Arquivo diários:15/06/2020

Bolsonaro critica TSE e diz que Forças Armadas não aceitam ‘julgamento político’ para cassar chapa eleita

Redação Notícias
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O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que iniciou na semana passada a análise em plenário de uma ação que pede a cassação da chapa eleita à Presidência em 2018, e voltou a dizer que as Forças Armadas não aceitarão um “julgamento político”.

Segundo ele, a hipótese de anulação de sua vitória eleitoral é “inadmissível” e significaria “esticar a corda”. Bolsonaro, no entanto, também negou a possibilidade de militares darem um golpe.

“Não existe intervenção militar. O artigo 142 (da Constituição), nem precisava o senhor Luiz Fux monocraticamente atender a um pedido do PDT, um partido que tem ligação com o partido comunista chines, para dizer qual o papel das Forças Armadas. Como se o nosso Alto Comando das Forças Armadas fosse (formado por) pessoas que não soubessem qual o seu papel em uma democracia. E nós, militares das Forças Armadas, porque eu também sou militar, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia nesse país. Nós jamais cumpriríamos ordens absurdas, mas nós também jamais aceitaríamos um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”, disse Bolsonaro.

O presidente referiu-se à nota divulgada na sexta-feira, assinada em conjunto com o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. O texto afirma que as Forças Armadas “não cumprem ordens absurdas, como por exemplo a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”.

A nota foi divulgada depois de uma decisão em que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que as Forças Armadas não são um poder moderador e não podem ser acionadas no caso de conflitos entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Bolsonaro reclamou do julgamento em curso no TSE e afirmou que o Tribunal não deveria ter dado andamento ao caso. A ação trata de uma página no Facebook que reunia 2,7 milhões de pessoas e era chamada de “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. Após uma invasão feita por hackers, o nome foi alterado para “Mulheres com Bolsonaro #17”. A página de Bolsonaro no Facebook chegou a divulgar a página com a nova nomenclatura. O julgamento foi suspenso depois de um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

“O próprio julgamento no TSE. Com todo respeito, mas me julgar por uma página que ficou fora do ar por menos de 24 horas, para cassar chapa Bolsonaro e Mourão, é inadmissível. No meu entender, é começar a esticar a corda. É começar a alimentar uma crise, que não existe da nossa parte. Outra, como vou dar golpe se já sou o presidente, se já sou chefe supremo das Forças Armadas?”, questionou.

Em entrevista à revista “Veja”, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou considerar “ultrajante e ofensivo” considerar que as Forças Armadas “vão quebrar o regime democrático”. Ramos, no entanto, acrescentou que o “outro lado” precisa entender que não deve “esticar a corda”.

da Agência O Globo

Atendendo recomendações de autoridades sanitárias, Fátima Bezerra adia retomada gradual das atividades econômicas no RN

O Governo do Rio Grande do Norte adiou o início da retomada das atividades econômicas no estado para o dia 24 de junho. A retomada estava prevista para começar na próxima quarta (17), mas foi condicionada à taxa de ocupação de leitos.

A decisão foi anunciada nesta segunda (15) pela governadora Fátima Bezerra, em videoconferência realizada com o setor produtivo, representado pelas entidades do comércio, do turismo, da indústria e do transporte de passageiros.

Conforme acertado entre governo e as entidades Fecomércio, Fiern, FCDL e Sebrae, foi planejado um cronograma para reabertura gradual das atividades econômicas. O calendário para a retomada e os protocolos para funcionamento dos estabelecimentos serão definidos em portaria, a ser publicada pelo Governo do RN.

Dentre as alegações apresentadas pela equipe do governo na reunião, para a não autorização da retomada da economia, a principal é o nível de retransmissibilidade do coronavírus, que apesar de se observar uma desaceleração da taxa, os índices observados ainda não atingiram o patamar considerado aceitável, segundo o padrão da Organização Mundial de Saúde OMS), que seria inferior a 1.

G 1 (RN)

Manaus em ritmo de abertura


Após dois meses de funcionamento, o prefeito Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), anunciou o fechamento do hospital municipal de campanha para pacientes com Covid-19.

Montado em uma escola, o hospital não está mais recebendo pacientes. Com 180 leitos, tinha, até domingo (14), 46 internados. O espaço será desativado após eles serem atendidos, de acordo com a prefeitura.

