Arquivo diários:10/06/2020

“Não é hora de discutir impeachment. É hora de discutir a união do Brasil”, diz Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou a abertura de um processo de afastamento do presidente Jair Bolsonaro neste momento. Na avaliação de Maia, o foco do Congresso e dos demais poderes deve ser o combate aos efeitos provocados pelo novo coronavírus. A afirmação foi feita durante uma entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quarta-feira.

– Não é hora de discutir impeachment. É hora de discutir a união do Brasil, de salvar vidas, de salvar empregos. Eu como sempre fui contra as manifestações no período da pandemia, não contra manifestação, mas contra aglomeração neste momento, eu também não posso ser a favor de novas manifestações. Eu acho que neste momento, as aglomerações vão gerar uma aceleração da contaminação e perdas de vidas – disse ao ser questionado sobre os protestos que pedem a saída do presidente.

Maia lembrou que o Brasil deve atingir a marca de 40 mil mortes em breve e defendeu unificar as ações para passar por esse “momento difícil” sem pensar em 2022, ano de eleição.

– É muito importante que a gente unifique o que nos une nesse momento tão difícil para que a gente possa passar por esse momento. O segundo momento, o movimento contra o presidente Bolsonaro pode crescer ou não, o movimento pró Bolsonaro pode crescer ou não, isso é outro momento. O que a gente não pode é estar olhando 2022 em meio a uma pandemia.

Perguntado se a separação dos poderes está sendo respeitada, Maia afirmou, sem citar nomes, que “alguns estão derrapando” e ultrapassando os limites. Sobre as críticas de que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem ultrapassado os limites, como a feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão, Maia defendeu que esses questionamentos sejam feitos ao plenário da Corte, conforme prevê a Constituição.

– Do ponto de vista concreto, todos estão respeitando. No discurso alguns estão derrapando, falando além do que deveriam, que é o seu papel. Se há a ideia do vice-presidente Mourão que o Supremo está passando dos limites, cabe recurso.

O presidente da Câmara afirmou também que cabe ao Executivo fazer a coordenação do combate à pandemia e cobrou do governo federal atitudes que unifiquem as ações contra a doença.

– No julgamento do Supremo sobre os limites de cada poder, ficou muito claro que o poder de coordenação era do governo federal. Cabe a gente pedir ao governo federal que melhore a sua articulação, a sua coordenação em relação às ações, todas as ações do governo, mas principalmente as de enfrentamento ao coronavírus.

Bolsonaro X Witzel

Em relação aos atritos que envolvem o presidente Jair Bolsonaro e o governador do Rio, Wilson Witzel, Maia defendeu que o papel do governador não é ser oposição ao presidente e disse que é preciso reduzir conflitos como esse para focar nas ações de combate à pandemia.

– Eu sempre disse aos governadores, principalmente ao governador do Rio, que o papel dele não era ser oposição ao presidente da República. Isso nunca tinha funcionado no Brasil. Independente de erros, de pressões, eu não tenho essas informações, mas às vezes tem essa sinalização na fala do presidente, mas eu acho que o correto é que quem ganhou para ser Executivo ter uma relação de harmonia entre os poderes, de independência, é claro, respeito ao pacto federativo, aos entes federados.

No mês passado, Witzel chegou a afirmar que a operação da Polícia Federal (PF) com mandados de busca e apreensão em sua casa teve a “interferência” do presidente Jair Bolsonaro. Agora, o governador tem amenizado as críticas.

Para Maia, é normal o presidente receber informação sobre operação da PF, mas “não do conteúdo”.

– É natural que em uma operação que envolva um governador, o governo, o presidente da República, receba a informação, não do conteúdo, mas do que vai acontecer, do que pode acontecer. Entre o diretor da Polícia Federal, o ministro e o presidente, alguém vazou a informação para a deputada – disse ao se referir ao fato de a deputada Carla Zambelli (PSL – SP) ter declarado à rádio, um dia antes da operação, que governadores seriam alvo de investigações da PF.

O Globo

Doria prolonga período de quarentena em São Paulo por mais 15 dias

O governador de São Paulo, João Doria, prolongou, pela quinta vez, o período de quarentena no estado paulista. Com isso, a nova quarentena no estado vai durar mais 15 dias, valendo do dia 15 de junho até o dia 28 de junho.
O estado está em quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus desde o dia 24 de março.

Apesar da prolongação da quarentena, algumas regiões do estado já estão abrindo parte de suas atividades. Isso está previsto no Plano São Paulo, de reabertura da atividade econômica do estado.

