Arquivo diários:17/08/2020

Pandemia deixa passagens aéreas até 60% mais baratas

Levantamento feito pela Kayak, empresa especializada em pesquisa de viagens, a pedido do R7 Economize, aponta redução nos valores de passagens aéreas pesquisadas em junho e julho de 2020 na comparação com o mesmo período em 2019.

A maior diferença foi encontrada em passagens aéreas para Orlando, nos Estados Unidos.

Houve uma redução de 60,09% nos preços das passagens compradas entre dezembro 2019 e janeiro de 2020 na comparação com dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

Já nos voos nacionais, a maior diferença foi identificada em viagens para Recife, com redução de 43,43% para quem for comprar uma passagem para dezembro deste ano ou janeiro de 2021.

A pesquisa tem como base a média de preço das passagens aéreas com saída de todos os aeroportos do Brasil.

Com as passagens aéreas até 60% mais baratas, será que é hora de planejar aquela viagem de férias que não foi possível este ano?

Aproveitar ou não o momento para economizar na viagem das férias é uma dúvida que atinge muita gente. Afinal, será que a pandemia vai terminar antes da data escolhida para descansar?

Especialistas divergem sobre o assunto. Uma recomendação, porém, que é unanime é o planejamento da viagem com antecedência para conseguir melhores preços nas passagens, hospedagens e atrações turísticas.

Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da FGV (Fundação Getúlio Vargas), cita como exemplo os parques de diversão que vendem os ingressos antecipadamente e mais baratos.

Dupla para 2020: Rogério Marinho e Fábio Faria

Deu no Globo é o Blog do Xerife publicou:

Rogério Marinho fracassou em 2018 ao tentar se reeleger deputado federal após ter se desgastado ao relatar a reforma trabalhista durante a gestão Michel Temer. Chamado por Paulo Guedes, virou articulador da austera reforma da Previdência aprovada no ano passado. Mas agora, o nome do ministro do Desenvolvimento Regional passou a ser associado a um adjetivo impensável meses atrás: “gastador”. É ele quem lidera a ala do governo que deseja “furar” o teto de gastos para investir em obras, contrariando o titular da Economia.

Por trás da transformação está o desejo de se cacifar como candidato a governador do Rio Grande do Norte, em 2022, e a conquista de uma proximidade com o presidente Jair Bolsonaro ao defender internamente que essas medidas visam à reeleição do chefe. Procurado, Marinho nega pretensões eleitorais e diz ser apenas candidato “a ser um bom ministro”.

Mas colegas da Esplanada e ministros com assento no Palácio do Planalto garantem que o desejo de concorrer ao governo do seu estado natal como candidato de Bolsonaro ajuda a explicar as movimentações de Marinho.

A aliança que está sendo costurada contemplaria ainda a candidatura do ministro das Comunicações, Fábio Faria, para o Senado. O estado hoje é governado por Fátima Bezerra, do PT.

A disputa em torno do tamanho das despesas do governo atingiu o ápice na terça-feira da semana passada, quando Guedes disse, sem citar nomes, que auxiliares do presidente que desejam “furar” o teto de gastos o levariam para uma “zona de impeachment”. A subida de tom do ministro da Economia levou o presidente a convocar uma reunião no dia seguinte para marcar posição em defesa do teto. Na quinta, porém, o presidente afirmou não ver problema nessa discussão.

A pretensão política de Marinho é constantemente citada por Guedes, nos bastidores, numa tentativa de desacreditar o colega. Para o ministro da Economia, os ministros devem trabalhar pela reeleição de Bolsonaro, e não pelos próprios projetos pessoais. E, na avaliação de Guedes, a alta de gastos mais prejudica do que ajuda o caminho do presidente a 2022.Não é isso que pensa a ala “pró-gasto” liderada por Marinho, e que conta também com ministros palacianos. Esses ministros avaliam ser necessário fazer obras, montar uma agenda de inaugurações com a presença de Bolsonaro e construir um programa social forte para reeleger o presidente. Na próxima sexta, inclusive, ao lado de Marinho e Faria, Bolsonaro deve ir ao Rio Grande do Norte para participar de uma cerimônia de entrega de títulos fundiários.

 O cenário eleitoral aproximou Marinho do chefe, que o incumbiu de manter o “olhar especial” para o Nordeste. O ministro está sem partido.

Ele desfiliou-se do PSDB em junho deste ano, depois de ser derrotado ao tentar se reeleger como deputado federal em 2018, quando teve 59 mil votos.

A derrota o levou a cogitar, inclusive, mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, onde acreditava que o perfil de austeridade que lhe marcou nos últimos anos seria mais bem aceito.

