Arquivo diários:19/10/2020

Primando por Natal: O bailarino demagógico

Atendeu a fazer demagogia com Micarla?

O candidato a prefeito de Natal, Kelps Lima tem executado passinhos e padedês de refinadas demagogia.
No seu ballet eleitoral rodopiando com seu celular, Kelps está destruindo sua carreira política abusando de atitudes e meios desaconselháveis para que pretendo administrar uma capital de estado com seriedade.
Sem apresentar propostas para o povo de Natal, Kelps exagera neste ballet acrobático criando factoides.
Nesta semana ele deu um frapê eleitoral quando anunciou um show no palco das redes sociais. Na verdade, o bailarino candidato criou a expectativa, mas tudo não passou de um grande erro de coreografia e passo.
Kelps denunciou uma mobilização feita pela campanha de Álvaro no sábado onde vários funcionários da Prefeitura participaram. O rodopio errado de Kelps foi o fato dele tentar confundir o natalense sem explicar que os servidores estavam fora do horário do expediente, e no sábado,  qualquer cidadão tem o direito de participar das manifestações políticas.
Os cargos comissionados da Prefeitura são pessoas da confiança do prefeito, portanto também são responsáveis pela gestão, neste caso do ponto de vista político eles estão defendendo não o seu emprego, mas à continuidade de seus trabalhos em favor do povo de Natal.
Kelps sabe disso, ele sabe que seus assessores trabalham eleitoralmente pra em seu favor, Isso é normal em qualquer democracia no mundo.
Não é por aí que o deputado Kelps vai conquistar o povo de Natal, ele trate de apresentar projetos, propostas em sua campanha, sob pena de ficar conhecido como o bailarino do celular fora de área, sempre dando passos errados.

Eu particularmente sou muito grato ao primo Kelps pelo fato dele ter sido muito solidário defendendo nós que tivemos envolvimento e condenação injusta na Operação Impacto.

 

Primando por São João do Sabugi: o povo revela preferência pela segurança administrativa


Conhecido como um município modelo em organização, São João do Sabugi releia sua preferência pela segurança administrativa. Em tempos de dificuldades que certamente os municípios brasileiros irão passar, decorrente dos efeitos econômicos negativos gerados pela pandemia, o sabugiense tem demostrado  que não quer arriscar.
Movimentações políticas estão apontando à vitória do ex-prefeito Aníbal Pereira, que já governou o município por 5 mandatos.
Aníbal é reconhecido como um dos melhores gestores do RN.
Neste final de semana, respeitando todos os protocolos sanitários para não propagar o coronavírus, Aníbal promoveu uma grande carreata que está sendo considerada maior que as realizadas pelos candidatos em Caicó.

Taxa geral de transmissibilidade no RN para covid está abaixo de 1 nesta segunda-feira

No RN a Taxa de Transmissibilidade atualmente é de 0,38. No Estado, 35 municípios se encontram em zona de risco, enquanto outros 64 estão em zona de perigo. VALE DESTACAR que essa taxa tem grande variação ao decorrer do dia, e pode ser conferida a situação em tempo real conforme link no fim do post.

A Taxa de Transmissibilidade, ou Taxa Rt para ser mais simples, é um dos indicadores utilizados para medir a evolução de uma doença endêmica. De forma simples, essa taxa indica quantas pessoas podem ser infectadas a partir de uma pessoa já doente.

Para exemplificar suponha o Rt = 2, isso significa dizer que, estatisticamente falando, uma pessoa doente contaminará duas saudáveis. O ideal então é que esta taxa se mantenha o mais próximo possível de zero. A partir do momento que ela se mantém constantemente abaixo do valor 1, significa dizer que a doença está em um estado “controlado”

Área de atuação da milícia já supera a do tráfico na capital, mostra o ‘Mapa dos Grupos Armados do Rio de Janeiro’


Lucas Altino e Rafael Soares
Uma pesquisa inédita, que mapeou grupos criminosos no Rio, revela que as milícias já dão as cartas em um quarto dos bairros da capital, que, somados, ocupam 57,5% do território do município e onde moram mais de 2 milhões de cariocas. Os bairros com ação criminosa somente de paramilitares têm uma área quase quatro vezes maior do que aqueles onde atua apenas o tráfico.

