Covid-19: Governo de SP define 5 outros estados para testar a vacina


João Conrado Kneipp
A vacina contra o novo coronavírusdesenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, será testada em outros cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante a coletiva de imprensa desta quarta-feira (1º).
A fase de testes clínicos da “Coronavac” envolverá a aplicação e acompanhamento clínico de 9 mil voluntários no Brasil, que ainda serão selecionados pelos 12 centros de pesquisa nesses estados. Os critérios para a escolha serão apresentados na próxima semana.
Na capital paulista, além do Instituto Butantan, os testes também serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; pelo Instituto de Emílio Ribas; e pelo Hospital Albert Einstein.

Já em outras regiões do estado, foram selecionados os centros do Hospital das Clínicas da Unicamp; a Universidade Municipal de São Caetano do Sul; a Faculdade de Medicina de São José Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Fora do estado, a testagem da vacina será realizada pela Universidade de Brasília (UnB); pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais; no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul; e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

A previsão para início dos testes no próximo mês, mas depende da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que o governo espera acontecer até o fim desta semana. Se der certo, a estimativa é que a vacina esteja disponível à população em junho de 2021.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que após a seleção dos 9 mil voluntários, a aplicação da vacina será “um para um” – um voluntário recebe a vacina, enquanto outro voluntário recebe um placebo, uma substância sem efeito.

“Tudo isso é acompanhado durante um tempo por um organismo internacional que verifica os dados. Nós não teremos acesso a esses dados até a conclusão dos testes”, explicou Covas. O diretor também anunciou que, caso a vacina seja aprovada, o acordo com o Sinovac Biotech prevê a disponibilização imediata da 60 milhões de doses para aplicação.

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