Marinho chegou ao governo pelas mãos de Guedes. A atuação dele na reforma trabalhista o credenciou para o cargo de secretário especial de Previdência e Trabalho e foi o homem do governo na aprovação da reforma do sistema de aposentadorias, aproveitando a boa relação que desenvolveu com o Congresso. Assessores do ministro do Desenvolvimento Regional afirmam que ele é ciente da necessidade de controlar as contas públicas, mas que acredita que 2020 é um ano excepcional e, como tal, não se pode deixar obras paradas. A versão dos auxiliares é que Guedes “vazou” debates internos para colocar Marinho em rota de colisão com Bolsonaro e que o ministro da Economia quer “interditar o debate”.

Em entrevista ao GLOBO no início do mês, Marinho lembrou que o país já terá um rombo de R$ 800 bilhões — por contas das medidas para combater o coronavírus e da queda da atividade econômica — e, por isso, não haveria problema num acréscimo de “R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões”:

— Parece que temos uma faca cravada no olho e estamos preocupados com o cisco.

O problema, avalia o Ministério da Economia, é que isso pode “abrir a porteira” para um gasto desenfreado, minando a confiança na recuperação fiscal. Na reunião que terminou com Bolsonaro falando em defesa do teto de gastos, Marinho ficou ao lado de Guedes na foto do pronunciamento. A proximidade, porém, hoje fica apenas na imagem.

Covid-19 chega a 98,7% dos municípios brasileiros

Covid-19 já atinge 98,7% dos municípios brasileiros, segundo levantamento da Globonews. Neste domingo (16), o Brasil chegou ao total de 107.305 óbitos por causa da doença e 3.318.168 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia.

A região Norte do país foi a primeira a registrar 100% do seu território com casos do novo coronavírus. De acordo com dados das secretarias estaduais de saúde, apenas 67 cidades brasileiras ainda estão livres de casos da doença.

Ao todo, são 17 estados com todas as cidades com pelo menos um caso de coronavírus. Não há nenhum estado brasileiro que não registre 90% de seu território atingido.

O mesmo levantamento foi realizado há 15 dias e, desde então, mais três estados atingiram o patamar de 100%: Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pernambuco.

Bolsonaro voltando para o PSL

Caso ocorra volta de Bolsonaro ao PSL, Rogério Marinho vai presidir o partido no RN

O vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, com aval do clã Bolsonaro, organiza a volta dos deputados bolsonaristas afastados do partido após o racha entre o presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar (PE), e o presidente Jair Bolsonaro, hoje sem legenda.

Rueda virou peça-chave na negociação política que ocorre nove meses após Bolsonaro dizer para um apoiador esquecer o PSL. Há um mês, ele articulou uma ligação entre o presidente e Bivar.

Foi a primeira vez que Bivar e o mandatário se falaram desde a crise que levou à saída de Bolsonaro da legenda, em novembro de 2019. O presidente chegou a dizer a um apoiador que Bivar estava “queimado para caramba”.

Rueda nega ter tido participação direta no gesto, mas a Folha confirmou com outras duas fontes o papel do advogado na reaproximação. “Como dirigente partidário eu tenho de estar aberto sempre ao diálogo”, afirmou ele.

Na última quinta-feira (13), os sinais de fumaça da reconciliação se tornaram públicos. Em sua live semanal, Bolsonaro cogitou a volta ao PSL ao falar da possibilidade de se filiar a outros três partidos.

“Tem uma quarta hipótese: o PSL. Alguns sinalizaram uma reconciliação. A gente bota as condições na mesa para reconciliar e eles botam de lá para cá também”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que não deve se concretizar a expectativa de que a Aliança pelo Brasil —partido ainda não criado e que reuniria o bolsonarismo— fique pronta neste ano.

De perfil discreto, Rueda comanda essa articulação política de dois imóveis localizados no Lago Sul de Brasília.

Um deles, o escritório localizado perto da embaixada do Kuait, é compartilhado com Otávio Noronha, filho do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha.

O outro ponto de articulação política é a casa de Rueda. Ele recebe dirigentes e autoridades, entre elas o presidente do STJ, que já esteve ao menos duas vezes em eventos realizados no local.

Flávio Bolsonaro é outro frequentador habitual da residência do vice-presidente do PSL. Os dois são amigos e se tornaram os principais articuladores do acordo.

Rueda tenta garantir a Bolsonaro e seus filhos acesso ao cofre do PSL —o principal entrave da disputa política pelo comando do partido em 2019. O vice-presidente da sigla comanda indiretamente as finanças.

