Por Joaquim Pinheiro: Sucessão de Natal

Joaquim A sucessão em Natal continua em pauta nos bastidores da política partidária. Mudanças começam acontecer na lista de pretendentes à cadeira ocupada atualmente por Álvaro Dias.
A mais recente é a desistência do deputado Walter Alves, do MDB, de ser candidato a prefeito de Natal nas eleições deste ano. O argumento é de que a prioridade do emedebista é cuidar das suas bases eleitorais com vistas a sua reeleição. Na verdade, uma candidatura do filho de Garibaldi a prefeito de Natal, constituía-se numa “ faca de dois gumes”, usando um ditado popular.

O raciocínio é que mesmo ele não sendo eleito, mas tendo uma boa votação, Walter poderia ter ganhos eleitorais para sua reeleição, mas tendo uma votação pífia, ficando num quarto lugar na disputa, por exemplo, seria uma desmoralização para o filho do ex-senador, e certamente teria seu futuro político comprometido. Partindo desse raciocínio, Walter decidiu analisar e não seguir o conselho do presidente nacional do seu partido, Baleia Rossi, maior incentivador da sua candidatura a prefeito de Natal.

O deputado André Azevedo, teve seu nome citado como pré-candidato a prefeito de Natal, mas ainda não decidiu se realmente será. Azevedo enfrenta pressões das suas bases no interior do Estado para não ser candidato. Querem que ele permaneça no exercício do seu mandato na Assembleia Legislativa, onde tem feito críticas contundentes à administração da governadora Fátima Bezerra.
Sandro Pimentel, do PSOL, que havia anunciado sua pré-candidatura, desistiu da disputa e no momento luta para não perder o mandato de deputado, questionado na justiça por problemas na prestação de contas na última campanha eleitoral.
O sistema comandado pelo prefeito Álvaro Dias continua protestando a aliança politico-eleitoral feita com o ex-prefeito Carlos Eduardo, principalmente a indicação de Aila Cortez para companheira de chapa de Álvaro. Integrantes do sistema do prefeito, inclusive vereadores da base do governo, entendem que o nome imposto por Carlos Eduardo, não soma, não agrega nem une, o que poderá ser um suicídio político para Álvaro Dias, caso ele permaneça insistindo com o nome de Aila.

Segundo afirmam alguns insatisfeitos, não está descartada uma mudança na composição da chapa governista indicando um nome da confiança do prefeito Álvaro Dias e dos seus aliado, e não um preposto de Carlos Eduardo para ele continuar mandando na prefeitura.

(Joaquim Pinheiro, jornalista).

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