De acordo com o “Mapa dos Grupos Armados do Rio de Janeiro”, as três quadrilhas de traficantes, somadas, agem em bairros que perfazem 15,4% da área total da cidade. O estudo é fruto de um convênio entre o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da UFF, o datalab Fogo Cruzado, o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, a plataforma digital Pista News e o Disque-Denúncia.

Os bairros em que somente a ação de milicianos foi registrada têm 686,75 quilômetros quadrados de área — o território total do Rio de Janeiro é de aproximadamente 1.200 quilômetros quadrados. Já as três facções do tráfico atuam, cada uma, em 11,4%, 3,7% e 0,3% da área do município. A área total dos bairros onde agem traficantes é de cerca de 185 quilômetros quadrados. Pouco mais de um quarto do território carioca (25,2%) está em disputa entre tráfico e milícia; e em apenas 1,9% não foi constatada a ação de qualquer grupo criminoso.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram um total de 37.883 denúncias que mencionam a ação de milícias ou facções do tráfico de drogas, recebidas pelo Disque-Denúncia (2253-1177) no ano de 2019. A partir daí, seguiu-se uma triagem das denúncias para validação, compondo uma base de dados divididos entre os quatro grupos armados que agem no Rio (as três facções do tráfico de drogas e a milícia), usando três conceitos-chave: controle territorial, controle social e atividade de mercado. Eu

O levantamento considerou a área total dos bairros. O mapa do crime será lançado oficialmente nesta segunda-feira (19), na abertura do 1º Seminário da Rede Fluminense de Pesquisas sobre Violência, Segurança e Direitos – Milícias, Grupos Armados e Disputas Territoriais no Rio de Janeiro.

O trabalho teve a participação do professor de Sociologia da UFF Daniel Hirata, coordenador do Geni. Segundo ele, era previsível um resultado que mostrasse força da milícia, mas não se esperava um domínio tão imponente.

— Para a gente foi impressionante, acima do que imaginávamos. Mesmo a milícia sendo o grupo armado mais recente, ao menos considerando o seu formato atual, ela conseguiu ampliar a extensão do seu domínio dessa forma — afirma Hirata.

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O pesquisador destaca a qualidade dos dados do Disque-Denúncia, não só pelo volume, mas pelos detalhes — já que as fontes são os próprios moradores — e pela capilaridade. Para Hirata, a expansão das milícias é um tema que deveria ser mais abordado no período eleitoral, pois são quadrilhas que se aproveitam em grande parte do mercado legal e regulamentado pelo município, em especial o imobiliário e de transporte, para se alavancar financeiramente.

— As milícias se movem na penumbra entre a legalidade e a ilegalidade, o que justificaria um trabalho profundo de investigação — explica Hirata, que acrescenta que houve diversas menções à aliança entre milícia e uma das facções de tráfico nas denúncias. — Mas as milícias têm uma série de “vantagens” sobre o tráfico, como a diversificação de atividades, o mercado de proteção, com o discurso de segurança, que favorece a extorsão e a conivência de agentes e órgãos públicos. É uma combinação que ajuda a entender esse enorme controle territorial.

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Promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, Fabio Correa analisa que, apesar de ainda existir sob a forma de células e franquias, a milícia caminha para um projeto de comando único no Rio.

— O projeto é se tornar uma estrutura só. Ao mesmo tempo em que a milícia é muito pulverizada, ela está em expansão, visando a um projeto de comando único. A sua origem histórica, na Baixada Fluminense, vem dos grupos de extermínio, em que o modelo de negócio se baseava em grupos que ora se separavam, ora se consorciavam. Já na Zona Oeste, vemos um cenário hoje mais uniforme, e é a partir daí que ela cresceu na direção da Baixada, cooptando ou se impondo aos grupos pré-existentes — explica o promotor, que participou em 2018 da Operação Freedom, uma das primeiras a atacar a atuação de milicianos em Itaguaí, local onde ocorreu o confronto da última quinta-feira (15), quando 12 suspeitos de integrarem um grupo paramilitar terminaram mortos.

Correa também destaca que a aliança com o tráfico de drogas beneficia os dois lados, pois enquanto o tráfico passa a vender em outros bairros, a milícia amplia sua fonte de renda. Por outro lado, o sociólogo da UFRRJ José Claudio Alves, especialista na pesquisa sobre grupos paramilitares, afirma que a milícia lidava com o tráfico de drogas desde o princípio de sua formação. Na sua opinião, a definição de “narcomilícia”, termo que vem se disseminando para ilustrar a aliança entre traficantes e milicianos, é impulsionada pelos próprios policiais, como forma de descolar a imagem da estrutura policial da milícia.