Bivar é ainda resistente à ideia. Ele deu sinais a aliados nas últimas semanas de que pode não ceder, mas compartilhar indiretamente espaços de comando na legenda com o presidente da República.

Oficialmente, Bivar negou a articulação. “Isso não foi colocado na mesa”, disse.

FOLHAPRESS

Angola manda fechar templos da Igreja Universal, acusada de fraude e de atividades criminosas

Edir Macedo e Bolsonaro

A Justiça de Angola mandou fechar vários templos que pertencem à Igreja Universal do Reino de Deus, acusada de fraude e de atividades criminosas no país do sudoeste africano.

A Universal tem oito milhões de membros no Brasil e está presente em mais de cem países no mundo. Na África, há templos em ao menos 12 países.

No último ano, quase 300 bispos angolanos da Universal se afastaram da liderança brasileira, denunciando práticas contrárias à realidade de Angola e da África e acusando a igreja de sonegação fiscal.

As denúncias levaram a Procuradoria Geral de Angola a abrir um processo penal contra a igreja em dezembro. O procurador-geral do país, Álvaro da Silva João, anunciou na sexta-feira (14) o fechamento de sete templos da Universal no país.

“Esta medida foi adotada porque nos autos há indícios suficientes da prática de delitos como associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança e outros atos ilegais”, afirmou o procurador, em comunicado.

As autoridades da Universal não comentaram o fechamento dos templos. A igreja já havia negado anteriormente as acusações dos bispos angolanos, que chamou de difamatórias.

A tensão aumento em junho, quando um grupo de ex-membros da igreja assumiu o comando de mais de 80 templos na capital, Luanda, e em províncias próximas.

Fundada pelo bispo evangélico Edir Macedo em 1977, a igreja já foi alvo de polêmica por sua suposta participação em atividades ilícitas em outros países, incluindo denúncias de redes de adoção ilegal em Portugal e outros países de língua portuguesa.

Macedo, dono de uma grande fortuna graças à organização, chegou a ser detido em 1992 sob acusações de charlatanismo e estelionato, que depois foram anuladas.

FOLHAPRESS

CNN revela lista de bens que o doleiro Dario Messer vai devolver no acordo de R$ 1 bilhão

Foto: reprodução

Após fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Polícia Federal (PF), o doleiro Dario Messer vai ter de abrir mão de um patrimônio estimado em mais de R$ 1 bilhão. No depoimento, o doleiro revelou a existência de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o uso de criptomoedas.

Entre as contas e pertences barganhados, Messer vai ter que devolver:

• R$ 60 milhões de uma conta nas Bahamas;

• R$ 3 milhões em um banco no Brasil;

• R$ 2,5 milhões depositados no Paraguai;

• a participação em uma cobertura na avenida Delfim Moreira, no Leblon, avaliada em R$ 40 milhões;

• R$ 60 milhões em contas de empresas imobiliárias;

• R$ 23,8 milhões em imóveis das mesmas companhias;

• outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Chai, a maioria localizada no Paraguai, estimados em US$ 120 milhões (mais de R$ 600 milhões);

• outros imóveis, automóveis, animais e máquinas das fazendas em nome da empresa Matrix, também no Paraguai, estimados em US$ 30 milhões de dólares (mais de R$ 150 milhões);

• US$ 6 milhões (ou R$ 30 milhões) da Fazenda Tournon, também no Paraguai;

• US$ 2 milhões de dolares (R$ 10 milhões) de um apartamento em Nova York registrado no nome de uma offshore;

• 14 obras de arte de valor ainda inestimado, sendo quatro de Di Cavalcanti, cinco de Eugênio de Proença Sigaud e cinco de Lia Mittarakis;

“Doleiro dos doleiros”

Dario Messer deve retornar R$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo determinou o acordo de delação premiada homologado na Justiça. Ele foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão. O doleiro é réu da Lava Jato no Rio por lavagem de dinheiro e outros crimes.

Chamado de “o doleiro dos doleiros”, Messer foi o principal alvo da operação “Câmbio, Desligo”, desdobramento da Lava Jato em 2018, que investigava um sistema de transações ilegais de câmbio em 52 países. Membros do MPF e da PF no Rio celebraram este acordo como “inédito” na história da investigação.

A dificuldade para o cumprimento do acordo está no fato de que os governos de Brasil e Paraguai precisarem sentar para conversar sobre como dividirão o montante. Messer também é réu em ações penais que tramitam no país vizinho.

O doleiro menciona políticos do Rio de Janeiro e empresários como tendo se beneficiado de seu esquema de lavagem de dinheiro e envio de remessas para o exterior.

CNN Brasil