faz. Quem quiser tomar, que tome.

O presidente indicou que manterá Pazuello interinamente no cargo de forma indefinida, como o GLOBO mostrou, e disse que ele faz um trabalho “excepcional”:

— Por enquanto, deixa lá o general Pazuello, está indo muito bem. É um gestor de primeira linha — afirmou. — É um tremendo de um gestor, está fazendo um excepcional trabalho lá.

Governo do RN prorroga isolamento social até o dia 4 de junho no mesmo regramento

O Governo do Rio Grande do Norte prorrogou as medidas de distanciamento social para o combate ao coronavírus até o dia 4 de junho.

Apesar da pressão que surgiu sobre o governo para instaurar o isolamento social total, o ‘lockdown’, o Estado seguiu o entendimento do Comitê Técnico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap/RN) de que ainda há espaço para aumentar o isolamento social dentro das regras atuais.

 

Governo decide manter leilões de portos, aeroportos e rodovias

O governo federal decidiu manter o calendário dos leilões de portos, aeroportos e rodovias previstos para este ano, mesmo diante dos efeitos da pandemia do coronavírus. A avaliação do Ministério da Infraestrutura é que a crise econômica causada pela Covid-19 não vai afetar a atratividade para os ativos nem o cronograma das licitações.

A manutenção dos leilões pode garantir cerca de R$ 24 bilhões em investimentos privados no país, nos próximos anos.

A decisão é diferente de medidas tomadas para outros setores também afetados pela crise. Os leilões para exploração de óleo e gás e para geração e transmissão de energia elétrica foram suspensos pelo governo. No primeiro caso, por conta da alta volatilidade do preço do petróleo, que atingiu baixas históricas nas últimas semanas.

No caso da eletricidade, houve uma forte queda na carga, que também afetou o planejamento do setor. Já para os casos do transporte, a avaliação é que a queda na demanda registrada agora é passageira e não vai afetar os leilões. O movimento dos aeroportos caiu mais de 90% e o das rodovias, mais de 40%.

— São ativos de 30 anos, de longo prazo. A gente vê os investidores interessados. Muitos concorrentes nossos, com a Índia, tiraram os projetos da praça. A gente não vislumbra fuga de investidores — adianta a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa.

Apesar de manter os leilões de aeroportos, o governo vai revisar a demanda prevista para estes ativos e adaptar o projeto à nova realidade. Projeções da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) apontam que o movimento do aeroportos só vai voltar ao nível pré-crise em 2022. Isso precisará ser levado para os leilões, com novos valores de outorga ou investimentos menores no curto prazo.

Aeroportos em 3 blocos

O governo quer fazer neste ano leilão de três blocos de aeroportos: Sul, puxado por Curitiba e outros terminais do Paraná e do Rio Grande do Sul; Norte, com Manaus, Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista; e o bloco Central, com Goiânia, São Luís e Teresina.

— Não suspendemos nenhum dos nossos leilões e entendemos que o coronavírus vai impactar muito pouco o nosso cronograma — diz a secretária.

No caso das rodovias, a avaliação é que as estradas que irão a leilão são muito focadas no transporte da produção agrícola, que não foi impactada pela crise. O governo prevê leiloar neste ano a BR-163, entre Sinop (Mato Grosso) e Miritituba (Pará), e a BR-153, entre Anápolis (Goiás) e Aliança do Tocantins.

— Tudo que é agro não tem demanda impactada. Como a nossa logística é muito voltada para o agro, a gente não visualiza grandes impactos — comenta Natália.

O GLOBO