O protocolo é regionalizado e dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

O Plano São Paulo começou a funcionar no dia 1º de junho. A capital paulista está na fase laranja, onde estava permitida a abertura de shoppings e comércio de rua – por quatro horas – e de imobiliárias e concessionárias.

Agência Brasil

Projeto de Lei da vereadora Nina institui medidas de proteção para áreas comuns nos condomínios

 


A vereadora Nina (PDT) deu entrada na Câmara Municipal de Natal ao projeto de Lei 189/2020, intitulado “Lei Miguel”. O nome faz menção ao pequeno Miguel, que morreu na última semana na cidade de Recife (PE) devido a negligência de uma mulher e a falta de estrutura de segurança em um edifício.

O texto trata sobre a obrigatoriedade dos condomínios residenciais ou comerciais de Natal instalarem telas, grades de proteção e adotarem medidas de segurança em todas as áreas comuns, onde haja risco de acidentes. Os locais que descumprirem poderão sofrer multa de até R$30 mil.

“Nós iremos lutar para que esse PL seja aprovado na Casa, sancionado pelo Executivo e colocado o mais rápido possível em vigor. Os condomínios devem se estruturar para impedir que fatalidades aconteçam. A medida é uma forma de proteger e evitar acidentes, tanto de crianças como adultos”, destacou a parlamentar.

Primando por Parnamirim: grupo de Gilson Moura e Abidene está preso no quixó

Quixó: armadilha artesanal para prender pequenos animais. Na política o termo é usado para segurar pretensos candidatos.

O grupo político liderado pelo ex-deputado Gilson Moura movimenta buliçosamente uma articulação para indicar o vereador Abidene Salustiano candidato a vice-prefeito. Não interessa se mede e pesa o projeto administrativo, ideológico, social ou econômico para Parnamirim, o grupo de Gilson Moura quer à vice-prefeitura.
A dupla, Gilson Moura e Abidene um dia conversa com o prefeito Taveira noutro com o ex-prefeito Maurício Marques e manda soltar boatos que estão sendo procuradora numa estratégia de valorização.
Mas, o soldado Vasco, bem informado da política do RN tomou conhecimento de um entendimento  partidário, seguindo uma decisão nacional, entre os diretórios estaduais do PSC com o PSL que devem caminhar juntos em todos os municípios. Diante desta decisão, o deputado coronel Azevedo do PSC será candidato à Prefeitura de Natal recebendo o vice-prefeito do PSL. Em Parnamirim o PSC de Gilson Moura e Abidene indicará o candidato à vice-prefeito. Assim sendo, Abidene só poderá ser candidato à vice-prefeito da vereadora professora Nilda, que segundo informações já tem um acordo com o empresário da educação privada Daniel Américo. Com esse alinhamento partidário Abidene só poderá ser vice da vereadora Nilda ou candidato a vereador ou prefeito, vice de Taveira ou de Maurício ele está impedido partidariamente, garante o soldado Vasco.

Gilson Moura e seu liderado Abidene também conversou com o coronel Dolvin, que reluta não querer ser candidato para não sair da sua zona de conforto em Brasília onde é assessor do ministro e ex-astronauta Marcos Pontes no Ministério da Ciência e Tecnologia.

Está articulação do grupo liderado por Gilson Moura para indicar de qualquer maneira o candidato à vice-prefeito reforça o pensamento do pré-candidato e professor Iran Padilha que tem declarado que em Parnamirim os políticos profissionais não tem projetos para o município, tem interesses pessoais e são farinha do mesmo saco.

Fazendeiro mais rico do mundo lucrou bilhões com coronavírus


O bilionário chinês Qin Yinglin é o fazendeiro mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal de US$ 22 bilhões, equivalente a R$ 112,62 bilhões.

Seu império suíno cresceu muito desde o ano passado com a escassez e o aumento dos preços devido ao surto de gripe suína, em 2019, e também à pandemia de COVID-19.

Yinglin e a esposa, Qian Ying, começaram a criar porcos em 1992, com apenas 22 leitões. Em 2019, eles já tinham mais de 10 milhões de porcos na empresa Muyuan Foods, registrada em Shenzhen.

A carne suína é a mais consumida na China, por isso a demanda é alta, e a redução da oferta por causa do aumento das restrições e da seleção fez os preços dispararem rapidamente.

O surto de gripe suína em 2019 acabou com metade dos porcos da China, provocando um aumento de 160% nos preços. Com isso, o valor das ações da Muyuan Foods aumentou 200% e, em junho do ano passado, a fortuna de Yinglin já tinha duplicado, chegando a US$ 22 bilhões.