— O nascedouro da milícia é a estrutura da polícia, então lançar a imagem de “narcomilícia” joga no colo do traficante esse grupo organizado. E é isso que justifica uma operação que mata 12 pessoas, por exemplo. Nós nunca tivemos uma operação tão violenta contra a milícia — diz Alves. — As milícias fazem propaganda como se combatessem as drogas, mas na verdade sempre negociaram e operaram junto do tráfico.

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O sociólogo afirma que são pelo menos 15 anos de expansão e consolidação dos grupos paramilitares, sem contar núcleos locais mais antigos, como em Duque de Caxias e Rio das Pedras. Sobre a geopolítica atual, ele destaca que Itaguaí é um vértice para dois corredores específicos, um da Zona Oeste (Jacarepaguá, Campinho, Campo Grande, Santa Cruz) e outro da Baixada (Magé, Duque de Caxias, Japeri, Belford Roxo, Queimados e Seropédica). Dentro desses corredores, há regiões ainda em disputa, mas com ascensão recente e notória da milícia, como Praça Seca e Nova Iguaçu.

— O Porto de Itaguaí é o vértice desses dois eixos e serve como estrutura que internacionaliza esse crime organizado, o lança para grandes negócios. É um ponto estratégico para contrabando de qualquer mercadoria ou drogas, fora o uso para lavagem de dinheiro no exterior, o que dificulta seu rastreamento, como fez a máfia italiana — explica o especialista.

Mais de 2 milhões de cariocas moram em bairros onde há atuação da milícia

Quando se analisa o número de cariocas que vivem em bairros com atuação de traficantes ou milicianos, os grupos paramilitares também já superam as facções do tráfico. Aproximadamente um terço (33,1%) da população do município do Rio, o equivalente a 2.178.620 habitantes, vive em áreas onde as milícias atuam.

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Já o tráfico atua em bairros onde vivem 1.584.207 pessoas, ou 24% da população da cidade. Analisando-se cada uma das três facções, os números são os seguintes: 1.198.691 habitantes (18,2 %); 337.298 (5,1 %); e 48.218 moradores (0,7%). Cerca de quatro em cada dez cariocas —2.659.597 habitantes (41,4% da população) — residem em territórios ainda disputados pelas organizações criminosas.

O estudo também expandiu a análise para a Região Metropolitana. E o quadro não é muito diferente. Considerando o número de habitantes, mais uma vez a vantagem é dos milicianos, com 3.603.440 pessoas (29,2% do total de moradores dos municípios) vivendo em territórios onde os paramilitares atuam. A maior facção do tráfico tem hegemonia numa área habitada por 2.981.982 moradores (24,2% do total), seguida das outras duas facções, que agem em bairros com 445.626 (3,6%) e 48.232 (0,4%) habitantes. Pouco mais de 4,4 milhões de fluminenses (ou 36,2% do total de moradores da Região Metropolitana) residem em bairros que ainda são alvo de disputa entre milicianos e traficantes.

De acordo com o mapa, as milícias apenas são superadas quando o assunto é o número de bairros dos municípios da Região Metropolitana sob ação de cada grupo criminoso. Milicianos têm hegemonia em 199 bairros da região (21,8% do total de bairros), contra 216 (23,7%) da maior facção do tráfico; 27 da segunda maior facção (3%) e três do terceiro grupo de traficantes de drogas (0,3%). Outros 165 bairros (18,1% do total de bairros dos municípios da Região Metropolitana) permanecem alvo da disputa dos grupos armados.

Força-tarefa da Polícia Civil

A Polícia Civil criou uma força-tarefa para combater a milícia após dois assassinatos de candidatos a vereador em Nova Iguaçu. Os crimes, ocorridos nos dias 1º e 10 deste mês, teriam sido motivados por conta da disputa de territórios.

Durante a investigação, foi descoberta a movimentação da Zona Oeste para a Baixada Fluminense de milicianos que fazem parte do bando de Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos criminosos mais procurados do estado. Na última quinta-feira (15), agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) se posicionaram às margens de uma saída da Rio-Santos, em Itaguaí, para abordar um comboio de quatro carros com milicianos. Os bandidos dispararam e houve confronto. Doze suspeitos foram mortos. Entre as armas apreendidas com eles, havia três metralhadoras e cinco fuzis.

