Justiça determina que redes sociais apaguem posts de Sara Geromini que expõe menina de 10 anos


A Justiça do Espírito Santo determinou que Facebook, Twitter e Google excluam as publicações de Sara Geromini, conhecida como Sara Winter. Os posts são relacionados à criança de 10 anos que passou por um procedimento de interrupção de gravidez, depois de ser estuprada por um tio. A informação foi revelada pelo portal UOL.
A decisão tem caráter liminar e as plataformas tem até 24 horas para retirarem as postagens. Caso não o façam, a multa é de R$ 50 mil por dia.

Bolsonarista e ativista de extrema direita, Sara Geromini divulgou nas redes sociais o endereço do local onde seria feito o aborto da criança, além do nome dela, o que vai contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela ainda ofendeu o médico que faria o procedimento e pediu para que os seguidores rezassem. Após a divulgação, extremistas religiosos foram até o local para tentarem impedir o aborto.

A menina teve autorização da justiça para realizar a interrupção da gravidez no Recife. Ela era vítima de estupro há quatro anos.

Na decisão, obtida pelo UOL, o juiz afirma que não quer ir contra a liberdade de expressão, no entanto, “consoante se extrai dos autos os dados divulgados são oriundos de procedimento amparado por segredo de justiça”.

Sara Geromini foi presa em junho pela Polícia Federal por ter participado de atos antidemocráticos, com pautas como fechamento do Congresso e do STF. Atualmente, ela está fora da prisão, mas com tornozeleira eletrônica.

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