A empresa continua forte porque mantém a propriedade de uma alta porcentagem das fazendas, facilitando o controle da higiene e a biossegurança para evitar doenças.

Quando a China começou o lockdown no começo de fevereiro deste ano, o fornecimento de carne suína foi limitado, e o preço das ações da Muyuan acabou subindo 80% entre 3 de fevereiro e 28 de abril. Assim, a fortuna de Yinglin ganhou mais US$ 6 bilhões (R$ 30 bilhões).

No entanto, alguns analistas preveem que o retorno do abastecimento de carne suína na China possa provocar uma redução da fortuna pessoal de Yinglin, sustentada pelos preços excessivos do setor nos últimos anos.

À medida que o surto de gripe suína se estabiliza e o lockdown pelo coronavírus é flexibilizado, os preços da carne de porco estão caindo, e o mercado deve voltar ao normal.

“A sorte [de Muyuan] não vai durar para sempre”, comenta Wilhelm Uffelmann, chefe de consultoria da Roland Berger, consultora de alimentos e agronegócios, para o Financial Times.

No início deste ano, Yinglin afirmou em uma entrevista que a COVID-19 era, em certa medida, uma bênção para os fazendeiros.

“A epidemia vai forçar as empresas e os fazendeiros mais frágeis a desistir, mas será uma oportunidade de lucro e desenvolvimento para as empresas mais fortes”, disse ele.

Lily Canter

CE: Suspeito de matar ganhador da Mega-Sena é morto a tiros em Campos Sales

Antônio Pedro dos Santos, de 30 anos, foi encontrado morto com marcas de tiro em Campos Sales, no Ceará, nesta segunda-feira (8). Ele é suspeito de matar oempresário Miguel Ferreira de Oliveira, de 49 anos, que ganhou R$ 39 milhões em sorteio da Mega-Sena em 2011. As informações são do jornal Diário do Nordeste.

De acordo com a polícia, em abril de 2019, Antônio foi preso após mandado de prisão temporária por suspeita de participação na morte do empresário. O suspeito foi solto cerca de dois meses depois e estava respondendo ao inquérito em liberdade.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Antônio foi encontrado junto de outra vítima, identificada como Israel Antonio Paz de Sousa, de 20 anos, na zona rural da cidade.

A Delegacia Municipal de Campos Sales instaurou um inquérito para apurar o duplo homicídio. Equipes da Força Tática da Polícia Militar fazem buscas para capturar os suspeitos do crime. A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) também foi acionada.

Relembre o caso do ‘milionário da Mega-Sena’

Miguel Ferreira de Oliveira foi morto na madrugada do dia 4 de fevereiro de 2018. Ele estava no bar Ponto da Pizza, no bairro Alto Alegre, em Campos Sales. Oliveira, que era natural de São Paulo, faturou, em 2011, o prêmio de R$ 39 milhões na Mega-Sena. Após ganhar o prêmio, ele se mudou para Campos Sales, onde comprou imóveis e vivia dos aluguéis.

Ele participava de uma seresta quando foi atingido por três tiros disparados por um homem. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o autor dos disparos chegou e saiu caminhando. Para fugir, entrou em um terreno baldio, próximo a um posto de gasolina. A vítima morreu na mesa do bar.

Toffoli rechaça militares no poder: “Experiência fracassada”

“Não podemos aceitar aquilo que atenta contra o Estado Democrático de Direito”, disse o presidente do STF
Breno Pires

Em uma homenagem que recebeu de líderes do Congresso Nacional nesta terça-feira, 9, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, rebateu interpretações de que o artigo 142 da Constituição Federal autorizaria a intervenção das Forças Armadas em outros poderes da República.

Além disso, o presidente do Supremo reiterou a declaração que dera na véspera quando chamou atenção do presidente Jair Bolsonaro para que evite atitudes “dúbias” em defesa da democracia.

“Não há lugar para um quarto poder, para o Art. 142 da Constituição. As Forças Armadas sabem muito bem que o Art. 142 da Constituição não lhes dá o papel de poder moderador”, disse o presidente do Supremo, na live coordenada pelo líder da Rede Sustentabilidade, Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

Câmara aprova projeto que suspende por 90 dias inclusão de pessoas no SPC e Serasa

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) um projeto que suspende por 90 dias a inclusão de pessoas em serviços de proteção ao crédito, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e o Serasa.

Como o texto já passou pelo Senado, seguirá para o presidente Jair Bolsonaro sancionar, integral ou parcialmente, ou vetar.

A proposta foi aprovada em razão da crise na economia provocada pela pandemia do novo coronavírus.