Arquivo mensais:junho 2020

Além do ministro, 75% dos brasileiros contam mentiras no currículo

Do inglês “fluente” ao curso de pós-doutorado não concluído, mentir no currículo é uma prática comum — e arriscada

Mentiras têm mesmo perna curta: pouco após sua nomeação como ministro da Educação, duas instituições onde Carlos Alberto Decotelli disse ter concluído seu doutorado e pós-doutorado questionaram as informações do seu currículo.

Segundo a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, Decotelli esteve na universidade para uma pesquisa de três meses em 2016. Enquanto a Universidade de Rosário, na Argentina, afirmou que ele não teve sua tese de doutorado aprovada.

As revelações chocam, mas não são raridade para quem trabalha com recrutamento. Na verdade, 75% dos currículos enviados às empresas em 2018 no Brasil continham informações falsas, segundo levantamento da DNA Outplacement com base em 6 mil documentos.

Não é todo brasileiro que mente e nem sempre é sobre seu diploma. No entanto, a pesquisa descobriu que até 12% aumentam o grau de escolaridade e 10% adicionam cursos falsos ao documento.

Fonte: Exame

Cai liminar que obrigava Bolsonaro a usar máscara na rua

Desembargadora Daniele Maranhão Costa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou a decisão

Paulo Roberto Netto

A desembargadora Daniele Maranhão Costa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), derrubou liminar que obrigava o presidente Jair Bolsonaro a usar máscaras nas ruas do Distrito Federal. A ordem havia sido imposta na semana passada pelo juiz federal Renato Borelli, da 9ª Vara Cível.

‘Me senti intimidado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras’, diz Moro em Live da IstoÉ


Com um discurso cada vez mais apropriado a um candidato à presidência da República, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro participou da live de ISTOÉ nesta terça-feira (30). Moro conversou sobre a saída dele do governo Bolsonaro, falou sobre as recentes incursões da Procuradoria-Geral da República sobre a Operação Lava- Jato, falou sobre o cenário da política nacional e condenou a atuação do governo na crise sanitária que castiga o Brasil.
Aos 47 anos, Moro, que é graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, com mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná e se especializou em crimes financeiros e tornou-se juiz federal, no bate-papo, ele alegou que deixou o ministério por ter sido coagido a deixar o cargo que ocupava desde a posse presidencial e denunciou as ingerências de Jair Bolsonaro na pasta que ocupava.

“Me senti compelido a sair por conta da interferência na Polícia Federal. A finalidade na troca de comando da instituição não era nada republicana”, acusa Moro.

“Saí por uma questão de princípio e o presidente Bolsonaro já queria que eu saísse”, explica.
Sobre a investigação conduzida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e as denúncias feitas na saída do cargo, Moro disse: “Me senti intimidado pelo procurador-geral”, revelou.

Como juiz, Sérgio Moro trabalhou em casos como o escândalo do Banestado, a operação Farol da Colina e no Mensalão. Apesar de um currículo importante, ganhou enorme notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, a Operação Lava Jato – a maior ação contra a corrupção do país.

Nos últimos dias, procuradores ligados ao governo Bolsonaro montaram uma devassa em alguns processos que envolvem a Operação, que arrastou para trás das grades pessoas famosas como o ex-presidente Lula e a cúpula do PT e políticos de quase todos os partidos. “Acho estranho investigarem a Operação”, avalia.

Há cerca de dois meses longe da Esplanada dos Ministérios, o ex-ministro acredita que o governo não endossou sua agenda anticorrupção e criticou Bolsonaro, na live, por ter vetado 25 pontos importantes da lei do pacote anti crime.

Contrariando as expectativas de Moro, entre as mudanças, o presidente manteve a criação do juiz de garantias, que não constava do texto original e foi incluída pela Câmara. “Não foi algo positivo”, avalia Sérgio Moro. “Em 2019, o governo federal ficou em débito no combate a corrupção”, acusa.

Perguntado se uma recorrente história, sustentada pelo presidente da República, de que ele largou a magistratura e foi para Brasília com o objetivo de ganhar em troca uma indicação para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, Moro se defende: “Não troco meus princípios por uma vaga no Supremo”, diz. “Entrei no governo com uma agenda nacional e saí porque a situação ficou insustentável. Faltou confiança de Bolsonaro em mim”, avalia.

“Bolsonaro é afeto às teorias da conspiração e Brasília é um mundo de intrigas”, sentencia.

