Witzel insinua que Bolsonaro estaria envolvido no afastamento: ‘Mais um circo sendo realizado’

 

Wilson Witzel fez pronunciamento em frente ao Palácio Laranjeiras e não abriu espaço para perguntas dos jornalistas (Foto: Bruna Prado/Getty Images)

Anita Efraim

Afastado na manhã desta sexta-feira, 28, o governador Wilson Witzel (PSC) fez um pronunciamento em frente ao Palácio Laranjeiras. Witzel classificou as operações contra si de “mais um circo sendo realizado”. O governador afastado ainda insinuou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria envolvimento com a decisão.
“Bolsonaro já declarou que quer o Rio de Janeiro, já me acusou de perseguir a família dele. Mas, diferentemente do que ele imagina, aqui a Polícia Civil é independente, o Ministério Público é independente. E eu me preocupo muito com essa questão politica que hoje estamos vivenciando”, afirmou.
Witzel deu a entender a subprocuradora Lindora Araújo, que acusou o governador de ser chefe da organização criminosa, tem ligações com o presidente Jair Bolsonaro. Isso, para ele, teria influenciado o Superior Tribunal de Justiça, a determinar o afastamento.

“O senhor presidente da República, com todo respeito, fez acusações contra mim levianas, porque acredita que eu vou ser candidato à presidente.”

Ainda direcionando suspeitas sobre Bolsonaro, Witzel questionou: “Eu estou incomodando prendendo miliciano?”

Witzel ainda garantiu que não teme qualquer revelação que venha a aparecer. “Eu reafirmo que eu não tenho absolutamente medo de delação, porque essa delação desse canalha do Edmar é uma delação mentirosa”, disse, em referência a Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do estado.

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