Até a semana passada, o atendimento no local foi administrado e financiado pelo Grupo Samel, com apoio do Instituto Transire, ambos privados. Segundo a prefeitura, foram curados cerca de 570 pacientes, dos quais 28 indígenas. O número de óbitos não foi informado.

Após semanas difíceis, com hospitais colapsados e enterros coletivos, Manaus passou a registrar uma queda constante no número de mortos e internados desde o final de abril.

Na rede pública estadual, o Amazonas deve passar a receber pacientes com Covid-19 vindos de Roraima nos seus dois hospitais voltados exclusivamente para a doença.

O acordo está sendo costurado com a participação do Ministério da Saúde. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus é de 53%.

Nesta segunda-feira (15), Manaus começou a segunda etapa da reabertura gradual do comércio. Restaurantes e padarias já podem receber clientes, inclusive nas praças de alimentação de shoppings. Lojas de departamento também reabriram.

A cidade, no entanto, ainda registra mais mortos do que antes da epidemia. Levantamento da Fiocruz mostra que, na semana epidemiológica de 31 de maio a 6 de junho, houve 306 óbitos, cerca de 50% a mais que no mesmo período de 2019.

Concomitantemente com o declínio de óbitos em Manaus, a epidemia cresceu no interior do Amazonas, que já registrou o novo coronavírus em 60 dos 62 municípios. Atualmente, o interior concentra 59% dos casos confirmados no estado.

Até esta segunda, Manaus registrou 1.620 óbitos por Covid-19, dos quais 3 nas últimas 24 horas. A cidade acumula 23.138 casos confirmados.

FolhaPress

Governadora Fátima Bezerra convocou mais 813 profissionais de Saúde para reforçar combate à pandemia


O Governo do Estado convocou mais 813 profissionais para reforçar o quadro de pessoal da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap), durante o período de combate à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
Os convocados foram aprovados no Recrutamento para Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público em atendimento ao Plano de Contingência Hospitalar para o enfrentamento da Covid-19. A convocação foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado (DOE) deste domingo (14), regido pelo Edital nº 001/2020 SESAP/RN, publicado no DOE de 02 de abril de 2020.

Jornalista é agredido por policial ao filmar abordagem a grupo com indumentária nazista


Torcidas rivais e movimentos sociais ocuparam a avenida Paulista na tarde deste domingo (14/6). Cerca de dois mil manifestantes se reuniram contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pela democracia e contra o racismo.

A poucos quilômetros dali, no Viaduto do Chá, centro da cidade de SP, cerca de 20 bolsonaristas se reuniram no ato pró-Bolsonaro. Em inglês, eles protestavam contra as medidas adotadas pelo governador João Doria (PSDB) contra o coronavírus. No cartaz, os manifestantes bolsonaristas queriam escrever pessoas morreram (died), mas escreveram pessoas tingidas (dyed).

Às 14h, torcedores do Palmeiras partiram da Praça do Ciclista para o Masp, na Avenida Paulista, onde os demais manifestantes estavam concentrados. Com bandeiras “pela vida e democracia” e “ditadura nunca mais”, o grupo se uniu as demais torcidas de times rivais: Corinthians, São Paulo, Santos e Portuguesa.

O efetivo policial na rua era grande. Além de acompanhar a manifestação, os PMs montaram um cercado metálico em torno da estátua de Anhanguera, bandeirante responsável por matar, estuprar e escravizar indígenas, localizada em frente ao Parque Trianon.

Logo no começo do ato, o repórter Luís Adorno, do Uol, teve a tela do celular quebrada pela PM, enquanto gravava as medidas adotadas pelos policiais com um trio de jovens com suásticas nas roupas. O jornalista foi empurrado pelas costas por um dos policiais militares

No vídeo que o repórter estava gravando é possível ver o diálogo entre um manifestante pró-democracia e a PM, que, até então, só havia pedido os documentos dele, ignorando a presença dos jovens com símbolos nazistas. Apesar das suásticas nas roupas, a Polícia Militar afirmou que os jovens não eram nazistas.

Sara Winter na Lei de Segurança Nacional

Os bolsonaristas que estão sendo presos hoje foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

Ao todo, são seis mandados de prisão temporária contra os líderes do movimento 300 do Brasil, incluindo Sara Giromini, a Sara Winter. Eles são acusados de atos antidemocráticos e de pregar o fim das instituições.

As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atendeu a pedido feito pela Procuradoria-Geral da República na sexta.

O caso será mantido em sigilo enquanto as diligências estiverem sendo cumpridas.

O Antagonista