Negros são 79% dos mortos pelas polícias brasileiras em 2019; em 2018, eram 75%


Texto:
Juca Guimarães Edição: Nataly Simões

Alma Negra

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apresentou o 14ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revela que 79,1% das 6.357 pessoas mortas pela polícia brasileira em 2019 eram negras. No ano anterior, foram 6.175 assassinatos provocados por policiais e 75,4% das vítimas eram negras.

No total de mortes violentas intencionais no país ao longo do ano passado, negros eram 74,4% das 47.773 vítimas, o que soma 35.543 pessoas mortas. No geral, houve queda de 18% no número de mortes violentas contabilizadas, na comparação entre 2019 e 2018, no entanto, o índice de assassinato de pessoas negras não diminuiu.

Segundo o Anuário, na comparação geral das mortes, sem o recorte por cor da pele, o total de assassinatos no Brasil caiu nos últimos anos. Foram 57.341 em 2018, 64.021 em 2017, 61.597 em 2016 e 58.459 em 2015.

Há ainda uma subnotificação dos dados raciais das vítimas de violência no país, pois nem todos os estados informaram os números ao Anuário. Em relação à violência policial, por exemplo, não há dados de mortes causadas por agentes de segurança pública no Acre, Amazonas, Amapá e Rio Grande do Norte.

Os dados reais, provavelmente, indicam para um número ainda maior de mortes violentas intencionais, sobretudo de pessoas negras. Além dos estados que não forneceram os dados, no ano passado 13.705 casos foram classificados como “a esclarecer”, ou seja, a polícia não conseguiu nem ao menos definir se foi homicídio ou não. Em 2018, o total de mortes “a esclarecer” foi de 12.232 casos.

O Anuário revela ainda que das 657,8 mil pessoas presas no país até 2019, 438,7 mil eram negras, o que representa 66,6% do total.

Crianças e adolescentes 

O levantamento também aponta que 4.928 crianças e adolescentes, com até 19 anos, foram assassinados no ano passado. Deste total, 75% eram negros. No geral, os assassinatos de crianças e adolescentes no Brasil se concentram nas vítimas com idade entre 15 e 19 anos. Nessa faixa etária, são nove de cada dez casos de morte violenta intencional de crianças e adolescentes.

Em parceria com a Unicef, o Anuário contabilizou casos de estupro de crianças e adolescentes. Foram 25.984 casos em 2019, registrados em 12 estados. Do total de violência contra esse grupo, 44% das vítimas tinham entre 10 e 14 anos, e 30% entre zero e nove anos.

Veja quem lidera a eleição em cada capital do país segundo Ibope

Esta é uma eleição de continuidade. Pelo menos é o que aponta a primeira rodada de pesquisa Ibope para a prefeitura das 26 capitais do país, completada na sexta-feira. Das 13 cidades onde os atuais prefeitos tentam um novo mandato, em 11 são eles que lideram no ranking de intenção de voto.

Já no campo partidário, as legendas de centro estão se saindo melhor, enquanto no campo de esquerda o PSB emerge como principal força política até agora.

O panorama da liderança nas 26 capitais segundo o Ibope mostra que somente Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Nelson Marchesan (PSDB), em Porto Alegre, estão distantes de figurar no topo, mas podem alcançar um eventual segundo turno, pois figuram tecnicamente empatados na segunda posição.

Em suma, os candidatos à reeleição conjugam uma boa aprovação da gestão entre ótimo/bom e estão na cabeça do eleitor, uma vez que pontuam bem na pergunta espontânea, aquela em que o eleitor diz, sem ser apresentado aos nomes do candidatos pelo entrevistador.

O Globo

Bolsonaro revela indisposição para disputar reeleição com Mourão; Rogério Marinho (Saco Preto) está na fila

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pretende disputar a reeleição em 2022 com o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) como candidato a vice-presidente.

A intenção foi verbalizada pelo presidente a três aliados, que relataram o conteúdo das conversas reservadas com Bolsonaro à Folha.

Segundo eles, o presidente disse que quer escolher outro nome para a sua chapa eleitoral e ressaltou que não conseguiu estabelecer uma relação de completa confiança com o militar.

Nas palavras de um dos aliados, Bolsonaro afirmou que é preciso encontrar uma solução para o posto de vice-presidente e acrescentou que Mourão de novo “não dá”, segundo os relatos.

Nas três conversas, Bolsonaro lembrou que o general da reserva foi escolhido em 2018 devido a uma dificuldade, na época, em encontrar um nome para sua chapa eleitoral.

