Guedes diz que se afastará de negociações com Congresso: “Governo agora tem liderança, eixo político para tocar”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta 4ª feira (9.set.2020) que, a partir de agora, não participará mais diretamente das negociações com o Congresso Nacional.

“Agora [o governo federal] tem liderança, tem base de governo, tem tudo direitinho. Então, eu venho aqui, converso com eles, eu não preciso mais andar desesperado pelo Planalto, correndo de 1 lugar para o outro, pedindo pelo amor de Deus e, às vezes, sendo mal-entendido”, disse. “Eu hoje estou dormindo mais tranquilo, porque agora tem eixo político no governo”, disse durante videoconferência.

Segundo o ministro, seu “desalinhamento” com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é “natural“. Ele reclamou das conversas do deputado com Estados e municípios para a criação de 1 fundo de R$ 485 bilhões para viabilizar a reforma tributária.

“Faço questão de registrar o olhar amigo de Maia, que sempre nos ajudou em todas as reformas. Tivemos 1 ou outro desalinhamento. É natural porque eu tenho que proteger a União”, disse.

Em 4 de setembro, Maia disse que não irá mais tratar de temas econômicos com o ministro. No dia anterior, afirmou que Guedes proibiu a equipe econômica de conversar com ele. Apesar do desentendimento, no entanto, disse que não há “nenhuma chance” de que o andamento das reformas propostas pelo governo seja prejudicado.

“Acabou o meu voluntarismo. Não quer dizer nem que vai ficar melhor, nem pior. Eu realmente acredito que vai ficar melhor, até para o Rodrigo. Vai ter menos desgaste entre Rodrigo e eu. O governo achou seu eixo”, disse Guedes.

As declarações de Guedes foram feitas durante live realizada pela IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público).

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