Quando a pauta da entrevista foi para o campo do enfrentamento à pandemia, Moro foi duro com o ex-chefe: “A postura negacionista de Bolsonaro levou a população a desinformação.” Para ele, faltou uma coordenação nacional para o enfrentamento à crise sanitária.

Sérgio Moro, na live, esquiva quando o assunto são seus projetos futuros, em especial, o político. Ele não nega, mas também não assume, que postula uma possível candidatura à presidência da República. Com um discurso mais de presidenciável de que jurista e utilizando de metáforas do futebol, ele avalia que “a política virou um Fla x Flu e o futuro não está escrito”, conclui.

Senado aprova texto-base do PL das Fake News

Após cinco tentativas e uma sessão de quase quatro horas, o Senado Federal aprovou, na noite desta terça-feira (30), por 44 votos a 32, o texto-base do projeto de lei 2630/20, que busca “instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”, conhecido como projeto das Fake News.

Segundo o texto, o objetivo é “o fortalecimento do processo democrático por meio do combate ao comportamento inautêntico e às redes de distribuição artificial de conteúdo”.

Na noite de segunda-feira (29), o relator do projeto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou um novo relatório que abrandou mais o conteúdo da matéria, facilitando a aprovação do texto.

Um dos pontos sensíveis que foram alterados é o que exigia de todos os usuários a apresentação de um documento de identidade para criar conta em qualquer rede social. Agora, a identificação ocorrerá apenas quando houver “à suspeita de conta inautêntica” ou “nos casos de ordem judicial”.

O recuo aconteceu depois de o Ministério Público Federal (MPF) enviar uma nota técnica ao Senado questionando algumas determinações, que não encontrariam amparo em leis internacionais.

Foi retirado do texto final ainda todos os artigos que faziam alterações na Lei das Eleições, como por exemplo, a possibilidade de perda do direito à veiculação de propaganda em casos de peças “no rádio e na televisão que ridicularizem ou colocarem em risco a credibilidade e a lisura” do pleito.

CNN Brasil

Condomínios de Nova Parnamirim estão ficando tão violento quanto à Favela da Rocinha no RJ

As boas famílias que realizam o sonho de morar em condomínio fechado por segurança e conforto, estão vivendo um pesadelo.
Muitas famílias estão saindo para outras moradias em função da bagunça e confusões frequentes nos condomínios da famosa Cidade dos Bosques e outros condomínios de Nova Parnamirim.
Problemas de som alto de madrugada, pessoas dirigindo em alta velocidade, embriaguês, casa de jogo clandestina, contrabandista de cigarro, gatos doentes invadindo casas, muriçocas, pára-brisa de carro misteriosamente quebrado e agora tivemos  até tiros no Bosque dos Poetas.

No Bosque dos Pássaros até Polícia de madrugada já ocorreu..  Os pais não estão mais deixando suas crianças frequentarem as áreas de lazer com medo de atropelamento e brigas nas piscinas. A violência e desrespeito são mais frequentes por moradores de casas alugadas. Pelo baixo preço dos aluguéis, algumas imobiliárias alugam facilmente os imóveis à pessoas que chegam no RN sem conhecer ou levantar informações dos inquilinos.

Hoje à tarde, no Bosque dos Poetas, um coronel da Polícia Militar para resolver um problema disparou tiros de ar de fogo contra seu vizinho.
O pior é o fato de alguns proprietários de imóveis reclamarem e ainda alguns síndicos e moradores ficarem irados alegando que a divulgação desses fatos violentos desvaloriza os valores dos imóveis. Mas, de fato são poucas pessoas que promovem violências,
O Blog do Primo fica ao lado das boas famílias amedrontadas..

Segundo um proprietário de uma casa na Cidade dos Bosques, se os moradores de bem não tomarem uma providência, os condôminos de Nova Parnamirim ficarão violento igual ao Morro do Alemão no Rio de Janeiro.

Primando por Parnamirim: Presidente do partido da vereadora Nilda é acusado de usar empresa que vende notas fiscais para justificar gastos

Por G1

O presidente do PSL, Luciano Bivar, é acusado de usar empresas que vendem notas fiscais para justificar gastos. O PSL é o partido da pré-candidata a prefeita de Parnamirim, professora e vereadora Nilda.

É numa casa, na periferia do Recife, onde mora a assessora de imprensa do deputado federal Luciano Bivar, presidente do PSL. Marta Patrícia Heitor Lemos é dona da ML Serviços de Comunicação e também é filiada ao PSL. Uma pessoa que disse ser a mãe de Marta informou que a empresária não estava.