Antes do anúncio de Mourão, a hoje deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) foi convidada para o posto, mas recusou.

Em nome de uma aliança com o PRTB, e na tentativa de fidelizar apoios nas Forças Armadas, Bolsonaro escolheu o general da reserva.

Na época, aliados do hoje presidente reconheciam que Mourão era uma boa saída a Bolsonaro, já que, na opinião deles, por não ser um político de carreira, seu nome desestimularia a abertura de um processo de impeachment pelo Poder Legislativo.

A intenção do presidente de escolher outro nome para a chapa eleitoral já foi informada a integrantes das Forças Armadas, que passaram a avaliar uma espécie de saída honrosa para o general.

Eles defendem que o militar, que acumulou capital político no cargo, siga na vida pública e dispute, em 2022, um mandato de senador ou de governador no Rio Grande do Sul, onde o general chefiou o Comando Militar do Sul.

Para militares do governo, uma candidatura de Mourão no Rio Grande do Sul poderia até mesmo, se bem articulada, ter o apoio de Bolsonaro, que contaria com um palanque forte em um importante colégio eleitoral.

A relação de Bolsonaro e Mourão passa por idas e vindas desde o início do governo. Nos primeiros meses de mandato, o presidente já manifestava incômodo com o espaço que o general ganhou junto à opinião pública.

Na época, em mais de uma oportunidade, o vice-presidente concedeu declarações que faziam um contraponto a posturas manifestadas pelo presidente, o que, de acordo com assessores palacianos, incomodava Bolsonaro.

A avaliação que mais irritava o presidente, segundo auxiliares do governo, era a de que o general é mais preparado que ele para conduzir a Presidência da República, opinião manifestada nos bastidores por deputados e senadores.

Com o aumento do desconforto do presidente, Mourão chegou a adotar um período de submersão. Recentemente, no entanto, o militar voltou a conceder declarações diárias à imprensa, o que irritou novamente o presidente.

No início de setembro, por exemplo, Bolsonaro orientou uma youtuber de dez anos a fazer uma pergunta a Mourão em uma reunião ministerial. “Você quer ser presidente?”, questionou a garota. “Em hipótese alguma”, respondeu o general.

O episódio foi visto por assessores presidenciais como um recado de Bolsonaro a Mourão. Ele ocorreu após o presidente ter se incomodado com declaração do militar sobre o leilão do 5G.

Em entrevista à agência de notícias oficial do governo chinês, Mourão disse que o Brasil não distingue as empresas que participam do processo pelo seu país de origem. A multinacional chinesa Huawei é uma das principais interessadas no certame.

Confinado o gato com COVID

O primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso. É uma gatinha de poucos meses. Ela não tem sintomas da Covid-19 e contraiu a doença de seus tutores este mês. A possível infecção de outro gato e de um cachorro está em estudo. A gatinha foi testada positiva pelo exame molecular de PCR, padrão ouro para o coronavírus, pela pesquisadora Valéria Dutra, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.

A cientista adverte que pessoas infectadas pelo coronavírus devem se manter isoladas de seus animais. A gata foi infectada pelo Sars-CoV-2 porque teve contato com os donos durante o período de isolamento deles.

O caso acende o alerta para o risco de as pessoas transmitirem o coronavírus para os animais. Investiga-se a hipótese de estes poderem, então, contaminar gente e outros bichos. Isso não só aumentaria os meios de transmissão quanto os reservatórios do vírus, apesar de, por ora, sejam somente hipóteses, sem comprovação.

Em laboratório, na China, mostrou-se ser possível que gatos transmitam a doença para outros felinos. Mas não se sabe se podem transmitir para seres humanos e sequer se o contágio entre felinos é fácil. A suposição é de que não não seja.

— Minha preocupação é que os animais infectados levem o coronavírus para mais animais e pessoas. No caso do gato é ainda mais complexo do que no do cão porque gatos que moram em casas muitas vezes saem de seu domicílio livremente — afirma Valéria Dutra.

Pouco se sabe sobre a Covid-19 em pets e há menos de 20 casos de cães e gatos comprovadamente infectados no mundo e relatados em literatura científica.

Mais suscetíveis que cães

Os gatos, pelo que se viu até agora, são mais suscetíveis do que os cães, explica Alexander Biondo, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos poucos cientistas brasileiros a investigar a Covid-19 em pets.

O GLOBO