Arquivo diários:26/07/2020

Incrível como não existe mais comoção, 86 mil mortos por coronavírus no Brasil

Coronavírus

O Brasil tem 86.508 mortes por coronavírus e 2.397.169 casos confirmados até as 8h deste domingo (26), segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Às 20h de sábado (25), o consórcio divulgou que as secretarias estaduais de saúde confirmaram 1.111 mortes nas 24 horas anteriores ao balanço. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil em 7 dias até então foi de 1.097 mortes por dia, recorde da pandemia, e alta de 6% em 14 dias.

Sobre os infectados, foram 48.234 confirmados em 24 horas até o fechamento do boletim das 20h de sábado. Com isso, a média móvel de casos foi de 45.884 por dia, uma alta de 23% em relação aos casos registrados em 14 dias.

No total, 11 estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC,MG, RJ, GO, MS, AP, RO, RR, TO. Em relação a sexta-feira (24), MG, RJ e RR deixaram a lista de estados com estabilidade.

Os dados do balanço levam conta os casos e mortes divulgados nas últimas 24 horas pelas secretarias estaduais. Nem todos ocorreram necessariamente nesse intervalo.

Rinaldo Reis deverá manifestar posição no processo de afastamento de Dallagnol


O processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que pede afastamento do procurador Deltan Dallagnol da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba deve ser analisado pelo plenário na próxima reunião, em 18 de agosto.

Na data, o relator do caso, Luiz Fernando Bandeira, deve levar o seu voto para o plenário. Ele assumiu o processo recentemente, após o término do mandato do conselheiro Valter Shuenquener de Araújo.

Em seu despacho à frente do processo, Bandeira pôs o pé no acelerador: deu 10 dias (ou seja, até dia 2 de agosto) para se manifestarem, caso queiram, o procurador-geral, Augusto Aras, o corregedor, Rinaldo Reis Lima, o próprio réu.

O documento dá ainda a possibilidade de o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Jr também se manifestar no mesmo prazo. Ele é relator de denúncia da OAB contra Dallagnol, sobre suposta cooperação com autoridades de polícia judiciária estrangeira, no caso, FBI, sem utilização dos canais legais competentes.

O caso, protocolado no ano passado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), volta a andar no momento de maior tensão entre Aras e as forças-tarefas, em especial a de Curitiba. Uma polêmica decisão recente do presidente do STF, Dias Toffoli, a pedido do procurador-geral, determinou o compartilhamento total de informações das forças-tarefas com a PGR. Ou seja: neste caso específico do CNMP, Aras poderá, se encontrar irregularidades, acrescentá-las ao processo.

Estadão Conteúdo

Moro diz que foi usado por Bolsonaro

Moro, abusando e perdendo forças

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro disse em entrevista ao jornal britânico Financial Times que o governo de Jair Bolsonaro usou sua presença na equipe ministerial como desculpa para demonstrar que medidas anticorrupção estariam sendo tomadas. O ex-ministro afirmou que o governo não estava fazendo muito e que esta agenda tem sofrido reveses desde 2018, quando Bolsonaro se elegeu.

“Uma das razões para eu sair do governo foi que não estava se fazendo muito (pela agenda anticorrupção)”, disse Moro à publicação. “Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí. A agenda anticorrupção tem sofrido reveses desde 2018”.

Com informações do Estadão

Médicos querem indicar o vice-prefeito de Álvaro Dias


Na corrida pela disputa da candidatura a vice-prefeito do atual prefeito Álvaro Dias os médicos também querem indicar o nome.
Bem avaliado e aprovado pelo natalense, Álvaro terá um problema para resolver, escolher seu companheiro de chapa sem desagradar os diversos grupos que estão querendo indicar o nome.
Carlos Eduardo, Fecomércio, Rogério Marinho(Saco Preto) e a classe médica estão disputando.

Quarentena provoca separações de casais

Dois meses após o início da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, a psicóloga carioca Renata*, de 36 anos, tomou uma decisão que impactaria ainda mais a vida da família: terminar um casamento de dez anos. A ideia da separação já era antiga, mas a convivência forçada fez emergir a certeza de que era preciso tomar um outro rumo, mesmo quando o mundo todo parece inteiramente perdido.

“Da minha parte, já não estava funcionando, mas a gente ia levando. Ainda mais quando tem criança no meio”, diz ela, mãe de um menino de 4 anos, que agora passa dois dias na casa dela e dois na do pai. “Mas o confinamento faz com que você não consiga fugir de determinadas coisas. É um momento que temos para olhar para nós mesmos, e ficou impossível lutar contra alguns sentimentos.”

O ato que Renata consumou é a aposta de muitos advogados para depois da pandemia. Apesar de os números de divórcios consensuais e litigiosos terem diminuído nos últimos meses (segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Rio, em abril, maio e junho de 2019 foram 10.512 processos contra 3.110 no mesmo período deste ano), as buscas por assuntos relacionados ao tema não param de subir à medida que os meses passam.

Segundo dados do Google, as pesquisas pela expressão “como dar entrada no divórcio” cresceram 127% em maio de 2020 se comparadas ao mês anterior. “Há muita gente decidindo não seguir com uma relação a partir da experiência de confinamento. Tenho sido procurada por pessoas que tinham um desejo de separação latente e agora não querem mais adiar”, diz a advogada colaborativa Olivia Fürst. Nessa vertente do Direito em que ela atua, parte-se do princípio que ambas as partes do casal chegarão a um acordo sobre os pontos do divórcio (partilha de bens, responsabilidade dos filhos, etc.) e não levarão as questões a um litígio, ou seja, a uma briga judicial.

Psicóloga atuante na Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio, Glicia Brazil vê a pandemia como o estopim para o que chama de separação psíquica. “É um processo muito íntimo e pode acontecer enquanto ainda se está junto de alguém. Pode-se estar numa relação ao mesmo tempo em que se elabora um divórcio”, diz Glicia. “O período de quarentena acabou sendo a bomba-relógio para algo que estava incipiente em algumas famílias e que, com a proximidade, se tornou difícil de tolerar.”

Essa vontade impossível de ser contida também tomou conta da engenheira carioca Luciana*, de 40 anos, que ia completar dez anos de união estável em junho. O tempo em casa deu a ela e ao companheiro a chance de colocarem as ideias na mesa e chegarem à conclusão de que o relacionamento acabou. Agora, Luciana só espera as aulas da filha, de 5 anos, voltarem, para que o ex saia de casa. “Optamos por ele ficar aqui até que a rotina se reestabeleça”, diz a engenheira. Ela já tem pesquisado sobre como desfazer a união legalmente, mas quer esperar uma reabertura maior da sociedade para seguir esse passo. O mesmo acontece com Renata, que ainda não deu entrada nos papéis de separação.

Os advogados apostam que há muitas pessoas como as duas e que os próximos meses serão de alta na procura por seus serviços. “Acredito que a demanda vai crescer”, diz o advogado Joel Luiz Costa, que já tem feito alguns processos extrajudiciais, em cartório, algo que pode acontecer quando não há litígio ou filhos menores de 18 anos. “Muita gente está esperando a vida normalizar para sair de casa e a situação financeira se reorganizar, porque isso traz gastos com advogado, nova moradia.” A advogada Bruna Rinaldi concorda que haverá esse comportamento e salienta outra questão interessante que já tem visto na prática. “A pandemia, inacreditavelmente, tem forçado as pessoas a fazerem acordos mais rapidamente. Elas temem morosidades. Houve conscientização, uma união até de quem é desunido”, diz Bruna.

* Os nomes verdadeiros foram alterados a pedido das entrevistadas.

O Globo