Reportagem publicada pela “Folha de S.Paulo”, revela que o presidente do PSL, Luciano Bivar, apresentou a Câmara e ao Tribunal Superior Eleitoral notas fiscais de duas empresas que vendem esse tipo de documento, entre elas a a ML Serviços de Comunicação.

Luciano Bivar já é investigado pela justiça eleitoral de Pernambuco por denúncia de uso de candidatas laranjas na eleição passada, para desvio de R$600 mil do fundo partidário. Ele nega as acusações.

Segundo informações do jornal, confirmadas pela TV Globo, a ML recebeu R$ 50 mil de verbas da Câmara Federal, de 2017 a abril de 2019.

Marta Lemos confirmou para a “Folha de S. Paulo” que emitiu as notas sem prestar os serviços, que teriam sido feitos por uma outra assessora que não tinha empresa no seu nome.

A reportagem diz ainda que a fundação do partido contratou, no Rio de Janeiro, a Associação Pró-Esporte Cultural, que pertence a Gisele Miller do Amaral, candidata a deputada estadual pelo PSL em 2014. A Pró-Esporte recebeu R$ 15 mil para fazer um seminário sobre as eleições naquele ano no Rio.

O jornal cita ainda uma troca de mensagens entre a dona da empresa, Gisele Miller, e uma pessoa que se passou por assessor de um deputado federal. O falso assessor adquiriu uma nota fiscal fria de R$ 8 mil em troca de uma comissão. Na conversa, Gisele Miller teria dito que forneceu notas frias a Luciano Bivar. As notas fiscais foram entregues a Justiça Eleitoral na prestação de contas do uso do fundo partidário.

A procuradoria regional eleitoral em Pernambuco disse que vai analisar as denúncias. As notas fiscais apresentadas pelo deputado federal são reembolsadas pela câmara dentro da cota de despesas do dia a dia do mandato como passagens aéreas, consultoria e divulgação parlamentar.

O deputado Luciano Bivar disse que vai comprovar todo o serviço prestado por Marta Lemos, que ela tem uma condição financeira frágil, que caiu numa cilada quando aceitou vender notas frias e que por isso será demitida. O Jornal Nacional não conseguiu contato com Marta Lemos nem com Giselle Miller do Amaral.

Educação e Saúde no Brasil é piada: Carlos Decotelli deixa Ministério da Educação após falhas no currículo


Nomeado para o Ministério da Educação, o professor Carlos Decotelli entregou nesta terça-feira (30) sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (25), mas não chegou a tomar posse, que estava marcada para esta terça-feira (30) e já havia sido adiada.

O nomeado para o Ministério da Educação havia marcado uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) nesta terça, mas cancelou sem informar o motivo – o encontro era avaliado como uma sinalização da permanência de Decotelli na pasta. Em seguida, às 14h30, se reuniu com Bolsonaro.

Decotelli teve a nomeação articulada pelos ministros militares do Planalto. As incoerências no seu currículo, no entanto – instituições disseram que ele não tinha concluído etapas que ele dizia ter concluído – deixaram os ministros constrangidos. Decotelli chegou a alterar o próprio currículo na plataforma Lattes após as contestações.

Apesar da perda de apoio, a ala militar teme que a pasta volte a um nome ideológico, como era o caso dos ministros anteriores -Ricardo Vélez Rodriguez e Abraham Weintraub.

Incoerências

Bolsonaro anunciou Decotelli para a Educação no dia 25 por meio de suas redes sociais. Na ocasião, o mandatário escreveu que o nomeado é “bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”.

A primeira incoerência foi anunciada pelo reitor da Universidade Nacional de Rosario, da Argentina, que negou que Decotelli tenha obtido o título.

Em seguida, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, informou que Decotelli não possui título, apenas que realizou pesquisa de três meses na instituição.

Já a FGV também negou que Decotelli tenha sido professor de qualquer das escolas da fundação – informação que o nomeado colocou em seu currículo, sendo docente da FGV entre 2001 e 2018. A instituição também apurará suspeita de plágio em dissertação feita por Decotelli para a conclusão de curso de mestrado.

Decotelli nega que cometeu plágio, assumiu que não defendeu a tese de doutorado na Universidade de Rosário, mas que concluiu os créditos do curso, além de ter explicado que a pesquisa de conclusão na Universidade de Wuppertal está registrada em cartório na cidade alemã.

R7